Ethereal Horizons (2025)
A banda francesa de black metal Blut Aus Nord está de volta com um novo álbum intitulado Ethereal Horizons. Após os álbuns da série Disharmonium, que apresentaram um lado muito mais dissonante e atmosférico do som do BAN, Vindsval adota uma abordagem muito mais melódica em seu mais recente trabalho, Ethereal Horizons. Em particular, na faixa de abertura, Shadows Breathe First, a banda impressiona com diversas sequências ascendentes de guitarra solo, frequentemente sublinhadas pelos vocais limpos de Vindsval, criando uma atmosfera épica e sombria. Conforme a faixa progride, nuances psicodélicas do som da banda surgem, adicionando novas camadas à música. Por outro lado, Seclusion enfatiza o lado pós-metal, com a implementação de sequências mais lentas que se concentram em construir atmosferas misteriosas, remetendo às influências de Cosmosophy e da trilogia 777. The Ordeal aprofunda essa abordagem, apresentando passagens atmosféricas de blackgaze perto do final, culminando em um clímax épico para a música. Ao longo do álbum, o Blut Aus Nord se inclina fortemente para o lado mais atmosférico de seu som, incorporando elementos de post-metal e passagens melancólicas de blackgaze, criando uma experiência auditiva versátil. Os riffs permanecem como a espinha dorsal melódica do som durante todo o álbum, contribuindo para essa atmosfera misteriosa devido ao seu forte foco em padrões repetitivos. Além disso, interlúdios e finais com sintetizadores de sonoridade melancólica também estão presentes, especialmente nas duas últimas faixas, "Twin Suns Reverie" e "The Fall Becomes Grace", formando um encerramento coeso. Sonoramente, a forte ênfase na atmosfera, nas texturas de post-metal, nas passagens sintetizadas e nas camadas ascendentes de blackgaze se combinam para criar uma experiência auditiva extremamente coesa e coerente. No geral, o Blut Aus Nord entregou mais um álbum fantástico que vale muito a pena conferir.

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