quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Melhores de Todos os Tempos: Anos 90



Os anos 90 foram marcados pela força do grunge. Nomes como Nirvana, Pearl Jam, Soundgarden e Alice in Chains trouxeram para os jovens daquele período letras que narravam as realidades daqueles que sofriam, de alguma forma, problemas pessoais distintos, desde uso de drogas até brigas familiares. Ao mesmo tempo, nomes que haviam nascido nos anos 80 fincaram suas estacas como ícones símbolos de toda uma nova geração, principalmente através da dupla Metallica e Guns N' Roses, e também do ícone R. E. M.. Isso tudo na primeira metade da década, que ainda ficou marcada pelas saídas de Rob Halford do Judas Priest, e de Bruce Dickinson do Iron Maiden, bem como o retorno de Ronnie James Dio aos vocais do Black Sabbath.

Sete das bandas até aqui citadas estão presentes na lista de Melhores discos dos Anos 90 escolhidas hoje, e não por acaso, com álbuns lançados na primeira metade daquele período. A segunda metade trouxe o nascimento - mundial - de uma nova onda de bandas britânicas, e bem como o surgimento de grandes nomes no rock nacional, que fizeram os jovens e adolescentes brasileiros a curtir Charlie Brown Jr., Raimundos, Los Hermanos, Jota Quest, Skank, entre outros, porém sem causar um estardalhaço como nossa primeira posição.

Afinal, o Sepultura foi o grande nome do Brasil naqueles anos, com dois discos emblemáticos e revolucionários, e com Chaos A. D. novamente atingindo o posto de principal disco do período. O álbum de 1993 já havia conquistado essa mesma posição quando da escolha de Melhores Brasileiros na Década de 90, mas agora, através das escolhas de nossos consultores, conquista a posição em nível mundial. Mas não foi fácil. Para tal, o disco do Sepultura teve que brigar taco a taco com Grace, de Jeff Buckley. O garoto, filho de Tim Buckley, lançou sua estreia em 1994, e perdeu a primeira posição apenas na segunda votação feita entre os consultores, já que na primeira, empatou com o mesmo número de pontos que nosso campeão, como explicado abaixo.

Concorda com as escolhas,? Discorda? Achou algum absurdo? Os comentários estão à disposição. Lembrando que a pontuação é baseada no sistema da Fórmula 1, com a adição de 1 ponto para cada citação de álbum, como se fosse o ponto da volta mais rápida, tentando evitar ao máximo alguma injustiça de um álbum com mais citações não entrar em detrimento de outro com menos citações.

* A lista com os Melhores Discos escolhidos dos anos 90 nas listas originais envolvem os álbuns de cada ano, álbuns das listas de Melhores Brasileiros e aqueles discos citados na série Aqueles Que Faltaram. Esses discos estão listados no fim da postagem, após as listas individuais.

** Conforme citado, Grace e Chaos A. D. ficaram empatados na primeira posição com duas citações cada. Em uma nova votação, o álbum do Sepultura ganhou por 6 votos a 2

*** O outro empate foi entre Painkiller e Accident of Birth. Na nova votação, Painkiller ganhou por 5 votos a 3


Sepultura – Chaos A. D. [1993] (52 pontos) **

André: Não mudei em nada minha opinião sobre o disco que tanta gente aqui ama e eu não consigo ver essa qualidade toda. Arise é melhor do que ele em todos os sentidos e preferia muito mais que ele tivesse entrado. Não acho que seja um disco ruim, mas o acho demais superestimado. É o que menos gosto da fase Max.

Daniel: Com esta lista que conseguimos chegar, ao menos o primeiro lugar é um álbum de primeira linha. O Sepultura com sua formação clássica, no ápice da inspiração e uma coleção de canções inesquecíveis como "Refuse/Resist", "Territory" e "Slave New World" , para ficar apenas nas mais óbvias. Goste-se (ou não), este é um dos mais influentes álbuns do Heavy Metal noventista. Eu adoro.

Davi: Fiquei feliz em ver o Sepultura no topo da lista porque acho que eles nunca tiveram o merecido reconhecimento em nosso país, então foi meio surpreendente quando recebemos a notícia de que eles eram o número 1 da lista. Para mim, esse é o auge do Sepultura. A banda apresentava uma sonoridade extremamente pesada, com arranjos bem elaborados e uma notável evolução técnica. Já começavam aqui com as experimentações com a cultura brasileira, o que seria mais aprofundado em seu sucessor, Roots. O repertório é forte e traz clássicos como "Refuse/Resist", "Territory", "Slave New World", "Kaiowas", além da escrachada versão de "Polícia" (Titãs). Belo e merecido resgate.

Eudes: O disco “brasileiro” do Sepultura, como dizem. Canções pesadíssimas, com algum jogo de cintura (não muito, vamos combinar). Mas, de fato, o álbum distingue a banda do cipoal de bandas pesadíssimas do período, com nuances rítmicas, e mesmo melódicas, de certa influência nativa, impensáveis para a concorrência gringa. "Refuse/Resist" e "Territory" grudam na memória. Não por acaso, foram os singles. Pena que “Polícia” não tenha entrado no repertório, tendo saído como bônus apenas em edições posteriores. De fato, olhando retroativamente, bem que “Ponta de Lança Africano (Umbabarauma)” poderia ter saído aqui e se transformado na melhor faixa do disco.

Fernando: Lembro do dia que peguei esse disco da loja e fui correndo para casa ouví-lo. Num primeiro momento eu estranhei toda pluraridade do material do álbum. Tinha thrash, tinha hard core, tinha punk, tinha até viola. Demorei para absorver tudo e encontrar uma unidade no todo, ainda guardo meu LP da época e é sem dúvida um dos principais discos já lançados no Brasil e no mundo. Eu só tenho um pensamento de pesar sobre o álbum: suas experimentações deram tão certo que incentivaram seu próximo lançamento Roots, que, apesar do sucesso fora, é um disco muito abaixo de Chaos AD e seus anteriores.

Libia: Muito bom ver em primeiro lugar uma das mais importantes bandas nacionais, sendo até hoje citada por diversas bandas no mundo como uma das suas principais influências. No momento do Chaos A. D., a música passava pelas mais diversas e ecléticas transformações, e nessa situação, o Sepultura estava destinado a ter um papel fundamental, como uma das mais inovadoras bandas de metal dos anos 90. E assim foi um álbum que surpreendeu com o seu som genuíno, dessa forma, levando a banda para uma nova fase. Para mim, os destaques desse álbum são as faixas “Refuse/Resist”, “Territory”, “Biotech is Godzilla”, “Slave New World” e “Propaganda”. A produção de Andy Wallace é fantástica, realmente capturou a essência da banda, dando um novo senso de clareza e definição. Foi o último grande sucesso da banda para a maioria dos fãs, mas Sepultura é uma banda que se recusou a parar no tempo.

Mairon: Disco revolucionário na carreira dos caras, Chaos A. D. levou o nome Sepultura para patamares jamais imaginados por algum grupo de metal brasileiro. A sonoridade mudou, o grupo ficou pesado, principalmente pelas percussões de Igor Cavalera, e claro, pelo vocal gutural de Max. Não é meu preferido do grupo, mas tem ótimos momentos, principalmente na surpreendente abertura de "Refuse/Resist", na viola caipira de "Kaiowas", a pesadíssima "Amen" e o cover muito bem trabalhado de "The Hunt". Acho exagerada a primeira posição, mas que o disco foi seminal para a criação de Roots, e colocar o Brasil na linha de frente do Heavy Metal, ah, isso foi. Mais comentários sobre o álbum tracei aqui, na lista de Melhores de 1993, e aqui.

Micael: Para mim, este é o melhor disco de heavy metal lançado por uma banda nacional em todos os tempos (ao lado de Theatre of Fate, do Viper). É dos raros discos que eu gosto da primeira à última faixa (um pouquinho menos de "Clenched Fist", mas apenas dela), e não apenas de uma ou duas ou das "mais conhecidas". Muita gente exalta Roots, mas, para mim, o auge do Sepultura (e não só dele, como do metal nacional) está aqui!


