Na ativa há pouco mais de um ano e meio, o Disaster Cities surpreende o ouvinte. O trio, natural de Chapecó, é formado por Matheus Andrigui (vocal e guitarra), Rafael Panegalli (baixo) e Ian Bueno (bateria) e acabou de lançar o seu primeiro disco, Lowa.
A sonoridade é um stoner bem pesado, com influências que vão desde o Black Sabbath e sua turma dos anos 1970 até referências mais recentes como Kyuss, Monster Magnet e afins. Cantando naturalmente em inglês, os catarinenses conseguem soar universais e, antenados com o mundo, contemporâneos e dentro do seu próprio tempo.
O principal destaque da banda vem do ótimo trabalho de guitarra de Andrigui, que entrega constantes riffs criativos. A melodia, ingrediente essencial de uma boa canção - pelo menos no meu modo de ver as coisas -, é onipresente, o que torna a pancadaria do trio ainda mais eficiente. A dupla Panegalli e Bueno segura as pontas com um ótimo trabalho na cozinha, que é densa e soa com uma solidez absurda, como deve ser.
Lowa foi gravado no Estúdio Costella, em São Paulo, e tem produção de Gabriel Zander. Suas oito faixas não se prendem a limites geográficos, o que faz com que o Disaster Cities possa ser confundido, sem esforço, com uma banda sueca, inglesa ou do interior dos Estados Unidos. Esses são fatores que apenas deixam o trabalho do trio ainda mais forte, pois a banda mostra um nível altíssimo em seu disco de estreia, fazendo com que o queixo teime em ficar no lugar.
Entre as faixas, minhas preferidas são “Brave New Heart”, “Heartbroken Robot” e o single “Right Next to You”, exemplos claros do poder de fogo do Disaster Cities.
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