A rua do desencontro
Jerónimo Bragança / Nóbrega e Sousa
Repertório de Estela Alves
Alguém me encontrou
Alguém me perdeu
Na rua do desencontro
Nem eu me encontro
Já não sou eu
Perdida por ti
Perdida de ti
Sou isto que sou agora
Deitem-me fora, vou por aí
Meu rasto no chão
Traz sonhos perdidos
Nos braços caídos
Não há sequer uma ilusão
Alguém me encontrou
Alguém me perdeu
No mundo do desengano
O teu engano também foi meu
Amada por ti
Beijada por ti
Sou isto que sou agora
Não houve aurora quando nasci
Só tenho de meu os restos de nada
Na boca rasgada
Nem o sabor dum beijo teu
Pois quem me encontrou
Também me perdeu
A rua do silêncio
António Sousa Freitas / Joaquim Campos *fado alexandrino*
Repertório de Carlos do Carmo
Na rua do silêncio é tudo mais ausente
Até foge o luar e até a vida é pranto
Não há juras de amor, não há quem nos lamente
E o sol quando lá vai é p’ra deitar quebranto
Na rua do silêncio o fado é mais sombrio
E as sombras duma flor não cabem lá também
A rua tem destino e o seu destino frio
Não tem sentido algum, não passa lá ninguém
Na rua do silêncio as portas 'stão fechadas
E até o sonho cai, sem fé e sem ternura
Na rua do silêncio há lágrimas cansadas
Na rua do silêncio é sempre noite escura
Repertório de Carlos do Carmo
Na rua do silêncio é tudo mais ausente
Até foge o luar e até a vida é pranto
Não há juras de amor, não há quem nos lamente
E o sol quando lá vai é p’ra deitar quebranto
Na rua do silêncio o fado é mais sombrio
E as sombras duma flor não cabem lá também
A rua tem destino e o seu destino frio
Não tem sentido algum, não passa lá ninguém
Na rua do silêncio as portas 'stão fechadas
E até o sonho cai, sem fé e sem ternura
Na rua do silêncio há lágrimas cansadas
Na rua do silêncio é sempre noite escura
A rua dos desejos
Letra e musica de Manuel Fernandes
Repertório de Manuel Fernandes
Foi na rua do desejo
Que ele encontrou sua amada
Disse apenas um gracejo
Não gostou, ficou zangada
Não deixou de a acompanhar
Não deixou de a acompanhar
Dizendo: se não se importa
Gostava de conversar
Gostava de conversar
Que o amor bateu-me à porta
Mas quem lhe deu confiança
Mas quem lhe deu confiança
P'ra falar comigo assim?
Repare que a vizinhança
Repare que a vizinhança
Não deixa de olhar p'ra mim
Se o teu olhar é só meu
Se o teu olhar é só meu
Minha vida será tua
Foi sina que Deus nos deu
Foi sina que Deus nos deu
Morarmos na mesma rua
Se dás conta do que faço
Se dás conta do que faço
Se dou conta do que fazes
Vizinha, dá-me o teu braço
Vizinha, dá-me o teu braço
E vamos fazer as pazes
Pazes feitas deu ensejo
Pazes feitas deu ensejo
P'ra deixarem de brigar
Pois na rua do desejo
Pois na rua do desejo
Já nasceu um novo lar
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