quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

Review: Tribulation - Down Below (2018)

 



O occult rock tomou o cenário do metal de assalto em 2010 com o lançamento do primeiro disco do Ghost, Opus Eponymous. Na esteira do sucesso dos mascarados suecos vieram diversas outras bandas, algumas com trabalhos realmente bons e muitas apenas surfando a onda do momento.

O Tribulation se enquadra no primeiro caso. Também natural da Suécia, a banda nasceu em 2004 mas estreou apenas em 2009, com o lançamento do álbum The Horror. Porém, foi apenas a partir de seu segundo disco, The Formulas of Death (2013), que mais e mais pessoas começaram a prestar atenção no grupo, foco esse alavancado com a aclamação recebida pelo terceiro trabalho, o ótimo The Children of the Night (2015).

Isso deve ficar ainda maior com Down Below, quarto álbum do quarteto, lançado no final de janeiro pela Century Media. Com nove canções distribuídas em pouco menos de 47 minutos, o disco mostra que a evolução da banda segue firme. Mantendo as doses generosas de melodia que conquistaram apreciadores de outras vertentes do peso, o Tribulation entrega uma sonoridade ainda mais refinada harmonicamente, mas que consegue manter o clima sujo e sombrio dos discos anteriores, além dos charmosos timbres vintage.

Musicalmente as faixas seguem a escola padrão do occult rock e não são tão agressivas e pesadas, investindo mais nas já mencionadas melodias e na criação de atmosferas soturnas, seja através de passagens instrumentais fantasmagóricas ou trechos que bebem direto em trilhas clássicas de filmes de terror, como é possível perceber no piano de “Subterranea”, por exemplo. O uso de introduções climáticas é constante, porém jamais maçante. A banda conhece o poder deste recurso e sabe usá-lo bem. O som tem espaço para respiros, com todos os instrumentos soando bem, além de apresentar influências de ótimos nomes como Bauhaus e Sisters of Mercy.

O verdadeiro terror do Tribulation está nas letras, que exploram histórias de medo repleta de seres e situações medonhas, cantadas pelo gutural do vocalista Johannes Andersson. Suas interpretações, ainda que não sejam tão carregadas e teatrais quanto as de Papa Emeritus, compensam com uma doce agressividade, se é que esse termo existe.

E no meio de tudo a banda ainda encaixa uma linda faixa instrumental chamada “Purgatorio”, que um desavisado poderia confundir como algo composto por Danny Elfman.

Se você conheceu o Tribulation através de The Children of the Night, tenho certeza de que irá adorar o que a banda fez em Down Below.






Review: Fabiano Negri - The Lonely Ones (2018)

 



Por mais que algumas pessoas ainda insistam em classificá-la como “mimimi”, a depressão infelizmente faz parte do cotidiano do mundo moderno. A doença tem se espalhado em ritmo alarmante, com um número cada vez maior de pessoas apresentando quadros que se enquadram no seu diagnóstico e nem se dão conta disso.

O novo álbum do vocalista Fabiano Negri, The Lonely Ones, é justamente sobre o tema. Segundo o vocalista, o disco fala sobre a depressão e também a respeito de pessoas com dificuldades de socialização, tudo a partir de experiências pessoais e do contato com outras pessoas.

Para quem não sabe, Fabiano foi durante muitos anos vocalista do Rei Lagarto e possui uma longa carreira. The Lonely Ones é o seu vigésimo-segundo álbum, incluindo na conta os discos de suas ex-bandas. O trabalho foi gravado em apenas sete horas durante os dias 18 e 19 de janeiro deste ano no estúdio Minster, em Campinas. Com lançamento marcado para o próximo dia 10 de março, The Lonely Ones será disponibilizado nos formatos físico e digital.

O que temos aqui é um disco bastante intimista, apenas com Negri, seu violão e suas letras. Em certos aspectos, o trabalho aproxima-se da obra de nomes como o inglês Nick Drake e o norte-americano Tim Buckley, trovadores que cantaram seus anseios, medos e sonhos durante o final dos anos 1960 e início da década de 1970.

Doído e carregado de emoção, The Lonely Ones é um álbum para ser ouvido sem pressa. Suas letras são bastantes sinceras e deixam transparecer a alma de Negri sem maiores filtros, o que só torna todo o projeto ainda mais verdadeiro e autêntico.






Review: Therion - Beloved Antichrist (2018)

 




Após passar três semanas ouvindo o novo lançamento da banda sueca Therion, a ópera Beloved Antichrist, que chegou no dia nove de fevereiro último, aquilo que inicialmente para mim soou como um longo e dificílimo quebra-cabeça musical a ser explorado agora soa como uma obra deveras e prazerosamente familiar.

Primeiramente devo dizer que se você leitor não tem afeição alguma por música clássica, fuja. Porém, se aprecia uma obra contendo peças musicais imersas em vozes e orquestrações magistrais aptas a levá-lo ao mais alto grau de contemplação, então aqui você encontrará seu paraíso.

