domingo, 2 de junho de 2024

ALBUM DE ROCK SINFÔNICO - O Terço - O Terço (Memoria Da Música Brasileira) (1992)

 

Continuamos com um pouco do melhor do rock brasileiro e com a história de uma das primeiras bandas progressivas do interior do Rio, e muito famosa nos anos 70 em seu país. O nome do disco (homônimo) parece remeter ao primeiro disco desses brasileiros que mais tarde fariam história... mas não. A capa do disco é a de "Mudança De Tempo", mas nenhuma das duas. Esta é uma compilação de algumas músicas dos primórdios desses músicos brasileiros... E assim começamos mais uma sexta-feira de pura música, enquanto escolhemos o que vamos deixar para vocês curtirem no final de semana.


Artista: O Terço
Álbum: O Terço (Memória Da Música Brasileira)
Ano: 1992
Gênero: Rock sinfônico
Duração: 50:54
Nacionalidade: Brasil


Como sempre, considero essas compilações objetos de menor importância se comparadas aos LPs completos lançados, mesmo assim faz parte da história da banda porque retoma capítulos deixados de lado em seus primórdios, seja como uma reversão antecipada ou simplesmente porque a banda não lançava nada há muito tempo e a gravadora precisava de algum dinheiro, mas tanto faz, isso faz parte da história deles...
A informação é um tanto contraditória, pois embora pareça que este álbum foi colocado à venda em 1978, mas isso seria o mais lógico e que está documentado em alguns lugares que realmente aparece como datado de 1992. Ou talvez essa última data se refira a um lançamento em formato CD, mas a verdade é que não sei... e como as informações são contraditórias como a própria capa do disco, deixamos ele em 1992 e continuamos nossa trajetória na história da banda.
O Brasil se destacou entre os países “exportadores de música popular” pela facilidade com que seus ritmos entraram nos grandes mercados fonográficos. Às vezes com a ajuda do cinema, outras vezes como lembrança turística, as menos numerosas mas mais importantes, como expressão cultural amalgamada com os sentimentos das gentes que fundem as suas raízes. Porém, um fato curioso é que a bossa nova transcende e se torna um sucesso retumbante quando músicos norte-americanos a fundem com o jazz da Costa Oeste e outro fato não menos necessário destacar é que, embora o movimento progressista tenha começado no final dos anos sessenta através de figuras como Caetano Veloso e grupos como Sagrado Coração da Terra e Os Mutantes, os importantes artistas do rock progressivo brasileiro bebem muito de fontes externas, ora misturando o riquíssimo aspecto folclórico interno e sua tremenda carga histórica e étnica e social, ora simplesmente. evoluindo o que iniciaram seus antecessores, os cultistas do rock mais básico, o "rock tupiniquim" ou "beat" como era conhecido no México e na Argentina.
Progresiva 70


