O processo de gravação do álbum duplo The Beatles, popularmente conhecido como “álbum branco”, em 1968, foi bastante tenso, traumático, marcado por desentendimentos, conflito de egos e falta de companheirismo nas gravações.
Pensando em unir os colegas de banda e assim salvar os Beatles de uma dissolução, Paul McCartney teve uma ideia: a banda voltar aos velhos tempos, como no início da carreira. A ideia consistia na gravação de um álbum no qual a banda retornaria ao som básico, simples, sem truques e efeitos de estúdio. É bem verdade que a busca por uma musicalidade mais “enxuta”, mais simples, já era percebido no “álbum branco”. O álbum seria gravado ao vivo no estúdio, e todo o processo criativo, da criação das músicas e ensaios até as gravações, que culminaria numa apresentação ao vivo no terraço da Apple Corps, tudo seria filmado para ser lançado como um filme documentário a ser exibido nos cinemas. O projeto que envolveria um disco, um filme e um livro, foi batizado de Get Back.
As gravações e filmagens ocorreram em todo o mês de janeiro de 1969, começando no Twichenham Film Studios (onde as condições técnicas não foram favoráveis) e depois prosseguidas nos estúdios da Apple Records (selo criado pelos Beatles), em Londres, na Inglaterra. Para a capa do álbum Get Back, os Beatles chegaram a fazer uma foto no mesmo lugar onde foram fotografados para a capa do primeiro álbum, Please Please Me, lançado em 1963. A diferença, é que eles aparecem um pouco mais velhos e cabeludos.
Os Beatles durante no estúdio da Twicenham Film, em Londres, para o filme-documentário Get Back, em janeiro de 1969. |
No entanto, o que a princípio parecia uma ideia que revigoraria o espírito do quarteto de Liverpool e criaria um ambiente mais pacífico e harmonioso, acabou se revelando mais um tormento entre os quatro membros dos Beatles. Nem mesmo George Martin, havia suportado. As filmagens registraram não uma banda em processo de criativo, mas uma banda em frangalhos emocionalmente e a caminho sem volta do fim. George Harrison, que chegou a deixar a banda por um momento por causa dos desentendimentos, retornou ao convívio dos colegas, mas não sozinho: trouxe consigo o tecladista norte-americano Billy Preston. A presença de Preston ajudou a aliviar o clima tenso entre os Beatles.
Em 30 de janeiro, os Beatles fizeram a antológica apresentação ao vivo no terraço da Apple Corps.(empresa fundada pelos Beatles que cuidava da carreira e dos negócios da banda). A apresentação foi toda filmada para entrar no filme documentário. O show inusitado foi interrompido pela polícia, que alegou que a apresentação dos Beatles no terraço estava criando tumulto nas ruas próximas àquele local.
Os conflitos internos e a desmotivação levaram o projeto Get Back a ser arquivado. Apesar do ambiente conflituoso e tenso, a produção do projeto Get Back foi bastante profícua. Centenas de canções teriam sido tocadas e gravadas durante as sessões de gravação no estúdio. Além das canções que comporiam o álbum Let It Be, os Beatles tocaram canções que fariam parte do álbum Abbey Road e até mesmo das carreiras-solo dos membros da banda após a dissolução dos Beatles como “Jealous Guy” (John Lennon), “All Things Must Pass” (George Harrison) e “Teddy Boy” (Paul McCartney), bem como covers de canções de de blues.
Apresentação ao vivo dos Beatles no terraço da Apple Corps. em janeiro de 1969. |
Os conflitos internos e a desmotivação levaram o projeto Get Back a ser arquivado. Apesar do ambiente conflituoso e tenso, a produção do projeto Get Back foi bastante profícua. Centenas de canções teriam sido tocadas e gravadas durante as sessões de gravação no estúdio. Além das canções que comporiam o álbum Let It Be, os Beatles tocaram canções que fariam parte do álbum Abbey Road e até mesmo das carreiras-solo dos membros da banda após a dissolução dos Beatles como “Jealous Guy” (John Lennon), “All Things Must Pass” (George Harrison) e “Teddy Boy” (Paul McCartney), bem como covers de canções de de blues.
