Look to the Rainbow (1966)
Que legal, mais um álbum da Astrud Gilberto que eu não tinha, e em ótimo estado. Todos eles me custaram 69 centavos cada, o que me deixa ainda mais feliz. Começa quase sério, mas a voz doce e inspiradora da Gilberto nunca deixa a poeira baixar. Ela está ganhando confiança como cantora, e os arranjos ainda não estão saturados como em Windy. Ela soa mais frágil do que nunca aqui. Dá para imaginar os bêbados pedindo ela em casamento no barzinho da esquina. Como sempre, as músicas em português dão um toque especial. Algumas pessoas comentaram que a faixa B1 é a origem da música "Smoke on the Water" do Deep Purple. É verdade. O riff de piano é exatamente o mesmo. Imagina o Blackmore e os caras no camarim tocando os vinis da Astrud em busca de inspiração. Haha.
The Astrud Gilberto Album (1965)
O álbum de estreia de Astrud Gilberto é a perfeição da Bossa Nova. Música fácil de ouvir, verdadeiramente atemporal. Sua voz delicada e inocente desperta a testosterona em homens tradicionais como eu. Dá vontade de abraçá-la e protegê-la do mundo cruel ao redor. É tudo fantasia, claro. E é isso que este álbum proporciona: um mundo de fantasia. Todos precisamos de uma fuga, e é isso que a música faz de melhor. Ela é livre de vícios e nos permite viajar para todos os tipos de lugares no conforto e segurança do nosso lar. Talvez tenham sido minhas viagens a São Paulo a trabalho, mas há algo muito romântico no Brasil dos anos 60. E mesmo nos anos 2010, os hotéis de luxo ainda preservavam essa cultura da melhor forma possível. Se você não se emocionar no meio da audição, talvez tenha morrido por dentro. Não há hora melhor do que agora para reviver. Este álbum vai te ressuscitar.
Mal pude esperar para tirar esse disco da caixa de discos usados da loja, torcendo para que o vinil não estivesse destruído. E não estava! Como já mencionei, compro tudo que tenha o nome Gilberto, especialmente Astrud. E ela está fazendo um cover de "Windy", do The Association? Isso não é justo. É como adicionar Nolan Ryan ao elenco dos Yankees de 1927. E ainda assim... não gostei muito desse álbum. Muito açucarado e com produção excessiva. A voz arrepiante e inocente de Gilberto funciona melhor em um estado de emoções mistas. Aqui, é tudo um mar de rosas — e muitos instrumentos de corda para afundar o mistério. Bem, eu não esperava que ela fosse perfeita (aparentemente, é época de metáforas de beisebol).
O que posso dizer? Astrud é o meu tipo de garota. Seu jeito doce de cantar me derrete. Uma mistura usual de covers e músicas autorais, com vocais em português e inglês. Bossa Nova fácil de ouvir, como se nunca tivéssemos saído de 1966. Perfeito para mim. Será que a gente se encontra num motel com luzes de neon, TV a cores, piscina e cafeteria?
Não mencionei que algumas faixas têm guitarra com efeito fuzz, uma surpresa e tanto a esta altura do campeonato. A faixa final, "Daybreak", é deslumbrante e você ficará cantarolando-a por muito tempo depois de ouvi-la. Acho a música dela perfeita para CD, então irei adquirindo-os aos poucos. Mas não vou vender os dois primeiros LPs.
The Shadow of Your Smile (1965)





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