A Rosa da madrugada
Letra de Henrique Rego
Desconheço se esta letra foi gravada
Publico-a na esperança de obter informação credível
Academia da Guitarra e do FadoDesconheço se esta letra foi gravada
Publico-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela
A Rosa que há muito andava
Fazendo da noite dia
Numa vida desolada
No bairro onde morava
Toda a gente a conhecia
P’la Rosa da Madrugada
Uma noite em que as estrelas
No céu, a pátria da luz
Fazendo da noite dia
Numa vida desolada
No bairro onde morava
Toda a gente a conhecia
P’la Rosa da Madrugada
Uma noite em que as estrelas
No céu, a pátria da luz
Lembravam gotas de mel
A rosa, pelas vielas
Arrastava a sua cruz
A rosa, pelas vielas
Arrastava a sua cruz
Feita de pranto e de fel
Já exausta, então, parou
Junto ao portal, muito velho
Já exausta, então, parou
Junto ao portal, muito velho
Duma taberna qualquer
E, embevecida, escutou
O mais salutar conselho
E, embevecida, escutou
O mais salutar conselho
P’ra vida duma mulher
Revestida de amargura
Com a sua carne viva
Revestida de amargura
Com a sua carne viva
Presa à sorte que a abastarda
Seguiu p’la viela escura
Cabisbaixa, pensativa
Seguiu p’la viela escura
Cabisbaixa, pensativa
Direita à sua mansarda
E ao surgir a luz da aurora
Jurou, por alma dos pais
E ao surgir a luz da aurora
Jurou, por alma dos pais
Tornar-se mulher honrada
Saiu do bairro p’ra fora
E nem sombra se viu mais
Saiu do bairro p’ra fora
E nem sombra se viu mais
Da Rosa da Madrugada
A Rosa da Mouraria
Frederico de Brito / Martinho d'Assunção
Repertório de Carlos Ramos
Constou pela Mouraria
Que a Rosa ao sair de casa
Ia quase como louca
E a mostrar como sofria
Tinha os olhos numa brasa
E espuma ao canto da boca
Há quem diga que o rapaz
Ainda lhe pediu à porta
Que pensasse o que fazia
Ela nem olhou p'ra trás
Parecia que estava morta
Por sair da Mouraria
Altas horas
Lá dentro uma luz enorme
Mostra bem que ele nem dorme
Que nem descansar consegue
Até a porta
Que dantes estava trancada
Fica apenas encostada
À espera que a Rosa chegue
Os que ali passam, reparam
Na falta que a Rosa faz
Vendo os vasos na parede
As sardinheiras secaram
E até um cravo lilás
Caiu, mortinho de sede
Mas naquele triste dia
Em que ocorreu esta cena
Contaram tudo em voz alta
E agora na Mouraria
Fala-se à boca pequena
Que a Rosa faz muita falta
A Rosa e o Chico
Letra e música de Joaquim Pimentel
Repertório de Tezesinha Alves
Ali naquela janela
Daquele primeiro andar
Lá está a Rosa atrás dela
P’ra ver o Chico passar
O Chico, que sabe disso
Numa atitude engraçada
Atira um ar de derriço
Que deixa a Rosa corada
E lá na Lapa, a ninguém escapa
Aquele namorico
O bairro deseja levar à igreja
A Rosa e o Chico
E vê-los depois, unidos os dois
Em amor e graças
Naquela janela, naquela janela
Da rua da Praças
Não mais atrás da vidraça
A Rosa vem p'rá janela
Porque o Chico quando passa
Não passa, fica ao pé dela
E no meu canto isolado
Fico de longe a olhar
Aquele amor sem pecado
Que tanto dá que falar
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