01 - Vinho do Porto
Ana Maria Bahiana - Marlui Miranda
02 - No Pilar
Jararaca
03 - Pitanga
Capinan - Marlui Miranda
04 - Estrela do Indaiá
Xico Chaves - Marlui Miranda
05 - Olho d'água
Marlui Miranda
06 - Marimbondo
Xico Chaves - Marlui Miranda
07 - Grupo Krahó
Índios Krahó
08 - Acorda Maria Bonita
Volta Seca
09 - Herculano
Xico Chaves - Marlui Miranda
10 - Sodade meu bem, sodade
Zé do Norte
11 - Calypso
Geraldo Carneiro - Egberto Gismonti
Músicos
Grupo "Academia de Danças":
Zeca Assumpção, Zé Eduardo Nazário, Mauro Senise, Egberto Gismonti, Marlui Miranda
***********************************
Ana Maria Bahiana - Marlui Miranda
02 - No Pilar
Jararaca
03 - Pitanga
Capinan - Marlui Miranda
04 - Estrela do Indaiá
Xico Chaves - Marlui Miranda
05 - Olho d'água
Marlui Miranda
06 - Marimbondo
Xico Chaves - Marlui Miranda
07 - Grupo Krahó
Índios Krahó
08 - Acorda Maria Bonita
Volta Seca
09 - Herculano
Xico Chaves - Marlui Miranda
10 - Sodade meu bem, sodade
Zé do Norte
11 - Calypso
Geraldo Carneiro - Egberto Gismonti
Músicos
Grupo "Academia de Danças":
Zeca Assumpção, Zé Eduardo Nazário, Mauro Senise, Egberto Gismonti, Marlui Miranda
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"A família de Marlui Miranda sempre teve com a música uma relação de prazer. Sua mãe, sem nunca ter estudado ou mesmo tocado violão, foi quem afinou pela primeira vez o instrumento que Marlui havia ganho. Nesta época a família ainda morava em Fortaleza, onde Marlui nasceu em 1949. Quando tinha 5 anos, mudaram-se para o Rio de Janeiro, a partir de onde o pai, engenheiro, resolveu encarar o desafio de ajudar a construir Brasília. Era 1959.
Marlui começou a estudar violão no ginásio, em meio à efervescência cultural. Já na faculdade de Arquitetura, ela começou a freqüentar as reuniões que traziam à Brasília nomes como Jacob do Bandolim e Victor Assis Brasil. A música instrumental despertou em Marlui o gosto pela composição. O canto ficou escondido pela timidez. Apesar disso, em 68 ela ganhou o 1º prêmio como intérprete e compositora no Festival Estudantil da Universidade de Brasília. Marlui deixou a universidade e foi para o Rio disposta a viver de música.
Começou a cantar com Egberto Gismonti e através dele conheceu Taiguara, com quem viajou por todo Brasil fazendo shows como guitarrista do grupo que o acompanhava. Em meados de da década de 70 Marlui começou a estudar violão clássico com Jodacil Damasceno e Turíbio Santos. Passou a cantar e tocar violão com Jards Macalé e teve uma música sua, "Airecillos" , gravada por Ney Matogrosso no LP "Bandido".
Marlui também organizou, junto com o poeta Xico Chaves, o projeto "Circuito Aberto de MPB", realizado no Teatro Gil Vicente, Rio de Janeiro, e reunia novos artistas que tentavam vencer aqueles tempos difíceis de sufoco e censura dos anos 70. Depois de muitos shows como este, surgiu uma grande oportunidade: Marlui foi convidada pelo amigo Egberto a participar de seu grupo Academia de Danças. Foram mais de dois anos de excursões pelo Brasil, em apresentações onde Marlui cantava e tocava violão, percussão e cavaquinho.
Em 78 fez a sua primeira viagem a Rondônia e , em 79, lançou pela gravadora Continental seu primeiro LP, "Olho D'água". Gravado e mixado em apenas uma semana, o LP foi saudado com grande entusiasmo pela crítica. O ano seguinte foi uma maratona de shows pelo Brasil e um desejo de se aprofundar no conhecimento da música indígena , uma necessidade de pesquisa e reflexão.
Em 81, em companhia de seu companheiro, o fotógrafo Marcos Santilli, Marlui partiu para uma viagem de seis meses pelo rio Guaporé, Mamoré, Pacas Novas e tantos outros, todos em Rondônia, numa cuidadosa pesquisa e documentação de hábitos e músicas de índios e seringueiros, estabelecendo uma relação de objetividade com a natureza do lugar. Observando a relação do homem com aquele meio, Marlui aprendeu na prática a relacionar os fenômenos locais como parte de um todo e passou também a sentir necessidade de preservar o repertório musical daquele povo.
