segunda-feira, 4 de julho de 2022

Pink Floyd: não perca o lendário concerto 'The Wall' em Berlim pós-muro em 1990


 Se você é fã do Pink Floyd , não pode perder o lendário show de Roger Waters com 'The Wall' em Berlim após a queda do muro em 1990.

Embora a obra original seja de 1979 e não seja uma alusão explícita ao Muro de Berlim, erguido após a Segunda Guerra Mundial e que simbolizava a separação ideológica e física do Ocidente e do eixo comunista da URSS e de outras potências como a China, 'A Muro' representa todos os muros que o ser humano ergue para se separar dos outros.

Assim, quando em 1989 o Muro de Berlim caiu entre as duas Alemanhas, a federal e a oriental, Waters.

Assim, quando em 1989 o Muro de Berlim caiu entre as duas Alemanhas, a federal e a oriental, Waters foi chamado para celebrar um grande concerto na capital alemã para comemorar a queda do referido muro, 8 meses depois. Havia cerca de 400.000 presentes naquela noite de 21 de julho de 1990.

Aquele macro-concerto público que se realizou no meio da rua pode ser visto no vídeo que lhe oferecemos nestas linhas, com a duração de 1 hora e 50 minutos, e no qual estiveram vários músicos de renome e da moda do momento presente.

Por exemplo, havia os então membros do alemão Scorpions , as cantoras pop Cyndi Lauper e Sinéad O'Connor , os roqueiros Van Morrison, Bryan Adams, Paul Carrack, Joni Mitchell ... , Fran Smith Jr. e Eric Bazilian (Os Hooters),

O concerto ficou conhecido como 'The Wall - Live in Berlin', e aconteceu entre a praça Potsdamer e o Portão de Brandemburgo.

- Setlist e músicos participantes em cada tema:

1. "Na Carne?" por Scorpions
2. "The Thin Ice" de Ute Lemper & Roger Waters e Rundfunk Orchestra & Choir
3. "Another Brick in the Wall (Part 1)" de Roger Waters; solo de sax de Garth Hudson
4. "The Happiest Days of Our Lives" de R. Waters
5. "Another Brick in the Wall (Part 2)" de Cyndi Lauper; solos de guitarra de Rick Di Fonzo e Snowy White, solo de órgão de Peter Wood, solo de sintetizador de Thomas Dolby
6. "Mother" de Sinéad O'Connor and the Band; acordeão de Garth Hudson, vocais de Rick Danko e Levon Helm; instrumentos acústicos dos Hooters
7. "Goodbye Blue Sky" de Joni Mitchell e Rundfunk Orchestra & Choir; flauta de James Galway
8."
9. "Young Lust" de Bryan Adams, solos de guitarra de Rick Di Fonzo e Snowy White
10. "Oh My God – What a Fabulous Room" de Jerry Hall (introdução "One of My Turns")
11. "One of My Turns" " de R. Waters
12. "Don't Leave Me Now" de R. Waters
13. "Another Brick in the Wall (Parte 3)" de R. Waters e da Rundfunk Orchestra & Choir
14. "The Last Few Bricks"
15. "Goodbye Cruel World" de R. Waters
16. "Hey You" de Paul Carrack
17. "Is There Somebody Out There?" pela Orquestra e Coro Rundfunk; guitarras clássicas de Rick Di Fonzo e Snowy White
18. "Nobody Home" de R. Waters e Rundfunk Orchestra & Choir,

20. "Bring the Boys Back Home" pela Rundfunk Orchestra & Choir, Band of the Combined Soviet Forces in Germany e Red Army Chorus
21. "Comfortably Numb" por Van Morrison, R. Waters, the Band, and the Rundfunk Orchestra & Coro, solos de guitarra de Rick Di Fonzo e Snowy White
22. "In the Flesh" de R. Waters, Scorpions, e Rundfunk Orchestra & Choir
23. "Run Like Hell" de R. Waters e Scorpions
24. "Waiting for the Worms" de R. Waters, Scorpions and the Rundfunk Orchestra & Choir
25. "Stop" de Roger Waters
26. "The Trial" da Rundfunk Orchestra & Choir, apresentando:
Tim Curry como o promotor
Thomas Dolby como o Schoolmaster
Ute Lemper como a esposa
Marianne Faithfull como a Mãe
Albert Finney como o Juiz
27. "The Tide Is Turning (After Live Aid)" pela Companhia (vocais de R. Waters, Joni Mitchell, Cyndi Lauper, Bryan Adams, Van Morrison e Paul Carrack) e a Orquestra e Coro Rundfunk.
28. "Outside the Wall" de R. Waters (excluído do CD e do vinil)