Jeff Buckley – Grace [1994] (52 pontos)

André: Oh céus, de novo esse cara. Lá se foram uns 5 anos desde que o ouvi pela primeira e única vez. Ouvindo de novo e... de boa... não dá. Muito sono, uma emoção que não me soa honesta, aquele vocal falseto bregaço em "Corpus Christi Carol" e um excesso de baladas que não faz o baterista de suas músicas nem suar um pouco que seja, sendo "Last Goodbye" a única um pouco mais animadinha. Me parece que a audição de hoje me foi mais desagradável do que da primeira vez. Definitivamente não é para mim.

Daniel: Devo confessar minha completa ignorância tanto do artista quanto do álbum. Entretanto, apenas em afrontar a sonoridade monocromática da lista, já se encontra méritos em sua presença aqui. Ouvi com atenção, gostei do trabalho e retornarei a ele posteriormente.

Davi: Único álbum desse talentoso artista que teve sua carreira interrompida por conta de uma fatalidade. O disco é muito bonito, mas é um trabalho bem triste, meio deprê. A sonoridade mistura elementos do folk com o rock alternativo que estava em voga na época ("Eternal Life" poderia ter sido gravado por qualquer banda grunge). É um trabalho muito bem gravado e muito bem executado que, infelizmente, só teve seu reconhecimento após a morte do rapaz. Os melhores momentos, para mim, ficam por conta de "Grace", "Last Goodbye", "Lover You Should´ve Come Over" e a linda releitura de "Hallelujah".

Eudes: De longe, o melhor disco da década. Menos mal que apareça na lista. Para gente como eu, que acreditava que melodias arrebatadoras, performances emocionantes e execuções contundentes era coisa do passado, este álbum reacendeu a esperança e aqueceu o coração. Grace é um disco antigo, e já era muito velho quando foi lançado. Mas daquela antiguidade atemporal. Na verdade, o disco é original estranhamente porque cruza, de forma inusitada e surpreendente, sons que estão soltos no ar desde diferentes épocas. A faixa de abertura, “Mojo Pin”, é assim. Parece com muita coisa e não parece com nada. Como se as sonoridades que você ouviu e amou ao longo da vida se mesclassem todas ali. Mas, para um padrão tão alto, estabelecido logo nos primeiros minutos do jogo, o álbum se equilibra maravilhosamente bem. Canções como “Lilac Wine”, o hit “So Real”, a misteriosa “Lover, You Should've Come Over”, com sua cornucópia instrumental e a lindíssima “Corpus Christi Carol” se ombreiam com a faixa de abertura e garantem a homogênea excelência do disco. Nem a hoje insuportável “Hallelujah” (Leonard Cohen), em versão de chorar, fica atrás. Um disco que a gente pode chamar de clássico, sem medo de estar banalizando o termo.

Fernando: Confesso que não ouvi tantas vezes quanto esse disco merece. É um disco que eu sei que é bom, que eu sei que tem músicas fantásticas, mas acabo lembrando mesmo só de "Hallelujah". Talvez o que falte seja eu comprar o disco e aí sim ter a obrigação de ouví-lo com atenção. Porém, o álbum é bastante melancólico e talvez não sirva para qualquer momento. Melancolia que combina com o sentimento de perda quando se sabe que o artista partiu tão cedo.

Libia: Eu não conhecia o Jeff Buckley, foi realmente uma bela surpresa, e quando fui pesquisar soube que foi o único álbum lançado, pois o artista foi embora desse mundo precocemente. A voz dele é doce, a musicalidade é apaixonante e assim ouvi repetidas vezes a música “Last Goodbye”. Ainda com uma curta passagem na Terra, quando ouvimos bandas formadas anos depois podemos identificar a influência de Jeff Buckley. E mais uma vez o produtor Andy Wallace conseguiu extrair toda a essência de um artista, trazendo toda a emoção de sua voz nas músicas com um instrumental perfeito e equilibrado.

Mairon: Das diversas novidades que conheci por conta dessas listas, a que mais fui agraciado em conhecer é exatamente Grace. Quando ouvi esse disco pela primeira vez foi exatamente para a lista de 1994. Meu mundo caiu. Como pude ficar tanto tempo sem conhecer tal obra? O tempo passou e o disco cada vez mais foi conquistando espaço em minhas audições. Me tornei um fã de Jeff Buckley. Adquiri shows, singles, relançamentos, e descobri um talento impressionante, que infelizmente partiu cedo demais. Essa obra é fantástica. Os vocais de Buckley são algo de sobrenatural, principalmente pelos agudos e variações que ele consegue alcançar (ouça a faixa-título e me diga se não é verdade). A banda é foderosa ("So Real" e "Eternal Life"), os arranjos arrepiam ("Dream Brother" e "Last Goodbye"), as harmonias são esplêndidas ("Mojo Pin" e "Corpus Christi Carol"), e claro, Buckley é o dono de tudo, exalando sensualidade e drama através de acordes tristes e sua linda voz em faixas belíssimas, como "Lilac Wine", "Lover, You Shoul've Come Over". Grace também tem a melhor versão de "Hallelujah" que alguém já gravou, e só por ela, já merecia estar entre os dez mais. Mas, o conjunto da obra é muito mais que isso. O melhor disco dos últimos 30 anos fácil fácil, e a certeza de que havia muito mais música boa nos anos 90 além da cena metálica!

Micael: Nunca parei para ouvir um disco inteiro de Jeff Buckley, e meu conhecimento de sua obra musical se resumia à excelente versão para "Hallelujah", de Leonard Cohen, além de alguns fatos de sua trágica carreira. Por conta da inclusão nesta lista, fui ouvir Grace sem muitas expectativas, e encontrei um álbum onde, apesar das variações musicais dentre as faixas, o clima é predominantemente tristonho, algo que em geral me agrada, mas os tons mais agudos de Buckley em algumas passagens me fizeram ficar com um "pé atrás" em relação às músicas do disco. De todo modo, achei o "lado B" muito melhor que o "lado A" ("Lover, You Should've Come Over" é excepcional, e "Eternal Life", até por ser mais agitada que as demais, me agradou bastante), mas não o suficiente para considerar incorporar Jeff Buckley à lista de artistas que sigo mais atentamente. Um bom disco, mas não o suficiente para me cativar!


Metallica – Metallica [1991] (47 pontos)

André: Tudo o que devia ser falado sobre este disco já foi. Então vou me focar naquilo que sempre me chamou atenção. Lars Ulrich sempre foi considerado um baterista limitado e no começo da carreira do Metallica, errava pra caralho. Quão irônico é a vida quando eu ouço este disco e creio ter ele a melhor mixagem de bateria que eu já ouvi na vida. Fico imaginando como seria o disco se o Lars fosse um grande baterista.

Daniel: Eu não consigo ser totalmente isento para falar deste álbum. Basta dizer que se hoje estou escrevendo estes absurdos por aqui, este disco foi um dos culpados. Não foi o primeiro álbum que comprei, mas foi o que me iniciou no caminho do Rock e do Metal. Dito isto, ainda o acho um trabalho de primeira linha.

Davi: Disco divisor de águas na carreira do Metallica e que, para mim, ainda é seu melhor trabalho. Muita gente fica puta comigo quando digo isso. Não me levem a mal. Adoro os 4 primeiros trabalhos dos caras, mas aqui considero seu ápice. Conseguiram atacar o heavy metal no mainstream. James Hetfield evoluiu bastante enquanto cantor. A qualidade de gravação é impecável (o som de bateria, principalmente, é foda). "Enter Sadman", "Sad But True", "Wherever I May Roam" e até mesmo a balada "Nothing Else Matters" marcou quem viveu aquela geração. Álbum extremamente bem feito e com um impacto que poucas vezes foi visto.

Eudes: Vou nem dizer nada, só que qualquer disco que tenha pequenos hinos roqueiros como "Enter Sandman", "Sad but True", "The Unforgiven", "Nothing Else Matters" e "The God That Failed", como diria o velho Gonzagão, é danado de bom! Um disco de ruptura com o passado, sem maldize-lo, mas afirmando caminhos novos. Lembro que as revistas especializadas ferveram, na época, com a controvérsia em torno do que se chamou de “disco pop do Metallica”. Já faz tempo que os fãs ortodoxos foram pacificados, mas não foi fácil dar cavalo de pau num transatlântico como o Metallica. A banda, contudo, passou com mérito por esta delicada manobra que, no passado, liquidou tantas bandas talentosas. E o fato de que a obra se trata de uma “traição ao movimento” apenas me faz simpatizar mais com ela.

