cala-me essa boca em mim
pouca fala para esconder que eu sinto
coisas fracas não são para lembrar
guarda e eu troco segredos por saudade
prende essa mão aqui
com a firmeza de quem temas vir
só não te afastes, não me sei esticar
água turva não deixa ver profundidade
que eu nunca disse
toma-me de assalto, pega em tudo
medo a dançar é um poema mudo
toma-me de assalto, pega em tudo
encontra-me cá
cavalo à solta, rédeas que eu larguei
pedra ao charco onde eu tropecei
cavalo à solta, rédeas que eu larguei
pedra ao charco onde eu tropecei
ouve o que eu digo quando eu não falo o silêncio embala
eu sei que sabes cola-te em mim, despe o que a idade não disfarça
eu saltei o espaço que existia o meio de nós já não se afasta
em qualquer parte do que restar nós somos tudo quanto baste
salga-me o corpo, entorna um golo, fundo do poço
agarra-me o dorso, enquanto eu me torço, peço-te um sopro
fuga ao suposto, toco o teu osso, foco o colosso
que eu nunca disse
toma-me de assalto, pega em tudo
medo a dançar é um poema mudo
toma-me de assalto, pega em tudo
encontra-me cá
cavalo à solta, rédeas que eu larguei
pedra ao charco onde eu tropecei
cavalo à solta, rédeas que eu larguei
pedra ao charco onde eu tropecei
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