Popol Vuh foi uma banda norueguesa fundada em 1970, especificamente em Oslo e renomeada em 1974 como Popol Ace para evitar confusão tanto de nomes quanto legais, com o grupo alemão e homônimo Popol Vuh, mais conhecido por seu líder, o pianista Florian Fricke.
Formado por Pete Knutsen nos teclados e guitarra base, Arne Schultze na guitarra solo, Terje Methi no baixo, Thor Andreassen na bateria e Jahn Teigen nos vocais.
Suas origens remontam a 1959 sob o pseudônimo de The Scavers, com o qual chegaram a lançar 5 singles de 7 polegadas em uma música voltada para a new wave inglesa, em 1968 o mod sound já estava sendo substituído pelo novo espírito hippie europeu e o movimento progressivo, tomando conta da contracultura psicodélica americana, em seus últimos momentos de agonia.
Em 1969 surgiram como Arman Sumpe Dur Express, o embrião de um só single (Fly High e Steelgrass), que após vários espectáculos ao vivo se transformou em ideias de renovação ambiciosa, retiro que durou mais de dois anos, em que gradualmente formularam uma projeto de alta profundidade estética e sonora.
Assim nasceu Popol Vuh, o disco colombiano de 1972, um vinil que delineia estruturas ambíguas e ecléticas, do jazz ao melódico, do clássico ao progressivo.
Tal foi o sucesso moderado de seu selo que a gravadora afiliada "Polydor", (selo subsidiado pela Universal Music Group, e que sempre patrocinou seus acetatos desde suas origens), decidiu renovar seu contrato para um novo álbum, "Quiche Maya" de 1973. , com menos de um ano de diferença, Popol Vuh reafirmou seus propósitos, na mesma temática de sua obra antecessora, porém bem mais técnica e elaborada.
Vale a pena narrar a apresentação, pois em minha vida de colecionador nunca vi algo tão maravilhoso: trata-se de um vinil em uma simples pasta, e entregue ao autor em uma sacola preta com etiquetas e o nome da banda estampado em ouro, bem como do que o cabo para o seu sustento.
A essa altura, a fama começou a confundi-los com os teutônicos, em grande parte devido a canções como "All We Have Is the Past", "Queen of all Queens" e "Music Caja" alcançando relativa popularidade na cena e circuitos do rock, já que deve lembrar que suas circulações eram de natureza multinacional e, de fato, há uma anedota bem conhecida relacionada ao momento:
Um acérrimo amante da música Krautrock entrou numa loja de música e olhando os discos encontrou os dois álbuns lançados até hoje pelos Oslenses, ambos misturados com Affenstunde de 1970, In den Gärten Pharaos de 1971, Hosianna Mantra de 1972 e Seligpreisung de 1973, ingeridos em o Komische Musik, que o comprador já possuía em sua boate, decidiu definitivamente comprá-los, e no dia seguinte, o referido voltou à loja para comentar algumas palavras ao balconista:
“Mudança incrível de Popol Vuh, que mudança sinfônica eles tiveram em menos de algumas semanas”, ao que o remetente exclamou: Claro!, porque não é a mesma banda, um é da Alemanha e o outro da Noruega.
Após este evento, Jahn Teigen decide deixar o elenco para se concentrar em uma carreira solo, sua carreira foi tão bem sucedida que ele até participou do Festival Eurovisão da Canção em nome da Noruega com sua imponente voz de barítono, aliás, ele é o melhor- componente conhecido de todo o grupo, pelo que, actualmente, a procura e audição da discografia da banda decorre da indagação à sua biografia, que, como já referimos, foi verdadeiramente triunfante.
Jahn Teigen é substituído por Asbjørn Krogtoft, com uma longa carreira em bandas e solista, com quem chegaram a lançar o seu último trabalho de estúdio em 1978 "Curly Sounds", com um certo ar clássico e popular, e que foi novamente um fracasso absoluto, tanto que acabou sendo a separação definitiva, por e para a posteridade.
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