Fernando: Já falei sobre o disco na discografia comentada da banda que fiz há bastante tempo. É inegável que é um dos discos de metal mais importante da história. Segundo as fontes da minha cabeça, esse disco foi talvez o maior responsável por angariar fãs para o metal. Eu não tinha um único amigo da minha idade ali por volta de 91-92-93 que não ouvia ese disco sempre. Podem falar que a banda amaciou o som, pode falar que tinha balada e pode vir com toda a lenga lenga metaleira sobre a banda ter se vendido. Acredito que era o disco que a banda queria fazer, independendente de produtor ou gravadora e foram extremamente felizes no resultado. Se você hoje tem raivinha por que a banda ficou super famosa e até sua prima mais nova de segundo grau passou a gosta de metal e invadiu seu mundinho o problema é seu.

Libia: O artista tem a necessidade de criar algo com uma abordagem diferente e os anos 90 era um ambiente perfeito para isso. Assim surgiram vários álbuns que de alguma forma mudaram o cenário para sempre, e quando há uma boa mudança muitos vão jogar pedras e aplaudir, totalmente natural, ainda mais se tratando das bandas já reconhecidas na época. O Metallica fez isso lançando o disco que ficou mais conhecido como “Black Album”, chegando a conquistar outras tribos fora do Thrash Metal e consequentemente influenciando nas criações das bandas de Rock Alternativo. Vejo isso de forma muito positiva, pois engajou o público da nova geração para o Heavy Metal e até hoje podemos observar isso. O álbum começa com a verdadeiramente excelente "Enter Sandman", e ao longo do caminho, os destaques particulares para mim incluem "Wherever I May Roam" e a balada "Nothing Else Matters".

Mairon: O álbum preto apresentou o Metallica para uma nova geração de fãs (eu incluso), que delirou com um vasto repertório de clássicos. Qualquer admirador de rock pesado conhece (e curte) "Enter Sandman" e "Sab But True", e ainda, se aproveita para conquistar uma gatinha tocando as baladas "Nothing Else Matters" e "The Unforgiven". Existem canções que ficaram eclipsadas por esses quatro sucessos, mas com qualidades similares ou até melhores, seja nas velozes "Holier Than Thou" e "The Struggle Within", ou nas pesadas "Through the Never", "Don't Tread On Me", "The God That Failed" e "Or Wolf And Man". Para mim, as melhores ficam por conta de "Wherever I May Roam" (que baita introdução) e "My Friend of Misery", uma das raras oportunidades que Jason Newsted teve de mostrar por que foi escolhido para substituir o lendário Cliff Burton.

Micael: O disco que mudou o patamar comercial não só do Metallica, mas do heavy metal em geral a nível mundial. Mais "acessível" que os registros anteriores da banda, mas ainda "pesado" o suficiente para agradar à maioria dos antigos fãs. O "álbum preto" trouxe muitas faixas que viraram clássicos da discografia do grupo, vendeu horrores e catapultou o quarteto ao patamar de "gigantes" do show business mundial. Gosto do disco, mas o acho inferior aos clássicos da época com o saudoso Cliff Burton. O que não o faz menos merecedor de figurar aqui.


Pearl Jam – Ten [1991] (45 pontos)

André: Deve ser a quarta ou quinta vez que já falei isso, mas nem o Pearl Jam e nem nada do que o Eddie Vedder fez na vida me agrada de fato. E já tentei muitas e muitas vezes, porém desisti e assumi de vez que o Pearl Jam nunca será uma banda que irei gostar. Não sei explicar, mas creio que uma vibe meio "alternativa" que há no som dos caras não me vai. Isso não acontece com o Alice in Chains e outras contemporâneas da época que eu gosto.

Daniel: Em conjunto com Nevermind, Ten foi um dos responsáveis pela explosão daquilo que se convencionou a musicalmente ser chamado de ‘grunge’. Ao contrário de Nevermind, deste álbum eu gosto bem mais. Guitarras marcantes e ótimos vocais de Vedder fazem deste disco uma coleção de clássicos impressionantes. Minha canção preferida é a sensacional “Black”.

Davi: Ótimo álbum de estreia da trupe de Eddie Vedder. O Pearl Jam é uma das grandes bandas dos anos 90 e os caras já iniciaram em grande estilo. Embora seja o grande ídolo de 90% dos fãs, Eddie Vedder foi o ultimo a entrar no grupo. Quando se juntou aos garotos, boa parte dos arranjos já estavam elaborados e acabou contribuindo bastante na construção das letras. Não há dúvidas que a escolha foi correta. Eddie Vedder se encaixou como uma luva no som dos caras, além de ter um grande carisma no palco. "Jeremy", "Alive", "Even Flow" e "Black" tocaram bastante nas rádios da época, mas não dá para ignorar sons do porte de "Once", "Porch" e "Why Go". Discaço!

Eudes: Outro disco, não só representativo, mas brilhante, do período. Claro que sou movido por um sentimento que tive na época, depois do naufrágio de meus ídolos de adolescência nos anos 80, de “puxa vida, temos rock de novo”. Mas, reouvindo o disco para escrever estas maltraçadas, meu encanto por estas canções não diminuiu em nada. O bom gosto em mesclar uma abordagem zeppeliniana para canções originais e muito inspiradas, em torno da voz guia de Eddie Vedder, arrebatam a gente. Este álbum, como Nevermind, vai resistir a bem mais que trinta anos. Dá licença que vou ali tocar o riff de “Even Flow” em minha air guitar.

Fernando: Até hoje o melhor disco do Pearl Jam e, tenho certeza, que a té a banda tem consciência disso. A quantidade de clássicos que estão presentes nesse disco é enorme e até hoje fico em dúvida sobre a música preferida. Quando se compara Ten, Nevermind e Dirt vemos o quanto o tal do grunge era somente um movimento de bandas que tinham em comum a época de seu surgimento e não uma sonoridade única, muito parecido com a NWOBHM.

Libia: Excelente álbum de estreia de uma banda fundamental dos anos 90. Aqui estava um frontman com uma presença de palco inteiramente nova, cuja voz se esforçava muito pela sinceridade das composições, sem recorrer a sentimentos fáceis ou coros de autoglorificação. Os Hits “Once”, “Even Flow”, “Alive”, “Black” e “Jeremy” quase que ofuscam a beleza da segunda parte do álbum. As composições são de temas fortes e sombrios e possui uma qualidade instrumental absurda. Esse clássico levou a banda a ser uma das mais bem sucedidas do movimento grunge até hoje.

Mairon: Pearl Jam raiz. Levado pelos vocais insanos de Eddie Vedder, e pela rifferama de Mike McCready e Stone Gossard, os caras criam uma coletânea de sucessos para a eternidade, marcando o grunge definitivamente com "Once", "Even Flow", "Alive", "Black", "Jeremy" e "Porch", no mínimo seis das onze faixas que se tornaram conhecidíssimas. E óbvio, todas ótimas. "Black" é tristíssima, mas linda. "Porch" e "Once" são para sair pulando pela casa. "Even Flow", "Alive" e "Jeremy" são para cantar a plenos pulmões. Ainda temos "Why Go", outra paulada. "Deep", "Garden", "Oceans" e "Release" destoam um pouco da forças que as citadas têm, mas também são ótimas faixas. Só não é o melhor disco do grunge por que o Temple of the Dog carrega esse mérito, mas foi um disco super bem resgatado pelo Davi e que ganhou realmente seu status agora, já que ficou de fora vergonhosamente da lista de 1991.

Micael: De todas as bandas que caíram no rótulo "grunge" na década de 1990, o Pearl Jam sempre foi a que mais me agradou, e este ainda é, para mim, seu melhor registro. Tenho uma relação emocional enorme com este álbum, o que nubla um pouco meu julgamento com relação a ele. Gosto muito de todas as faixas do álbum, e, em qualquer show da banda ainda hoje, qualquer uma delas que toque ainda levanta a galera de forma como poucas outras na história do grupo consegue. Mais um clássico importantíssimo de sua década!


Black Sabbath - Dehumanizer [1992] (42 pontos)

André: Gosto de Dehumanizer. É aquele disco que não se espera muito dele mas que agrada e diverte. Dio canta muito e há várias canções que me animam tais como "TV Crimes" (com um clipe hilário) e "Buried Alive" com um riff típico daqueles tempos mais pesados da época de Ozzy. Talvez seja um pouco exagerado considerá-lo como um melhor da época, mas eu gosto e não ligo de estar aqui.

