quinta-feira, 1 de agosto de 2024

The Animals - “Before We Were So Rudely Interrupted” (1977)

 

"Uma vez que você sentiu o poder da música, e viu pela primeira vez suas mãos serem capazes de tocar os corações e almas de pessoas em todo o mundo, esta magia é algo que você jamais esquece."
Eric Burdon,
da biografia "Don't let me be Misunderstood"


Um dos meus discos favoritos deve ser uma surpresa para muitos dos que me conhecem. Fui apresentado a ele em 1980 pelo meu amigo e colega Luiz Paulo Santos. Chama-se “Before We Were So Rudely Interrupted”, da banda inglesa The Animals e foi gravado em 1977. O grupo surgiu na década de 60 quando o Alan Price Combo ganhou a adesão do vocalista Eric Burdon. Mais um daqueles brancos de alma negra, Burdon deu à banda a voz que faltava naquela mélange de blues, jazz e soul no meio da beatlemania.
Os Animals fizeram muito sucesso com “The House of the Rising Sun”, “We've Got to Get Out of This Place”, “Don't Let Me Be Misunterstood”, entre muitas outras. A primeira ruptura aconteceu quando o baixista Chas Chandler resolveu deixar seu instrumento e ser manager de um artista emergente na Swinging London e que daria muito o que falar: Jimmi Hendrix. Logo depois, os Animals encerraram a primeira parte de sua carreira com Alan Price fazendo trilhas para os filmes de Lindsey Anderson (em especial o maravilhoso “O Lucky Man”) e Burdon indo para a América, onde foi ser vocalista do grupo War. Em 76, os integrantes do grupo resolveram dar uma segunda chance ao azar. Reuniram-se e gravaram este disco com o estúdio móvel dos Stones numa fazenda. O nome já é um achado: “Antes de seremos tão rudemente interrompidos”. O velho humor inglês.
A festa começa com o piano de Alan Price num clima boogie-woogie num clássico de Leiber & Stoller mais Otis chamado “Brother Bill” (The Last Clean Shirt). Um R & B das antigas, a canção permite a Burdon dar seu primeiro de muitos shows durante o disco. O guitarrista Hilton Valentine também faz seu primeiro solo, carregado pelo piano de Price. Uma das melhores versões de “It's All Over Now, Baby Blue” vem em seguida. O clima é soturno com a bateria de John Steel fazendo uma batida seca e as harmonias de Alan Price se juntando às da guitarra de Valentine, enquanto um sintetizador faz a cama. Eric Burdon modula sua voz para encarar os altos e baixos da canção. Nem Dylan teria pensado num arranjo ecumênico como este.
Depois de duas canções dessas, chega a hora de descontrair com “Fire on the Sun”, um rock libidinoso no estilo Little Richard, mas gravado na década de 70 (“Your love is like fire, baby / Fire on the Sun”). Mais uma vez o cérebro musical da banda, Alan Price, comanda as ações. “As The Crow Flies”, composta por Jimmy Reed, volta ao blues com o piano elétrico. O resto da banda faz aquela velha batida blues de Chicago. Pra fechar o lado 1 do LP, uma das melhores músicas de todo o disco: “Please Send Me Someone to Love”. Nela, Eric Burdon mostra toda a sua qualidade como cantor. Talvez nunca em sua carreira ele tenha cantado uma música como essa, cheia de modulações e subidas e descidas de tom numa mesma frase. Alguém poderia dizer que é pirotecnia. Eu diria que ele é um excelente cantor. O narrador pede paz e tranquilidade no mundo, mas se não for pedir muito, mande um amor. “Heaven please send / To allmankind /understanding and peace of mind / but if its not asking too much / please send me someone to love”. Numa cama de órgão, guitarra jazzística, baixo e bateria, o Fender Rhodes de Price brinca, permitindo a Burdon uma performance incrível. 
