Podem me chamar de herege ou o que for, mas descobri o Van Halen só agora. Obviamente eu ouvia falar (muito bem) da banda, mas acabava que o som não me pegava, digamos assim. O tempo passou, descobri várias coisas novas e diferentes de tudo o que eu estava acostumado a ouvir, e eis que resolvo dar uma nova chance a trupe do fritador Eddie Van Halen.
Me decidi por dar uma conferida em Fair Warning, um disco um pouco ofuscado da discografia deles. Lançado em 1981, foi o que teve menos vendagens de toda a fase Roth. Mas é o Van Halen em seu auge. Qualidada é o que não falta. Por isso, minha reação foi a melhor possível (cheguei a ouvir a pepita por quatro vezes seguidas).
Durante as sessões de gravação do álbum, as tensões entre os membros começaram a aparecer, principalmente entre Diamond Dave e Eddie. O desejo do frontman (e que frontman) era dar ênfase à influência pop, enquanto o guitarrista optava por uma sonoridade mais sombria, fazendo uso de sintetizadores e teclados. Como podemos ver, a vontade do último prevaleceu.

Outro problema eram as altas bebedeiras e o consumo por vezes abusivo de cocaína por parte de Eddie. Mesmo assim, ele se mostra tão bom como sempre foi nas cordas; o punch e o feeling estão intactos. Michael Anthony se supera a cada faixa, mandando linhas de baixo matadoras e incrementando peso à cozinha formada junto com o excepcional Alex Van Halen. Quanto a David, sua performance é perfeita.
A capa é uma obra de William Korelek chamada "O Labirinto" que foi pintada enquanto ele estava sendo tratado de esquizofrenia. Representa sua brutal infância vivida no Canadá durante A Grande Depressão. Curiosamente, o clima do disco é totalmente diferente, com andamentos acelerados: totalmente alto astral, mesmo com o uso por vezes sombrios dos teclados e sintetizadores (coisa que é maximizada na instrumental Sunday Afternoon in the Park).
O sucesso não foi possível por causa da ausência de um hit. O que mais chegou perto disso foi o single "So This Is Love?". No entanto, aqui está mais uma obra-prima do Van Halen que faltava na Combe. Destaques são impossíveis, já que o álbum possui nove faixas totalmente avassaladoras e de uma qualidade inegável. O único defeito é a duração, que não chega aos trinta e dois minutos. Uma pena, realmente, mas nada te impede de apertar play por uma segunda (ou terceira e quarta, como eu fiz) vez, não é?
Ouça no máximo, de preferência direto do vinil (para os privilegiados que têm essa maravilha) ou, então, com os headphones no talo. Foda! Ponto.
David Lee Roth - vocais
Eddie Van Halen - guitarras, sintetizadores, teclados, backing vocals
Alex Van Halen - bateria
Michael Anthony - baixo, backing vocals
01. Mean Street
02. Dirty Movies
03. Sinner's Swing!
04. Hear About It Later
05. Unchained
06. Push Comes to Shove
07. So This Is Love?
08. Sunday Afternoon in the Park
09. One Foot Out of the Door
Me decidi por dar uma conferida em Fair Warning, um disco um pouco ofuscado da discografia deles. Lançado em 1981, foi o que teve menos vendagens de toda a fase Roth. Mas é o Van Halen em seu auge. Qualidada é o que não falta. Por isso, minha reação foi a melhor possível (cheguei a ouvir a pepita por quatro vezes seguidas).

Outro problema eram as altas bebedeiras e o consumo por vezes abusivo de cocaína por parte de Eddie. Mesmo assim, ele se mostra tão bom como sempre foi nas cordas; o punch e o feeling estão intactos. Michael Anthony se supera a cada faixa, mandando linhas de baixo matadoras e incrementando peso à cozinha formada junto com o excepcional Alex Van Halen. Quanto a David, sua performance é perfeita.
A capa é uma obra de William Korelek chamada "O Labirinto" que foi pintada enquanto ele estava sendo tratado de esquizofrenia. Representa sua brutal infância vivida no Canadá durante A Grande Depressão. Curiosamente, o clima do disco é totalmente diferente, com andamentos acelerados: totalmente alto astral, mesmo com o uso por vezes sombrios dos teclados e sintetizadores (coisa que é maximizada na instrumental Sunday Afternoon in the Park).
O sucesso não foi possível por causa da ausência de um hit. O que mais chegou perto disso foi o single "So This Is Love?". No entanto, aqui está mais uma obra-prima do Van Halen que faltava na Combe. Destaques são impossíveis, já que o álbum possui nove faixas totalmente avassaladoras e de uma qualidade inegável. O único defeito é a duração, que não chega aos trinta e dois minutos. Uma pena, realmente, mas nada te impede de apertar play por uma segunda (ou terceira e quarta, como eu fiz) vez, não é?
Ouça no máximo, de preferência direto do vinil (para os privilegiados que têm essa maravilha) ou, então, com os headphones no talo. Foda! Ponto.
David Lee Roth - vocaisOuça no máximo, de preferência direto do vinil (para os privilegiados que têm essa maravilha) ou, então, com os headphones no talo. Foda! Ponto.
Eddie Van Halen - guitarras, sintetizadores, teclados, backing vocals
Alex Van Halen - bateria
Michael Anthony - baixo, backing vocals
01. Mean Street
02. Dirty Movies
03. Sinner's Swing!
04. Hear About It Later
05. Unchained
06. Push Comes to Shove
07. So This Is Love?
08. Sunday Afternoon in the Park
09. One Foot Out of the Door


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