Daniel: Este é um dos casos de discos que todo mundo adora, mas eu não consigo achar tudo isso que se fala. Claro, “TV Crimes” e “I” são incríveis, embora o resto não consiga me comover. Assim sendo, não consigo ver a presença deste álbum como normal em uma lista tão acirrada como esta.

Davi: Tenho alguns amigos que citam esse como seu álbum favorito do Sabbath. Não concordo que seja nem o melhor da fase Dio (para mim, o título fica com Heaven and Hell), mas não tem como negar que é um disco bem legal e que causou um certo impacto nos headbangers da época. Lembro que ouvi bastante o CD na época, assim como um boot ao vivo que tinha em fita k7 dessa turnê, e me recordo que canções como "Computer God", "I" e "Time Machine" não saíam dos meus ouvidos. Legal sua aparição por aqui.

Eudes: O Black Sabbath fez oito discos nos anos 70, dos quais cinco estão na eternidade e os outros dois ainda espancam a concorrência, sem ser lembrado na lista dos Dez Mais daquela década, e entra em segundo lugar com sonoridade descaracterizada, com Dehumanizer... nos anos 90! O tico e o teco aqui não conseguiram processar. Não que o disco seja ruim, mas definitivamente as coisas não batem. Única explicação sensata que ouvi foi do boss Mairon Machado: “turma gosta é do Dio e não do Black Sabbath”! Vai ver, é isso mesmo! Mas tem coisas legais: a banda emulando o velho Sabbath em “After All/The Dead” e “Letter from Earth”, o solo excepcional de Iommi em "Too Late" e Vinny Appice chupando partes de bateria de John Bonham em "Computer God".

Fernando: Quando eu lembro de Dehumanizer imediatamente vem à minha cabeça os refrães de "Too Late" e "I". Sei que os fãs mais fanáticos pelo Sabbath tem outras como exemplo do disco, mas eu lembro até de onde eu ouvi essas duas músicas pela primeira vez. Mas ouvindo recentemente curti bastante "After All", o que me fez até a ouvir de novo a música quando o disco acabou. Foi uma excelente volta do Dio que poderia ter rendido muito mais se não fosse toda aquelas história do show de "despedida" do Ozzy pouco tempo depois de seu lançamento (alías, não é impressionante o Ozzy ter falado em despedida há quase 30 anos atrás e estar aí até hoje?).

Libia: Nos anos anteriores ao Dehumanizer banda passava por um momento complicado apesar das formações impecáveis e excelentes álbuns na minha opinião. Em 1992 a banda veio com todo aquele veneno e fúrias cativantes que entraram nas veias metálicas dos fãs para sempre. O álbum começa de forma retumbante com a bateria de Vinny Appice e os vocais lindamente raivosos do Ronnie James Dio. Apesar das tensões existentes na época, prefiro lembrar dessa formação épica com Geoff Nicholls nos teclados e sintetizadores. A banda se encaixou nas tendências dos anos 90 provando que poderia recapturar elementos de uma era anterior enquanto ainda soava moderna e relevante. Quando escuto “Time Machine” eu me sinto em outro planeta e quando toca “I” até paro de existir. Dio passou como um raio pelo Sabbath nessa época, mas esse disco permanece grandioso nos nossos ouvidos.

Mairon: Minha relação com Dehumanizer foi contada aqui. Então, para complementar, só digo que o impacto desse retorno de Dio aos vocais do Sabbath após 10 anos (como naquela época dez anos parecia algo tão distante ...) foi chocante, e pariu um dos melhores discos que já ouvi. "I" (principalmente), "After All", "Time Machine" e "Buried Alive" são faixas espetaculares. Iommi está impecável. Appice soltando o braço. Butler com vontade de tocar, e Dio, simplesmente fazendo uma performance como não se via há anos. Disco de cabeceira para qualquer um que aprecie Heavy Metal, e um dos melhores do Sabbath.

Micael: Quando este disco foi lançado, eu ainda não conhecia bem o Black Sabbath ou sua história, portanto não soube dimensionar o tamanho da volta de Ronnie James Dio à banda. Hoje, passados tantos anos e com um conhecimento um pouco maior, sei que, comercialmente, foi um renascimento importante para o grupo e que, infelizmente, durou muito pouco (sendo retomando tempos depois na forma do Heaven and Hell). Musicalmente, acho Dehumanizer do mesmo nível de Mob Rules, ou seja, um belo e agradável disco, mas inferior aos clássicos da fase Ozzy e ao primeiro registro de Dio com a banda. Mesmo assim, vale (e muito) a audição!


Guns N’ Roses – Use Your Illusion II [1991] (39 pontos)

André: Este sim é o melhor disco da década. Cheia de grandes canções, sei que foi o disco que influenciou muita gente a mergulhar de vez no rock. Outra grande vantagem é que ele envelheceu muito bem, suas canções continuam incríveis, a banda usou melhor de teclados e outros instrumentos e mesmo as canções não tão conhecidas parece que funcionam para serem singles ou clássicos.

Daniel: O Guns N’ Roses eram realmente gigantes no início dos anos 90. Particularmente, eu não consigo ver este álbum separado de seu irmão gêmeo, mas ambos são trabalhos de Hard Rock de ótimo nível. Tenho uma ligeira simpatia por este por conta de "You Could Be Mine" e seu videoclipe sensacional.

Davi: Axl Rose sempre foi um maluco egocêntrico. Lançar dois LPs duplos, no mesmo dia, é a cara dele hehehe. Lembro que, na época, optei pelos 2 CDS. Os encartes eram tão grossos que na hora que você ia encaixar de volta na caixinha acabava rasgando kkk O disco, em si, é bem legal. Lembro que escutei "Pretty Tied Up", pela primeira vez, na transmissão do Rock in Rio 1991 e gostei da música de cara. O clipe de "You Could Be Mine" com Arnold Schwarzenegger também ficou na memória. Isso para não falar na versão de "Knocking On Heaven´s Door" e no clássico "Civil War", onde ouvi pela primeira vez em uma coletânea chamada Nobody´s Child. Disco bem legal, mas confesso que sempre achei o I (capa amarela) um pouco mais forte, mas valeu...

Eudes: O projeto Use Your Illusion flagra a banda no clássico momento da pretensão sem limites, depois de conquistar as massas nos anos anteriores. Mas este volume II do projeto é bacanudo. Tem canções para bater cabeça, "You Could Be Mine" e "Shotgun Blues", faixas cheias de seções, no estilo setentista ("Estranged" e "Locomotive"), balada semibrega (“Don't Cry") e cover desnecessária de Bob Dylan. Tudo embalado em vídeo clips de orçamentos de longa-metragem e pintura de Rafael ("A Escola de Atenas") na capa. O Guns achava que estava a um passo do Olimpo, mas o projeto mastodôntico se mostrou um canto de cisne. Um documento obrigatório de uma época.

Fernando: Dois álbuns duplos sendo lançados pela mesma banda no mesmo dia. É algo muito fora do comum, ainda mais quando se lembra que os dois discos são forte o suficiente para poderem estar aqui numa lista dessas. Mas acho que termos escolhido o II é mais representativo mesmo. Junto do disco do Metallica esses discos do Guns formaram uma legião de fãs de rock. Minha música preferida da banda até hoje é "Estranged", mas o disco tem várias outras que são preferidas de muita gente como "Civil War", "You Could Be Mine", "Yesterdays"... Clássico!

Libia: A banda conseguiu explorar de maneira brilhante todas as suas influencias com músicas mais encorpadas e com muitos outros elementos. As músicas atrevidas, cheias de drogas e álcool do Appetite For Destruction se foram e nesse álbum temos uma banda mais madura e polida, com um tecladista em tempo integral. Além disso, se foi o baterista bastante solto Steven Adler, que foi substituído pelo Matt Sorum, um baterista mais tecnicamente sólido. Repleto de hits como "Civil War", "Knockin' on Heaven's Door" e "You Could Be Mine”, esse álbum tem um som firme e digno de reconhecimento.