Possuindo pouco mais de três horas de duração em quarenta e seis canções entoadas por trinta vocalistas entre tenores, barítonos, baixos e sopranos que se revezam entre as faixas que discorrem sobre a história baseada no livro A Story of Antichrist, de Vladimir Solovyov. O livro conta com vinte e sete personagens onde o protagonista é o médico greco-russo Seth Thanos, que de tão aprofundado em seus estudos científicos e teológicos começou a crer que ele sim seria também um filho encarnado de Deus, o segundo, com a missão de conduzir a humanidade à redenção. O trabalho foi instrumentalmente composto pelo guitarrista e líder do Therion, o esplêndido Christopher Johnsson, e todas as letras baseadas na temática acima descrita ficaram a cargo de Per Albinsson.

Resolvi não destacar quaisquer canções aqui, embora confesse que algumas tenham sobressaltado aos meus ouvidos e infestado minha mente, felizmente. Com algum tempo de seguidas audições, todas as partes começam a parecer somente um lindo todo. Outra coisa a que me propus foi abandonar aqui os usos de termos como ópera-rock ou ópera metal, pois Beloved Antichrist é, por excelência, uma ópera lírica feita com esse fim, tudo sendo conduzido dentro de um esqueleto rítmico de metal, com bateria, teclado, guitarra e baixo, tendo este último o maior destaque dentre os instrumentos convencionais. Digo isso porque em praticamente todo o trabalho não se percebe floreios de virtuosismo de guitarras com riffs ou "soleiras", tampouco grandes variações de bateria. A banda literalmente aqui serve ao papel de entregar a base e andamento para que os cantores e orquestra brilhem erudita e eruptivamente. E nessa solene cozinha as linhas de contrabaixo são notoriamente elegantes, inclusive abrindo a ópera.

Alguém pode surgir e dizer: “Ah, mais isso já foi feito antes em álbuns do Ayreon ou do Avantasia”. E a resposta é "não", pois diferentemente dos supracitados, que fizeram trabalhos enfocados no metal progressivo com partes de sonoridades e temáticas clássicas, aqui o objetivo foi realmente criar uma ópera, com cem por cento de preocupação com o eruditismo, com toques sutis de heavy metal. É como pingar gotas de leite num café preto.

Concluindo, o Therion esbanjou categoria ao mostrar que acima de qualquer peso ou celeridade está a música em sua mais linda e lírica essência, não importando mais se ela é leve ou pesada, contando que seja feita com esmero e encante os bons ouvidos.

Quer um conselho? Ouça Beloved Antichrist com tempo e tranquilidade. Quer outro? Repita isso inúmeras vezes e verá como ela começará a integrar a sua vida.





Review: Disaster Cities - Lowa (2018)

 




Na ativa há pouco mais de um ano e meio, o Disaster Cities surpreende o ouvinte. O trio, natural de Chapecó, é formado por Matheus Andrigui (vocal e guitarra), Rafael Panegalli (baixo) e Ian Bueno (bateria) e acabou de lançar o seu primeiro disco, Lowa.

A sonoridade é um stoner bem pesado, com influências que vão desde o Black Sabbath e sua turma dos anos 1970 até referências mais recentes como Kyuss, Monster Magnet e afins. Cantando naturalmente em inglês, os catarinenses conseguem soar universais e, antenados com o mundo, contemporâneos e dentro do seu próprio tempo.

O principal destaque da banda vem do ótimo trabalho de guitarra de Andrigui, que entrega constantes riffs criativos. A melodia, ingrediente essencial de uma boa canção - pelo menos no meu modo de ver as coisas -, é onipresente, o que torna a pancadaria do trio ainda mais eficiente. A dupla Panegalli e Bueno segura as pontas com um ótimo trabalho na cozinha, que é densa e soa com uma solidez absurda, como deve ser.


Lowa foi gravado no Estúdio Costella, em São Paulo, e tem produção de Gabriel Zander. Suas oito faixas não se prendem a limites geográficos, o que faz com que o Disaster Cities possa ser confundido, sem esforço, com uma banda sueca, inglesa ou do interior dos Estados Unidos. Esses são fatores que apenas deixam o trabalho do trio ainda mais forte, pois a banda mostra um nível altíssimo em seu disco de estreia, fazendo com que o queixo teime em ficar no lugar.

Entre as faixas, minhas preferidas são “Brave New Heart”, “Heartbroken Robot” e o single “Right Next to You”, exemplos claros do poder de fogo do Disaster Cities.




Spin Doctors - 1992-10-27 - CW Post, Brookvillw

 



Spin Doctors Grupo de rock americano fundado em 1988 na cidade de Nova York. Eles são conhecidos por suas canções "Two Princes" e "Little Miss Can't Be Wrong", que alcançaram os números 7 e 17, respectivamente, nas paradas musicais pop da Billboard.

