quarta-feira, 7 de junho de 2023

MUSICA AFRICANA

 Badoxa - Bo É (Novo Single 2019)



Edgar Silva Correia de nome artístico “Badoxa”, nasceu em Portimão em 1992. Filho de Pai Cabo Verdiano e Mãe Angolana.

Desde criança que demonstrou muita facilidade em aprender música e a cantar.

Tudo começou aos seus 8 anos de idade na capoeira, onde aprendeu a tocar vários instrumentos, tais como: Berimbau, Atabaque, Pandeiro, tendo depois começado a cantar nas rodas de capoeira, tendo ganho inclusive um campeonato de canto (Capoeira) em 2003 no Algarve.

Em 2004 viu pela primeira vez uma banda a tocar ao vivo e ficou encantado!
Não resistiu e pediu para tocar um pouco de percussão, foi então que descobriu a sua paixão pela música ao vivo, pouco tempo depois começou por tocar percussão numa banda chamada “Kalulu”, onde foi crescendo e evoluindo como músico.

Em 2006 recebe um convite do músico e cantor “Xico Barata”, tendo acompanhado esse grande músico e animador Angolano por Portugal inteiro.

Em 2007 foi-lhe oferecida uma viola acústica, começando desde logo a aprender a tocar viola e piano com grandes músicos, tais como: Xico Barata, Joaquim Brandão, Zé Manel Martins, Tuka Moura, Tuniko Goulard, Leo, Marquinho, Nuno Miguel, Marcelão, Beto Kalulu, Carlos Morais, Sebastião, Tony Mickael, entre outros.

Em 2009 começa a produzir e compor as suas próprias músicas.
Em 2010 teve o privilégio de começar a acompanhar na guitarra e a cantar com uma das maiores referências da música africana “Micas Cabral” vocalista e guitarrista da banda “Tabanka Djazz”, acompanhando o mesmo durante 2 anos, começa a percorrer o pais de Norte a Sul tendo também actuado algumas vezes no estrangeiro. Nunca deixando de acompanhar o “Xico Barata”.

No decorrer de 2010 começa a trabalhar com G-Amado que é hoje em dia uma das referências da música africana.

Em 2011 trabalhando em parceria com a Yellow Squad e sempre acompanhado de G-Amado começa a colocar guitarra em várias musicas e a produzir para vários artistas: Hugo Pina, Ravidson, 2Much, G-Amado, Paulo Tavares, Celma Ribas, Xico Barata, William Araújo, Dj Barata, Dj Pausas entre outros.
Ainda em 2011 lança a música “Sabor a Maracujá” tornando-se uma referência nas pistas de dança e lançando a sua carreira como cantor.

Em 2012 continua a actuar de Norte a Sul do pais e começa a fazer os seus primeiros shows a solo como cantor, lança também no decorrer deste ano as músicas “Tás Maluca” e “Amor” músicas essas que lhe abrem portas em diversas casas nacionais e internacionais.

Em Janeiro de 2013 decide seguir as pisadas do seu grande amigo G-Amado e começa a trabalhar com a produtora É-Karga Eventz que decide apostar no seu talento e produzir o seu álbum, lança o seu 1º single do álbum em Maio desse ano intitulado “Eu Faço a Mboa Vibrar” música essa que conta com a participação de “Os Originais” intérpretes do famoso tema “Lhe Dá”.

Durante 2013 continua a trabalhar no seu álbum, juntamente com a sua produtora deslocam-se a França para gravar o mesmo, contando com a colaboração de: Ali Angel, Thierry Doumergue e G-Amado.

Com 22 anos de idade concretiza o seu sonho ao lançar em Março de 2014 o seu primeiro álbum a solo intitulado “Minhas Raizes”, álbum esse onde podemos verificar toda a sua versatilidade encontrando vários estilos musicais como: Kizomba, Semba, Zouk, Tarraxinha. O mesmo álbum composto por 13 músicas: Bom Angolano, Eu Não Danço Contigo, Sabor a Maracujá, Tu És Tão Linda, Mulher Perfeita com G-Amado, Controla, Interesseira, Djam Odja, Esse Miúdo, Eu Faço a Mboa Vibrar com Os Originais, Teresinha, Tarde Demais e Amizade.
Em 2016, Badoxa lança o álbum intitulado “Memórias”, composto por 17 faixas musicais: Falsas Promessas, Malakay, Mata Leão (feat. Boddhi Satva), Morê Morê, Kretcheu, Hoje Só Tu e Eu, Ninocolocolo, Se Eu Pudesse, Show, Foi Assim, Mãe Guerreira, Mana Wenda, Maria, Num Entulho, Não Vivo Sem Ti, Me Toca e Tá-Me Esperare.

