terça-feira, 6 de junho de 2023

Resenha First Sighting Álbum de Blood Star 2023

 

Resenha

First Sighting

Álbum de Blood Star

2023

CD/LP

Logo nos primeiros segundos do disco de estreia do BLOOD STAR, fui fisgado por um instrumental bem legal. Fiquei torcendo então para que quando os vocais entrassem, não estragassem tudo (quantas vezes isso não aconteceu...), mas foi só ouvir a voz de Madeline Smith para ter certeza de que estava mesmo diante de um bom disco.

Apesar de terem iniciado a banda em 2017, em Salt Lake City/EUA, o grupo só tinha lançado até então três singles (dois em 2020 e um em 2021). Somente agora em abril lançaram seu debut - antes tarde do que nunca, porque “First Sighting” (2023) é um baita disco.

O som do quarteto tem a energia empolgante do speed/heavy metal dos primórdios dos 80s mais aqueles refrões melódicos e pegajoso do hard rock feitos sob medida para cantar junto. Seus dois maiores trunfos são os marcantes vocais de Madeline e os bons riffs/solos criados pelo guitarrista Jamison Palmer (VISIGOTH), que assume os vocais na faixa “The Observers”.

“First Sighting” (2023) é um disco curto, tem pouco mais do que 30 minutos, mas é desses que te prendem fácil: você escuta, dá play de novo e já sai indicando aos amigos. Se o BLOOD STAR mantiver essa pegada nos próximos lançamentos (e quando digo próximo, realmente desejo que não demorem a soltar mais material), vai ser uma grande referência no estilo logo, logo. Muito bom no todo, mas meus destaques ficam com a abertura “All For Nothing”; “No One Wins”, “Cold Moon” com sua bateria mais quebrada e refrões grudentos; “Going Home” bem voltada ao heavy metal clássico e a acelerada “Wait To Die”.


Resenha Love Is Where You Find It Álbum de The Whispers 1981

 

Resenha

Love Is Where You Find It

Álbum de The Whispers

1981

CD/LP

"The Whispers: Love Is Where You Find It" é o oitavo álbum de estúdio do grupo americano de R&B e soul The Whispers. Lançado em 1981, o álbum apresenta o som suave e cheio de alma pelo qual o grupo é conhecido.

O álbum abre com a faixa-título otimista e contagiante, "Love Is Where You Find It", que dá o tom para o resto do álbum. As harmonias e arranjos melódicos característicos dos Whispers brilham ao longo do álbum, criando uma experiência de audição agradável e prazerosa.

Uma das faixas de destaque é "In the Raw", uma balada de R&B sensual e divertida que mostra as proezas vocais do grupo. Com seu refrão cativante e instrumentação cativante, a música se destaca como o destaque do álbum.

Outra faixa notável é "Emergency", uma música divertida e animada que mostra a versatilidade do grupo. Tem uma linha de baixo cativante e ritmo contagiante, tornando-a uma faixa perfeita para dançar e entrar no ritmo.

Ao longo do álbum, The Whispers oferece performances suaves e emocionantes, mostrando seu alcance vocal e capacidade de se conectar com o ouvinte. As letras exploram temas de amor, relacionamentos e o poder de encontrar o amor em lugares inesperados.

"Love Is Where You Find It" é um álbum bem elaborado e coeso que mostra o talento e a arte dos Whispers. As harmonias e a química vocal do grupo são evidentes em todas as músicas, e a produção é polida e atemporal.

No geral, "Love Is Where You Find It" é um álbum clássico de R&B e soul que encapsula o som de The Whispers. Com suas melodias suaves, vocais cheios de alma e grooves contagiantes, continua sendo o favorito entre os fãs do grupo e amantes da música R&B de qualidade.

Resenha Matching Mole Álbum de Matching Mole 1972

 

Resenha

Matching Mole

Álbum de Matching Mole

1972

CD/LP

Eu adoro a cena progressiva de Canterbury, inclusive, já publiquei aqui vários títulos de bandas que ajudaram a construir por meio de discos excelentes, esse período fértil da vertente progressiva que pode ser considerada uma das mais sofisticadas e requintadas de todas – ainda que em alguns momentos mais experimentais, também pode soar muito estranha. Quando falamos de Matching Mole, falamos de mais um dos exemplos do quanto a cena de Canterbury é incestuosa. Fundada pelo vocalista e baterista, Robert Wyatt, depois de sair do Soft Machine, a banda também contava nesse primeiro álbum com Dave Sinclair, ex-Caravan, nos teclados, o ex-Delivery, Phil Miller na guitarra e o baixista Bill MacCornick, ex Quiet Riot. 