O antigo Lado 2 começa com uma música de Jimmy Cliff, “Many Rivers to Cross”, que os Animals transformam de um reggae num lamento gospel (o deles, não o nosso). A mensagem é de superação: “Many rivers to cross / But I can't seem to find /my way over”. Mais adiante, o narrador reclama da solidão: “And this loneliness just won't leave me alone / It's such a drag to be on your own”. No final, Burdon rasga seus lamentos como um cantor negro de igreja batista no Sul dos Estados Unidos. “Just Want a Little Bit” inicia enigmática com o piano e passa para um R & B dançante de Little Mama Thornton. Nesta canção, Alan Price relembra seus velhos tempos de pré-beatlemania, quando o som da juventude inglesa era o blues e o Rhythm'n'Blues de grupos com órgão, como o de seu colega Georgie Fame. A única composição de integrantes dos Animals vem na sequência: “Riverside County”, outro blues com escala descendente. O grande compositor Doc Pomus aparece com a clássica “Lonely Avenue”. Os arranjos deste disco brincam todo o tempo com esta “simplicidade” do blues e vão colocando camadas e camadas de pequenos detalhes com vocais, guitarras e teclados, enquanto a batida é constante. O final é engraçado com “The Fool” que diz: “Juntem-se a mim, amigos / ergam suas taças/ e bebam ao bobão /o louco bobão / que mandou seu amor embora”.
Durante todo o disco, Burdon reclamou que a mulher tinha ido embora, que estava numa avenida solitária e tal. Nesta última canção, este arco dos relacionamentos vira do avesso. “Ela encontrou um novo amor / eu digo que ele é o cara de sorte/ Bebam ao bobão / eu mandei meu amor embora”. Um disco de blues e Rhythm'n'blues em plena era disco e de Boston, Eagles e Peter Frampton. Não poderia ter dado certo mesmo. Os Animals saíram em turnê e cinco anos depois tentaram mais uma vez com o disco “Ark” de 1983. Mas os melhores tempos já tinham passado. Eric Burdon continua na ativa e acabou de lançar um trabalho muito festejado pela crítica, “'Til Your River Runs Dry”. Mas essa história vai ser contada daqui há pouco.
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FAIXAS:
1. "Brother Bill (The Last Clean Shirt)" (Jerry Leiber, Mike Stoller, Clyde Otis) - 3:18
2. "It's All Over Now, Baby Blue" (Bob Dylan) - 4:39
3. "Fire on the Sun" (Shaky Jake) - 2:23
4. "As the Crow Flies" (Jimmy Reed) - 3:37
5. "Please Send Me Someone to Love" (Percy Mayfield) - 4:44
6. "Many Rivers to Cross" (Jimmy Cliff) - 4:06
7. "Just a Little Bit" (John Thornton, Ralph Bass, Earl Washington, Piney Brown) - 2:04
8. "Riverside County" (Eric Burdon, Alan Price, Hilton Valentine, Chas Chandler, John Steel) - 3:46
9. "Lonely Avenue" (Doc Pomus) - 5:16
10. "The Fool" (Sanford Clark) - 3:24