Rahiz - Karbon Tape (2019)



O famoso rapper e produtor português, uma vez conhecida como celsopp, descendente de um dos nomes mais respeitados da música Cabo Verde iniciou a sua carreira em 1994. Nascido em Portugal, ele é um dos artistas mais ativos e criativos da cena musical urbana. Ele começou a dar voz sobre o que viria a ser a sua nova maneira de ser e de expressar artisticamente em 2011 com a canção "Um Sonho", que no ano seguinte, em 2012, foi indicado para melhor reggae em CVMAs (Cabo Verd Music Awards).
Em 2014, ele tem a oportunidade de ir trabalhar no mercado francês e é quando ele decide mudar sua identidade como artista para que ele possa expressar-se para um público muito mais amplo.
Um novo alter ego que ele se manifesta em uma versão muito mais ampla através da mistura de todas as suas influências musicais com a base de sons urbanos como hiphop e reggae, casar-se com mundos onde as culturas e as energias se fundem em um som que lhe promete bons feelings e emoções!
Em 2014, ele abriu um novo capítulo como RAHIZ, uma nova jornada, uma nova abordagem, um novo sentimento como artista na esperança de compartilhar com o mundo esta nova visão de si mesmo como artista e mente criativa. Rahiz em 2015 é novamente nomeado para o cabo-verde music Awards para melhor hiphop mas é em 2016 que recebe o prémio de melhor artista de hiphop africano no African Entertainment Awards Usa tornando-o no primeiro artista de hiphop lusófono a vencer este Award. Em 2016 começa a trabalhar com nomes como Yves Larock, o famoso dj produtor suiço entre outros. Numa nova jornada , uma nova abordagem, uma nova energia na esperança de compartilhar com o mundo esta nova visão de si mesmo RAHIZ se manifesta através da mistura de todas as suas influências musicais com base nos sons urbanos como o hiphop, o reggae, afro Beat, kizomba para nomear alguns, casando-as com a sua cultura onde as energias se fundem em um som que promete boas emoções.


Crítica ao disco de MONO - 'Before The Past - Live From Electrical Audio' (2019)

 MONO - 'Before The Past - Live From Electrical Audio' (2019)

(8 de novembro de 2019, Temporary Residence Limited)



Hoje voltamos nosso olhar para um grupo ao qual já demos um fórum várias vezes neste blog em ocasiões anteriores: nos referimos a MONO, o veterano e ainda vigoroso quarteto instrumental japonês que há muito ocupa uma posição muito elevada no atual parnaso pós-rock internacional. O grupo em questão publicou o seu álbum "Nowhere Now Here" no início deste ano de 2019 para iniciar a celebração do vigésimo aniversário da sua existência, e assim, com o duplo pretexto do novo álbum e deste aniversário tão especial, o grupo embarcou em uma turnê mundial na qual queria mostrar que desfrutava de uma nova vitalidade após a ligeira modificação de sua formação original. Pois bem, agora que o ano está a terminar, este período de festa culmina com a gravação e publicação do EP “Before The Past • Live From Electrical Audio”. O referido EP contém gravações ao vivo, do estúdio Electrical Audio da grande cidade americana de Chicago, duas canções de seu segundo álbum "One Step More And You Die" (2002) e uma de seu primeiro álbum "Under The Pipal Tree" (2001). A formação que opera aqui é, claro, a mesma de “Nowhere Now Here”: os guitarristas de sempre Takaakira “Taka” Goto e Yoda, o baixista de sempre Tamaki e o baterista Dahm, que se juntou à banda no ano passado.