A reclamação que muitas pessoas têm em comum acordo quando falamos desse álbum é sobre a voz de Wyatt – ele pouco canta e mais faz algumas vocalizações durante todo o disco -, inclusive, eu não discordo e também acho um ponto negativo, muitas vezes a falta de naturalidade até me irrita um pouco, porém, há algumas virtudes aqui que podem fazer facilmente com que sejamos mais tolerantes em relação aos vocais muitas vezes não tão agradáveis como gostaríamos. Mesmo que seja claramente desigual, a banda entrega um disco com um número maior de material que podemos aproveitar do que descartar. 

Tenho em mente que chamar esse disco apenas de rock progressivo soa muito genérico - na verdade, multos discos da cena de Canterbury são assim -, afinal, sua música também é uma espécie de pop rock psicodélico em determinada parte, enquanto em outra tudo fica mais complicado por meio de alguns segmentos de improvisos de influências jazzísticas alucinantes – sendo esses momentos mais parecidos com a Soft Machine em seu disco Third. Com isso, quero dizer que quanto mais o ouvinte for aberto a sonoridades diferentes em um único registro, mais fácil dele apreciá-lo como um todo, no meu caso, confesso que a segunda metade tem mais materiais que me ganham – ainda que eu não ache a primeira metade necessariamente ruim. Inclusive, já me deparei com algumas pessoas que preferem a primeira metade.  

Uma dica importante para quem quer ouvir esse disco, é procurar a sua versão remasterizada – a de 2012, pois a de 1993 também não é boa -, pois apesar de ter sido gravado em uma gravadora de renome como a CBS Records, o resultado não é bom, às vezes me pergunto se eles não entregaram o álbum mal gravado de propósito, mas depois vejo que isso não faz nenhum sentido, ainda que estejamos falando de uma banda liderada por Robert Wyatt e suas muitas excentricidades que não medem esforços para expor suas peculiaridades bizarramente originais.  

Há discos mais fáceis para iniciar na cena de Canterbury? Sem pensar muito eu citaria dezenas deles, mas isso não quer dizer que essa estreia da Matching Mole não tenha o seu valor, apenas pode soar um pouco difícil aos menos doutrinados. Particularmente – e como já dito antes -, gosto mais da segunda parte dele, mas falando do álbum como um todo, durante os seus 40 minutos, o ouvinte vai lidar com linhas de free-jazz, instrumentais expandidos e bastante complexos e até intransigentes, acenos ainda que de longe para uma sonoridade agressiva, seção rítmica de às vezes construídas em moldes estranhos, guitarras ora padrão e ora mais incomum, ótimas paisagens sonoras, boas vibrações psicodélicas e harmonias muitas vezes sepulcrais, enfim, tudo isso é um atrativo e tanto para qualquer ouvinte disposto a abraçar tantas ideias em um mesmo álbum.   

Esse é daquele tipos de disco excêntrico que não é fácil agradar de forma instantânea ouvintes menos habituais com a música que é ofertada nele, porém, ele tem a capacidade de crescer naqueles que não desistirem após a primeira audição. Resumindo, está longe dos melhores álbuns da cena de Canterbury ou dos melhores trabalhos produzidos por Robert Wyatt, mas mesmo assim, consegue entreter com boa música encontrada na maior parte do disco. 

BIOGRAFIA DE Mick Jagger

 

Mick Jagger

Sir Michael Philip Jagger Kt (Dartford26 de julho de 1943) é um cantorcompositor e ator britânico. É o vocalista da banda The Rolling Stones, considerada um dos maiores e mais famosos grupos de rock and roll de todos os tempos.