Mairon: Entre os dois Use Your Illusion, o segundo ganha na minha opinião por que é o que possui um repertório mais azeitado. Afinal, começa com uma canção tão impactante quanto "Civil War", e só agrega nas maravilhosas "Locomotive" e "Estranged", o que o faz receber meu voto para essa lista. Mas ainda há mais. "You Could Be Mine" se tornou um clássico de imediato, muito pela promoção no filme do Exterminador do Futuro. A versão de "Knocking On Heaven's Door" apresentou Bob Dylan para toda uma nova geração de fãs (o que o Guns havia feito anos antes com Aerosmith). Passeamos pelo rock de "14 Years",os hards de "Shotgun Blues" e "Pretty Tied Up", o desabafo estupendo de "Get in the Ring", as baladaças "Yesterdays", "Don't Cry" - essa em sua versão com letra diferente -, "So Fine", cantada pelo baixista Duff McKagan, e ainda a linda e esquecida "Breakdown", tão bela quanto "November Rain", apesar de muito ofuscada pela mesma, e com um belo trabalho do pianista Dizzy Reed. Era um novo Guns, com seis membros (Axl, Slash, Dizzy, Izzy, Matt e Duff) que preenchiam um palco gigantesco, apoiados ainda por diversos músicos, e uma banda que tocava soando como se tudo estivesse na perfeição. Ninguém imaginaria que nos bastidores Axl mostrava-se cada vez mais um egoísta, arrogante e prepotente. Para mim, um dos grandes discos da sua época, e que bom ver ele por aqui.

Micael: Para mim é muito difícil separar as duas partes de Use Your Illusion, mas, se eu fosse obrigado a escolher, esta seria a minha favorita. Apesar de conter "My World", a pior música já gravada pelo Guns em sua discografia, Use Your Illusion II possui tantas faixas boas que fazem com que sua colocação nesta lista seja mais do que justificável. E não me refiro apenas às mais "conhecidas" e "aclamadas" que até sua mãe conhece, mas também a faixas mais subestimadas como "14 Years", "Yesterdays", "Breakdown", "Pretty Tied Up" ou "So Fine", canções excelentes que mereciam um reconhecimento maior até por parte dos próprios fãs dos gunners!


Nirvana – Nevermind [1991] (35 pontos)

André: É justo a entrada dele pelo impacto causado na cena noventista da época, talvez um dos últimos suspiros do rock arrebatando de vez o mainstream com outras bandas depois emplacando hits mas sem toda a aura de impacto que teve o Nirvana. É um ótimo disco, ainda envelhece bem e tem músicas em um tom bem pessoal por parte de Cobain, o que me ajuda a ter simpatia pelo álbum. Uma pena que se Cobain não tivesse se levado a sério em relação a esse negócio de ser rebelde, ele poderia talvez ter gravado mais um ou dois discos e viver a vida reclusa que sempre quis ao invés do suicídio.

Daniel: Alguns discos mudam os caminhos da música e este aqui é um destes casos. Achava que ele seria o primeiro colocado da lista e isto seria um fato plenamente aceitável. Nevermind representa a ruptura do Rock da década anterior e oferece o que seria o ‘novo Rock’. Dito isto, eu não seria honesto se votasse nele, pois jamais consegui gostar da banda.

Davi: Um dos álbuns mais marcantes da década de 90. O impacto que "Smells Like Teen Spirit" causou na juventude da época é algo indescritível. O sucesso do Nirvana abriu as portas para toda uma geração de bandas. Embora sejam constantemente massacrados pelos críticos e pelos metaleiros, os caras foram uma banda bacana, sim. Grupo bem honesto e com ótimas canções. Nevermind oscilava momentos pesados, com momentos calmos, sem deixar de ter um pé mais comercial. Lembro que "Come As You Are", "Lithium" e "In Bloom" também tocaram nas rádios, mas praticamente todo o álbum caiu no gosto de seus seguidores. Canções como "Breed", "Drain You" e "On a Plain" causavam grande impacto nas apresentações e são considerados clássicos por seus seguidores. Merecia o primeiro lugar.

Eudes: Este, ao lado de Ten e Automatic for the People talvez sejam os discos que seguramente representam melhor a década (sem entrar no mérito). E olha que os Consultores do Metal limaram uma das obras, sem trocadilho, luminares dos 90, Ray of Light, de Madonna. Nevermind é simplesmente um greatest hits da banda, só com faixas de uma inspiração dignas das pequenas sinfonias de Phil Spector, nos anos 60, só que movidas a guitarras no talo e cozinha enérgica, honrando a tradição dos power trios. Acho ocioso ficar falando de faixas que já entraram para o imaginário coletivo. Apenas digo que periodicamente eu volto a estas gemas de despretensão e imenso talento, para recuperar minha fé na música.

Fernando: Não é meu disco preferido da década. Ouvi muito e pouco ouço atualmente, mas é provavelmente o principal disco dos anos 90 em vários aspectos. A desconstrução dos padrões do rock da época ajudou a moldar o jeito que o estilo começou a ser feito a partir de então. Até hoje vemos headbangers com camisa amarrada na cintura nos shows de metal e muitos nem se dão conta de onde vem essa tendência e muito se deve à esse disco mesmo que as pessoas insistam em dizer que ele é ruim.

Libia: Os hits desse álbum caíram no meu colo no início de tudo quando passavam clipes na MTV e outras várias coisas sobre o Nirvana. “Smells Like Teen Spirit”, “In Bloom”, “Come As You Are”, “Lithium” e “Polly” foram febres por muitos anos após a morte de Kurt. No Nevermind havia o vocal de Kurt assombrado e ferido, enjaulado e desesperado, e seu diário rasgado e gasto de uma voz que você lembra depois que as guitarras se apagaram. Sua presença desgastada que garante que Nevermind seja um clássico com falhas, mas um clássico da mesma forma. Por um tempo parei de Nirvana por causa da polêmica boba Grunge versus Metal, e até criei um certo preconceito sem muito fundamento. O tempo passou e reconheci o Nevermind como um clássico inegável que revolucionou o Rock, e também fiquei mais consciente de que há tempo para todos. A diversidade de estilos se mostrou benéfica desde os primórdios para estimular a criatividade e revolução no Rock/Metal.

Mairon: Me nego a ouvir esse disco. Reconheço sua importância e pronto, não preciso dizer mais do que isso.

Micael: Se o "Black Album" do Metallica foi importante para levar o heavy metal para as "massas", Nevermind fez o mesmo com o rock, principalmente o mais "alternativo". O disco mais importante da década de 1990 (por tudo o que representou para o mundo do rock, por abrir portas para tanta gente boa que trilhou os caminhos traçados por Cobain e companhia neste álbum para chegar ao reconhecimento, pela quantidade imensa de dinheiro que gerou) é também um dos melhores, embora o Nirvana aqui soe muito mais "amaciado" e "pop" do que havia sido antes ou seria depois. Raro caso em que a alta qualidade de um disco acaba sendo reconhecida também comercialmente. Um clássico!


R.E.M. – Automatic for the People [1993] (34 pontos)

André: Outra banda que não tem jeito de eu gostar. Essa aura quase sempre tristonha/melancólica/introspectiva que a banda passa em suas canções (com algumas poucas exceções) é demais para os meus ouvidos de metaleiro acéfalo. Daqui só gosto mesmo de "Everybody Hurts" porque as maravilhosas irlandesas do The Corrs fizeram um cover muito melhor que a original e isso me fez ter simpatia pela faixa.

Daniel: Seja por preconceito, por falta de interesse ou mesmo por ausência de sabedoria, está aí uma banda que nunca parei para ouvir. É um álbum bem interessante, mesclando o Rock com sonoridades bem suaves, encontrando melodias bonitas e interpretações bem emocionais. Não sei se é para uma lista como estas, mas, dentro da que construímos, fica muito bem.

DaviAutomatic For The People apresenta uma sonoridade bem sombria, é um disco bem calmo e acredito que deva receber algumas críticas aqui por conta disso. Eu gosto muito do R.E.M., mas nunca tive esse disco entre meus favoritos (sorry, folks). Não acho o álbum ruim, acho bom, mas não espetacular. O início do disco com (as ótimas) "Drive" e "Try Not To Breathe" é bem impactante. Depois, começa altos e baixos, na minha opinião. "This Sidewinder Sleeps Tonite" e "Monty Got a Real Deal" acho ok. "Ignoreland", "Man On The Moon" e "Find The River" estão entre os grandes momentos do disco, ao lado das duas primeiras. Agora, "Star Me Kitten", "New Orleans Istrumental Nº1" e "Sweetness Follows" são bem chatinhas. E "Everybody Hurts" acho bonita, mas sempre achei a fama dela meio exagerada... Out Of Time é o disco que deveria ter representado o R.E.M., na minha opinião.