Numa última tentativa de manter a banda unificada, Paul McCartney telefonou para o produtor George Martin para que produzisse um novo álbum dos Beatles. Embora tivesse relutado ao convite - afinal foi posto em segundo plano durante as gravações de Get Back - ele aceitou o convite e produziu Abbey Road, aquele que ficou conhecido como o último álbum gravado pelos Beatles. As gravações começaram em fevereiro de 1969 - um mês após o arquivamento temporário do projeto Get Back – e se estendeu até agosto do mesmo ano.
Naquele mesmo mês de fevereiro, quando o álbum Abbey Road começava a ser gravado, John Lennon, George Harrison e Ringo Starr contrataram Allen Klein, ex-empresário dos Rolling Stones, com a função gerir a Apple Corps. que atravessava uma grave crise financeira. Desde a morte de Brian Epstein, as finanças dos Beatles pareciam um barco à deriva. Paul McCartney foi o único a não assinar contrato com Klein, pois entendia que a melhor opção era o seu sogro, o advogado Lee Eastman.
De volta ao passado: a capa do álbum Get Back (à direita) já estava pronta antes do cancelamento, e era inspirada no primeiro álbum dos Beatles, Please Please Me, de 1963. |
Em abril de 1969, o engenheiro de som Glyn Johns foi contratado pelos Beatles para editar o material gravado de Get Back para um futuro álbum, embora naquele momento, a banda estivesse gravando Abbey Road, sob a produção de George Martin. Naquele mesmo mês, era lançado o single “Get Back”, tendo como lado B a música “Don’t Let Me Down”. As duas músicas fizeram parte das sessões de gravação do projeto Get Back. O single chegou ao 1º lugar nos Estados Unidos, onde vendeu 2 milhões de cópias. Liderou também as paradas de singles da Austrália, Alemanha Ocidental, Suécia e Canadá.
No entanto, o resultado final da mixagem feita por Glyn do material do que poderia ser o álbum Get Back não agradou os Beatles. O prazo de lançamento que estava previsto para julho de 1969, foi adiado para setembro para coincidir com um programa especial de TV e com a estreia do filme nos cinemas. Mas já próximo de setembro, o prazo de lançamento foi novamente mudado, desta vez para dezembro de 1969, porque para setembro foi marcado o lançamento de Abbey Road, que àquele momento, se tornou prioridade da banda.
Ainda em setembro, pouco depois do lançamento de Abbey Road, numa reunião entre a banda e Allen Klein, John Lennon anuncia que está deixando os Beatles. Naquele momento, a banda estava em processo de renovação de contrato com a Capitol Records, subsidiária da EMI nos Estados Unidos responsável pela distribuição dos discos da banda naquele país. Lennon fez um acordo com os colegas de banda e Klein para manter a sua saída em sigilo, até as negociações serem concluídas.
Os Beatles e o engenheiro de som Glyn Johns (o segundo da esquerda para a direita). |
Ainda em setembro, pouco depois do lançamento de Abbey Road, numa reunião entre a banda e Allen Klein, John Lennon anuncia que está deixando os Beatles. Naquele momento, a banda estava em processo de renovação de contrato com a Capitol Records, subsidiária da EMI nos Estados Unidos responsável pela distribuição dos discos da banda naquele país. Lennon fez um acordo com os colegas de banda e Klein para manter a sua saída em sigilo, até as negociações serem concluídas.
No mês de dezembro de 1969, o adiado lançamento do tal álbum com material de Get Back, não aconteceu. O álbum Abbey Road, lançado em setembro, estava indo muito bem comercialmente, e muito bem avaliado pela crítica. Provavelmente, isso fez com que não houvesse tanto interesse em se trabalhar novamente no material de Get Back para ser lançado em dezembro. Ao invés de lançamento, a banda e Glyn Johns decidiram utilizar dezembro de 1969 e janeiro do ano seguinte para fazer uma nova tentativa de mixagem nas fitas do álbum Get Back. Em 3 de janeiro, os Beatles, já sem Lennon, gravaram uma nova música, “I Me Mine”, para ser incluída no álbum Get Back. Após as mixagens, outras vez a banda ficou insatisfeita com o resultado.
