Ver Pat Thomas com seu quarteto [Ahmed] no início deste ano foi uma revelação. O lançamento mais recente deste prolífico compositor e improvisador, HIKMAH , é um álbum de um tipo muito diferente. No entanto, mantém a energia exploratória e a intensidade criativa que tornaram suas apresentações ao vivo tão cativantes.
Aqui, é apenas Thomas ao piano improvisando em oito faixas de curta a média duração. Igualmente influenciado pela música clássica, pelo jazz e pela música experimental, Thomas toca com um estilo percussivo e angular, repleto de tempos irregulares e acordes inesperados. Mas ele também tem um lado lúdico que surge de vez em quando.
As obras de Thomas se mostram introspectivas e reflexivas, não porque ele siga…
…um procedimento meditativo prescrito, mais porque sua forma de tocar possui uma lógica interna complexa que emerge em tempo real. Uma passagem melódica pode mudar abruptamente para densos agrupamentos, ou uma textura harmônica estável pode dar lugar a passagens rápidas e tecnicamente exigentes. Thomas também interage com o piano como um todo, dedilhando suas cordas e percutindo seu corpo.
Para fins de comparação, um se destaca. Matthew Shipp não só possui um estilo vigoroso e um conjunto de influências semelhantes, como ele e Thomas também são da mesma geração. Dos dois (ambos grandes artistas), Thomas é menos harmônico e menos estruturado, portanto mais abstrato.
No entanto, é importante lembrar que HIKMAH reflete apenas uma dimensão da obra de Thomas. Seus outros trabalhos em free jazz, música eletrônica experimental, música eletroacústica, groove e música não ocidental são igualmente valiosos
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