Amy Winehouse - "Back to Black" (2006)

 


"Ela (Amy) é de outro planeta!"
Quincy Jones


Seria muita ousadia colocar um álbum tão recente de uma artista não totalmente consolidada entre os grandes da história? Talvez seja, talvez seja... Mas me parece, amigos, que temos entre nós uma das grandes artistas dos últimos tempos e que, provavelmente, fique ofuscada e diminuída por seus próprios excessos, escândalos, internações e bebedeiras. A gente acaba subestimando por causa disso. Eu mesmo devo admitir que antes de ouvir Amy Winehouse pensava ser ela só mais uma artista pop tentando chamar atenção. Mas o fato é que ao escutá-la cantar é que ela chama atenção de verdade.
Amy Winehouse é possivelmente a melhor cantora viva do nosso tempo e talvez a artista que chegue perto em importância do que representou um Kurt Cobain, o último que valia alguma coisa. Uma voz absoluta, segura, o domínio total de cada verso, de cada nota, a sensualidade e a energia. A artista que trouxe o jazz de volta às rádios e o aproximou do grande público que, na sua maior parte nem sabe o que está ouvindo, mas o importante é que nós sabemos. Com "Back to Black" ela coloca elementos pop no jazz (ou seriam elementos jazz no pop) como provavelemnte só Louis Armstrong tenha conseguido fazer tão perfeitamente na fase final de sua carreira. Mas não fica nisso: é rock, é pop, é blues é soul. É um baita disco!
É impossível falar de "Back to Black" e não citar o hit de refrão fácil, "Rehab", ou do outro sucesso, muito melhor na minha opinião, "You Know I'm No Good"; da ótima faixa-título do álbum, "Back to Black"; mas a melhor do álbum pra mim é indiscutivelemente, "Wake Up Alone", uma balada triste e emocionante ao melhor estilo das antigas divas do jazz.
De visual extravagante, talentosíssima no microfone mas com especial habilidade para fazer merda na vida, se não tomar jeito é candidata a integrar logo logo o famoso Clube do 27 que já conta com alguns representantes ilustres como Morrisson, Janis, Hendrix, Kurt... Bate na madeira, garota! (tem até setembro, quando faz 28, pra afastar a maldição). Mas ao que parece a moça anda se recuperando, tomando um pouco mais de juízo e já está até com disquinho novo na boca-do-forno pronto pra sair.
Ousadia colocar "Back to Black" entre os FUNDAMENTAIS? Pode ser. Mas, de certa forma, acho que esta é a ideia mesmo.
O tempo me dará razão.

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FAIXAS:
• 1. Rehab
• 2. You Know I´m no Good
• 3. Me & Mr Jones
• 4. Just Friends
• 5. Back to Black
• 6. Love Is a Losing Game
• 7. Tears Dry on Their Own
• 8. Wake Up Alone
• 9. Some Unholy War
• 10. He Can Only Hold Her



Scott McGill - The Hand Farm (1997)

 

Dissonante, noodle-y fusion/jazz-rock do guitarrista americano Scott McGill. The Hand Farm é todo compassos nodosos, herky-jerked e trastes maníacos e fluidos, mas há algo tonto e atmosférico em ação que ajuda a elevá-lo acima do seu festival de fusion padrão.

Track listing:
1. The Great Unwashed
2. The Secret Linen Service
3. Pools
4. Death by D.M.V.
5. 2000 Allen Called
6. Uncle Zippy
7. Luggage
8. Ignoramus Rex
9. Calvinist Pancakes
10. Labyrinth
11. Alaskan Brick




Wayne Shorter - Odyssey of Iska (1970)



Estou um pouco atrasado, mas: RIP para um dos maiores músicos de jazz que já existiu. Uma brilhante peça de jazz avant-garde amorfo e fervente, Odyssey of Iska coroou uma sequência positivamente ridícula de 8 álbuns que rivaliza com praticamente qualquer outro na história da música. (Não que os álbuns anteriores ou posteriores sejam ruins de forma alguma, mas Night Music through Odyssey é, para mim, o melhor que existe.)


Track listing:
1. Wind
2. Storm
3. Calm
4. De Pois do Amor, O Vazio (After Love, Emptiness)
5. Joy




POEMAS CANTADOS DE CAETANO VELOSO


 

Meu Barracão

Caetano Veloso

Faz hoje quase um ano

Que eu não vou visitar

Meu barracão lá da Penha

Que me faz sofrer

E até mesmo chorar

Por lembrar a alegria

Com que eu sentia

Um forte laço de amor

Que nos unia


Não há quem tenha

Mais saudades lá da Penha

Do que eu, juro que não

Não há quem possa

Me fazer perder a bossa

Só saudade do barracão


Mas veio lá da Penha

Hoje uma pessoa

Que trouxe uma notícia

Do meu barracão

Que não foi nada boa

Já cansado de esperar

Saiu do lugar

Eu desconfio que ele

Foi me procurar


Não há quem tenha

Mais saudades lá da Penha

Do que eu, juro que não

Não há quem possa

Me fazer perder a bossa

Só saudade do barracão

Meu Bem

Caetano Veloso

Meu bem está me esperando lá em casa...

