segunda-feira, 26 de junho de 2023

Resenha The Elegance Machine Álbum de Newman 2015

 

Resenha

The Elegance Machine

Álbum de Newman

2015

CD/LP

Fazia tempo que conhecia Newman mas só ouvia uma música ou outra sem me interessar pela história da banda. Foi então mais tarde quando comecei a ouvir mais algumas faixas e prestando mais atenção é que fui pegando aos poucos a potência deste gênio do AOR. Resolvi  mergulhar em sua discografia apreciando cada disco. E senhoras e senhores... que deleite!
Steve Newman tem já uma boa discografia, possui projetos paralelos e inclusive compõe para outros artistas como Toby Hitchcock, por exemplo.
De início resolveu montar uma banda com seu nome e escolher um vocalista para o posto enquanto assumia a guitarra, porém nenhum o agradou ou o sujeito não se comprometia com o projeto, então ele mesmo resolveu assumir o vocal, e foi aí uma decisão primordial, pois Newman sem a voz sublime de seu criador não seria Newman jamais!
Aqui então só deixo minha opinião sobre um dos melhores colossos de sua carreira, esse fabuloso The Elegance Machine.
Lançado em 2015, já com uma boa trilha de lançamentos, a banda aqui se desenvolve na questão de poderio AOR, não saindo de seu próprio estilo e evoluindo dentro de si, uma sonoridade já absolutamente própria de Power AOR Rock com toques de Hard e até heavy metal.

The Suit (Skyscraper) já entra detonando, mantendo uma certa tradição da banda de iniciar os discos com uma peça mais energética e pesada. Mestre Newman aqui não poupa nossos ouvidos mandando sua poderosa voz em tons firmes e únicos, juntamente com uma cozinha competente e produção sonora grande, aberta, clara.

Em seguida a peça título vem caprichadíssima, com aquela muralha de teclados lindamente composta casando perfeitamente com coros em vozes futuristas. A rifferama inicial e o refrão arrepiam constantemente, com letras irônicas sobre uma sociedade hipócrita e calcada em falsas aparências. Um primor AOR!

A emoção rola solta nas incríveis Don’t Stay Lonely, Illuminate (épica!), Confess (meio fraca mas audível) e Halo, todas com boa variedade de andamentos e melodias pegajosas que o mestre sabe fazer muito bem.

Prayer For Apollo, essa aí é daquelas onde a magia AOR Power acontece e com força. Impressionante como Newman transforma um som de teclas soando como um piano de calda em uma cama brutal para o instrumental detonar junto à um canto e refrão avassaladores! Essa é daquelas que você já sabe: para cantar de joelhos!! Hahhahaha

She Walks In Silence parece que foi feita para continuar com Prayer For Apollo, mesmo poder energético, variando em cordas distorcidas com sonoridades de violão, sem tirar o peso e energia, obra feita para poucos. Se une à essa também, formando esse trio alucinante, a magnifica One Good Reason, com seu groove plenamente envolvente, sintetizadores e teclados deliciosos no canto seguindo em refrão meloso, pedindo uma razão para que "eu fique nessa relação, que está nada boa"!

Pretender Surrender e Send Us Salvation são fortes mas mais comedidas, mais melódicas, perfeitas para o final, onde Scars encerra. Essa é uma joia acústica com uma melodia perfeita, como poucas nessa versão, pois eu não sou muito fã de acústicos, precisa ter aquela química AOR exata, e nessa, como em On Any Other Sunday do disco Heaven Knows, o mestre acerta no fim do disco muito bem.

Newman tem essa discografia riquíssima onde também é irregular, com discos bem medianos e fracos, mas que em uma média geral, sua maioria traz o que de melhor se pode ouvir do mágico estilo, e The Elegance Machine está no meu Top 3.
Ouça sem limites!

AOR Power Masterness!


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