Puro e duro, assim se quer o rock. Chocalho de bota dura em gravilha gasta, guitarras ao alto e fumo denso, jogos de snooker em que ninguém mete a preta e mais de 666 cervejas entornadas irmãmente entre o corpo, o chão, e o balcão, qual santíssima Trindade, três elementos da mesma substância, das mesmas substâncias, pois se o balcão aguenta o corpo, o corpo aguenta o chão, que remédio.
Surgido no pico da pandemia, Cobrafuma é um elenco de proto-veteranos do Porto que ouviram o chamamento da Cobra entre shoppings manhosos, bares de chão pegajoso, encarcerados pela lã de rocha húmida que protege a periferia.
Nesta primeira bisca homónima, som é rijo como aço e cheio de veneno, e rasteja entre géneros que não prestam contas a ninguém: punk, thrash e rock’n’roll, sibilado em Português Suave e bem regado a aguardente bagaceira sem rótulo, para abanar o capacete como se não houvesse amanhã.
Os primeiros concertos de apresentação do LP acontecem a dia 7 de junho, no Woodstock 69 no Porto, e a 7 de julho, na Musa de Marvila em Lisboa
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