meu bem é mais um dia

Meu bem apague a luz

É tanta cortesia


Meu bem me da um beijo 

Meu bem deite comigo

Me faça companhia

Meu bem saia comigo


Meu bem / Meu bem 

é tanta cortesia


Meu bem esta me esperando lá em casa

Meu bem é mais uma tarde vazia

É tanta cortesia


Eu vou me mudar pra São Paulo

Eu vou pegar/ pegar um trem ambulante eu vou atrás do meu bem...


Meu bem / Meu bem 

Nem que sejano utimo instante

Meu bem case comigo



BIOGRAFIA DE José Luis Perales

José Luis Perales

José Luis Perales (Cuenca18 de Janeiro de 1945), é um cantor e compositor espanhol, de música romântica

Apresentou parte de seu trabalho no Carnegie Hall, em Nova Iorque.

José Luis Perales já vendeu mais de 50 milhões de cópias em todo o mundo, o seu primeiro disco de ouro o conseguiu na Argentina no ano 1974, com Celos de mi guitarra ("Ciúme do meu violão"), desde então recebeu mais de 100 discos de ouro e platino. Sua canção ¿Por qué te vas? ("Por que você vai?"), popularizada por Jeanette foi versada por mais de 40 artistas na FrançaAlemanhaInglaterraJapão, até o ano 2004. Só esta canção vendeu mais de 6 milhões de cópias na Alemanha e Áustria.

Biografia

Nasceu na Villa de Castejón, um povoado situado a 65 km da cidade de Cuenca, conhecido como El Balcón de la Alcarria, em uma família cristã tradicional. Desde muito pequeno já mostrou a devoção pela música, aprendendo Solfejo com um antigo mestre, o que levou-lhe a tocar o Alaúde com apenas 6 anos.

Com 16 anos, seu pai obteve-lhe uma beca para a Universidade Laboral de Sevilha, onde moveu-se para estudar mestria industrial em eletricidade e para viver lá sua juventude. Apontou-se à tuna e conheceu a uns meninos que ensinaram-lhe a tocar cinco ou seis acordes de guitarra, que são os mesmos que se segue manejando. Às vezes, reconhece que quiçá por ser tão elementar é por isso que sua música chega a tanta gente e talvez perfura em tantos corações. Prefere tocar a guitarra que tentá-lo com o piano.

Estava escutando a rádio quando se viu motivado para compor uma canção, nascendo assim uma de suas primeiras melodias, Niebla (Névoa), ainda pouco madura, mas que marcaria o princípio de um largo caminho, onde Jose Luis viu claramente o que seria sua verdadeira dedicação durante o resto de seus dias: a música.

Apesar disso, ele tinha uma beca e tive que continuar com seus estudos.

Apenas terminada a maestria ele viajou para Madrid para completar os seus estudos com os de perícia, que compaginava, ao mesmo tempo, com o seu trabalho de eletricista e suas composições, que já acumulada em dezenas, aguardando a chegada de algum cantor interessados em suas canções.

Depois de uma interpretação em uma festa alguém ofereceu-lhe gravar e tentar fortuna, que virá mais tarde como compositor, uma vez como cantor, posto que não lhe gostou ao diretor de uma boa conhecida assinatura, mesmo assim, era o que ele queria, compor, o de cantor (famacenários, televisão, etc. ...) não era o seu espelho, poderia causar ainda mais problemas a sua relação amorosa.