A carreira de Jagger dura há mais de 50 anos e foi descrita como "um dos vocalistas mais populares e influentes da história do Rock & Roll".[1] A voz e o desempenho distintivos de Jagger, juntamente com o estilo de guitarra do Keith Richards, são a marca registrada dos Rolling Stones durante toda a carreira da banda. Jagger ganhou a notoriedade da imprensa pelo seu uso admitido de drogas e envolvimentos românticos, e foi retratado frequentemente como uma figura contracultural.

No final dos anos 1960, Jagger começou a atuar em filmes (começando com Performance e Ned Kelly), com recepção mista. Em 1985, ele lançou seu primeiro álbum solo, She's the Boss. No início de 2009, Jagger juntou-se ao supergrupo elétrico, SuperHeavy. Em 1989, ele foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame, e em 2004 para o Reino Unido Music Hall of Fame com os Rolling Stones. Em 2003, foi nomeado cavaleiro por seus serviços prestados à música popular.

Biografia

Vocalista, compositor, letrista, em 2016, pai do oitavo filho e líder dos Rolling Stones, banda que possui mais de 240 milhões de discos vendidos em cinco décadas de carreira.

Filho mais velho de um professor e de uma dona de casa, Jagger nasceu no dia 26 de julho de 1943 na pequena cidade de Dartford, Kent, no sudeste da Inglaterra, com o nome Michael Phillip Jagger. Aluno exemplar na infância e adolescência, ele sempre conquistou o carinho das pessoas por onde passou por seu carisma e estilo solto e bem humorado de ser.

Aos 14 anos, ganhou seu primeiro violão e logo passou a colecionar discos de blues de nomes como Muddy Waters e Howlin´ Wolf. Empolgado com as possibilidades na música, se juntou ao amigo Mick Taylor, que tocava baixo, para montar sua primeira banda, chamada Boy Blue and the Blue Boys, na qual assumiu o posto de vocalista.

Indo de encontro a toda a rebeldia que em breve levaria ao mundo ao lado dos Stones, Jagger entrou na London School of Economics para estudar Contabilidade e Finanças, em 1960. No entanto, enquanto prestava bacharelado também investia na carreira musical - e, quando precisou escolher um caminho a seguir, não teve dúvida e largou o curso. Logo trouxe para seu lado o guitarrista Keith Richards, que conhecera em sua cidade natal, e os dois passaram a explorar a cena ainda emergente do blues na capital britânica. Em uma casa noturna, conheceram o também guitarrista Brian Jones.

O embrião para os Stones estava liberado. Jones queria montar sua própria banda; Jagger e Richards tinham a mesma pegada. Em 1963, Taylor abandonou o projeto, sendo substituído por Bill Wyman, e Charlie Watts se juntou ao grupo de jovens músicos ocupando o posto de baterista. Com o direcionamento do empresário Andrew Loog Oldham, eles passaram a ser chamados de "os roqueiros durões e selvagens do Reino Unido", fazendo, assim, oposição aos considerados bons meninos dos The Beatles.

Mick Jagger em 1965

Foi esse estilo, destacado pelo sex appeal de Jagger, que levou o grupo a seu primeiro contrato com uma gravadora, com a Decca Records. Apesar do início mais voltado para covers e versões, com poucas composições próprias nos primeiros discos, Jagger e Richards logo provaram ser uma qualificada dupla de autores e a partir de 1965 passaram a monopolizar os créditos nos discos do grupo, com hits como '(I Can't Get No) Satisfaction', 'Stupid Girl' e 'Sympathy for the Devil'.

Por um momento, em 1967, o nome de Jagger ganhou destaque na mídia por um assunto bem distante da música: a prisão com sua então namorada, Mariane Faithfull, na casa de campo de Keith Richards, em uma batida policial que encontrou substâncias ilegais e equipamentos para seu uso no local. O cantor viria a ser preso também em sua própria residência, em Londres, pelo mesmo motivo.

Dois anos depois, problemas internos na banda também foram parar em manchetes dos veículos especializados. Em junho de 1969, devido às diversas prisões por uso de drogas, Brian Jones não conseguiu visto para viajar aos EUA para uma turnê e acabou sendo substituído por Mick Taylor nos Stones.