De volta a São Paulo, onde já vivia desde 78, Marlui preparou, gravou e finalmente lançou em 83 o segundo LP "Revivência". Já em esquema independente, contando com sua própria produtora, "Memória Discos e Edições", "Revivência" foi o primeiro resultado deste contato de Marlui com um Brasil geralmente esquecido e entregue à própria sorte. O segundo resultado das andanças de Marlui e Marcos Santilli foi a produção do LP " Paiter Merewá", com músicas feitas e cantadas pelos índios Suruís, de Rondônia. Esse Lp foi lançado em 85 e antes disso Marlui esteve envolvida na composição das trilhas sonoras dos filmes "Jarí" de Jorge Bodanszki e "Povo da Lua, Povo de Sangue", de Cláudio Andujar.
No final de 85 Marlui entrou em estúdio para gravar " Rio Acima ", LP que traz canções que nos remetem mais uma vez a um vasto e desconhecido país chamado Brasil. Marlui ganhou uma bolsa da John Simon Guggenheim Memorial Foundation para continuar a desenvolver seu projeto de recriação da música indígena da Amazônia Brasileira. Antes de ser um compromisso de trabalho, trata-se da certeza de um prolongamento de prazer e alegria. Afinal, o único compromisso da música de Marlui Miranda é com a qualidade." Márcio Gaspar (trechos do encarte do disco "Rio Acima" de Marlui Miranda)
Marlui começou a estudar violão no ginásio, em meio à efervescência cultural. Já na faculdade de Arquitetura, ela começou a freqüentar as reuniões que traziam à Brasília nomes como Jacob do Bandolim e Victor Assis Brasil. A música instrumental despertou em Marlui o gosto pela composição. O canto ficou escondido pela timidez. Apesar disso, em 68 ela ganhou o 1º prêmio como intérprete e compositora no Festival Estudantil da Universidade de Brasília. Marlui deixou a universidade e foi para o Rio disposta a viver de música.
Começou a cantar com Egberto Gismonti e através dele conheceu Taiguara, com quem viajou por todo Brasil fazendo shows como guitarrista do grupo que o acompanhava. Em meados de da década de 70 Marlui começou a estudar violão clássico com Jodacil Damasceno e Turíbio Santos. Passou a cantar e tocar violão com Jards Macalé e teve uma música sua, "Airecillos" , gravada por Ney Matogrosso no LP "Bandido".
Marlui também organizou, junto com o poeta Xico Chaves, o projeto "Circuito Aberto de MPB", realizado no Teatro Gil Vicente, Rio de Janeiro, e reunia novos artistas que tentavam vencer aqueles tempos difíceis de sufoco e censura dos anos 70. Depois de muitos shows como este, surgiu uma grande oportunidade: Marlui foi convidada pelo amigo Egberto a participar de seu grupo Academia de Danças. Foram mais de dois anos de excursões pelo Brasil, em apresentações onde Marlui cantava e tocava violão, percussão e cavaquinho.
Em 78 fez a sua primeira viagem a Rondônia e , em 79, lançou pela gravadora Continental seu primeiro LP, "Olho D'água". Gravado e mixado em apenas uma semana, o LP foi saudado com grande entusiasmo pela crítica. O ano seguinte foi uma maratona de shows pelo Brasil e um desejo de se aprofundar no conhecimento da música indígena , uma necessidade de pesquisa e reflexão.
Em 81, em companhia de seu companheiro, o fotógrafo Marcos Santilli, Marlui partiu para uma viagem de seis meses pelo rio Guaporé, Mamoré, Pacas Novas e tantos outros, todos em Rondônia, numa cuidadosa pesquisa e documentação de hábitos e músicas de índios e seringueiros, estabelecendo uma relação de objetividade com a natureza do lugar. Observando a relação do homem com aquele meio, Marlui aprendeu na prática a relacionar os fenômenos locais como parte de um todo e passou também a sentir necessidade de preservar o repertório musical daquele povo.
De volta a São Paulo, onde já vivia desde 78, Marlui preparou, gravou e finalmente lançou em 83 o segundo LP "Revivência". Já em esquema independente, contando com sua própria produtora, "Memória Discos e Edições", "Revivência" foi o primeiro resultado deste contato de Marlui com um Brasil geralmente esquecido e entregue à própria sorte. O segundo resultado das andanças de Marlui e Marcos Santilli foi a produção do LP " Paiter Merewá", com músicas feitas e cantadas pelos índios Suruís, de Rondônia. Esse Lp foi lançado em 85 e antes disso Marlui esteve envolvida na composição das trilhas sonoras dos filmes "Jarí" de Jorge Bodanszki e "Povo da Lua, Povo de Sangue", de Cláudio Andujar.
No final de 85 Marlui entrou em estúdio para gravar " Rio Acima ", LP que traz canções que nos remetem mais uma vez a um vasto e desconhecido país chamado Brasil. Marlui ganhou uma bolsa da John Simon Guggenheim Memorial Foundation para continuar a desenvolver seu projeto de recriação da música indígena da Amazônia Brasileira. Antes de ser um compromisso de trabalho, trata-se da certeza de um prolongamento de prazer e alegria. Afinal, o único compromisso da música de Marlui Miranda é com a qualidade." Márcio Gaspar (trechos do encarte do disco "Rio Acima" de Marlui Miranda)
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