Para aquele tempo já tinha conhecido, no trabalho, a que é agora a sua mulher, Manuela Carrasco, tão imprescindível para a sua vida, como ele próprio disse: "...si no fuese por Manuela estaría perdido." ("... se não fosse por Manuela, eu estaria perdido.") Encontramos aqui um Perales enamorado, terno e “doente” do amor fiel ao seu amor. Desempenham assim duas mulheres um papel muito importante na sua vida: sua mãe Mariana (motor de sua carreira, pois era ela a única a que pesquisava os seus primeiros auditórios, às vezes entre a gente e o seu povo) e Manuela (voz crítica do seus canções).

É como consequência de conhecer a Rafael Trabucchelli (em 1970), o principal produtor discográfico de Espanha, nesse momento, quando a vida de Perales dá uma viragem dramática. Trabucchelli oferece-lhe cantar, ao que Perales resiste-se todo o possível, principalmente porque que ante tudo estava sua vocação familiar, a vida de casa, e seus ciúmes por sua intimidade. Perales compôs "Por que te vas" (Porque você ir) e cantada por Jeanette, são vendidos em um ano quatro milhões de cópias em todo o mundo, a fim de que Carlos Saura incluiu no filme Criando Cuervos (Criando corvos). Um sucesso.

Com este fato, Trabucchelli convence definitivamente a Perales para cantar, um fato que Jose Luis qualifica como acidental, mas que correu bem, desde o seu primeiro Disco de vinil do 73-74 "Mis canciones" (Minhas canções), que se destacou "Celos de mi guitarra" ("Ciúme de meu violão"), foi um sucesso em Espanha e em América Latina.

Em breve começaram as complicações, por isso José Luis teve de abandonar os seus empregos devido a problemas de incompatibilidade e dedicar-se inteiramente ao mundo da música, ademais horrorizava-lhe depender do cenário e da crítica... Era ante tudo um homem cujos interesses primários foram focados em sua casa e na sua família. Ele próprio afirmou: "Manuela y yo hemos padecido grandes soledades por todo ello". ("Manuela e eu tivemos grandes solidões por todo isso.")

Mais tarde passou a viver em Cuenca, onde construiu sua casa, e a Madrid, onde seus dois filhos adolescentes (Pablo y María) se formam a estudar à universidade, afastando-se um pouco da sua atividade para dedicar-se completamente a seus filhos. Sempre fiel a suas raízes, tem uma casa em Castejón e outra casa de campo a que chama <<El refugio>> (O refúgio), também perto do Castejón onde sói retirar-se a compor.

É assim como foi forjada a vida de um dos cantores e compositores mais prolíficos da indústria discográfica espanhola com mais de 450 canções registradas na Sociedad General de Autores y Editores (SGAE), um homem da face afával, palavra solta e sorri fácil, que não se considera nem músico nem cantor, apesar do reconhecimento que lhe tinha feito os seus dois talentos. Com mais de 35 anos da experiência no mundo da música, recebeu um prêmio amigo como "reconhecimento de sua trajetória artística," há composto canções para os artistas mais conhecidos de Espanha, como Isabel PantojaRafaelMiguel BoséJulio IglesiasRocío JuradoJeanette, e Paloma San BasilioRosa López e a cantante venezuelana Mirla Castellanos. Recebeu mais de 100 discos de ouro e platina e pisou no estágio em Nova IorqueBuenos AiresMiamiUruguaiPeruEquadorMéxicoPanamá e República Dominicana.

Desde sempre há sido solidário com os mais desfavorecidos, por o que colabora com as SOS Children's Villages International cedendo os direitos de uma das canções de cada disco a esta organização. Em 2009, Perales compôs todas as canções do álbum Propiedad de Nadie (Propriedade de ninguém) da famosa cantora espanhola Rosa López, ademais colaborou em um dueto com dita cantora.

