A caminho do calvário
Letra e música de Frei Hermano da Câmara
Repertório de Amália Rodrigues
Ópera *O nazareno*
Vai Cristo para a cruz e tem no rosto
Pintado a sangue, o ósculo de Judas
Em toda a terra é hora de sol posto
O céu é mar fechado em trevas mudas
Vejo a turba judaica alucinada
Vejo Cristo passar no meio d’alas
E tu Senhora, vais tão calada
Senhora Nossa, porque não falas?
Sei que Jesus padece mil tormentos
Anunciados pela profecias
Correm blasfémias no furor dos ventos
E lágrimas nos olhos das judias
Sei que dentro de Cristo, a dor caminha
E caminham labaredas infinitas
E tu Senhora, vais tão sozinha
Senhora Nossa, porque não gritas?
Pintado a sangue, o ósculo de Judas
Em toda a terra é hora de sol posto
O céu é mar fechado em trevas mudas
Vejo a turba judaica alucinada
Vejo Cristo passar no meio d’alas
E tu Senhora, vais tão calada
Senhora Nossa, porque não falas?
Sei que Jesus padece mil tormentos
Anunciados pela profecias
Correm blasfémias no furor dos ventos
E lágrimas nos olhos das judias
Sei que dentro de Cristo, a dor caminha
E caminham labaredas infinitas
E tu Senhora, vais tão sozinha
Senhora Nossa, porque não gritas?
A camponesa e o pescador
Henrique Rego / Joaquim Cmpos *fado alexandrino*
Dueto nas vozes de Fernanda Maria & Alfredo Marceneiro
Dueto nas vozes de Fernanda Maria & Alfredo Marceneiro
Ele
Eu adoro do mar, as ondas imponentes
Eu adoro do mar, as ondas imponentes
Que vão morrer à praia em finos rendilhados
Ela
Eu adoro a campina, a rústica montanha
Adoro enfim a paz nostálgica dos prados
Ele
Camponesa, sabes lá os encantos que encerra
Camponesa, sabes lá os encantos que encerra
A cerúlea amplidão dos grandes oceanos
Quando a guitarra geme os íntimos arcanos
Do nauta que partiu em busca doutra terra
Ela
Tem mais encanto ver no alto duma serra
O sol agonizar em crispações frementes
Ouvimos as canções bucólicas, ardentes
Cantadas com amor pelas lindas zagalas
Ele
Apesar da beleza ascensa com que falas
Apesar da beleza ascensa com que falas
Eu adoro do mar as ondas imponentes
Ela
Acaso há lá no mar as fontes que gotejam
Igrejas do Senhor batendo Avé-Marias
Cantos de rouxinol e bandos de cotovias
Cruzeiros que na estrada á noite lacrimejam
Ele
No mar mais fortemente as saudades adejam
No mar mais fortemente as saudades adejam
Uma tal comoção, mais emotiva e estranha
Que a gente, ai… quanta vez, soluça e amarfanha
As mãos de encontro ao peito olhando o infinito
Ela
Concordarei enfim, mas ainda te repito
Eu adoro a campina, a rústica montanha
Ele
Também adoro o amigo e agora te acrescento
Há gente que no mar transpondo as águas cérulas
Gasta a vida colhendo as cruscantes pérolas
E chora tanta vez com falta de alimento
Ela
Também no campo existe a fome e o desalento
Entre nós os rurais morrem escravizados
Ele
Já vejo: és minha irmã, são iguais os nossos fados
Ela
Eu sou a camponesa e tu, o pescador
Adoro em ti o mar e com grande fervor
Adoro enfim a paz nostálgica dos prados
A canção da rosa branca
João de Vasconcellos e Sá / António Pinto Basto
Repertório de António Pinto Basto
Eu penso em ti logo ao nascer d'aurora
E quando o dia vai chegando ao fim
Nunca me esqueces, e dormindo embora
Sonho a ventura de te amar assim
Antes de ver-te, flor do céu caída
Nem me recordo como então vivi
Nem já me atrevo a suportar a vida
Vivendo um dia sem pensar em ti
Ó rosa branca delicada e pura
Que ideal brancura... que mimosa côr
Lembras um astro que do céu tombasse
Que por mim poisasse... na roseira em flor
Se o teu olhar iluminado e casto
Poisa em meus olhos reflectindo o céu
Quanto mais fujo, quanto mais me afasto
Mais perto vejo o teu olhar no meu
Ó rosa branca luminosa e viva
Linda rosa esquiva... meu amor fatal
Só podem anjos fabricar sózinhos
Com montões de arminhos... uma rosa igual
Quando esta vida se apagar, serena
Ao recordar-me quanto amei em vão
Ó desdenhosa, o que me faz mais pena
É ir pensando que te esqueço, então
Ó rosa branca, meu amor primeiro
Tu não tens canteiro... tu não tens jardim
Porque me chamas, porque não respondes
E porque te escondes a chamar por mim
Mas sob a campa, meu amor não finda
Verás senhora, se eu ouvir teus ais
Abrir os olhos para ver-te ainda
Morrer de novo, se te não vir mais
Ó rosa branca porque me chamaste?
Para que roubaste toda a fé que eu tinha?
Serena e fria como a luz da lua
Que brancura a tua, que desgraça a minha
Repertório de António Pinto Basto
Eu penso em ti logo ao nascer d'aurora
E quando o dia vai chegando ao fim
Nunca me esqueces, e dormindo embora
Sonho a ventura de te amar assim
Antes de ver-te, flor do céu caída
Nem me recordo como então vivi
Nem já me atrevo a suportar a vida
Vivendo um dia sem pensar em ti
Ó rosa branca delicada e pura
Que ideal brancura... que mimosa côr
Lembras um astro que do céu tombasse
Que por mim poisasse... na roseira em flor
Se o teu olhar iluminado e casto
Poisa em meus olhos reflectindo o céu
Quanto mais fujo, quanto mais me afasto
Mais perto vejo o teu olhar no meu
Ó rosa branca luminosa e viva
Linda rosa esquiva... meu amor fatal
Só podem anjos fabricar sózinhos
Com montões de arminhos... uma rosa igual
Quando esta vida se apagar, serena
Ao recordar-me quanto amei em vão
Ó desdenhosa, o que me faz mais pena
É ir pensando que te esqueço, então
Ó rosa branca, meu amor primeiro
Tu não tens canteiro... tu não tens jardim
Porque me chamas, porque não respondes
E porque te escondes a chamar por mim
Mas sob a campa, meu amor não finda
Verás senhora, se eu ouvir teus ais
Abrir os olhos para ver-te ainda
Morrer de novo, se te não vir mais
Ó rosa branca porque me chamaste?
Para que roubaste toda a fé que eu tinha?
Serena e fria como a luz da lua
Que brancura a tua, que desgraça a minha
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