Este curto álbum começa com a peça mais longa, 'Com(¿)', que dura pouco mais de 16 minutos. Sua primeira seção se estende amplamente por um tempo lânguido de 6/8, que faz bom uso da aspereza sônica flutuante que ocorre quando as guitarras começam a exibir seu vigor expressivo. Assim, produzem-se variações interessantes nas bases harmónicas, que revelam algum brilho no seio da densidade escura predominante: é aqui que os tambores intensificam devidamente o seu groove, permitindo que a chama recém-acesa se abane com pulsação majestosa. Pouco antes de cruzar a fronteira do sétimo minuto, tudo afunda com gradação íngreme em um vazio sonhador, que é apenas a ponte para outro momento de languidez reflexiva. Finalmente,catártico. Misturando o furioso e o comemorativo, os quatro músicos se unem em um ritual exultante alimentado por uma visceralidade surreal. O pôr-do-sol final mantém essa visceralidade com efusividade climática. 'L'America' é um exercício de serenidade melancólica sustentada por um motivo simples armado pelas escalas harmônicas suavemente esparsas das duas guitarras. Tudo termina com 'Halo', que pode muito bem ser chamado de a primeira expressão madura do esplendor envolvente e etéreo que o MONO logo se tornou sua marca registrada. Esta penúltima peça do álbum "One Step More And You Die" recebe nesta nova versão um tratamento muito respeitoso do arranjo original, mas com um pouco mais de força. A vitalidade movente motivada pelo dedilhar flutuante e neurótico de uma das guitarras encontra um mastro forte onde pode ser amarrada ao barco dos outros três instrumentos, que se encarregam de dirigir a navegação sonora em ritmo constante. A batida é lenta, mas seu pulso é forte o suficiente para permitir que a peça exiba toda a sua força essencial de caráter. O último minuto e meio é centrado no regresso à calma inicial para ser abraçado pelo manto escuro do crepúsculo: a auréola desapareceu mas deixou um rastro a repetir no sono da noite.

“Before The Past • Live From Electrical Audio” é a prova inquestionável de que o MONO continua sendo uma força incombustível dentro da grande cena pós-rock universal. Em todo o caso, aqui tem havido um exercício de regresso às raízes com o impulso do novo vigor que o grupo adquiriu ao longo do ano de 2019 e desde o final do ano anterior. Um álbum que soa tão consistente em um contexto ao vivo nos inspira com grande fé de que ainda há muitas florestas não plantadas no cosmos musical do MONO. Aliás, em meados deste mesmo mês de dezembro (ou seja, dentro de alguns dias), o MONO lançará um EP em colaboração com o guitarrista inglês AA WILLIAMS, que se chamará “Exit In Darkness”, para o qual o porcelana celebração do MONO continuam a ser objecto de celebração. Veremos isso em outro momento; por agora,

- Amostras de 'Before The Past - Live From Electrical Audio':


Crítica ao disco de October Equus - 'Presagios' (2019)

October Equus - 'Presagios' (2019)

(15 de outubro de 2019, OctoberXart Records)