Discografia

  • 1973 - Mis Canciones
  • 1974 - El Pregón
  • 1975 - Para Vosotros Canto
  • 1976 - Por Si Quieres Conocerme
  • 1978 - Como La Lluvia Fresca
  • 1978 - Soledades (edidato apenas na América do Sul)
  • 1979 - Tiempo De Otoño
  • 1981 - Nido De Águilas
  • 1982 - Entre El Agua Y El Fuego
  • 1984 - Amaneciendo En Ti
  • 1986 - Con El Paso Del Tiempo
  • 1987 - Sueño De Libertad
  • 1989 - La Espera
  • 1990 - A Mis Amigos
  • 1990 - A Ti Mujer
  • 1990 - Mis Canciones
  • 1991 - América
  • 1993 - Gente Maravillosa
  • 1994 - Mis 30 Grandes Canciones
  • 1996 - En Clave De Amor
  • 1998 - Quédate Conmigo
  • 2000 - Me Han Contando Que Existe Un Paraíso
  • 2001 - Grandes Éxitos
  • 2001 - Simplemente Lo Mejor
  • 2002 - Perales
  • 2002 - Personalidad
  • 2006 - Navegando Por Tí
  • 2007 - ¿Y Como es el?...Los Exitos

Absolutely, Positively Friends (1993) – Kenny Marks


Ele é mais lembrado por ajudar a implementar um estilo que ele chama de "música horizontal com uma conexão vertical": músicas que podem ser informadas por uma orientação espiritual, mas não são abertamente sobre coisas espirituais.
– Kenny Marks: Lembrando a estrela do CCM dos anos 80 e 90

O cantor de música cristã Kenny Marx, que apareceu aqui há apenas um mês com Running on Love, voltou com a faixa-título de seu álbum de 'maiores sucessos' de 1993, Absolutely, Positively Friends. Às vezes, gosto de voltar a ouvir a música com a qual cresci e toquei centenas de vezes. Um amigo meu, 'Eric', me emprestou suas fitas cassete de Kenny na escola. Achei as músicas cativantes e inspiradoras. Achei que elas tinham muito sentimento e grandes significados. A voz de Kenny é feita no estilo pathos de Bryan Adams / Journey . Suas músicas podem ser consideradas muito otimistas, sentimentais e 'mecanicamente repetitivas' pelos gostos modernos e um mundo cínico, mas não vou fugir da música que foi parte integrante da formação da minha identidade e lugar no mundo. Então é isso, para o bem ou para o mal.

Em 31 de outubro de 2008, Kenny Marks morreu de ataque cardíaco aos 67 anos de idade. Embora seu nome possa não ser conhecido por uma geração mais jovem de aficionados por música cristã, ele estava (como alegado nas referências abaixo), em seu auge nos anos 80 e 90; uma verdadeira estrela da CCM (Contemporary Christian Music) com uma série de sucessos de rádio cristãos nos EUA. Kenny continuou a lançar álbuns até 1995, explorando um som mais melódico de baladas. É uma pena que nas últimas duas gerações sua música, que antes brilhava tanto, tenha desaparecido em tal obscuridade. Suas letras para a faixa em destaque de hoje, Absolutely, Positively Friends, nem podem ser encontradas, nem informações sobre o disco.

Kenny disse em uma entrevista, “A música é uma das melhores maneiras de alcançar as pessoas. Eu amo a paixão no rock e quero usá-la para o bem. Eu uso essa poderosa forma de arte para comunicar esperança às pessoas exatamente onde elas estão. Eu quero que minhas letras toquem corações. Anos de turnês e viagens por todo o mundo moldaram minha música, mas eu definitivamente mantenho uma perspectiva cristã.”
– Kenny Marks: Lembrando da estrela do CCM dos anos 80 e 90




Hold On, Hold On (2006) – Neko Case


A cantora e compositora  Neko Case  começou sua carreira em meados dos anos 90, tocando bateria em várias bandas, principalmente punk, antes de lançar um projeto solo influenciado pelo country,  Neko Case & Her Boyfriends , que estreou em 1997 com o álbum  The Virginian . No mesmo ano, ela também se tornou parte do coletivo de indie rock  The New Pornographers  e continua sendo membro até hoje. Ela também continuou o trabalho solo e em março de 2006 lançou seu quarto álbum  Fox Confessor Brings the Flood . Decidi escolher o cativante  Hold On, Hold On .
– Chris & Max Pick …músicas de 2006 – Christian's Music Musings