Spin Doctors - 1992-10-27

CW Post University

Brookville, NY

MUSICA&SOM

01. What Time Is It

02. Refridgerator Car

03. Sister Sysaphus

04. Cleopatra's Cat

05. Turn It Upside Down

06. How Could You Want Him

07. Shinbone Alley

08. Big Fat Funky Booty

09. Jimmy Olsen's Blues

10. Freeway Of The Plains

11. Off My Line

12. Bags Of Dirt

13. 40 Or 50

14. Two Princes

15. More Than She Knows

16. Little Miss Can't be Wrong

17. Yo Mama's A Pajama

18. Piece Of Glass

19. House




Kansas - Tulsa Fairgrounds Pavilion, Tulsa 1976

 





Track List:

01 - Carry On Wayward Son (intro cut)

02 - Icarus - Borne On Wings Of Steel

03 - Down The Road

04 - Mysteries And Mayhem - Lamplight Segment

05 - The Wall

06 - Lonely Wind

07 - Miracles Out Of Nowhere

08 - Kerry & Rich Guitar Jam

09 - Child Of Innocence

10 - Magnum Opus

11 - Song For America

12 - Violin Solo

13 - Hungarian Dance No.5

14 - Cheyenne Anthem





The Rolling Stones - 1981-11-03 - Louisville

 



The Rolling Stones

1981-11-03 

Freedom Hall

Louisville, KY

MUSICA&SOM

01. Take The "A" Train

02. Under My Thumb 

03. When The Whip Comes Down 

04. Let's Spend The Night Together 

05. Shattered 

06. Neighbours 

07. Black Limousine

08. Just My Imagination 

09. Down The Road Apiece 

10. Going To A Go Go 

11. Let Me Go 

12. Time Is On My Side

13. Beast of Burden 

14. Waiting On A Friend

16. Let It Bleed 

17. You Can't Always Get What You Want

18. Band Introductions

19. Little T&A 

20. Tumbling Dice 

21. She's So Cold 

22. All Down The Line

23. Hang Fire 

24. Miss You 

25. Honky Tonk Women

26. Brown Sugar 

27. Jumping Jack Flash 

28. Satisfaction 





The Rolling Stone

Pink Floyd - 1987-10-11 - East Rutherford

 




Pink Floyd

1987-10-11

Meadowlands Arena

East Rutherford, NJ

MUSICA&SOM

01. Shine On You Crazy Diamond 

02. Signs Of Life 

03. Learning To Fly 

04. Banter 

05. Yet Another Movie 

06. Round and Round

07. A New Machine (Part 1)

08. Terminal Frost 

09. A New Machine (Part 2) 

10. Sorrow 

11. Dogs Of War 

12. Banter 

13. On The Turning Away (incomplete) 


2nd Set:

01. One Of These Days (incomplete) 

02. Time 

03. On The Run

04. Wish You Were Here 

05. Welcome To the Machine 

06. Us And Them 

07. Money 

08. Another Brick In The Wall 

09. Banter 

10. Comfortably Numb 

11. Banter & Applause 

12. One Slip 

13. Banter & Applause 

14. Run Like Hell 

15. Outro 


David Gilmour - vocals, guitar

Nick Mason - drums

Tim Renwick - guitars, vocals

Guy Pratt - bass, vocals

Jon Carin - keyboards, vocals

Richard Wright - keyboards, vocals

Scott Page - saxophone, guitar

Gary Wallis - percussion

Rachel Fury - backing vocals

Margaret Taylor - backing vocals

Durga McBroom - backing vocals




Pink Flo

SIMPLE MINDS - JAZZALDIA SAN SEBASTIAN 2022

 



SIMPLE MINDS - JAZZALDIA SAN SEBASTIAN 2022


MUSICA&SOM

Intro: So May We Start (Sparks)

Act of love

Love song

Waterfront

Book of brilliat

Mandela day

Vision thing

Let there be love

Belfast child

Someone somewhere

See the ligths

Don´t you forget

Speed your love

Alive and kicking




SIMPLE MINDS - JAZZALDIA SAN SEBASTIA

U2 - 1987-10-28 - Chicago

 



U2

1987-10-28

Rosemont Horizon

Chicago IL

MUSICA&SOM

01. Where The Streets Have No Name

02. I Will Follow

03. Trip Through Your Wires

04. I Still Haven't Found What I'm Looking For >

05. Exodous (snippet)

06. MLK

07. The Unforgettable Fire

08. Exit

09. In God's Country

10. Southern Man

11. Sunday Bloody Sunday

12. Help

13 Bad

14. October

15. New Year's Day

16. Pride (In The Name Of Love)

17. Star Spangled Banner


Encores:

18. Bullet The Blue Sky

19. Running To Stand Still

20. With Or Without You

21. "40"





Destaque

Don McLean with the Persuasions - PBS Soundstage, WTTW Studios, Chicago, IL, 2-18-1975

  Estou muito animado para postar este álbum. Ele estava na minha lista de episódios do " PBS Soundstage " que eu queria, mas não ...