Resenha
So Alive
Álbum de Lonnie Plaxico
2005
CD/LP
Lonnie Plaxico nasceu em Chicago Illinois, e por pertencer uma família extremamente musical, começou logo cedo no contrabaixo. Aos 14 anos o músico já tocava profissionalmente na banda de sua família. Aos 20, se mudou para Nova Iorque, procurou seu lugar no meio musical e ganhou notoriedade tocando ao lado de lendas como Wynton Marsalis o Jazz Messengers de Art Blakey, com quem gravou doze álbuns entre 83 e 86. Lonnie pode ser considerado uma dos mais experientes e dinâmicos baixistas de sua geração, tendo gravado participado de gravações e shows com os maiores artistas do cenário jazzístico mundial. Tanto talento o levou a formar seu próprio grupo e ingressar em carreira solo ainda nos anos 90, quando colocou no mercado o primeiro álbum que levava seu sobrenome. “So Alive” é o oitavo disco solo gravado em estúdio pelo músico, que é acompanhado por Kenny Grohowski na bateria; Sam Bar-Sheshet no piano, órgão e teclados; Gary Thomas no sax tenor e Alexander Norris no trompete; Musicalmente, o quinteto de Lonnie apresenta um jazz dinâmico e vigoroso, alternando faixas autorais com releituras de grandes clássicos como acontece em “Maiden Voyage”, tema de Herbie Hancock, que ganhou uma versão mais moderna e menos cadenciada; O standart absoluto “My Funny Valentine” de Richard Rogers, recebeu uma versão a sua altura, onde os metais fazem uma a harmonização principal do tema tendo como base o piano de Sam; Dos temas próprios vale destacar: “DeJohnette”, uma clara homenagem ao baterista Jack DeJohnette. O tema de Plaxico é enérgico como seu homenageado, com destaque para o trompete de Norris; “Juke Joint”, uma canção sincopada com certa influência de salsa em sua base; E ainda a faixa titulo, que abre o disco, trazendo doses de soul e funk americano com destaque para o órgão de Bar-Sheshet; Alias, o tecladista é um dos destaques do álbum, alternando harmonias de piano ou órgão, dependendo do que pede cada canção com um bom gosto inigualável. Uma coisa relevante a se destacar é que o ouvinte não vai encontrar aqui aqueles solos de contrabaixo intermináveis em cada canção, muito comum em discos solo de baixistas e que servem apenas como exercício de exibicionismo sem qualquer contexto musical. O ego de Lonnie é domado e o baixista trabalha em prol das canções e não o contrario. “So Alive” apresenta Lonnie Plaxico como um músico completo, entregando o que de melhor se pode esperar de um baixista, compositor e arranjador.
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