Lado A: The Rhythm Divine
Lado B: Dr. Van Steiner
Mercury, 1987
São sempre desafiantes e muitas vezes frutuosos os diálogos entre gerações diferentes de músicos. E entre finais dos oitentas e inícios dos noventas uma série de vozes de outros tempos conheceram nova visibilidade através de colaborações com os nomes que então estavam sob o foco das atenções. Os Pet Shop Boys com Dusty Springfield ou Liza Minelli, os KLF com Tammy Wynette, os Bronski Beat com Eartha Kitt, Marc Almond com Gene Pitney, os Art Of Noise com Tom Jones e, no caso que hoje destacamos, os Yello com Shirley Bassey.
A canção, que conta com co-autoria de Billy McKenzie (a voz dos Associates, que surge também aqui nos coros), foi composta já com a voz da cantora em mente. “The Rhythm Divine” cruza os climas das novas eletrónicas – e os registos de produção do seu tempo – com o sentido clássico da canção romântica de grande aparato que a obra da cantora sempre conhecera. Aparentemente distantes, os dois mundos juntaram-se num episódio simplesmente inesquecível.
O tema surgiu em 1987, num momento em que singles como “Vicious Games” (1985) e “Goldrush” (1986) já tinham elevado os Yello – originários da Suíça – a um patamar de reconhecimento global e então com inesperada visibilidade mainstream. “The Rhythm Divine” surge ainda no alinhamento do álbum “One Second”, que os Yello editaram em 1987.
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