domingo, 2 de novembro de 2025

Há 17 anos, no dia 30 de outubro de 2008, José Mário Branco subia ao palco da Culturgest

Há 17 anos, no dia 30 de outubro de 2008, José Mário Branco subia ao palco da Culturgest para apresentar 'Mudar de Vida – 2', um espetáculo concebido especialmente para o Grande Auditório, depois da estreia, no ano anterior, na Casa da Música, no Porto. Em 2007, o músico tentara trazer o concerto a Lisboa, sem sucesso; um ano depois, o convite da Culturgest concretizou esse desejo e permitiu-lhe apresentar finalmente a canção na capital. Por duas noites consecutivas — 30 e 31 de outubro —, José Mário Branco esgotou a lotação da Culturgest, tal como já o fizera na Casa da Música, a 30 de abril de 2007.
O concerto reuniu em palco alguns dos músicos que o acompanharam ao longo da vida — José Peixoto, Carlos Bica, Rui Júnior, Filipe Raposo e Guto Lucena —, um quarteto de cordas liderado por Luís Morais e, como convidados especiais, os Gaiteiros de Lisboa, grupo com o qual José Mário Branco colaborara na sua primeira fase, enquanto produtor e arranjador.
A canção daria mais tarde nome ao documentário 'Mudar de Vida – José Mário Branco, Vida e Obra', realizado por Nelson Guerreiro e Pedro Fidalgo. Finalizado em 2013, o filme só viria a estrear-se a 25 de abril de 2014, no festival IndieLisboa. A edição em DVD aconteceria apenas três anos depois, em 2016, por falta de apoios.
“O Mudar de Vida é apresentado em três partes”, referia José Mário Branco ao Diário de Notícias em 2008. “Ouve-se no início — apesar de começar com um tema inédito que escrevi para Lisboa, intitulado Vamos Embora —, depois, no meio, aparece outra vez, antes de fechar o espetáculo com o Mudar de Vida final.”
Pelo meio, soaram diversas canções retiradas de 'Resistir é Vencer' (2004), mas também de outros registos gravados desde a década de 1970, variando entre momentos abertamente políticos e outros mais intimistas.
José Mário Branco, que via na canção uma forma de ação e de consciência, lembrava então: “Se não gostamos da vida que temos, temos de a mudar — ela não muda sozinha.”



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