Errática
Caetano Veloso
Errática
Caetano Veloso
Nesta melodia em que me perco
Quem sabe, talvez um dia
Ainda te encontre minha musa
Confusa
Esta estrada me escorre do peito
E tão sem jeito
Se desenha entre as estrelas da galáxia
Em fúcsia...
Bússolas não há na cor dos versos
Usam como senha tons perversos
Busco a trilha certa, matematicamente
Só sei brincar de cabra-cega
Errática
Chega
Neste descaminho, meu caminho
Te percorre a ausência
Corpo, alma, tudo, nada, musa
Difusa.
O sorriso do gato de Alice se se visse
Não seria menos ou mais intocável
Que o teu, véu
Pausa de fração de semifusa
Pode conter tão grande tristeza
Busco o estilo exato
A tática eficaz
Do rock ao jazz
Do lied ao samba
Ao brega
Errática
Chega
Escândalo
Caetano Veloso
Escândalo
Caetano Veloso
Ó doce irmã, o que você quer mais?
Eu já arranhei minha garganta toda
Atrás de alguma paz
Agora, nada de machado e sândalo
Você que traz o escândalo
Irmã-luz
Eu marquei demais, só vendo
Aprontei demais, tô sabendo
Mas agora faz um frio aqui
Me responda, tô sofrendo
Rompe a manhã da luz em fúria a arder
Dou gargalhada, dou dentada na maça da luxúria
Pra quê?
Se ninguém tem dó, ninguém entende nada
O grande escândalo sou eu aqui, só
Eu marquei demais, só vendo
Aprontei demais, tô sabendo
Mas agora faz um frio aqui
Me responda, tô sofrendo
Rompe a manhã da luz em fúria a arder
Dou gargalhada, dou dentada na maça da luxúria
Pra quê?
Se ninguém tem dó, ninguém entende nada
O grande escândalo sou eu aqui, só
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