Boémio poeta
Letra de Manuel de Andrade
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Boémio, poeta louco
Cantou arrastado e rouco
Com palavras mal rimadas
Esses teus versos sem brilho
São como passos sem trilho
Como rosas desfolhadas
Vagueias pelas tabernas / A cantar quadras eterna
Cantou arrastado e rouco
Com palavras mal rimadas
Esses teus versos sem brilho
São como passos sem trilho
Como rosas desfolhadas
Vagueias pelas tabernas / A cantar quadras eterna
Cantar arrastado e rouco
Ó meu triste vagabundo / Pelas ruelas do mundo
Boémio, poeta louco
Choras nas noites de farra / Ante o trinar da guitarra
Mas não tens medo da fome
És famoso pelas tascas / Pelas tabernas mais rascas
Mas ninguém sabe o teu nome
Guardas no teu coração / A ébria recordação
Dum sorriso de mulher
E a cantar de improviso / Enquadras esse sorriso
Numa outra cara qualquer
Não serve, fica-lhe mal / Nunca houve outra igual
Dizes já chorando rouco
E mergulhado no tinto / Tornas-te um vulto indistinto
Boémio, poeta louco
Ó meu triste vagabundo / Pelas ruelas do mundo
Boémio, poeta louco
Choras nas noites de farra / Ante o trinar da guitarra
Mas não tens medo da fome
És famoso pelas tascas / Pelas tabernas mais rascas
Mas ninguém sabe o teu nome
Guardas no teu coração / A ébria recordação
Dum sorriso de mulher
E a cantar de improviso / Enquadras esse sorriso
Numa outra cara qualquer
Não serve, fica-lhe mal / Nunca houve outra igual
Dizes já chorando rouco
E mergulhado no tinto / Tornas-te um vulto indistinto
Boémio, poeta louco
As coisas são o que são
Letra de Linhares Barbosa
Publicada no jornal “Guitarra de Portugal” em Maio de 1939
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Sabes lá quanta tristeza
Eu tenho em gostar assim
De ti e ter a certeza
Que tu não gostas de mim
Há grande desigualdade / Entre nós, e não parece
Eu gosto por amizade / Tu gostas por interesse
Afinal, tu tens razão / Eu é que a não qu’ria ver
As coisas são o que são / Não o que deviam ser
É justo que tu me queiras / Somente por ambição
Temos muitas algibeiras / E apenas um coração
Publicada no jornal “Guitarra de Portugal” em Maio de 1939
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Sabes lá quanta tristeza
Eu tenho em gostar assim
De ti e ter a certeza
Que tu não gostas de mim
Há grande desigualdade / Entre nós, e não parece
Eu gosto por amizade / Tu gostas por interesse
Afinal, tu tens razão / Eu é que a não qu’ria ver
As coisas são o que são / Não o que deviam ser
É justo que tu me queiras / Somente por ambição
Temos muitas algibeiras / E apenas um coração
É preciso saber porque se é triste
Manuel Alegre / Carminho
Repertório de Carminho
É preciso saber porque se é triste
É preciso dizer esta tristeza
Que nós calamos tantas vezes, mas existe
Tão inútil em nós, tão portuguesa
É preciso dizê-la é preciso despi-la
É preciso matá-la perguntando
Porquê esta tristeza como e quando
E porquê tão submissa tão tranquila
Esta tristeza que nos prende em sua teia
Esta tristeza aranha esta negra tristeza
Que não nos mata nem nos incendeia
Repertório de Carminho
É preciso saber porque se é triste
É preciso dizer esta tristeza
Que nós calamos tantas vezes, mas existe
Tão inútil em nós, tão portuguesa
É preciso dizê-la é preciso despi-la
É preciso matá-la perguntando
Porquê esta tristeza como e quando
E porquê tão submissa tão tranquila
Esta tristeza que nos prende em sua teia
Esta tristeza aranha esta negra tristeza
Que não nos mata nem nos incendeia
Antes em nós semeia esta vileza
E envenena o nascer de qualquer ideia
É preciso matar esta tristeza
E envenena o nascer de qualquer ideia
É preciso matar esta tristeza
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