Ao mesmo tempo, Jagger começava a se interessar também por outro ramo das artes, o da dramaturgia. Em 1970, o músico estrelou o longa 'Ned Kelly', no papel de um lendário fora da lei. No mesmo ano, atuou em 'In Performance', como uma estrela do rock reclusa. Sem grande sucesso, seguiu dedicado à música, lançando diversos discos de sucesso com os Stones, àquela altura, com o fim dos Beatles, a principal banda do Reino Unido - como 'Sticky Fingers' (1971), 'Exile on Main Street' (1972) e 'Some Girls' (1978). Ainda assim, atuou em outros títulos ao longo dos anos, com destaque para Freejack - Os Imortais (1992), ao lado de Anthony Hopkins.

Nos tempos menos movimentados da banda, também abraçou uma carreira como produtor de cinema, em longas como 'Enigma', 'Mulher - O Sexo Forte' e 'Running Out of Luck' - este último também protagonizado e roteirizado por ele -, e de documentários dos Stones, como 'Shine a Light' e 'Stones in Exile'.

Em 1985, quatro anos antes de o grupo entrar para o Rock and Roll Hall of Fame, Jagger começou a investir também em sua carreira solo. 'She´s the Boss', primeiro trabalho da empreitada, foi bem, sendo certificado com Disco de Platina nos EUA e Prata no Reino Unido. Ele ainda viria a lançar mais três trabalhos de estúdio - 'Primitive Cool' (1987), 'Wandering Spirit' (1993) e 'Goddess in the Doorway' (2001).

Mas a prioridade sempre foram os Rolling Stones. No total, foram 29 álbuns de estúdio lançados, além de compilações de grandes sucessos e trabalhos ao vivo e documentais. Antes roqueiro rebelde, por sua brilhante carreira Jagger recebeu da rainha Elizabeth II, em 2002, a honraria de Cavaleiro da Ordem do Império Britânico, que lhe deu o título de Sir. Desde o final do ano passado celebra 50 anos ao lado dos colegas de bandas.

Vida pessoal

Mick Jagger em 1965. Cecil Beaton, que o fotografou em 1967, afirmou: "A boca é quase grande demais, mas ele é bonito e feio, feminino e masculino, um 'sport', um fenômeno raro.“[2]

Pai de oito filhos - a mais velha, Kris, nascida em 1970, de cinco mulheres, que já lhe deram cinco netos e uma bisneta. Jagger foi casado em duas vezes: com Bianca Perez Moreno de Macias, em 1971, e com a modelo Jerry Hall, em 1990. A última união terminou quando sua mulher descobriu que o cantor teve um caso com a brasileira Luciana Gimenez, que deu à luz Lucas Maurice Morad Jagger, nascido em 13 de maio de 1999.

Em dezembro de 2016 nasceu o oitavo filho, fruto do relacionamento com a ex namorada Melanie Hamrick, de 29 anos.[3] Jagger conheceu Hamrick em 2014, depois do suicídio da mulher, a estilista L'Wren Scot, com quem viveu durante 13 anos.[4]

Em 2017, Mick Jagger está a viver um romance com a produtora de cinema Noor Alfallah, de 22 anos.[5]

Tentativa de assassinato

O vocalista dos Rolling Stones, Mick Jagger, poderia ter sofrido uma tentativa de assassinato em 1975, caso seus supostos agressores não tivessem sido atingidos por uma forte tempestade. A informação foi publicada na edição de 2 de março de 2008 pelo jornal britânico The Sunday Telegraph.

Os detalhes do complô foram revelados por um ex-agente do FBI a uma rádio da rede britânica BBC, que elaborou uma série de programas sobre a entidade policial norte-americana.

O ex-agente afirmou que membros do grupo de motociclistas Hells Angels queriam se vingar de Jagger, após um trágico show dos Rolling Stones no festival de Altamont, nos Estados Unidos, em 1969, quando um jovem foi assassinado por um membro da gangue.

Os Hells Angels supostamente faziam a segurança do evento e, após o crime, Mick Jagger teria dito que não queria mais os serviços do grupo.

O plano então seria matar o líder dos Stones em sua casa de veraneio, nos Estados Unidos. Decidiram chegar ao local pelo mar, mas o bote no qual viajavam os supostos agressores foi atingido por uma tempestade, embora todos tenham sobrevivido, segundo o ex-agente.

