terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Frumpy - 2

 



Hard rock com teclado, daquele período de 1 a 2 anos entre bandas de jam psicodélicas e prog. A princípio parece muito datado, mas logo o entusiasmo da execução se torna contagiante. O melhor é a faixa final, sobre um jovem que é forçado a lutar pelos nazistas e seus pais equivocados que acham que "atender ao chamado do Estado" é honroso.

Excelente rock progressivo pesado da Alemanha. Bons vocais femininos e, antes de tudo, um ótimo órgão Hammond de Jean-Jacques Kravetz. Também há guitarras solo competentes de Rainer Baumann. Uma mistura de Satin Whale, 2066 & Then e Wind.

Um pouco progressivo demais às vezes, mas com uma névoa jazzística psicodélica suficiente para me manter envolvido, mesmo que não represente as profundezas mais profundas que o krautrock tem a oferecer.

Nunca uma voz feminina me tocou tanto, mas Inga Rumpf tem um charme especial e um poder incrível. Não há dúvidas de que um dos fatores importantes do Frumpy é seu trabalho vocal, mas não para por aí, não senhores, não dá para dar crédito somente a ela, mas também aos demais integrantes da banda, especialmente ao lendário Jean-Jacques Kravetz que graças à sua performance nos teclados faz a magia fluir e quando ambos se combinam e se juntam ao restante dos integrantes nos deparamos com músicas como Good Winds (uma música maravilhosa que consegue ser uma manifestação calorosa de um Hard Prog de cunho sinfônico e atmosferas ecléticas). A banda deixa claro seu conceito com esse lançamento e é que esse trabalho (EL BASICO) se consagra, pois aqui há muita maturidade e uma dinâmica que flui na superfície. Sem dúvida um grupo maravilhoso e um álbum que me impactou de uma forma única. A voz, os arranjos, a performance, tudo se encaixa bem aqui. Não há dúvidas de que estamos diante de um dos maiores expoentes do Rock Progressivo dos anos 70. Mas chega de conversa fiada sobre Frumpy ; Agora vamos ao que interessa, o que vamos encontrar. Aqui estão minhas impressões.

2 é um trabalho poderoso, uma mistura de Hard Rock do início dos anos 70 e Prog inicial. Seu som é pesado, mas adornado com arranjos de natureza progressiva e uma visão sinfônica. Apresenta teclados "luminosos" que exalam um ar de aromas psicodélicos e uma voz que penetra profundamente e faz os espaços vazios ressoarem. A influência se infiltra em 2 pontos que destacam o álbum, por um lado a atmosfera eclética me lembra um pouco a visão do Curved Air e por outro a base instrumental assume uma abordagem mais "sinfônica pesada", bandas como Emerson, Lake & Palmer, Atomic Rooster ou Uriah Heep vêm à mente, mas também a graça pseudoprogressiva de Jon Lord. Portanto, o som aqui é algo que realmente te contagia, porque quando ele é misturado à voz de Inga com "o som" se torna uma experiência soberba, a banda deixa uma marca especial. Sua fórmula não oferece nada de novo, mas dentro das linhas da música progressiva do início dos anos 70 já marcava um distanciamento diferente do que estava sendo preparado na velha Alemanha. A banda deixou claro que na Alemanha não se tratava apenas do "novo som" (Krautrock). É bem sabido que Frumpy foi uma contra-resposta ao progressismo que estava surgindo no resto do mundo. Então é claro dizer que aqui encontraremos 3 coisas importantes: 1) arranjos complexos , 2) mudanças de tempo e 3) foco na tecnicidade e no perfeccionismo.  2 transmite ao ouvinte uma experiência gratificante, basta ouvir Duty para captar todo esse transbordamento de energia e essa investida lasciva nos teclados (preste atenção nos últimos minutos da faixa, do minuto 09:43 ao minuto 10:43 é uma viagem rumo ao melhor do rock sinfônico). Até mais.

Curiosidades:
*Frumpy foi uma banda alemã de rock progressivo/krautrock sediada em Hamburgo, ativa entre 1970-1972 e 1990-1995. Formada após a separação da banda de folk rock The City Preachers, a Frumpy lançou quatro álbuns entre 1970 e 1973 e alcançou considerável sucesso comercial.

*Eles se separaram em 1972, embora os vários membros tenham trabalhado juntos em vários momentos nas duas décadas seguintes e se reunido em 1989, produzindo mais três álbuns ao longo de cinco anos, após os quais se separaram novamente.

01. Good Winds
02. How The Gipsy Was Born
03. Take Care Of Illusion 
04. Duty





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