As melhores músicas de IQ

 


Oferecemos a lista ordenada por preferência:

10. A Sétima Casa

9. A Hora Mais Escura

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8. Sem Paredes

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7. À prova de falhas

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6. De cabeça

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5. Luz Guia

4. O Inimigo Bate

3.Salto de Fé

2. Pico da Viúva

1. Colheita de Almas


POEMAS CANTADOS DE MARTINHO DA VILA


 Malandrinha

Martinho da Vila


 

A lua vem surgindo cor de prata

No alto da montanha verdejante

A lira do cantor em serenata

Reclama da janela a sua amante


Ao som da melodia apaixonada

Das cordas do sonoro violão

Confessa o seresteiro à sua amada

O que dentro lhe dita o coração


Ó; linda imagem de mulher

Que me seduz

Ah! Se eu pudesse

Tu estarias num altar

És a rainha dos meus sonhos

És a luz

És malandrinha, não precisas trabalhar


Acorda, minha bela namorada

A lua nos convida a passear

Seus raios iluminam toda a estrada

Por onde nós havemos de passar

A rua está deserta, ó vem querida

Ouvir bem junto a mim

O som do pinho

E quando a madrugada já surgida

Os pombos voltarão para os seus ninhos



Me Curei

Martinho da Vila


Vem, vem viver

Reensinar, reaprender

Vai ser emocionante

Antes, depois e durante

Coração volta a bater

Me curei


Estou com alta curada

Nem me lembro se sofri

Botei pesos na balança

Pensei bem e me rendi

Só o amor é que importa realmente

Os bons momentos nós podemos reviver

O ciúme que matava acabou de falecer

Bem no fundo dos seus olhos


Bem no fundo dos seus olhos

Vejo o que eu sempre quis

Cortei essa de juiz

Seu amor me faz criança

Carregado de esperança

Vou cantar e ser feliz

Menina Moça

Martinho da Vila



Ouça Menina Moça

 

Menina moça vai passear

vai passear iá, iá

quer rapaizinho pra acompanhar

pra acompanhar, iá, iá

tá passeando já quer flertar

já quer flertar iá, iá

quem tá flertando quer namorar

quer namorar iá, iá

tá namorando já quer noivar

já quer noivar iá, iá

moça esta noiva quer se casar

quer se casar iá, iá

se está casada só quer brigar

só quer brigar iá, iá

quem tá brigando quer desquitar

quer desquitar iá, iá

tá desquitada quer se amigar

quer se amigar iá, iá

tá amigada quer separar

quer separar iá, iá

tá separada não quer amar

não quer amar iá, iá

não tá amando só quer chorar

só quer chorar iá, iá

só quer chorar, chorar





Universo do Vinil

 

10 ideias para fazer com o vinil enquanto fica em casa

Tempos sombrios e dificultosos. Na maioria dos estados brasileiros e em muitos países do mundo, ficar em casa é a melhor opção para se proteger da pandemia do coronavírus. Então, pensem bem, ficar em casa é bom para? Quem disse, curtir um vinil, acertou!

Obviamente que a vida segue e nós não podemos nos abater. Nos precaver é uma coisa, nos abater é outra e os discos de vinil podem nos dar um bom passatempo e nos encher de alegrias neste momento tão preocupante.

Então o Universo do Vinil vem trazer 10 ideias que pode te alegrar e ocupar seu tempo usando seus discos de vinil.

1 – A primeira é óbvia: aproveite seu momento e vá escutar seus discos. Uma dica é procurar na sua coleção aqueles que você esqueceu ao longo do tempo. Vocês haverão de concordar conosco: quem tem muitos discos acaba deixando alguns de lado e até esquece que os tem. Dê uma chance a eles! Que voltem para a vida!

2 – Vá lavar seus discos. Nós já falamos aqui em outras ocasiões que os discos de vinil precisam ser limpos de tempos em tempos. Então, essa é uma boa oportunidade para limpar sua discoteca. Olhe nosso tutorial “Limpeza de discos de vinil: um passo a passo ilustrado“.