Eudes: Me sinto bem a vontade para dizer que este disco é um dos melhores discos da história do rock. Isto porque ele é uma exceção me minha opinião sobre o REM, grupo que jamais me impressionou. Acho a sonoridade densa e sólida apresentada no disco bem diferente do pop magrelinho dos lançamentos anteriores da banda. E tudo para embalar canções francamente lindas. A contribuição de John Paul Jones certamente tem a ver com esta reinvenção sonora, expressa nos arranjos orquestrais de algumas das melhores faixas. A abertura com “Drive” já é massacrante, mas não há em absoluto solução de continuidade em faixas como “Try not to Breathe”, “New Orleans Instrumental No. 1”, “Monty Got a Raw Deal” e minha predileta do disco, “Nightswimming”. E você pode até ter se saturado de ouvir, mas, confesse, o hit “Everybody Hurts” anda te enchem os olhos de água, não é, não?

Fernando: "Losing My Religion" e "Everybody Hurts": é como REM é definido na minha cabeça. Nunca fui um grande fã e dificilmente coloco a banda para ouvir.

Libia: Em Automatic for the People temos os integrantes do R.E.M investigando mais profundamente do que nunca, é um álbum musicalmente irresistível. Quando as baladas “Nightswimming” e “Find the River” fecham o álbum elas resumem toda a sua intensidade crepuscular e com o mundo interior da memória, perda e saudade. O hit "Everybody Hurts" é uma música de como permanecer otimista diante de um momento difícil e uma das mais belas ao vivo também. “Ignoreland” mostra uma certa revolta, pois se trata de política. "Man on the Moon" apresenta a teoria da conspiração como fato e a verdade como questão de opinião. A banda estava no auge de suas proezas criativas e lançou esse disco que surpreende mesmo após muitos anos a seu lançamento.

Mairon: Como fazer um disco depois de lançar um álbum clássico que o consagra mundialmente? O R. E. M. deu a receita, e assim o fez em Automatic for the People. Depois de conquistar o mundo com Out of Time, muito pelo supra-hit "Losing My Religion", Michael Stipe e cia. se focaram em trazer um disco imerso em letras magnificamente tocantes, e melodias encantadoras. Ouvir "Drive" logo no início já é para chorar e se arrepiar horrores. O disco vai passando suave, gostoso, através da delicadeza de "Try Not to Breathe" e "Star Me Kitten", as cordas e o lado acústico de "Sweetness Follows" e "Nightswimming", as alegrias depressivas de "The Sidewinder Sleeps Tonite" e "Man on the Moon", o mandolin de "Monty Got A Raw Deal", o violão e o acordeão de "Find the River", e até o peso de "Ignoreland". Porém, entre tanto frescor, "Everybody Hurts" faz até o piso se derramar em lágrimas, com uma letra poderosa e para cima, simplesmente perfeita. Gosto do trabalho de teclados de Mike Mills, gosto dos violões super encaixados de Peter Buck, gosto dos vocais agonizantes de Michael Stipe, gosto tanto desse disco que cada audição é um orgasmo aos ouvidos. Um dos melhores discos de todos os tempos, e certamente, o melhor disco do R. E. M., dando uma repaginada muito boa para essa lista tão metálica!

Micael: O terceiro registro do R.E.M. por uma major veio com um ar mais sombrio e tristonho, bem diferente da atmosfera mais "leve" presente no anterior Out of Time, que, particularmente, eu colocaria aqui no lugar deste. Isto não quer dizer que não seja um bom disco, mas "mexe" menos comigo do que outros álbuns que a banda já fez. Agora, se houver alguém com coragem para dizer uma sílaba sequer capaz de denegrir algo tão belo e emocionante quanto "Everybody Hurts", então essa pessoa deveria desistir do mundo da música e procurar outra ocupação para seus ouvidos...


Judas Priest – Painkiller [1990] (32 pontos) ***

André: Já fui um pouco mais crítico com o Judas, mas aí está um exemplo de disco que deu uma mudada nos meus conceitos nos últimos anos. Por incrível que pareça, eu o achava um disco médio. Hoje já gosto dele e vejo que a banda foi uma das poucas da era setentista que conseguiu com algum louvor (e alguns tropeços na década anterior) a entrar na casa dos mais de 20 anos de carreira ainda impactante. Bem legal ouvir o tradicionalíssimo speed metal em canções como em "All Guns Blazing" ou aquele estilo mais cavalgado que o Maiden fez fama como em "Between the hammer & the Anvil". Ótimo disco, hoje o aprecio muito mais do que antes.

Daniel: Este álbum é um clássico do Judas Priest e seu disco mais pesado, ao menos até aquela altura. É óbvio que gosto bem dele, embora minha fase preferida do grupo seja a setentista. A faixa-título é Heavy Metal “até o osso”, fazia muito tempo que não o ouvia e foi uma experiência bem reconfortante.

Davi: Ótima lembrança! Painkiller é o último álbum do Judas que considero clássico. Aprender a introdução de bateria da faixa-titulo tornou-se um desafio para qualquer baterista de rock a partir de então. Rob Halford, que já tinha quebrado tudo na faixa "Painkiller", volta a arregaçar em "All Guns Blazing". "Between The Hammer &  The Anvil" apresenta ótimos riffs, enquanto Halford volta a impressionar em "A Touch of Evil". Melhor do que isso só se tivesse entrado War of Words do Fight.

Eudes: O quinto disco de heavy/hard na lista. Mas ainda bem que é um disco divertidíssimo de uma banda extremamente competente. Meio hard, meio heavy, mas sempre energético e imaginativo. Canções como a faixa-título e "A Touch of Evil" dão o tom do disco, no geral, rápido, com um humor meio punk e feito para animar qualquer festa de roqueiro. Graças a Deus, tem sempre um cantor gay para compensar o mau humor e o reacionarismo metaleiro.

Fernando: Esse é um disco fantástico. Bom do começo - e que começo! - ao fim. É impressionante como a banda saiu de uma fase ruim (eu gosto de Turbo, mas sei que sou minoria, e Ram it Down não dá para defender mesmo) e se valeu da entrada do ótimo baterista Scott Travis para moldar uma sonoridade que bebeu das suas próprias raízes, mas ainda sim diferente do que tinham feito até então, ficaram mais pesados, mais rápidos e meteram o pé na porta da década que insistiu em mal tratar o heavy metal. Rob Halford abusa de sua voz privilegiada, os guitarristas devem ter praticado muito pois a técnica demonstrada é absurda e isso é mostrado de cara loga na faixa título com arpejos que deixaram os fãs de Malmsteen com sorriso de orelha a orelha. Só tem uma coisa...a banda não deveria mais tocar essa faixa hoje em dia, pois é uma crueldade com Rob Halford. O banda tem tantos clássicos que esse poderia ficar de fora.

Libia: É bem óbvio que Judas Priest vem fazendo a diferença desde os anos 70. A banda abriu a década de 90 em termos metálicos com o Painkiller, um som totalmente novo que ninguém imaginaria antes. A entrega da banda é total, com a bateria devastadora e guitarras dividindo a Terra ao meio porque lembram um motosserra as vezes. Não há atributos suficientes para descrever esse álbum. Minhas músicas favoritas são “All Guns Blazing”, “Metal Meltdown”, “Night Crawler” e talvez todas as outras! Mais uma vez, o Priest provou que pode fazer um disco sem uma única fraqueza.

