...Uau, justamente quando eu pensei que os Dug Dug's haviam caído no lado negro da música com seu álbum açucarado intitulado "Cambia, Cambia" , eles me surpreenderam como uma BESTA com um álbum de proporções bíblicas, El Loco sem dúvida se torna um dessas obras EPIC. Falar do Loco é, sem dúvida, falar de uma obra de CULT, pois encontramos um pastiche sonoro muito bem conseguido, maduro, impecável, original, fresco e com incorporação de novos elementos na sua execução, sem dúvida uma obra magnífica e à frente de seu tempo que consiste em progressões, incursões eletrônicas, elementos folk, experimentação, incorporação de mellotrons e moog, atmosferas psicodélicas pesadas, toques de pop e gadgets psicodélicos que se consagram a fazer parte de um todo, portanto El Loco. consegue superar todas as suas expectativas anteriores e os eleva como uma banda LENDÁRIA, ah, sim, senhores, esse trabalho é uma merda total. Na minha humilde opinião El Loco reflete todo o potencial dos Dug Dug's a ponto de se tornar uma obra-prima já que apresenta 3 elementos básicos: 1) Inovação.- A banda experimenta novas propostas para criar novas expressões sonoras, citando El Loco, 2 ) Ótima performance.- Um álbum ROUND sem muitos pontos baixos e 3) Músicas memoráveis , citando Stupid People que começa fantasticamente com um novo elemento em sua performance, simplesmente ótima. Então temos um álbum ALTAMENTE RECOMENDADO que sempre surpreende e envolve do começo ao fim; Sem dúvida, El Loco é um daqueles álbuns que podem ser ouvidos de 2 formas: a) de forma típica, ou seja, de uma só vez, ou b) de forma aleatória. Sem dúvida, um DISCAZO que já faz parte das lendas do “México Ouro” dos anos 70.
El Loco é um disco muito especial, NÃO HÁ NADA QUE GOSTE OU SE APROXIMA , o seu conceito é louco e a sua performance está ao nível das grandes manifestações da época, basta ouvir clássicos como Let Me Breath ou La Flauta Del Fauno para capturar todo aquele material de fusão que a banda faz. É uma obra quase redonda, não tem muitas falésias embora as mais próximas de cortar esses “altos” sejam: Quiero verte e La gente; Essas músicas tem uma pegada pop bem brega para o meu gosto, mas CUIDADO para no final não atrapalhar a experiência da sessão, pois elas tem um sabor agradável, mesmo sendo enjoativas/adocicadas, elas sabem se conectar um hit e conecte-se com a vibe do álbum. No geral é uma experiência bastante enriquecedora, o que posso dizer da minha experiência com esta banda e principalmente com este trabalho, não muito mesmo, direi apenas que a expressão intensa e a sua performance esquizofrênica conseguem nos dar 33 minutos de pura, diversão rica e intensa. Ainda me lembro de quando ouvi pela primeira vez, que maneira de explodir os alto-falantes ao ritmo do penetrante EL LOCO. Excelente execução, boa execução instrumental, boa proposta e magnífica maquinação. A banda foi além para nos entregar um clássico que para mim está à altura dos grandes clássicos de Ouro como: Paranoid, Led Zeppelin II, Demons & Wizards, Fresh Cream, Revolver, entre outros. Dose de ácidos garantida com essa maravilha. Até nos vermos novamente.
Minidados:
*A partir de 1968, a banda mudou-se para Nova York e fez suas primeiras gravações originais em um estúdio local e decidiu retornar à Cidade do México, onde começaria a consolidar sua carreira, principalmente após ter participado do Avándaro Rock and Wheels Festival em setembro de 1971 e, ao mesmo tempo, lançaram seu primeiro álbum. Seus sucessos da época foram: "Lost in my world", "Let's make it now", "Cambia,cambio", "Smog" e "Al diablo con los gente". Eles conceberiam o resto de sua discografia sob censura do governo e da mídia durante as décadas de 1970 e 1980.
*Em 1960, formou-se na cidade de Durango uma banda chamada Xippos Rock, formada por alguns estudantes do ensino médio, naturais da cidade: Clemente Palencia (vocal), Roberto Miranda (guitarra) e Moises Muñoz (baixo). Algum tempo depois, enquanto frequentava a universidade no centro do país, Armando Nava foi convidado para o projeto; bem como Jorge Luján, ensinado por Nava em termos de tocar violão. Posteriormente, juntaram-se Sergio Orrante na bateria e Francisco Alcalde na voz, além de Jorge de la Torre na voz, que tocava pandeiro e violão. Com esse treinamento, passaram a tocar em rádios locais, utilizando como equipamento uma cadeira invertida e violões. Apresentando-se também em locais e teatros locais (como o teatro Ricardo Castro) bem como em algumas festas. As músicas que tocavam eram covers de bandas mexicanas da época, como Los Teen Tops, Los Locos del Ritmo, Los Rebeldes del Rock, Los Hooligans, etc.
01.Stupid People (Gente Tonta)
02.Let Me Breath (Dejame Respirar)
03.Joy To People (Alegria Para La Gente)
04.We Always Hate Your Manners (Odiamos Sus Maneras)
05.La Gente
06.El Loco
07.Quiero Verte (Junto A Mi)
08.La Flauta Del Fauno (Instrumental)
09.I Got My Emotion (Estoy En Onda)
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