3 – Chegou a hora de verificar os seus plásticos internos – sim, de tempos em tempos isso é necessário. Discos de vinil muito tempo guardados podem conter plásticos que praticamente viram pó. Portanto, puxe na memória (ou vá procurando na coleção) aqueles discos de vinil que tem um tempão que você não mexe neles e verifique se os plásticos internos estão em bom estado. Se tiver uns plásticos a mais e novos, troque os antigos, e não se esqueça de limpar os discos e o interior das capas para não deixar resíduos deste plástico esfacelado.

4 – Que tal avaliar seu local de audição? Leia este nosso artigo, Melhorando a acústica do seu local de audição, e  veja se onde escuta seu vinil é um local que pode ser melhorado ou se ele está beleza mesmo e assim, poder curtir seu bolachão. Para fazer esta avaliação, faça experiências no local. Troque as caixas de lugar, por exemplo, veja se colocar uma cortina ou um quadro ajuda. Aguce a audição e vá experimentado possíveis mudanças para a melhoria do som.

5 – Dê uma “guaribada” no seu toca-discos. Limpe-o, trate bem a tampa dele que, geralmente, é de plástico transparente. Para a limpeza da tampa temos uma solução caseira: 

O primeiro passo para a limpeza de qualquer objeto de plástico é tirar os resíduos de sujeira da superfície. Para isso, use uma mistura de detergente com água morna e molhe um pouco o pano (de preferência de microfibra) e passe bem de leve na tampa em movimentos circulares. Depois, enxague os resíduos do produto com água fria e limpa e seque o objeto com outro pano limpo. Se não der para levar a tampa direto a um local para enxaguar, passe um pano molhado até ter certeza que não deixou nada de detergente nela.

Se não tiver pano de microfibra use um de algodão, como o de uma camisa de malha velha, por exemplo – mas atenção, use as partes que não tem costuras, ou seja, as partes bem lisas. Jamais use papel toalha ou guardanapo de papel. O papel costuma ser abrasivo.

Algumas pessoas usam limpa-vidros. Cuidado com eles, pois podem com o uso prolongado e repetitivo amarelar sua tampa (exceto se ela for de vidro, é óbvio).

Para o gabinete do toca-discos, você pode usar um pano seco e macio (novamente de algodão ou microfibras). Para manchas mais difíceis utilize um pano úmido. Nunca use: benzina, solventes como thinner, álcool ou outros produtos químicos, pois poderão danificar o aparelho, remover o texto impresso (a serigrafia do aparelho) e até mesmo tirar o brilho do gabinete.

6 – Não esqueça das suas caixas de som. Limpa-las é importante. Segundo o fabricante Edifier que faz caixas em MDF, para limpar a parte externa (não os alto-falantes), use um pano limpo, umedecido levemente e passe no MDF. Isso dará conta da maior parte da limpeza. Mas lembre-se de secar a superfície por completo com outro pano seco e macio logo em seguida. Para garantir a longevidade da sua caixa de som, aplique lustra-móveis a base de silicone incolor em um pano e passe-o pela superfície já seca, seguindo a textura amadeirada.

Nunca use esponjas mais duras, panos secos (o atrito pode danificar acabamentos mais sensíveis), detergentes e outros materiais abrasivos.

Para limpar os alto-falantes, utilize um pincel bem macio e passe com força moderada nas partes do seu alto-falante para retirar a poeira.

7 – Organize sua coleção. Muitos de nós deixamos nossa discoteca bem bagunçada, né? Essa é a hora de organizar a bagunça. Por exemplo, você pode organizar por ordem alfabética dos artistas, por gênero musical, entre novos e usados ou onde sua criatividade e seus interesses de colecionador chegarem.

8 – Experimente saber mais sobre seus discos. Nestas horas a Internet é nossa amiga. Procure informações sobre eles e pasme, você pode até encontrar um disco que tenha um valor bacana. O Mercado Livre e as lojas que vendem usados online são fontes boas para avaliar seus discos. Mas, também nessa experiência de saber mais sobre o vinil inclui procurar sobre a vida do cantor, cantora, informações sobre o conjunto, sobre os músicos que fizeram parte e etc. Lembre-se “disco é cultura”.

Neste quesito entra também a ideia de ver quais os vinis de um cantor, cantora ou banda você tem. Uma local interessante para procurar essa informação e utilizando o Discogs. Você poderá se surpreender ao saber que tem praticamente todos os discos de vinil de um certo cantor ou essa informação poderá te ajudar a dar um rumo mais certo nos seus garimpos futuros. Para ir no Discogs, clique aqui.