Mairon: Discaço do Judas. O melhor em anos (desde 1978 posso afirmar sem medo). O lado A é simplesmente perfeito, numa sequência "derruba casa" digna de um álbum clássico. "Painkiller", "Hell Patrol", "All Guns Blazing", "Leather Rebel" e "Metal Meltdown", esta a melhor música de Painkiller, já fazem o Judas subir muito nas posições de melhores discos dos anos 90. Daí vem a ignorância bestial de devastadora em "Between the Hammer & The Anvil - e dê-lhe rifferama - e "Battle Hymn", mostrando um pouco do que o Judas faria 20 anos depois a partir de Nostradamus, e pronto, Painkiller se torna no mínimo Top 3 nos melhores discos da discografia dos britânicos. Único deslize, mas pequeno, é "A Touch of Evil", com tecladinhos que ainda remetem a Rob Halford está cantando pra caralho nesse disco, que loucura. Acho que essa é a melhor performance da carreira dele. Aliás, com exceção de Ian Hill, que sempre fez um feijão com arroz básico, todos os demais estão em um momento único em suas carreiras. Os solos de K. K. e Tipton são dotados de muita técnica, e Scott Travis pra mim simplesmente é o melhor batera que tocou no Judas. Justíssima presença entre os dez mais!!!

Micael: Por algum motivo que nem eu mesmo sei direito nunca dei muita atenção ao Judas Priest. Acho o som do grupo bastante genérico, muito parecido com o de outras bandas que até foram influenciadas por eles, mas que eu conheci antes, por isso viraram minhas referências. Não sei dizer se já tinha ouvido um disco inteiro da banda antes deste, então, certamente não sou a pessoa mais adequada para julgar os méritos deste álbum. O lado B ficou mais ou menos naquilo que eu esperava de um disco dos ingleses, mas o lado A me surpreendeu com algumas faixas bem mais pesadas do que eu estava aguardando, a começar pela clássica faixa título, que, obviamente, não era desconhecida para mim. Algumas faixas me deixaram um sentimento de estar ouvindo algo do King Diamond dos últimos discos, e outros trechos me pareceram saídos de um disco do Massacration (podem me jogar as pedras, e, sim, eu sei que os brasileiros vieram muito depois do Judas ter conquistado seu espaço e inclusive copiam muitas coisas deles, mas, como eu disse, conheci uma bem antes de dar atenção à outra), o que talvez tenha tornado a audição do lado A mais "agradável" para mim. É um disco ruim? Longe disso, mas não é para o meu gosto... ah, só para finalizar, gostei bastante da faixa bônus lançada posteriormente, "Living Bad Dreams", que, embora meio deslocada do contexto geral do disco, soa melhor que algumas das "oficiais presentes nele...


Bruce Dickinson – The Chemical Wedding [1998] (32 pontos)

André: Sem me alongar muito, apenas questionar meus colegas consultores: já ouviram falar de Accident of Birth?

Daniel: Eu sou muito fã do Bruce Dickinson, realmente acho que este é o seu melhor trabalho solo e gosto muito deste disco. A presença deste álbum nesta lista também condiz com um pensamento que tenho, qual seja, de que os melhores discos solos de Bruce são superiores a tudo que o Iron Maiden fez naquela década de 90. Contudo, não penso que deveria estar entre os 10 melhores da década.

Davi: Segundo álbum da carreira de Bruce ao contar com a presença de Adrian Smith, o disco trazia um som pesado, sujo, com um trabalho vocal brilhante. Eu gosto bastante da carreira solo de Bruce Dickinson e acho esses discos superiores a muitos trabalhos que ele produziu depois que retornou ao Maiden. Entretanto, se tivesse que escolher um álbum dele para essa lista ficaria com Balls to Picasso ou Accident of Birth. Mas e aí? O disco é meia bomba? Não. É um trabalho bacana, onde, para mim, os grandes momentos estão em sua primeira metade. Para ser mais especifico: "Chemical Wedding", "The Tower" e "Book of Thel". Um bom disco, mas acho sua presença aqui meio exagerada.

Eudes: Uma maioria massacrante heavy metal, numa década como a de 90 diz mais de quem vota do que dos discos em si. Um bom álbum do vocalista da banda de estimação aqui da turma, mas que já é sem dúvida uma nota de rodapé na história do rock do século passado.

Fernando: Um nobre amigo meu diz que esse é o melhor disco de um artista solo já lançado. Tirando seu comentário baseado somente em seu fanatismo é díficil de rebater. É o melhor disco da carreira solo do meu artista preferido e ainda tem a presença do guitarrista mais inventivo da minha banda preferida. O disco é pesado, cheio de melodias certeiras, tem uma tema muito interessante e, como bônus, ajudou a fazer o Iron Maiden a voltar ser a maior banda de metal do mundo e junto disso levar o metal a ser grande de novo.

Libia: O semi-conceitual inspirado em escritos de William Blake é considerado o melhor pela maioria dos fãs. Com uma composição simplesmente fantástica e direta, tem letras excelentes, místicas e a produção traz à tona o sentimento místico das canções. Tanto Roy Z quanto Adrian Smith fazem trabalhos excelentes em suas 6 cordas, mantendo a melodia perfeita, e as canções dão destaque ao estilo de cantar de Bruce. Os destaques para mim são “Chemical Wedding”, “Book of Thel”, “Jerusalem” e “The Alchemist”, porém é impossível ouvir uma música ou outra, ele é lindo por inteiro e implora para não ser ignorado.

Mairon: Eleito o melhor disco de 1998 na nossa lista, The Chemical Wedding me chamou a atenção por ser melhor do que os discos anteriores de Bruce, mas ser um prenúncio da abobrinha enrolada em chuchu que e tornou o Iron Maiden com o retorno do queridinho dos fãs ao posto de vocal principal. Claro que faixas como "King in Crimson", "Killing Floor", "Machine Men" e "The Tower" são ótimas, diversificadas e não repetitivas, mas bah aturar a faixa-título, "Book of Thel", "Jerusalem" ou "The Alchemist" não dá. Prenúncios de tudo que eu passei a não gostar no Iron Maiden pós-Blaze. Disquinho bem meia-boca, que entra mais pelo fanatismo do que pelas qualidades. Um Rush ou Megadeth caberia bem melhor aqui.

Micael: Para mim, o melhor disco da carreira solo de Bruce Dickinson, superior, inclusive, a muitas coisas que ele faria antes ou depois ao lado do Iron Maiden. Sua reunião com Adrian Smith já havia rendido Accident of Birth, um belo álbum focado no metal clássico que os fãs da dupla esperavam há tempos da banda de origem de ambos. Mas aqui os temas estão ainda mais pesados, mais bem arranjados, mais encaixados, e tudo conspirou para formar um álbum que, passados mais de vinte anos de seu lançamento, já pode ser considerado um clássico!


Listas Individuais

ANDRÉ

1. Guns N’ Roses – Use Your Illusion II
2. Metallica – Metallica
3. Nightwish – Oceanborn
4. Harem Scarem – Mood Swings
5. Dream Theater – Awake
6. Queensrÿche – Empire
7. Depeche Mode – Violator
8. Death – Symbolic
9. Helloween – The Time of the Oath
10. Legião Urbana – V

DANIEL

1. Sepultura – Chaos A. D.
2. Chico Science & Nação Zumbi – Da Lama Ao Caos
3. The Smashing Pumpkins – Mellon Collie and the Infinite Sadness
4. Pearl Jam – Ten
5. Dream Theater – Metropolis Pt. 2 – Scenes From a Memory
6. U2 – Achtung Baby
7. Soundgarden – Badmotorfinger
8. Megadeth – Rust in Peace
9. Alice in Chains – Facelift
10. Metallica – Metallica

DAVI

1. Metallica – Metallica
2. Nirvana – Nevermind
3. Kiss – Revenge
4. Pearl Jam - Ten
5. Dream Theater – Images and Words
6. Skid Row – Slave To The Grind
7. Soundgarden – Badmotorfinger
8. Aerosmith – Get a Grip
9. Rage Against The Machine – Rage Against The Machine
10. Pantera – Vulgar Display of Power

EUDES

1. Jeff Buckley – Grace
2. Paul McCartney – Flaming Pie
3. Teenage Fanclub – Bandwagonesque
4. R.E.M. – Automatic for the People
5. Madonna – Ray of Light
6. Nirvana – Nevermind
7. Chico Science & Nação Zumbi – Da Lama Ao Caos
8. Radiohead – OK Computer
9. Soundgarden – Badmotorfinger
10. The Black Crowes – By Your Side

FERNANDO

1. Megadeth - Rust in Peace
2. Bruce Dickinson – The Chemical Wedding
3. Angra – Holy Land
4. Judas Priest – Painkiller
5. Sepultura – Arise
6. Helloween – The Time of the Oath
7. Stratovarius – Visions
8. Blind Guardian – Nightfall in Middle-Earth
9. Pink Floyd – The Division Bell
10. Dream Theater – Images and Words