Para tentar solucionar de uma vez o problema, o gerente dos Beatles, Allen Klein, contrata em março de 1970 o produtor norte-americano Phil Spector. Ganhou fama na década de 1960 ao desenvolver a “wall of sound” (“parede de som”), uma técnica de gravação em que todo os instrumentos básicos (baixo, guitarra, bateria e teclados), mais orquestra e coral, atuavam em sincronia, produzindo um som denso e opulento. A criação de Spector foi um marco na música pop.
Antes de ser contratado por Klein, Phil Spector havia recém produzido o “Instant Karma”, single da carreira solo de John Lennon. Spector recebeu as fitas de Get Back sem o consentimento de Paul McCartney, o idealizador do conceito do álbum e do filme.
Com o material de Get Back em mãos, Spector retrabalhou as fitas, fez alterações que fugiam ao conceito original criado por Paul. O produtor norte-americano prolongou uma das faixas, inseriu orquestra, coral e até mesmo diálogo entre algumas faixas. Por fim, tanto o álbum quanto o filme, foram rebatizados para Let It Be.
O produtor Phil Spector., responsável por inserir orquestrações e coro nas fitas originais de Get Back, que resultaram no álbum Let It Be. |
Let It Be foi lançado em 8 de maio de 1970, um mês após Paul McCartney anunciar a dissolução dos Beatles, enquanto que o filme de mesmo nome, dirigido por Michael Lindsay-Hogg, estreou nos cinemas em 13 de maio. O álbum Let It Be foi lançado numa caixa preta luxuosa, que ainda continha um livro de 160 páginas, na maior parte composta de fotos coloridas do filme homônimo. Meses depois, as novas prensagens foram vendidas em formato simples, sem caixa e sem o livro. Por razões óbvias, Paul McCartney odiou o trabalho feito por Spector, principalmente na faixa “The Long And Winding Road”, a que mais sofreu intervenções de Phil Spector.
“Two Of Us” é a primeira faixa do álbum, uma folk music escrita por Paul McCartney e dedicada à fotógrafa norte-americana Linda McCartney, com quem se casara em março de 1969. Paul se inspirou nas férias que passou em Portugal com Linda e a filha dela, fruto do primeiro casamento da fotógrafa. Os vocais são divididos entre Paul e John Lennon. Além cantar, Paul faz o violão solo, enquanto que John também canta, toca violão rítmico e assobia. George faz as linhas de baixo nas cordas mais graves de sua guitarra e Ringo toca bateria. Já a faixa seguinte, “Dig A Pony”, foi escrita por John (embora creditada a Lennon e McCartney como a faixa anterior) e dedicada à sua esposa, Yoko Ono, e traz versos completamente estranhos e sem sentido.
“Across The Universe” é a canção mais antiga presente no álbum Let It Be. Foi escrita por John durante o retiro espiritual dos Beatles na Índia. Gravada em fevereiro de 1968, “Across The Universe” permaneceu arquivada por quase dois anos até ser selecionada para o álbum Let It Be. Na época da gravação, Paul McCartney convidou duas garotas adolescentes que faziam parte das Apple Scruffs, um grupo de garotas que costumava passar o dia todo em frente dos estúdios Abbey Road, da EMI ou diante da residência de Paul, em Londres. Uma das garotas escolhidas foi a brasileira Lizzie Bravo, que na época tinha 16 anos de idade. Tudo que as meninas tiveram que cantar foi verso “Nothing’s gonna change my world” (“Nada vai mudar meu mundo”). A versão da qual as garotas participaram integrou o disco beneficente No One’s Gonna Change Our World, da World Wildlife Fund, lançado no final de 1969, e que contou com canções de outros artistas como Cliff Richard, Bee Gees, The Hollies, Lulu e outros artistas.
A caixa especial da primeira edição de lançamento de Let It Be, em 1970, que trazia como itens, o LP, um livro com fotos das sessões de gravação, e um pôster. |
Gravada em janeiro de 1969, “I Me Mine” foi não só a última música do álbum a ser gravada como também a última que os Beatles gravaram antes de sua dissolução. Nessa época, John Lennon já havia deixado os Beatles, e apenas George Harrison, Paul McCartney e Ringo Starr participaram das gravações da canção. Foi composta por George Harrison e trata sobre o egoísmo e o individualismo, o que deixa claro que a música era um reflexo do ambiente interno dos Beatles. “I Me Mine” é um blues rock que além do órgão Hammond, baixo, guitarra e bateria, instrumentos comuns a esse gênero musical, possui também naipe de cordas, trombone e até harpa, que foram inseridos por Spector.
