A vida por ti
Letra e música de Angelo Freire
Repertório de Sandra Correia
A vida é como a escada em caracol
Que dá voltas e voltas e não cansa
A vida não é mais que um girassol
Que ao sol nega o olhar duma lembrança
Não sei como é viver sem teu viver
No limite do céu, o teu olhar
Me faz compreender o teu sofrer
E ter esta vontade de te amar
Palavras que ao mar eu entreguei
Palavras que dei pra te encontrar
Palavras que ao meu coração neguei
Deixando o meu silêncio ao acordar
Palavras que ao mar eu entreguei
Num porto distante ao acordar
Perdoa, meu amor, porque sonhei
O sonho de não querer mais acordar
Distância que me aperta o coração
Aperto que me afunda num vazio
Vazio que é apenas ilusão
Do amor que a pouco e pouco me é tardio
Confio a minha vida ao teu caminho
Nos caminhos traçados pela mão
Confia a tua vida ao meu carinho
O aperto que me afunda o coração
A vida que eu sofro em ti
Vasco de Lima Couto / Alfredo Duarte *fado mocita dos caracóis*
Repertório de Beatriz da Conceição
Trago minha voz cansada
Cansada de solidão
Por cantar este meu fado
Que é teu corpo decepado
Dentro do meu coração
Peço ao vento essa coragem
Repertório de Beatriz da Conceição
Trago minha voz cansada
Cansada de solidão
Por cantar este meu fado
Que é teu corpo decepado
Dentro do meu coração
Peço ao vento essa coragem
Que anda na tua memória
Sou maré alta no olhar
Porque é nos longes do mar
Sou maré alta no olhar
Porque é nos longes do mar
Que roubam a nossa história
Na angústia do nosso quarto
Na angústia do nosso quarto
Cheio de sombras aflitas
Vivo as palavras paradas
As saudades esmagadas
Vivo as palavras paradas
As saudades esmagadas
Que tu nas cartas me gritas
Anda o tempo devagar
Anda o tempo devagar
Parece que se esqueceu
Ó meu amor, nesta espera
Como eu sofro a primavera
Ó meu amor, nesta espera
Como eu sofro a primavera
Que a tua vida me deu
A vida que há na saudade
Tiago Torres da Silva / Alfredo Duarte *fado cravo*
Repertório de Cristina Nóbrega
Quando o silêncio me diz
Que a vida está por um triz
E eu sei que fala verdade
Vou pra trás duma guitarra
E a minha voz agarra
A vida que há na saudade
Vem um fado e outro fado
E o coração cansado
Diz que não quer sofrer tanto
Porque já sabe de cor
O que lhe faz o menor
De cada vez que o canto
Mas o guitarrista toca
Uma guitarra que evoca
Outra guitarra mais triste
Está guardada no meu peito
E toca um fado que é feito
Da dor mais forte que existe
Ao escutá-la no meu sangue
O meu coração exangue
Volta a bater com vontade
E é nas cordas da viola
Que a minha vida se enrola
Na vida que há na saudade
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