Equus de Outubro - Presságios

Hoje temos o infinito prazer de apresentar a nova obra discográfica do esplêndido ensemble espanhol OCTOBER EQUUS, que se intitula “Presagios” e foi editada em meados de Outubro (2019) pela OctoberXart Records. Como é habitual, este veterano grupo dirigente da vanguarda progressiva espanhola consolida a sua posição muito elevada na cena do rock avançado internacional; Ele tem feito isso com cada álbum e este caso de “Omens” não é exceção. Claro que há uma notável evolução estilística na ambientação sonora criada pela formação de Ángel Ontalva [guitarra], Víctor Rodríguez [teclados], Amanda Pazos Cosse [baixo], Yolanda Alba Rodríguez [flauta], John Falcone [fagote], Pablo Ortega [violoncelo] e Piotr Talalay [bateria]. Um elemento americano e um russo foram introduzidos nesta fase do grupo. Acontece que agora o grupo explora ambientes musicais, atmosferas e cores mais estilizados e majestosos dentro de sua preocupação permanente em explorar e fundir elementos dos discursos avant-prog, camer-rock e avant-jazz. A sensibilidade relacionada à câmera pós-moderna sempre fez parte da abordagem estilística de OCTOBER EQUUS, mas, nesta ocasião, a nova vitalidade que o conjunto abraçou para se fortalecer nesta nova etapa de sua carreira discográfica o levou a trabalhar com mais meticulosidade com esta esfera específica dentro de sua versatilidade sônica caleidoscópica. Quanto à autoria das 11 canções que compõem o álbum, 6 delas foram compostas por Ontalva e as restantes 5 por Rodríguez. O material aqui contido foi gravado por Pazos e Ontalva em diversas sessões que decorreram no longo período entre 2012 e 2019; os processos finais de mixagem e masterização foram realizados por este último em 2019. As faixas de fagote foram gravadas nos Estudios La Kouadra em Otur, Astúrias, sob os cuidados de Pablo Canalís (baixista e percussionista do SENOGUL); por sua vez, a bateria foi feita no VSM Studios em Astrakhan, na Rússia, no ano passado de 2018. A produção executiva foi realizada por Francisco Macías e Ignacio Garcés. Como sempre, o guitarrista Ángel Ontalva fica a cargo das ilustrações (sempre impressionantes) e do projeto gráfico que completam o conceito visual do álbum. Bem, agora vamos ver as especificidades de seu repertório. os processos finais de mixagem e masterização foram realizados por este último em 2019. As faixas de fagote foram gravadas nos Estudios La Kouadra em Otur, Astúrias, sob os cuidados de Pablo Canalís (baixista e percussionista do SENOGUL); por sua vez, a bateria foi feita no VSM Studios em Astrakhan, na Rússia, no ano passado de 2018. A produção executiva foi realizada por Francisco Macías e Ignacio Garcés. Como sempre, o guitarrista Ángel Ontalva fica a cargo das ilustrações (sempre impressionantes) e do projeto gráfico que completam o conceito visual do álbum. Bem, agora vamos ver as especificidades de seu repertório. os processos finais de mixagem e masterização foram realizados por este último em 2019. As faixas de fagote foram gravadas nos Estudios La Kouadra em Otur, Astúrias, sob os cuidados de Pablo Canalís (baixista e percussionista do SENOGUL); por sua vez, a bateria foi feita no VSM Studios em Astrakhan, na Rússia, no ano passado de 2018. A produção executiva foi realizada por Francisco Macías e Ignacio Garcés. Como sempre, o guitarrista Ángel Ontalva fica a cargo das ilustrações (sempre impressionantes) e do projeto gráfico que completam o conceito visual do álbum. Bem, agora vamos ver as especificidades de seu repertório. sob os cuidados de Pablo Canalís (baixista e percussionista do SENOGUL); por sua vez, a bateria foi feita no VSM Studios em Astrakhan, na Rússia, no ano passado de 2018. A produção executiva foi realizada por Francisco Macías e Ignacio Garcés. Como sempre, o guitarrista Ángel Ontalva fica a cargo das ilustrações (sempre impressionantes) e do projeto gráfico que completam o conceito visual do álbum. Bem, agora vamos ver as especificidades de seu repertório. sob os cuidados de Pablo Canalís (baixista e percussionista do SENOGUL); por sua vez, a bateria foi feita no VSM Studios em Astrakhan, na Rússia, no ano passado de 2018. A produção executiva foi realizada por Francisco Macías e Ignacio Garcés. Como sempre, o guitarrista Ángel Ontalva fica a cargo das ilustrações (sempre impressionantes) e do projeto gráfico que completam o conceito visual do álbum. Bem, agora vamos ver as especificidades de seu repertório. o guitarrista Ángel Ontalva fica a cargo das ilustrações (sempre impressionantes) e do projeto gráfico que completam o conceito visual do álbum. Bem, agora vamos ver as especificidades de seu repertório. o guitarrista Ángel Ontalva fica a cargo das ilustrações (sempre impressionantes) e do projeto gráfico que completam o conceito visual do álbum. Bem, agora vamos ver as especificidades de seu repertório.