“Dig It” foi gravada como uma jam session, sem grandes pretensões, mas que foi incluída no álbum por Phil Spector. Contudo, o produtor teve que fazer corte na sua longa duração, reduzindo a música para 49 segundos. O título não teria um significado claro. A letra é sem sentido e é um conjunto de palavras postas aleatoriamente por John Lennon: FBI, CIA, BBC, B.B. King, Doris Day e outras palavras. A música tem a participação do tecladista Billy Preston.
“Let It Be”, canção que dá nome ao álbum, foi composta por Paul McCartney após ter sonhado com sua mãe, falecida em 1956, vítima de câncer de mama, quando o baixista tinha 14 anos. No sonho, ela dizia para ele “deixe estar”, que não se preocupasse, que tudo ia dar certo. Uma resposta acalentadora para o momento turbulento que Paul vivenciava nos Beatles. A forma como o órgão Hammond é tocado por Billy Preston, dá a “Let It Be” uma aura de canção litúrgica. Os versos parecem uma oração, e a expressão Mother Mary tem um significado dúbio, tanto pode ser a mãe de Jesus como a mãe de Paul, pois a mãe dele chamava-se Mary Patricia Mohin McCartney: “When I find myself in times of trouble / Mother Mary comes to me / Speaking words of wisdom / Let it be”. (“Quando me encontro em momentos difíceis / A Mãe Maria vem até mim / Dizendo palavras sábias / Deixe estar”).
Encerrando o lado A do álbum Let It Be, “Maggie Mae”, uma canção tradicional que faz parte da cultura popular de Liverpool, cidade natal dos Beatles. A letra é sobre uma prostituta que costumava furtar lojas em Liverpool. No álbum, a música é curta, tem apenas 40 segundos.
Abrindo o lado B, “I’ve Got A Feeling”, uma música que é resultado da junção de duas canções inacabadas, uma de Paul McCartney, que é a própria “I’ve Got A Feeling”, e “Everbody Had A Hard Year”, de John Lennon. Paul começa cantando sobre um sentimento que não consegue esconder, o que leva a crer que ele estaria se referindo à sua esposa Linda McCartney. A outra parte é cantada por John, em que ele canta que todos tiveram um ano difícil, possivelmente se referindo aos conflitos entre os membros dos Beatles, a crise financeira da Apple Corps, a prisão de John por porte de drogas e o aborto de Yoko. No final da música, Paul canta o refrão e John faz o contracanto.
“One After 909” foi composta por John e Paul em 1957, é a música mais antiga composta pela dupla. Chegou a ser gravada em 1963 para o primeiro álbum, Please Please Me, mas foi arquivada porque o produtor George Martin achou que não ficou boa. “One After 909” é um rock’n’roll cru e básico, e cumpre com a filosofia proposta por Paul para o projeto Get Back. A versão presente no álbum Let It Be foi gravada ao vivo no terraço da Apple, em janeiro de 1969.
Embora creditada a Lennon e McCartney, “The Long Widinng Road” foi escrita por McCartney inspirado numa estrada longa e sinuosa, próxima a uma fazenda que o baixista havia comprado na Escócia, em 1966. A canção originalmente tinha uma base instrumental simples e econômica, apenas baixo, guitarra, bateria e um piano elétrico tocado por Billy Preston. Quando as fitas foram para as mãos de Spector, “The Long Widinng Road” foi a faixa que sofreu mais intervenções. O produtor inseriu orquestra e um coral de 14 vozes femininas, e o que antes era uma simples balada, se transformou numa música pretenciosa e cafona. Quando o álbum foi lançado, Paul McCartney detestou as intervenções feitas por Phil Spector, sendo que alterações em “The Long Winding Road” foram as que mais revoltaram o baixista.
“For You Blue” é um country blues composto por George Harrison, possui um ritmo alegre e nada lembra as canções com enfoque místico que o músico vinha compondo. O destaque da música fica para os solos de guitarra havaiana executados por John Lennon que dão uma sonoridade bastante particular à canção.
