Resenha
Hate Über Alles
Álbum de Kreator
2022
CD/LP
O décimo quinto álbum de estúdio do Kreator era para ter chegado antes. Mas, a saída do baixista Christian "Speesy" Giesler e principalmente a pandemia do Coronavírus atrapalharam um pouco as coisas. Após um longo período de parceria com a banda Giesler deu lugar a Frédéric Leclercq. E enfim o Kreator conseguiu entregar, em 2022, "Hate Über Alles". Com uma longa e notável carreira dividida basicamente em três fases: Kreator clássico, Kreator experimental e Kreator que faz o que tem vontade, a última fase é a que vem perdurando por mais tempo, com discos que mesclam muito do que os puristas gostam, o puro thrash, com passagens mais melódicas e até mesmo cadenciadas. Para mim, toda a carreira da banda funciona muito bem e "Hate Über Alles" vai direto ao ponto considerando o momento atual. O grupo liderado por Mille Petrozza entrega sua mensagem ácida com críticas ao mundo moderno com peso, agressividade e execução primorosa. A excelente produção ficou por conta de Arthur Rizk, com novo lançamento pela Nuclear Blast. Sami Yli-Sirniö (g) e principalmente Ventor (d) estão absurdos, com uma pegada matadora. O disco fui de maneira fenomenal, com "Hate Über Alles", que é perfeita para os palcos, e "Killer of Jesus" trazendo a veia clássica da banda, há momentos memoráveis também nas faixas mais cadenciadas como "Crush the Tyrants" e "Dying Planet". É necessário mencionar "Strongest of the Strong", que ganhou vídeo, e "Become Immortal" (com solo espetacular de guitarra), ambas mais diretas. Na verdade, tudo aqui funciona bem e certamente cada ouvinte terá seu destaque, de tão bom que é o material. É bom demais ver o Kreator pulsando, mesmo diante das adversidades. Com "Hate Über Alles", está claro que a aposentadoria está longe ainda, deixando também curiosidade sobre o que virá adiante.
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