A dupla 'Pneuma' e 'Intermitencias' ocupa os primeiros 8 minutos do repertório e desde o momento em que se apresentam aos nossos ouvidos indicam os termos em que a nova cruzada musical de OUTUBRO EQUUS traça o seu rumo. 'Pneuma' ruma para climas sombrios que transitam entre o outonal e o nebuloso, não persistindo em algo sombrio ou algo do género, mas sim apontando para o mistério obscuro de uma realidade mística que nos transcende. As madeiras ocupam um papel de destaque na elaboração do corpo central enquanto os demais instrumentos se movem por um diálogo cristalino e refinado. No caso de 'Intermitencias', o assunto começa com um prelúdio sóbrio e conteúdo, sendo assim que o corpo central que surgirá pouco depois é conduzido para um sofisticado e ágil exercício jazz-progressivo que nos remete para o HENRY COW do primeiro álbum bem como para a faceta jazzística do avant-prog contemporâneo (há geminação com o CONJUNTO DE CINCO ANDARES e YUGEN). As coisas são notoriamente agitadas sob um manto de tensão caleidoscópica cujo comportamento corajoso está vestido com um senhorio extravagante. A breve peça 'Singular' – dura pouco mais de 2 minutos – exibe um momento de descanso dissonante a partir do qual o grupo explora as arestas mais quentes de sua visão musical, seguindo de perto o padrão de Chamber-Rock estilo HENRY COW. A partir daí, 'Estelas' surge com a missão de continuar a explorar a veia de agilidade sofisticada iniciada por 'Intermitencias' para levá-la a uma arquitetura mais precisa. São agora os cordéis que ocupam um papel preponderante durante boa parte do desenvolvimento temático; enquanto isso, a dupla rítmica sustenta o desenvolvimento de todas as nuances do desenvolvimento temático com uma precisão matemática imaculada: exibe uma mistura engenhosa do acinzentado e do descontraído.

A dupla 'Ceniza' e 'Ígneo' ajuda o conjunto a continuar explorando novos recursos de agilidade, espessura e tensão primorosa dentro de sua ideologia musical. No caso de 'Ceniza' temos uma peça que diz muitas coisas ao longo do seu espaço de menos de 3 minutos. Os papéis principais alternados de instrumentos de sopro, guitarra e teclado ocorrem dentro de uma agitação lúdica de ondas agitadas e solavancos graciosos que nos dão a impressão de testemunhar um quebra-cabeça girando em seu próprio eixo enquanto se transforma em engenharia sônica surreal. Um zênite inquestionável do álbum. Por seu lado, 'Ígneo' começa com uma aura de melancolia solene antes de dar lugar a um motivo central tão ágil quanto circunspecto. Com um trabalho de bateria opulento e subtons de teclado discretos, o conjunto encontra o foco perfeito para especificar o desenvolvimento temático. Alguns fraseados de guitarra nos lembram Fred Frith e Ray Russell: eles se fazem sentir apesar de não saírem na frente com alarido. Outro zênite do disco. 'Hidden', em seu espaço de pouco menos de dois minutos, projeta uma nebulosidade envolvente e ameaçadora com arestas tristes, como uma tempestuosa demonstração de nostalgia outonal. Os enclaves flutuantes de teclado, violoncelo e fagote ganham vida própria à medida que se tornam quase palpáveis ​​no ar, e os ornamentos percussivos finais ajudam a reforçar esse sentimento. Depois disso, 'Omen' abre um padrão de preocupações introspectivas furtivas onde a nostalgia anterior deixa o campo aberto para um halo reflexivo. O suingue jazzístico armado pela dupla rítmica e pelo piano permite que os demais instrumentos captem suas misteriosas e urgentes impressões sonoras. No meio do caminho, essa espiritualidade assume uma roupagem mais musculosa à medida que as guitarras ficam mais ásperas e o swing acelera suas vibrações sempre sofisticadas. O golpe final seco cria um bom efeito de força na forma de uma defesa solipsista do próprio foro interno. 'Secrag' é outro quebra-cabeça mágico orquestrado sob a lógica do inescrutável com projeções dadaístas: algo como ZAPPA reorganizando uma pequena partitura perdida de UNIVERS ZERO dos dois primeiros álbuns. essa espiritualidade assume uma aparência mais musculosa à medida que as guitarras ficam mais ásperas e o swing acelera suas vibrações sempre sofisticadas. O golpe final seco cria um bom efeito de força na forma de uma defesa solipsista do próprio foro interno. 'Secrag' é outro quebra-cabeça mágico orquestrado sob a lógica do inescrutável com projeções dadaístas: algo como ZAPPA reorganizando uma pequena partitura perdida de UNIVERS ZERO dos dois primeiros álbuns. essa espiritualidade assume uma aparência mais musculosa à medida que as guitarras ficam mais ásperas e o swing acelera suas vibrações sempre sofisticadas. O golpe final seco cria um bom efeito de força na forma de uma defesa solipsista do próprio foro interno. 'Secrag' é outro quebra-cabeça mágico orquestrado sob a lógica do inescrutável com projeções dadaístas: algo como ZAPPA reorganizando uma pequena partitura perdida de UNIVERS ZERO dos dois primeiros álbuns.

