Há 42 anos, no último trimestre de 1982, RITA LEE lançava Rita Lee e Roberto de Carvalho, 10°. álbum de estúdio da artista paulista.
O projeto foi realizado por Rita e seu marido Roberto durante um período de altíssima popularidade da artista, que tinha recém gravado um álbum em espanhol -- Baila Conmigo, lançado no mercado internacional em 1983 -- e um videoclipe no México. As sessões de gravação do novo álbum ocorreram nos Estúdios SIGLA, no Rio de Janeiro e São Paulo, sob produção de Rita, Roberto e Max Pierre, e mantiveram a fórmula de sucesso dos três discos anteriores, com sonoridade voltada à new wave e pop rock, inclusive com a parceria de músicos como Lincoln Olivetti, Robson Jorge e Roupa Nova.
O álbum contou com grandes hits da carreira de Rita Lee através das músicas "Flagra", encomendada para a telenovela Final Feliz (1982-1983), da TV Globo, e cujo verso "chupando drops de anis" fez com que inicialmente a canção fosse censurada, para então ser liberada; e "Cor-De-Rosa Choque", composta sob encomenda da Rede Globo para o programa diário TV Mulher (1980-1986) que e desejava, segundo Rita Lee, como música de abertura "algo que expressasse o universo feminino com conhecimento de causa, o definitivo hino das fêmeas planetárias com sotaque brazuquês", de modo que a cantora utilizou "palavras-chaves como Eva, menstruação, sexto sentido, gato borralheira, dondoca, sexo frágil, culminando com o refrão-ameaça: 'Não provoque, é cor-de-rosa choque'".
Além disso, João Gilberto participa como convidado na canção "Brazil com S", que teve sua gênese numa viagem de avião entre Portugal e Nova Iorque em que Rita Lee e Roberto de Carvalho conversavam sobre a grafia de "Brasil". Outros destaques incluem as faixas "Barriga Da Mamãe", "Só De Você" e "O Circo". Na fotografia de capa, por sua vez, Rita e Roberto estão num cenário de plástico azul, à semelhança de uma piscina ou mar.
Também conhecido como Flagra, o álbum Rita Lee e Roberto de Carvalho foi lançado pela EMI no último trimestre de 1982 e rapidamente tornou-se um grande sucesso comercial, vendendo cerca de 2 milhões de cópias no Brasil. O disco ganhou um musical para TV, dirigido por Daniel Filho, intitulado O Circo e que, segundo Rita Lee, era uma "superprodução" da TV Globo, "com palco giratório e figurinos exuberantes". Depois da gravação do programa, a banda saiu em turnê pelo país, com quatro caminhões transportando a estrutura do musical. Mais recentemente, o álbum foi relançado pela Universal sem a faixa "Brazil Com S", provavelmente por divergência de direitos autorais.
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