A coisa já chama a atenção pelo vocal de Lisa Lystam e pelo mergulho nos mares setentistas guiado por Matte Gustavsson (guitarra), Morgan Korsmoe (baixo) e Ola Göransson (bateria). As onze faixas do álbum trazem uma sonoridade orgânica e clara, que não escondem a inspiração no clima da década de 1970. O quarteto tem momentos em que foca sua criatividade no rock, em outras soa como um ótimo blues rock, e por aí vai entregando canções que cativam o ouvinte. As influências passam por Cream, Free e Blues Pills, o que faz da banda uma ótima pedida pra quem curte um rock atual que não tem a menor vergonha de soar como clássico.
Os destaques vão para a potente voz de Lisa e para a guitarra malandra de Matte, que conduz as canções de maneira firme e certeira. A dupla baixa e bateria vem com muito groove e balanço, com mãos e dedos soltos. O tracklist impressiona com uma coleção de canções bastante sólida, o que esconde o fato de estarmos ouvindo uma banda estreante. Entre elas, adorei o groove de “Waited All My Life”, a energia de “Higher”, o balanço de “Long Ride”, “Please Don’t Leave” e “Where Did We Go”.
O Heavy Feather é uma grande dica pra quem procura um som honesto e com vida, que olha para o passado com carinho e entrega de presente para o ouvinte uma música bem feita e que toca o coração de quem é fã dos incríveis anos 1970.
Belo disco, ótima estreia!
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