Factrix ‎- Scheintot (1981)

 

Indiscutivelmente a banda mais presciente de todo o underground de São Francisco do final dos anos 70, a Factrix lançou apenas um LP de 7 polegadas e dois LPs pioneiros no início dos anos 80. Formados em 1978 por Cole Palme (ex-membro do grupo LAFMS Airway) e Bond Bergland (mais tarde do Saqqara Dogs), os dois inicialmente se autodenominavam Minimal Man e realizaram alguns shows junto com Patrick Miller (que viria a tem uma ótima carreira solo sob o apelido de MM). Logo eles recrutaram o baixista Joseph T. Jacobs (Bay of Pigs) e emergiram de seu porão no distrito de Mission com sua visão única das crescentes cenas pós-punk inglesas e nova-iorquinas. Os resultados foram paredes latejantes de eletrônicos danificados, reflexões líricas sombrias, baixo zumbido, guitarra penetrante e um Roland CR-78 modificado tocado a 1/4 de sua velocidade mais lenta.

O único álbum de "estúdio" da Factrix, Scheintot de 1981, é um trabalho sombrio, temperamental e penetrante que se torna mais contemporâneo a cada ano. Genuinamente perturbador por vezes e muitas vezes desorientador, filtra a influência de pares como Cabaret Voltaire e DNA através das sensibilidades sonoras e estruturais do The Velvet Underground. Uma obra-prima subestimada do início da era industrial/No Wave, Scheintot é um disco que obriga o ouvinte a tirar a agulha do ritmo esgotado e ouvir de novo e de novo. Julian Cope descreve melhor: "O Scheintot da Factrix merece ser experimentado várias vezes, de preferência na escuridão e em estado de quase exaustão (e/ou informado por produtos químicos psicoativos)."