A canção do emigrante
Domingos Gonçalves da Costa / Francisco Carvalhinho
Repertório de Manuel Fernandes
Tu português, se alguma vez saíres a barra
Escuta o que eu digo, leva contigo uma guitarra
E se a crueza duma tristeza teu peito invade
Abraça a guitarra e canta, que sentes menos saudade
Canta ó emigrante
Que a pátria distante te ouvirá, talvez
Quem te ouvir cantar
Não pode olvidar que és bem português
Lança as tuas mágoas
Ao sabor das águas, sim, canta e sorri
Desfia o saudoso terço
Que a pátria que te foi berço espera por ti
Canta ao amor, à luz e cor das capelinhas
Da tua aldeia, mimosa e cheia de flores branquinhas
Canta emigrante, feliz confiante, porque afinal
Assim de guitarra ao peito estás perto de Portugal
A canção que te pedi
Tiago Torres da Silva / Pedro Amendoeira
Repertório de Joana Amendoeira
Pedi-te uma canção que falasse de amor
Faltou-te inspiração, ou o tempo p'ra compor?
Pedi-te uma canção daquelas imortais
Mas agora a questão é que chegou tarde demais
Ouvindo o que fizeste, não sei o que fazer
Se a canção que me deste diz ‘star pronta p’ra nascer
Não ia imaginar, assim que a recebi
Que me ia apaixonar pela canção que te pedi
Era muito mais, era um fado
A razão porque canto e existo
E o coraçao apaixonado
Pede p’ra cantar e eu sei que não resisto
Agora peço ao tempo que corra devagar
Ou então eu invento uma hora p’ra cantar
Nem antes nem após, não vou sair daqui
Sem dar a minha voz à canção que te pedi
A candeia
Frederico de Brito / Joaquim Campos *fado vitória*
Repertório de Fernanda Maria
Não o via hã tantos dias
Tinham dado avé-marias
Na capelinha da aldeia
Esperava por ele e não vinha
E como estava sózinha
Fui acender a candeia
Gemia o vento lá fora
Passa uma hora, outra hora / E ao romper da lua cheia
Ei-lo que vem, meigo e doce
E fosse lá p’lo que fosse / Tinha mais luz a candeia
Mil beijos, mil juramentos
E nesses loucos momentos / Toda a minh’alma se enleia
Quis mostrar-me o amor seu
E jurou que era só meu / P’la luz daquela candeia
Mas vi-lhe a boca a tremer
Eu mesma nem sei dizer / O que me veio à ideia
É que a verdade realça
Essa jura era tão falsa / Que se apagou a candeia
Repertório de Fernanda Maria
Não o via hã tantos dias
Tinham dado avé-marias
Na capelinha da aldeia
Esperava por ele e não vinha
E como estava sózinha
Fui acender a candeia
Gemia o vento lá fora
Passa uma hora, outra hora / E ao romper da lua cheia
Ei-lo que vem, meigo e doce
E fosse lá p’lo que fosse / Tinha mais luz a candeia
Mil beijos, mil juramentos
E nesses loucos momentos / Toda a minh’alma se enleia
Quis mostrar-me o amor seu
E jurou que era só meu / P’la luz daquela candeia
Mas vi-lhe a boca a tremer
Eu mesma nem sei dizer / O que me veio à ideia
É que a verdade realça
Essa jura era tão falsa / Que se apagou a candeia
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