Sombra:

disco completo:


DE Under Review Copy (AMEN SACRISTI)

AMEN SACRISTI

Grupo originário de Benfica, Lisboa, fundado por Pedro Vargues (baixo) e Tó Trips (guitarra) e Joaquim José Rebelo (bateria, aka Kim). Mais tarde juntar-se-lhes-á Filete (voz). Alguns destes elementos estarão mais tarde na génese dos Lulu Blind. O projecto apresentava-se como uma banda urbana, agressiva e pretensamente independente dos padrões então instituidos, não se preocupando minimamente com a aceitação do público. Debitavam um som sujo que afirmavam ser distinto do de todas as restantes bandas nacionais. Tocaram muito no Rock Rendez Vous e em bares "semi-marginais" como Palmeiras Bar, Noites Longas ou Bar Oceano. Os membros da banda provinham de projectos obscuros como os Brown Sugar e Distorção. Pedro Antunes, o primeiro vocalista, esteve ligado ao nascimento do fanzine "Suicídio Colectivo", posteriormente continuado por Filete, futuro vocalista da banda. Este último provinha dos Deportados (última designação conhecida dos Grito Final). Era assim notável que as origens da banda derivavam do movimento punk da capital. Em 1988, João Queirós assume a função de vocalista e letrista dos Amen Sacristi sendo que, na parte final da vida deste projecto, para além destes, já só faziam parte do grupo os seguintes músicos: Pedro Vargues (baixo), Tó Trips (guitarra), Kim (bateria) e Filete (promoção e marketing). Tinham alguma cumplicidade dos media lisboetas ligados ao circuito da música.

CASSETES
Rock Rendez Vous, Lisboa 1986 (3 Temas, 12:43)
Demo Tape 1987 (4 Temas, 17:08)
Rock Rendez Vous, Lisboa 1988 (6 Temas, 18:48)

Transição, Demo Tape 1989 (1 Tema, 04:37)

 

DE Under Review Copy (AMANTES DE MARIA)

 

AMANTES DE MARIA

Grupo de Coimbra cuja primeira formação data de Fevereiro de 1988 e era constituida por Gabriel Oliveira (guitarra, voz), Paulo Coelho (baixo) e Armando Caldas. Em Março desse mesmo ano participaram num festival realizado no Jardim da Sereia, com bandas da região centro e a partir daí desenvolveram a sua actividade musical, marcada por diversas alterações de baterista: Armando Caldas (1990), António Joaquim (1991) e Tó Shiba (1992). A partir de 1992, já com a sua formação definitiva - Gabriel (voz), Paulo Coelho (baixo), João Pedro (guitarra) e Geraldo (bateria, também membro dos Ordem Crucial) - viveram a sua época mais produtiva até que, após a gravação de uma maqueta com quatro temas originais, cessaram actividades. O grupo iniciou a sonoridade em ambientes pop rock mas com as constantes alterações de bateristas (chegaram mesmo a tocar com uma caixa de ritmos a quem chamavam carinhosamente "Hugo"), deram-se inevitáveis variações sempre na direcção progressiva do rock.

DISCOGRAFIA


AMANTES DE MARIA [Tape, Edição de Autor, 1993]

COMPILAÇÕES
 
10 ANOS SEMPRE NO AR [CD, Lux Records, 1996]


Fleetwood Mac Rumours (45th Anniversary)

 


Álbum clássico de uma banda que não obedece a nenhum molde, mas que se adapta a todos os estilos. Com um baterista particularmente histriônico e uma cantora bonita e afinada. Apesar de um tanto POP para o estilo do blog, não sou fechado a boa música, seja ela blues, rock ou jazz.
Estranhamente, é um disco que todos na minha família gostam, o que é raro quando se trata de estilos e idades tão diferentes.