Acredita-se que Jagger nunca tenha sido informado da suposta tentativa de assassinato.

Discografia

Solo

  • 1985 — She's the Boss
  • 1987 — Primitive Cool
  • 1993 — Wandering Spirit
  • 2001 — Goddess in the Doorway

Com a banda SuperHeavy


ROCK ART

 


Review: Jimmy Page & The Black Crowes – Live at the Greek (2000)


Em 1999, Jimmy Page saiu de sua reclusão pós-Led Zeppelin e tocou durante duas noites com o The Black Crowes. Os shows foram realizados nos dias 18 e 19 de outubro no Greek Theatre, em Los Angeles, e trazem a banda norte-americana mergulhando no catálogo de clássicos do Led Zeppelin na companhia de seu criador.

Histórico por si só, o encontro gerou um álbum duplo ao vivo intitulado Live at the Greek, lançado em 29 de fevereiro de 2000 e que imediatamente foi elevado ao status de clássico. Page voa alto tendo os Crowes como base, enquanto a banda apresenta uma performance irretocável e que justifica todo o status que o quinteto tinha no período. Na época o Black Crowes era formado por Chris Robinson (vocal), Rich Robinson (guitarra), Audley Freed (guitarra), Eddie Harsch (teclado), Sven Pipien (baixo) e Steve Gorman (bateria).

Live at the Greek foi disponibilizado em CD duplo e LP triplo e traz vinte faixas. O show passeia pela carreira do Led Zeppelin através de hits como “Heartbreaker” e “Whole Lotta Love” e mergulha em canções que fogem do óbvio quando se fala da banda de Page, Robert Plant, John Paul Jones e John Bonham, revisitando músicas maravilhosas e muitas vezes esquecidas como “Custard Pie”, “What Is and What Should Never Be”, “Ten Years Gone”, “Your Time is Gonna Come”, “The Lemon Song” e “Out on the Tiles”. O repertório ainda revisita faixas marcantes de Jimmy Page antes de ele montar o Zeppelin, como é o caso de “Shape of Things to Come”, dos tempos do Yardbirds.

Chris Robinson, apesar de não ser fã do projeto, canta de forma incrível. O vocalista declarou que encarou o show “apenas como um trabalho, não foi algo que me diverti muito. Jimmy é um guitarrista fenomenal, mas não sou grande fã das letras de Plant e da sua forma de cantar, então foi um pouco chato para mim”. 

Um fato que muitos desconhecem é que a banda tocou também algumas músicas do seu próprio repertório acompanhada por Page, mas essas faixas não entraram no disco por questões contratuais. Canções como “Wiser Time”, “Remedy” e “Hard to Handle” foram tocadas no palco do Greek e estão disponíveis apenas em bootlegs. Outra curiosidade é que o CD japonês vem com duas faixas bônus: “Misty Mountain Hop” e “In the Light”.

Jimmy Page gostou tanto da experiência que se ofereceu para produzir o próximo disco dos Crowes, mas Rich Robinson recusou a oferta, já que, segundo ele, Lions (2001) já estava em processo avançado de gravação. Page chegou inclusive a sugerir que os Crowes o acompanhassem em um possível álbum de estúdio com canções inéditas, porém a postura de Rich irritou profundamente Jimmy, que encerrou a parceria de forma abrupta e sem maiores explicações.

Live at the Greek é um um disco excelente e um título obrigatório na coleção de qualquer fã de Led Zeppelin e The Black Crowes. Infelizmente o álbum está fora de catálogo no Brasil, mas se você encontrar esse disco pela frente compre na hora, porque vale muito a pena.


 

Review: Seven Days War – Devil’s Amusement (2020)

 


Os primeiros segundos da faixa de abertura de Devil’s Amusement, novo EP do Seven Days War, já traz a pergunta inevitável ao ouvinte: como essa banda não é mais comentada e elogiada Brasil afora? Natural de Porto Alegre, o quinteto executa um metal atual, com elementos de groove e aspectos clássicos. O resultado é cativante e proporciona uma audição pra lá de agradável.