Essa música fantástica Hold On, Hold On me lembrou de When Will You Fall For Me , de Vika e Linda Bull , mas com uma pegada country. Foi o que eu disse a Christian quando ele retransmitiu essa música em seu blog de música. Sou muito grata por isso porque eu amo ouvir poucas músicas tanto quanto eu amo aquela das Melbourne Girls. Hold On, Hold On,
de Neko Case , é uma música relativamente curta, e começa despretensiosa, quase como uma cabeça encolhida sob as cobertas (e uma mulher tão cansada de relacionamentos). Então, assim como um trem partindo, a buzina começa a soar e a guitarra gira em um eixo para nos levar a algo saído de um faroeste de rock alternativo. A música evolui e se transforma em diferentes padrões de ondas e histórias. É uma espécie de superposição e só quando você pausa, ela entra em colapso. Isso é música pura – arte. Há muito que meus ouvidos amam nela. Eu só queria que fosse mais longa. Então você sabe a história – vou colocá-la no repeat.

Neko Case disse  ao Uncut  em 2015: “ Ainda acho que pode ser uma das melhores músicas que já escrevi. Não é tanto sobre ser um lobo solitário, mas sim, 'Eu não quero isso assim'. Mas não continua dizendo como você precisa disso. “
Case acrescentou: “ a música é realmente sobre mim. Não é metafórica sobre outras pessoas. Não são pequenos pedaços da minha vida transformados em uma história sobre outra pessoa ou alguém fictício .”

A escrita aqui é fantástica. O uso que ela faz do coro Echo cantando “ Hold on ” é interessante para dizer o mínimo. Para mim, a maneira como Neko canta indica que alguém está dizendo para ela segurar firme — continuar esperando — algo ótimo vai acontecer. Tem esse tipo de sentimento de “deixe o passado para trás, eu sei que os tempos são difíceis, mas você tem que segurar firme”. E a desesperada Neko declara essa declaração como uma mentira. “ Aquele coro Echo mentiu para mim com seu 'Hold on'”.   Ela se sente tão desanimada, tão desesperada.
Isso me lembra de um verso que escrevi uma vez em um poema: ' você apareceu para dizer 'oi', seu eco me atraiu aqui '. Esse eco parecia meu ' Hold On ' também, mas era apenas meu passado e meus sonhos falsos se manifestando no presente. Muita desilusão.

The most tender place in my heart is for strangers
I know it’s unkind but my own blood is much too dangerous
Hangin’ round the ceiling half the time
Hangin’ round the ceiling half the time

Compared to some I’ve been around
But I really tried so hard
That echo chorus lied to me with its
“Hold on, hold on, hold on, hold on”
In the end I was the mean girl
Or somebody’s in-between girl
Now it’s the devil I love
And that’s as funny as real love

I leave the party at 3 A.M
Alone, thank God
With a valium from the bride
It’s the devil I love
It’s the devil I love
And that’s as funny as real love
And that’s as real as true love

That echo chorus lied to me with its
“Hold on, hold on, hold on, hold on”
That echo chorus lied to me with its
“Hold on, hold on, hold on, hold on”

Hold On, Hold On foi lançado pela Fox Confessor Brings the Flood  – 7 de março de 2006. O álbum foi gravado principalmente em Tucson, ao longo de dois anos, enquanto Case trabalhava no  The Tigers Have Spoken ao vivo  e continuava a tocar com o New Pornographers. Os críticos elogiaram o disco não apenas pelos vocais característicos de Case, mas também pelo uso de imagens fortes e estruturas de músicas não padronizadas.  Fox Confessor Brings the Flood  acabou em muitas listas de “Melhores de 2006”, como a nº 1 nas escolhas dos editores musicais da Amazon.com e a nº 2 no  All Songs Considered da NPR . 


Destaque

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