O Fleetwood Mac comemorou o 45º aniversário de sua obra-prima de 1977, Rumours, em uma reedição expandida de luxo pela Rhino Records.
Caindo no que hoje é conhecido como show business (e que antes era conhecido como puro e simples pelambre) os dois casais que viviam no Fleetwood Mac, Christine-McVie e Buckinham-Nicks, se separaram. E eles não encontram uma maneira melhor de jogar coisas na cabeça um do outro do que através das músicas de seu próximo álbum, "Rumours". Aliás, o título faz referência aos constantes rumores sobre uma separação que parecia inevitável.
Como se isso não bastasse, o outro membro da banda, e um dos poucos fundadores restantes, Mick Fleetwood (bateria), estava no meio de sua própria provação de divórcio. O homem passou pela desagradável experiência de descobrir a infidelidade de sua parceira, a modelo Jenny Boyd, com o guitarrista do grupo, Bob Weston, que foi imediatamente expulso.
Isso aconteceu em 1974. Observe que Jenny era irmã de Pattie Boyd, aliás, esposa de George Harrison, que ela por sua vez trocou por Eric Clapton (não contei, cabelo puro!). Jenny e Mick se divorciaram, embora mais tarde se casassem novamente e se separassem novamente. Mas isso é outra história.
Apesar de todas essas experiências, e curiosamente, a banda permaneceu junta por alguns anos.
O lançamento deste disco levou a banda a um novo nível de sucesso e eles ainda estão colhendo os frutos, gravados de forma impecável 45 anos depois nos estúdios da Record Plan.



Fleetwood Mac (2012) Rumores (45º Aniversário)

DISCO 1 - Rumours
01. Second Hand News
02. Dreams
03. Never Going Back Again
04. Don't Stop
05. Go Your Own Way
06. Songbird
07. The Chain
08. You Make Loving Fun
09. I Don't Want To Know
10. Oh Daddy
11. Gold Dust Woman
12. Silver Springs (B-side)

DISCO 2 - Live, 1977 Rumours World Tour
01. Intro
02. Monday Morning
03. Dreams
04. Don't Stop
05. The Chain
06. Oh Daddy
07. Rhiannon
08. Never Going Back Again
09. Gold Dust Woman
10. World Turning
11. Go Your Own Way
12. Songbird

DISCO 3 - More from the Recording Session
01. Second Hand News (Early Take)
02. Dreams (Take 2)
03. Never Going Back Again (Acoustic Duet)
04. Go Your Own Way (Early Take)
05. Songbird (Demo)
06. Songbird (Instrumental, Take 10)
07. I Don't Want To Know (Early Take)
08. Keep Me There (Instrumental)
09. The Chain (Demo)
10. Keep Me There (With Vocal)
11. Gold Dust Woman (Early Take)
12. Oh Daddy (Early Take)
13. Silver Springs (Early Take)
14. Planets Of The Universe (Demo)
15. Doesn't Anything Last (Acoustic Duet)
16. Never Going Back Again (Instrumental)

Músicos
Lindsey Buckingham: Voces, guitarra
Mick Fleetwood: Bateria, percussão
Christine McVie: Voces, teclado
John McVie: Bajo
Stevie Nicks: Voces



O Wiki conta que Rumours é o décimo primeiro álbum de estúdio da banda de rock anglo-americana Fleetwood Mac, gravado ao longo de 1976 e produzido pela mesma banda junto com Ken Caillat e Richard Dashut. Foi lançado em fevereiro de 1977 pela Warner Bros. Records. Alcançou o topo da parada da Billboard 200 dos EUA e da parada de álbuns do Reino Unido. Dele foram extraídos os singles "Go Your Own Way", "Don't Stop", "Dreams" e "You Make Loving Fun". Vencedor de um prêmio Grammy, Rumours é o álbum de maior sucesso do Fleetwood Mac, com mais de quarenta milhões de cópias vendidas em todo o mundo. A banda queria aproveitar o sucesso comercial alcançado com seu álbum autointitulado de 1975, mas teve que lidar com ameaças de separação antes mesmo de começar a gravar. As sessões de gravação de Rumors foram marcadas por comportamentos hedonistas e conflitos pessoais entre os membros da banda; essas experiências marcam a letra do álbum. Claramente influenciado pelo pop, as faixas do álbum foram gravadas usando uma combinação de instrumentos acústicos e elétricos. O processo de mixagem atrasou a conclusão de Rumours, embora tenha sido finalmente concluído no final de 1976. Após seu lançamento no início de 1977, o Fleetwood Mac iniciou uma turnê mundial para promovê-lo.