O disco é o sucessor de A New Beginning (2016) e traz cinco faixas inéditas. A produção, mais uma vez assinada por Renato Osório (ex-guitarrista do Hibria), é primorosa e não deve nada à qualquer banda gringa. Os timbres são gordos, os instrumentos são pesados, o som é encorpado e pula para fora dos fones. A principal referência, para efeito de comparação, é o Trivium, que me parece ser uma das principais influências da banda junto com alguns pequenos toques do Five Finger Death Punch.

Todas as faixas são excelentes, mas pessoalmente destaco a sensacional “Paralyzed”, “A Million Eyes” e “Moving Targets”. A boa notícia é que a banda já está gravando mais dois EPs, que devem ser lançados a partir de fevereiro.

Abaixo você assiste aos clipes de três das canções de Devil’s Amusement e pode conferir na prática tudo o que falei essa resenha. Parabéns ao Seven Days War pelo excelente trabalho e um puxão na orelha da “mídia especializada” brasileira, pois já passou da hora de a banda ser celebrada em todo o Brasil.


  

Review: Eric Clapton – Slowhand (1977)

 


Quinto álbum solo de Eric Clapton, Slowhand chegou às lojas em 25 de novembro de 1977 e é considerado um dos grandes clássicos do guitarrista. Além disso, o disco é um dos maiores sucessos comerciais da carreira de Clapton, puxado por singles como “Cocaine”, “Wonderful Tonight” e “Lay Down Sally”.

O desejo de Eric era trabalhar com o produtor Glyn Johns, que havia assinado álbuns dos Rolling Stones e dos Eagles. Fechada a parceria com Johns, Clapton precisou se adaptar ao modo de trabalho do produtor, que não era fã de jams e cobrava profissionalismo extremo dos músicos. Na época, Clapton e sua banda viviam chapados ou bêbados a maior parte do tempo, e Johns colocou a rapaziada nos trilhos exigindo o máximo de cada um durante as sessões de gravação. Essa abordagem deu um clima meio minimalista a Slowhand, com canções enxutas e diretas ao ponto.

O título veio do apelido dado pelo manager Giorgio Gomelsky, uma alusão ao modo de tocar do guitarrista, com notas suaves, elegantes e extremamente técnicas. Já a capa traz uma foto de Clapton feita por Pattie Boyd, que se casaria com Eric dois anos depois, em 1979, após se separar de George Harrison. A relação dos três – Eric era um grande amigo de George – formou um dos triângulos amorosos mais famosos do rock. Pattie ficaria casada com Clapton até 1987, e o divórcio saiu em 1989.

“Cocaine”, versão para a canção composta por J.J. Cale um ano antes (a gravação original está no álbum Troubadour, lançado por Cale em setembro de 1976), se tornou um dos maiores hits da carreira de Clapton e possui um certo aspecto autobiográfico, já que Eric teve um longo relacionamento com a droga. O solo é um dos mais conhecidos do guitarrista e alcança vôos épicos na versão presente no duplo ao vivo Just One Night (1980). “Cocaine” foi censurada e proibida na Argentina, com a ditadura militar obrigando o disco a sair sem a sua faixa de abertura porque ela trazia uma má influência para os jovens e os induzia a ficarem chapados, segundo o governo. A proibição vigorou até 1984.

“Wonderful Tonight” é uma linda balada composta para Pattie Boyd, enquanto “Lay Down Sally” é um dos maiores exemplos da enorme influência de J.J. Cale na obra de Clapton.

Além das canções mais conhecidas, ótimos momentos podem ser ouvidos em “Next Time You See Her” (que revisita o clima da parceria com o casal Delaney & Bonnie), “The Core” (onde Clapton divide os vocais com a cantora Marcy Levy em um rhythm and blues cheio de groove), a doce “May You Never” (versão para uma canção de John Martyn, um dos grandes nomes da guitarra inglesa), “Mead Old Frisco” (vinda do repertório do bluesman Arthur “Big Boy” Crudup, lenda do Delta Blues) e a instrumental “Peaches and Diesel”, que fecha o disco de forma linda.

O álbum chegou ao segundo lugar do Billboard 200 e vendeu mais de 3 milhões de cópias nos Estados Unidos. Uma edição comemorativa de 35 anos saiu em 2012 em  CD duplo e traz quatro faixas bônus no disco 1, enquanto o disco 2 vem com um show inédito realizado no Hammersmith Odeon em 1977 antes do lançamento do álbum, o que faz com que o tracklist do concerto não inclua nenhuma música do disco.