9 – Para quem curte digitalizar as músicas do vinil para poder escutar depois, por exemplo,  num smartphone, a hora de ficar em casa é uma boa oportunidade para isso. Existem vários softwares que fazem este trabalho, basta procurar no Google.

10 – Por fim, vá ler nosso Universo do Vinil. Aqui tem muito, mas muito material para você se inteirar sobre os discos de vinil, toca-discos, receivers, história, economia do vinil e etc. Temos certeza que você vai curtir bastante, afinal, são 5 anos de material acumulado neste Portal – use o menu acima para ir direto nas nossas seções ou clique na lupa e escreva o assunto que procura

Ah! E enquanto curte o site, escute nosso podcast “Conversa de Vinil”. Tem dezenas de programas falando sobre vários álbuns e muita entrevista com artistas, colecionadores, vendedores de discos, donos de selos e gravadoras, ou seja, muito papo com pessoas como nós que adoramos um disco de vinil. Para escutar o Conversa de Vinil, clique aqui.

Também aproveite para ver o novo conteúdo do UV, Conversa de Vinil em Vídeo, no YouTube. Vá lá no nosso canal (clique aqui) e se inscreva para nos ajudar a crescer nessa plataforma e receber as notificações de novos conteúdos. O primeiro vídeo já está abaixo para você curtir nesta mesma página e o segundo está a caminho e poderá vê-lo a partir do dia 19/03 – vídeos novos, todas quintas-feiras!

Agora que já tem muitas ideias e coisas para fazer, coloque-as em prática e vamos curtir nossos vinis, como dizem por aí, de boas!



BANDAS DE BAR

 

Absolut Beginners





Ar de Pop - pop/rock português










Os Attitude, João paulo - Mario Nunes - Speedy e Paulinho, juntaram-se como musicos em 1991, na altura com o nome de CTT. Em 1994, a banda começa os espectaculos como Attitude. Apos a gravação de um disco em 2000, a banda da por terminada o seu percurso. Os músicos seguem as suas carreiras musicais, separadamente. Em 2015 a reunião de todos os membros originais, e o regresso aos palcos tão esperado. A Banda irá dar o primeiro concerto da reunião em 26 de Setembro de 2015, com primeira parte dos Xutos e Pontapés !!! 





SINFONIAS DE AÇO

 

Mais uma prenda para os estimados fregueses do Sinfonias de Aço. Desta vez trago-vos o concerto integral dos Indignu, em video multicâmara, aquando do Dunk!Festival, na Bélgica, em Abril de 2014. A primeira banda da tarde e que foi uma das boas surpresas deste festival, acabou por captar a atenção de uma sala que foi enchendo ao longo dos quase 50 minutos de concerto.
Em palco estão o Afonso Dorido, Graça Carvalho, Jimmy Moom,  Paulo Miranda e Mateus Nogueira.

Indignu @ Dunk!Festival

Banda Indignu de Barcelos



  • São barcelenses, antes chamaram-se Angelica's Mercy e actualmente são os La La La Ressonance. Um dos colectivos mais estimulantes de sempre da música alternativa macional, aqui na fase The Astonishing Urbana Fall, ao vivo no dia 25 de Agosto de 2000, no Festival Ilha do Ermal, em Vieira do Minho.

    The Astonishing Urbana Fall



  • Os The Astonishing Urbana Fall (TAUF) não são uma espécie de fénix renascida das cinzas dos Angelica's Mercy, mas antes a sua mutação seguinte. A formação era rigorosamente a mesma com Paulo Araújo (saxofone), Pedro Nuno (guitarra), Jorge Aristides (bateria), Ricardo Cibrão (guitarra) e André Simão (baixo e voz). A diferença fundamental é que depois da entrada do Paulo, a banda experimentou uma nova abordagem estética e resultou. Não só os músicos se identificavam mais com a nova orientação musical, como o público reagiu bem à mudança ou ao choque do primeiro impacto. Nasciam os TAUF e a primeira grande erupção do vulcão barcelense.

