Geddy Lee admira Phil Collins especialmente como baterista e chegou a dizer que ele foi um dos maiores do rock and roll. “No auge da carreira, Phil Collins era um dos maiores bateristas de rock que se podia encontrar. Então, ele pode fazer o que quiser, mas com aquele som brilhante e poderoso de bateria que gravou para ‘In the Air Tonight’, ele inadvertidamente deu um mau exemplo para os imitadores usarem em excesso! Era um sinal dos tempos, com certeza. Assim como a guitarra twangy era na época de Speedy West. Cada período tem um som que se torna o seu cliché característico”, disse Geddy Lee na sua autobiografia “My Effin’ Life”.
O vocalista do Rush também mencionou Collins como um dos seus heróis quando questionado pelo That Metal Show em 2015 sobre com quais bateristas ele gostaria de tocar. “Phil Collins tocava bateria nos primeiros dias do Genesis, ele era um dos meus heróis. (Ele é um dos) caras com quem seria legal tocar”, disse ele.
Embora goste de Phil Collins, a era favorita de Geddy no Genesis é aquela com Peter Gabriel nos vocais, já que é o período mais progressivo do rock, que inspirou enormemente o Rush. Como ele disse ao The Quietus em 2012, o álbum “Nursery Crime” (1971) é um dos seus favoritos de todos os tempos. “Bem, eu era um grande fã do Genesis e de Peter Gabriel. Foi quando descobri pela primeira vez a noção de um ‘conceito’ e que ele poderia ser um lugar aventureiro e animado, e nada enfadonho."
“É um disco muito divertido e envolvente. Apaixonei-me pelo som dele. Fiquei totalmente fascinado e queria saber como eles tinham feito isso. Isso faz parte das raízes do Rush. A criação de um conceito flexível. As semelhanças são óbvias”, disse Geddy Lee. Esse foi o primeiro álbum a contar com Phil Collins como baterista da banda e também com o guitarrista Steve Hackett. Tinha músicas como “The Musical Box” e “Harlequin”.
Houve muitos shows incomuns na década de 1970 e, quando Lou Reed fez uma turnê pelo Canadá em 1973, o Genesis foi a banda de abertura. Essa foi a primeira vez que Geddy Lee teve a chance de ver a banda se apresentar. Mas como ele não gostava da música do vocalista do Velvet Underground na época, saiu após o show. “Eu me interessei pelo Genesis logo no início. Um amigo meu me apresentou a eles. (Foi) bem na época em que eles estavam lançando ‘Nursery Crime’ e ‘The Musical Box’, os primeiros álbuns do Genesis. Para mim, muito mais do que os álbuns posteriores, os primeiros eram incríveis porque eram álbuns conceituais e muito complexos.”
«Eles tinham momentos lindos, momentos complexos, a voz de Peter Gabriel no sentido de showmanship. Lembro-me de quando eles vieram tocar em Toronto pela primeira vez. Eles estavam a abrir o show do Lou Reed, acredita se quiser. Todos esses fãs enormes do Genesis foram ao show. Eles superavam em número os fãs do Lou Reed naquele show, e o show atrasou. Acho que nem todo o equipamento deles chegou. O show de luzes não chegou a tempo.»
“Então eles subiram ao palco e tocaram o seu repertório, e nós ainda ficámos impressionados ao ouvir. Acho que eles abriram com ‘Watcher Of The Skies’. Depois do show, todos nós fomos embora (risos). O pobre Lou Reed teve que entrar quando as pessoas estavam basicamente a sair. Senti pena dele, mas foi uma combinação estranha.”

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