Há 42 anos, em 2 de maio de 1983, o New Order lançava Power, Corruption & Lies, segundo álbum de estúdio da banda britânica. 
Após o fim abrupto do Joy Division em 1980, Bernard Sumner (guitarra/voz), Peter Hook (baixo) e Stephen Morris (bateria) decidiram continuar juntos, adicionando Gillian Gilbert nos teclados para completar a nova formação como quarteto. O grupo manteve elementos do pós-punk inicial, mas passou a incorporar influências crescentes da música eletrônica, especialmente após o contato com a cena clubber de Nova York e com novas tecnologias musicais. O primeiro álbum, Movement (1981), ainda carregava a sombra do Joy Division, mas Power, Corruption & Lies foi concebido com um foco renovado na autonomia criativa e sonora da nova banda.
Produzido pelo próprio New Order, com engenharia de Michael Johnson, o álbum foi gravado nos Britannia Row Studios, em Londres, entre setembro de 1982 e janeiro de 1983. Sua elaboração levou cerca de quatro meses. Musicalmente, o disco transita entre o synthpop, a new wave e elementos do dance-rock, com texturas eletrônicas, batidas programadas e linhas de baixo marcantes. As letras abordam temas como desejo, alienação e ambiguidade emocional, muitas vezes de forma fragmentada e enigmática. Embora o single “Blue Monday” — lançado pouco antes do álbum — não esteja presente na edição original britânica, ele é frequentemente associado ao disco por sua importância estética e comercial. A icônica capa, desenhada por Peter Saville, não traz o nome da banda nem do álbum, apenas um código de cores inspirado numa pintura de Henri Fantin-Latour, simbolizando um afastamento das convenções da indústria musical.
Power, Corruption & Lies foi lançado pelo selo Factory Records e recebeu aclamação crítica por sua inovação e impacto no som da década de 1980. Embora não tenha obtido sucesso imediato em vendas nos Estados Unidos, teve desempenho significativo no Reino Unido, alcançando o #4 na UK Albums Chart. Com o tempo, Power, Corruption & Lies passou a ser considerado um marco da música alternativa e eletrônica, influenciando profundamente artistas e bandas posteriores em gêneros como techno, indie rock e synthpop.

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