    A primeira materialização dos TAUF em registo acontece com a célebre maqueta (ou álbum nunca editado) de 9 temas que surpreendeu toda a gente que a ouviu. Foi gravada no estúdio AMP em Viana do Castelo, com a produção do conhecido Paulo Miranda. Pouco tempo depois a banda apresentou este trabalho integralmente ao vivo no T'Quila Bar em Gandra (Esposende) reproduzindo ao vivo o que havia sido registado em estúdio. Não restavam dúvidas: os Angelica's Mercy eram passado. Os 9 temas acabaram por não ser editados, mas 4 deles chegariam ao público no célebre EP “Acetaminophen”, numa edição da famalicense Deixe de Ser Duro de Ouvido e actualmente praticamente impossível de encontrar. Isto foi em 1996 e este trabalho era quase uma obrigação, depois do ruído que a banda conseguiu gerar em seu redor. 1996 foi o ano em que a banda apresentou o seu espectáculo desconcertante e até provocador por diversos palcos, como o Cais do Rock (Póvoa de Varzim), Festival Rock de Matosinhos (onde se sagraram vencedores), IV Festival de Paredes de Coura (onde abriram o evento e deixaram toda a gente de boca aberta com um dos mais marcantes concertos de toda a carreira) ou ainda Vilar de Mouros. A banda vai sendo cada vez mais falada e apontada como uma das maiores esperanças da música portuguesa alternativa, ao ponto de serem primeira página do jornal Blitz. Ainda antes da edição de “Acetaminophen” a banda descarta uma das guitarras, com a saída do Pedro Nuno, que viria a integrar os This Isn't Luxury.

    As críticas positivas ao EP de estreia chovem literalmente de todos os quadrantes e a banda goza de uma exposição crescente. Fruto disso, tocam no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, na apresentação dos Prémios Blitz, e rumam a Londres, para tocar no Clube Orange – e ainda antes de subir ao palco, para levar um susto centralizado na falta de normalização da velha Albion no que toca, também, às tomadas eléctricas. Ainda em 1997 tocaram, entre outros locais, nas Festas da Cidade de Lisboa, no Festival Regresso Às Aulas (Braga) e na Bienal de Vila Nova de Cerveira. Em jeito de curiosidade, refira-se que, para dar uma maior densidade musical nas guitarras ao tema “None (Pain Version)”, chegaram a convidar para tocar ao vivo Pedro Cabanas (Fucklore) e Miguel Gomes (Oratory).

    O ano de 1998 assistiria à edição de “Iconolator”, mais um EP que surpreende novamente pela estética diferente do trabalho de estreia. Mas esta absoluta falta de linearidade era uma das características mais estimulantes dos TAUF. Daquela sala de ensaios ali no limite norte da Rua Dr. Manuel Pais saíam temas como uma linha de produção idealizada por Henry Ford. O volume era tal que eram apresentados apenas 1 ou 2 vezes ao vivo. A frustração de ver perecer belos temas tão precocemente era compensada pela apresentação de outros novos, cada um mais surpreendente que o outro. Já com os elementos com funções repartidas por vários instrumentos, há dois concertos memoráveis em Barcelos: um no original Cellos Rock, na Praceta Sá Carneiro, e outro integrado nas Festas das Cruzes, com os Coldfinger. Mariano Dias era desde o célebre concerto de Paredes de Coura um elemento chave nas apresentações ao vivo, dotando toda a estética dos TAUF de um conceito muito próprio. Os concertos tinham frequentemente aspectos cénicos que, tal como a música, raramente eram repetidos e muitos deles eram concebidos para determinados espaços em particular. O mais estimulante em cada concerto dos TAUF era a sensação de ser todo um concerto novo de cada vez que a banda se apresentava ao vivo. Nenhum concerto era igual a outro e todos tinham uma história diferente para contar, ao ponto de ainda hoje imensas pessoas se lembrarem de determinados detalhes em alguns concertos em particular. O último EP, de nome “Rhizome (Prelude)” é uma edição de autor de 2002 e teve duas edições: uma em digipack e outra numa caixa de lata. Foi gravado no estúdio Oops. em Barcelos e nesta altura a banda já integrava Ana Araújo (voz), Gil Teixeira (samples e teclas) e José Arantes (samples e violoncelo), para além dos músicos já referidos. Era altura de esperar pacientemente pela edição de um álbum, o que nunca viria a acontecer. Os TAUF sofrem nova mutação e quando parecia que o colectivo se desintegrara, surge mais um projecto surpreendente: La La La Ressonance. Os TAUF também eram passado.


Destaque

Led Zeppelin - 1971-09-28 - Osaka, Japan

  Led Zeppelin 1971-09-28 Festival Hall Osaka, Japan Sourced from silver CDs "Live in Osaka 928 Soundboard Master"  MUSICA&SOM...