Os integrantes desta banda estiveram imersos na corrente do rock progressivo de produção europeia, ao contrário de outras bandas brasileiras recorreram a regionalismos para desenvolver sua música (embora às vezes este álbum tenha algumas reminiscências da Bossa Nova), que certamente tem um toque mais " internacional", embora sempre cantem em português. Desta forma, os teclados predominam numa tendência sinfónica embora não fujam de algumas melodias pop agradavelmente ornamentadas.
O Terço foi (é), sem dúvidas, uma das maiores bandas brasileiras de todos os tempos. A banda foi formada em 1969 com os seguintes integrantes: Sérgio Hinds (guitarra e voz), César de Mercês (baixo) e Vinícius Cantuária (bateria). O primeiro álbum foi lançado em 1970, com Jorge Amiden no lugar de César. O álbum era basicamente rock and roll dos anos 60, mas também influenciado pelo rock progressivo.
Em 1973 lançaram o álbum Terço, que consolidou o estilo do grupo. Assinando como uma grande banda de estilo country. Porém, foi em 1975 que lançaram o melhor disco de rock progressivo brasileiro: Criaturas da noite. Na época de O Terço tinha sua melhor formação: Sério Hinds, Moreno (bateria), Magrão (baixo) e Flávio Venturini (teclados, viola e voz). O álbum vendeu mais de mil cópias e foi o de maior sucesso da carreira do grupo. "1974", uma versão de "Criaturas da niite" pode ser considerada a melhor música progressiva nacional e só foi adaptada para peça de teatro nos EUA. Em 1976 foi lançado outro grande álbum com esse mesmo formato: "Haunted House". Desta vez o grupo investiu mais em uma mistura de elementos brasileiros como o rock.
Após o recorde de 76, Venturini deixou a banda para formar o 14 Bis. Com Magrão, Sérgio Hinds, Cezar de Mercês, Sérgio Caffa e Moreno, lançaram o álbum 78 "Mudança de tempo" em 1978.
Outra formação, com Sérgio Hinds, Zé Portugal (baixo), Franklin Paolillo (bateria) e Ruriá Duprat (teclados) só lançaria "Som Mais Puro" em 1983.
Foi um bom tempo sem lançar nada até assinarmos contrato com a Record Runner, lançando o CD "Time Travellers", em 1993. O álbum é muito bom, pois o grupo volta às raízes. A formação era a seguinte: Sérgio Hinds (vocal, guitarra), Luíz de Bomi (teclados), Andrei Ivanovic (baixo) e Franklin Paollilo (bateria). No ano seguinte lancei um CD gravado ao vivo com uma orquestra sinfônica.
Em 1996, The Third lançou um CD intitulado "Composers" pela gravadora Velas. A formação foi basicamente a mesma do álbum anterior e o álbum foi composto por clássicos da música popular brasileira como "Sangue Latino" dos Secos e Molhados.
O último álbum de estúdio com músicas inéditas do terceiro ano é "Spiral Words" e foi lançado em 1998. É progressivo com sons pop/rock; O CD traz duas releituras: "1974" e "Crucis" (de "Viajantes do Tempo"). A formação é a seguinte: Sérgio Hinds (guitarra e backing vocal), Edu Araújo (guitarra e vocal), Max Robert (baixo), Beto Côrrea (teclados) e Daniel Baeder (bateria).
Em 1999, André Gonzales assumiu a posição de Daniel Baeder na bateria e a banda lançou o álbum "Tributo a Raul Seixas", uma homenagem aos dez anos após a morte do grande roqueiro. O CD está muito em breve e é o título mais vendido da sua gravadora (Movieplay). Recentemente, Edu Araújo deixou a banda e para seu lugar foi recrutado Igor de Bruyn, que também integra o quarteto de cordas Kroma.
Gustavo Ávila


También resulta que más o menos por estas fechas esta gente hizo un recital en el Luna Park, en Buenos Aires, con mucho éxito al parecer, y aunque busqué algún registro o información no encontré nada así que no puedo agregar demasiado, pero queda como nota de cor.

Considerada na década de 70 como a melhor banda de rock do Brasil, também foi respeitada no show de MPB. Ganhou festivais como os de Juiz de Fora e Belo Horizonte. Classificado duas vezes no Festival Internacional da Canção. Durante 15 anos fez de 150 a 200 shows por ano em grandes salas de todo o país. Também alcançou público recorde (11 mil pessoas) no Luna Park, em Buenos Aires, além de fazer shows no No Miden, em Cannes (França) e em outros locais da Europa. Fomos convidados especiais no festival de rock progressivo da UCLA em Los Angeles. Hoje Flávio Venturini se dedica à carreira solo, Magrão ao 14 Bis e Sérgio Hinds, além de continuar lançando CDs progressivos e de fusão na Europa e no Japão como terceiro em outro formato, produzindo álbuns e trilhas sonoras.
JOW
 
 
Você pode ouvir o álbum em seu espaço no Spotify:
https://open.spotify.com/intl-es/album/7hW2ZEkEkSlfqWoo53GZLs



Track List:
Track List
01. Ei amigo
02. Volte semana que vem
03. Criaturas da noite
04. Jogo das pedras
05. Gente do interior
06. Mudança de tempo
07. Blues do Adeus
08. Flor de la noche
09. Luz de navegar
10. Estava quando vi aquela lua passar
11. Casa Assombrada
12. Solaris
13. Pássaro

Formação:
- Sergio Hinds / guitarra, baixo, voz
- Vinicius Cantuaria / bateria, percussão
- Jorge Amiden / guitarras
- Cezar de Mercês / baixo, flauta e voz
- Vinícius Cantuária / bateria e voz
- Luiz Moreno / bateria, percussão e voz voz
- Sérgio Kaffa / teclados, baixo
- Ivo de Carvalho / guitarra


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