John Lennon tocando uma guitarra de lap steel numa das sessões de gravação do álbum Get Back. |
“Get Back” é a música que fecha o álbum Let It Be. Lançada em single em abril de 1969, “Get Back” foi incluída no álbum numa versão editada e com uma duração menor. Ao final da música, ouve-se Paul falando “Thanks Mo”, um agradecimento dele a Maureen Cox, esposa de Ringo Starr na época, e John agradecendo a todos e dizendo esperar que a banda tenha passado no teste. A gravação ocorreu durante a apresentação dos Beatles no terraço da Apple, em janeiro de 1969, fazendo parte do projeto Get Back.
Apesar das críticas de Paul McCartney, os seus agora ex-colegas de banda, teceram elogios ao trabalho de Phil Spector. John Lennon elogiou a capacidade de Phil Spector ao transformar “porcarias” de gravações ruins num álbum bom.
O público parece ter gostado das tais “porcarias”. Let It Be vendeu somente nos Estados Unidos, 4 milhões de cópias. Foi 1º lugar nas paradas de álbuns nos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Canadá, Holanda e Noruega. No Japão e Suécia, alcançou o 2º lugar, e chegou ao 3º lugar na Alemanha Ocidental. O single de “Let It Be” chegou à casa de 2 milhões de cópias vendidas nos Estados Unidos, e liderou as paradas de singles da Austrália e Países Baixos. Contrariando o gosto estético de Paul, o single de “The Long Winding Road” vendeu 2 milhões de cópias nos Estados Unidos, o que demonstra que os arranjos pomposos de Phil Spector devem ter agradado a muita gente. No ano seguinte, em 1971, o filme Let It Be conquistou dois prêmios: Oscar de “Melhor Trilha Sonora Adaptada” e o Grammy de “Melhor Trilha Sonora Original Escrita Para Filme Ou Especial De Televisão”.
Em 2003, finalmente, o tão sonhado desejo de Paul McCartney foi realizado com o lançamento de Let It Be...Naked, álbum sem as alterações e mixagens feitas por Phil Spector em Let It Be, em 1970. Let It Be...Naked apresenta as canções como Paul havia imaginado para o projeto Get Back. Para essa empreitada, Paul McCartney contou com a consultoria do produtor George Martin, e o apoio de Ringo Starr, George Harrison e de Yoko Ono, viúva de John Lennon.
Faixas
Todas as faixas são de autoria de Lennon – McCartney , exceto as indicadas.
Lado A
- "Two Of Us"
- "Dig A Pony"
- "Across the Universe"
- "I Me Mine" (Harrison)
- "Dig It" (Lennon – McCartney – Harrison - Starkey)
- "Let It Be"
- "Maggie Mae" (domínio público; arranjos: Lennon – McCartney – Harrison - Starkey)
Lado B
- "I've Got A Feeling"
- "One After 909"
- "The Long And Winding Road"
- "For You Blue" (Harrison)
- "Get Back"
The Beatles:
John Lennon (vocal e vocal de apoio, guitarra rítmica, guitarra solo em "Get Back", guitarra de lap steel em "For You Blue", violão em "Two Of Us", "Across the Universe" e "Maggie Mae", baixo de seis cordas em "Dig It", "Let It Be" e "The Long And Winding Road", assobio em "Two of Us"),
Paul McCartney (vocal e vocal de apoio, baixo, violão em "Two Of Us" e "Maggie Mae", piano em "Dig It", "Across The Universe", "Let It Be", "The Long And Winding Road "e" For You Blue ", órgão Hammond em" I Me Mine ", piano elétrico em" I Me Mine "e" Let It Be ", maracas em "Let It Be "),
George Harrison (guitarras solo e rítmica, violão em "For You Blue" e "I Me Mine", tambura em "Across The Universe", vocais principais em "I Me Mine" e "For You Blue", vocais de apoio) e
Ringo Starr (bateria, percussão em "Across The Universe").
"Two Of Us"
"Dig A Pony"
"Across The Universe"
"I Me Mine"
"I Me Mine"
"Dig It"
"Let It Be"
"Maggie Mae"
"I've Got A Feeling"
"One After 909"
"The Long And Winding Road"
"For You Blue"
"Get Back"
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