Aretha Franklin Amazing Grace

 


Mais conhecido pelos sucessos "Respect", "(You Make Me Feel Like) A Natural Woman", "Chain Of Fools" ou por estar em 9º lugar entre os "100 Maiores Artistas de Todos os Tempos" pela revista Rolling Stones. ; sendo a primeira mulher na lista ou sendo a primeira mulher introduzida no Hall da Fama do Rock and Roll. Este trabalho foge do padrão e oferece um maravilhoso registro do evangelho.
E bem, aqui está, o melhor álbum do melhor cantor de gospel, R&B, soul, etc. DEL MUNDO (essa é minha e da revista Rolling Stone, que a elegeu a melhor cantora de todos os tempos em 2008).
Alguma dúvida sobre o título? é só ouvir esse disco para convencer qualquer um.
Reproduzo o post original de Lucy copiado por Dead, compactado, editado e traduzido.

"Esta é Aretha voltando para casa, para suas raízes, para o Gospel. Esta é Aretha "louvando ao Senhor", como dizem lá, muito bem acompanhada pelo Southern California Community Choir. Esta é Aretha com menos de 30 anos, em sua melhor forma. Em
1972, ela já tinha cinco discos de ouro e acumulava uma carreira de 16 anos desde seu primeiro álbum - gravado com o pai cantando em sua igreja, quando Aretha tinha apenas 14 anos. "O que ele ganha
com "Amazing Grace", com essas canções de louvor? Nada, apenas seu primeiro disco de platina. Mas apenas um ou dois, foram múltiplos. Com quantos outros discos ele conseguiu o mesmo feito? Nenhum. Tinha que ser com este!"






Aretha Franklin (1972) Amazing Grace


01. Mary, don't you weep
02. Take my hand, precious Lord / You've got a friend
03. Old landmark
04. Give yourself to Jesus
05. How I got over
06. What a friend we have in Jesus
07. Amazing grace
08. Precious memories
09. Climbing higher mountains
10. Remarks by Reverend C.L. Franklin
11. God will take care of you
12. Wholy holy
13. You'll never walk alone
14. Never grow old

Músicos

Aretha Franklin: Cantora, piano
Pancho Morales:
Congas James Cleveland: Voz, maestro, piano
Southern California Community Choir: Choirs
Ken Lupper: Organ
Também participam: Chuck Rainey, Bernard Purdie, Cornell Dupree


Em 1972 veio o primeiro álbum totalmente gospel da carreira de Arethe Franklin, gravado ao vivo com The Southern California Community Choir e James Cleveland. Suas versões gospel de "You've got a Friend", "Wholy Holy" de Marvin Gaye, "How I Got Over" de Clara Ward ou as tradicionais "Precious Memories" são famosas neste álbum.
No final das contas, vendeu mais de dois milhões de cópias apenas nos Estados Unidos, ganhando uma certificação de platina dupla.
A partir de 2013, é o álbum mais vendido de toda a carreira de Aretha, que tem mais de cinquenta anos de carreira musical.
O álbum duplo foi gravado na New Temple Missionary Baptist Church em Los Angeles em janeiro de 1972.
O LP é o álbum gospel puro mais vendido de todos os tempos.
Um filme documentando a produção do álbum seria lançado em 1972, mas foi arquivado pela Warner Bros. Amazing Grace foi remasterizado e relançado em 1999 como dois CDs com muitas tomadas inéditas.



ROCK ART

 


Destaque

CRONICA - JASON BOLAND & THE STRAGGLERS | Somewhere In The Middle (2004)

  Pergunta: Quem aqui já ouviu falar de Jason Boland & The Stragglers? Na minha opinião, o número de pessoas no continente europeu que ...