Slowhand é um dos trabalhos mais emblemáticos de Eric Clapton e um álbum fundamental para entender a obra do lendário guitarrista inglês. Obrigatório na coleção e na trilha da vida.



Nita Strauss lança clipe de “Victorious” (Feat. Dorothy), canção de seu novo álbum


 A guitarrista Nita Strauss anunciou em maio o lançamento de seu 2º full-lenght, intitulado “The Call of the Void”, que ao contrário de seu 1º disco, desta vez o trabalho conta com vocalistas convidados, não sendo puramente instrumental. O lançamento está previsto para 7 de julho próximo, via Sumerian Records.

Hoje Nita disponibilizou o 4º single do trabalho, “Victorious”, que traz a cantora Dorothy ao microfone e no clipe que você pode conferir nesta matéria, veja também as participações especiais da estrela da guitarra em ascensão Charlotte Milstein, de 13 anos, interpretando uma jovem Strauss, bem como da atleta olímpica dos EUA, ex-campeã de WBO e IBF, Mikalea Mayer.

Sobre o convite para cantar em “Victorious”, Dorothy disse:

Estou honrada em fazer parte de ‘Victorious’ com minha amiga Nita Strauss. Ela é a personificação de uma mulher ousada, bonita e forte. A música e o vídeo gritam #GIRLPOWER e sabemos que você vai adorar!


 Tracklist:

01. Summer Storm

02. The Wolf You Feed (feat. Alissa White-Gluz)

03. Digital Bullets (feat. Chris Motionless)

04. Through The Noise (feat. Lzzy Hale)

05. Consume The Fire

06. Dead Inside (feat. David Draiman)

07. Victorious (feat. Dorothy)

08. Scorched

09. Momentum

10. The Golden Trail (feat. Anders Fridén)

11. Winner Takes All (feat. Alice Cooper)

12. Monster (feat. Lilith Czar)

13. Kintsugi

14. Surfacing (feat. Marty Friedman).



Filler lança seu 3º álbum “Oblivion” nesta 6ª feira


O Filler, projeto solo do músico carioca João Gabriel Porto, está lançando o seu 3º disco de estúdio, que chegará nesta sexta-feira próxima, dia 9 de junho.

O material foi produzido, mixado e masterizado por Celo Oliveira (Fleesh) no Rio de Janeiro.

Diferente dos discos anteriores do Filler, onde havia um conceito principal e um roteiro contando uma história, “Oblivion” explora um som mais pesado, onde as músicas fluem como atos individuais, embora estejam conectadas pelo objetivo principal do disco, que é a entrega de intensidade e verdade. Este é o resultado de mais de 3 anos de composição, aglutinando pensamentos e sentimentos trazidos pela pandemia, constantemente impulsionados pela incerteza e escuridão do mundo em que vivemos. Apesar de tudo, espera-se que a experiência de ouvir “Oblivion” traga identificação com o público, trazendo consigo também esperança e motivação para seguir em frente.

Três das doze músicas do álbum já foram lançadas como singles e encontram-se disponíveis nas plataformas de streaming, incluindo lyric videos no YouTube: confira na sequência as canções “Detached“, “Counterpart” e “Weakling“. 




Tracklist:

1 – Enter Oblivion

2 – Primal Rage

3 – Mammon Machine

4 – Norwegian Wood

5 – Detached

6 – The Karma Song

7 – Counterpart

8 – Weakling

9 – Odalisca

10 – Farewell

11 – The Mountain

12 – Saudade

Créditos:

João Gabriel Porto: Vocal, Guitarra, Baixo

Celo Oliveira: Guitarra, Programação, Mixagem, Produção

Escrito por João Gabriel Porto (Filler) no Rio de Janeiro, Brasil entre 2019-2022

Produzido, Mixado e Masterizado por Celo Oliveira

Capa, Arte e Lyric VIdeos: Arthur Santiago


Destaque

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  Biografia The Who é uma banda de rock britânica surgida em 1964. A formação original era composta por Pete Townshend (guitarra), Roger D...