LIBIA

1. Black Sabbath - Dehumanizer
2. Judas Priest - Painkiller
3. Pink Floyd - The Division Bell
4. Rush - Counterparts
5. Queensrÿche - Empire
6. Dream Theater - Images And Words
7. Megadeth - Countdown to Extinction
8. Angra - Angels Cry
9. Ramones - Mondo Bizarro
10. R. E. M. - Automatic For The People

MAIRON

1. Jeff Buckley - Grace
2. R.E.M. – Automatic for the People
2. Black Sabbath – Dehumanizer
4. Bacamarte - Sete Cidades
5. Rush - Counterparts
6. Slayer – Seasons in the Abyss
7. Los Hermanos – Los Hermanos
8. Legião Urbana - V
9. Temple of the Dog – Temple of the Dog
10. Guns N’ Roses – Use Your Illusion II

MICAEL

1. Sepultura – Chaos A. D.
2. Pearl Jam – Ten
3. Dream Theater – Metropolis Pt. 2 – Scenes From a Memory
4. Bruce Dickinson – The Chemical Wedding
5. Guns N’ Roses – Use Your Illusion II
6. Guns N’ Roses – Use Your Illusion I
7. Nirvana – Nevermind
8. Legião Urbana – V
9. Faith No More – Angel Dust
10. Rush – Counterparts


DISCOS ELEITOS ENTRE 1990 E 1999

Aerosmith – Get a Grip
Alanis Morissette – Jagged Little Pill
Alice in Chains – Facelift
Alice in Chains – Dirt
Angra – Angels Cry
Angra – Holy Land
Anthrax – Sound of White Noise
Arnaldo Antunes – Nome
Bacamarte – Sete Cidades
Badlands – Voodoo Highway
Black Sabbath – Dehumanizer
Blind Guardian – Nightfall in Middle-Earth
Bon Jovi – These Days
Bruce Dickinson – Balls to Picasso
Bruce Dickinson – Accident of Birth
Bruce Dickinson – The Chemical Wedding
Buena Vista Social Club – Buena Vista Social Club
Carcass – Heartwork
Chico Science & Nação Zumbi – Da Lama Ao Caos
Coverdale•Page – Coverdale•Page
Danzig – Danzig II: Lucifuge
Death – Human
Death – Individual Thought Patterns
Death – Symbolic
Death – The Sound of Perseverance
Def Leppard – Euphoria
Depeche Mode – Violator
Dissection – Storm of the Light’s Bane
DJ Shadow – Endtroducing…
Down – NOLA
Dream Theater – Images and Words
Dream Theater – Awake
Dream Theater – Metropolis Pt. 2 – Scenes From a Memory
Engenheiros do Hawaii – Várias Variáveis
Enigma – MCMXC a.D.
Faith No More – Angel Dust
Faith No More – King for a Day… Fool for a Lifetime
Gamma Ray – Land of the Free
Glenn Hughes – Addiction
Guns N’ Roses – Use Your Illusion I
Guns N’ Roses – Use Your Illusion II
Harem Scarem – Mood Swings
Helloween – Master of the Rings
Helloween – The Time of the Oath
Iced Earth – The Dark Saga
Iced Earth – Something Wicked this Way Comes
In Flames – The Jester Race
In Flames – Whoracle
In Flames – Colony
Jeff Buckley – Grace
Judas Priest – Painkiller
Korn – Korn
Kiss – Revenge
Kiss – Carnival of Souls: The Final Sessions
Kiss – Psycho Circus
Legião Urbana – V
Living Colour – Time’s Up
Los Hermanos – Los Hermanos
Madonna – Ray of Light
Mamonas Assassinas – Mamonas Assassinas
Marilyn Manson – Antichrist Superstar
Melvins – Stoner Witch
Mercyful Fate – In the Shadows
Megadeth – Rust in Peace
Megadeth – Countdown to Extinction
Megadeth – Youthanasia
Metallica – Metallica
Mr. Big – Get Over It
Mötley Crüe – Mötley Crüe
Neutral Milk Hotel – In the Aeroplane Over the Sea
Nick Cave and The Bad Seeds – Murder Ballads
Nick Cave and The Bad Seeds – The Boatman’s Call
Nick Cave and The Bad Seeds – Let Love In
Nightwish – Oceanborn
Nirvana – Nevermind
Nirvana – In Utero
Oasis – (What’s the Story) Morning Glory?
Pantera – Cowboys from Hell
Pantera – Vulgar Display of Power
Paradise Lost – Draconian Times
Paul McCartney – Flaming Pie
Pearl Jam – Ten
Pink Floyd – The Division Bell
Primal Scream – Screamadelica
Queensrÿche – Empire
Queensrÿche – Promised Land
Racionais MC’s – Sobrevivendo no Inferno
Radiohead – OK Computer
Rage Against the Machine – Rage Against the Machine
Rage Against the Machine – The Battle of Los Angeles
Raimundos – Raimundos
Ramones – Mondo Bizarro
Red Hot Chili Peppers – Californication
R.E.M. – Automatic for the People
Richie Kotzen – Mother Head’s Family Reunion
Running Wild – Black Hand Inn
Rush – Counterparts
Savatage – The Wake of Magellan
Sepultura – Arise
Sepultura – Roots
Sepultura – Chaos A. D.
Shania Twain – Come On Over
Skid Row – Slave to the Grind
Slayer – Seasons in the Abyss
Slipknot – Slipknot
Sonic Youth – Goo
Soundgarden – Badmotorfinger
Stratovarius – Visions
System of a Down – System of a Down
Teenage Fanclub – Bandwagonesque
Temple of the Dog – Temple of the Dog
Testament – The Gathering
The Black Crowes – By Your Side
The Smashing Pumpkins – Mellon Collie and the Infinite Sadness
The Smashing Pumpkins – Siamese Dream
Therion – Theli
Therion – Vovin
Tiamat – Wildhoney
Titãs – Titanomaquia
Tom Waits – Bone Machine
Tom Waits – Mule Variations
Type O Negative – Bloody Kisses
U2 – Achtung Baby
Within Temptation – Enter


Resenha Wish You Were Here Álbum de Pink Floyd 1975

 

Resenha

Wish You Were Here

Álbum de Pink Floyd

1975

CD/LP

Depois do grandioso e bem sucedido álbum The Dark Side of the Moon, sendo uma grande revolução musical, vê uma pergunta. O que será que passa na cabeça de uma banda, na hora de lançar um disco seguinte a sua obra mais impactante, e que ainda hoje consegue causar espanto pela revolução apresentada na época? Bom, cada grupo lidaria com isso de uma maneira, mas poucos conseguiriam repetir a maestria sonora do disco anterior, onde certamente o Pink Floyd é um desses poucos. Mas quando eu digo em repetir, não me refiro em se manter em uma zona de conforto pra que não dessem algum passo errado, muito pelo contrário, a qualidade musical estratosférica é mantida em uma abordagem diferente.

Wish You Were Here é sem a menor dúvida um disco muito bem direcionado e perfeitamente desenhado do começo ao fim. Assim como o seu predecessor, este certamente também pode ser classificado como um dos momentos mais memoráveis da história da música. Talvez o que mais chame a atenção quando se escuta este álbum pela primeira vez é a guitarra refinada de David Gilmour, mas atrativos não faltam, as letras, por exemplo, são uma das melhores de todo o catálogo da banda. Tudo se desenvolve de uma maneira tão limpa, despretensiosa, emotiva e significativa em uma abordagem extremamente apaixonada e praticamente inexplicável em palavras. 

“Shine On You Crazy Diamond Parts 1 – 5” é por onde começa essa maravilhosa viagem musical, e de fato não poderia começar melhor. O clima atmosférico criado pelos teclados de Wright dão à música uma aura sensual muito bem elaborada e organizada, enquanto que Gilmour exibe algumas notas de guitarra de forma completamente notável e irrepetível. São cerca de quatro minutos e meio até que todos os instrumentos se unam e elevem a sonoridade a outro patamar. A alternância entre momentos suaves quase psicodélicos e outros de uma intensidade emocional que bate no coração do ouvinte de maneira bruta é simplesmente sublime. Os vocais entram somente depois dos nove minutos como quem estala os dedos e tira alguém do transe (no caso o ouvinte). Waters e Gilmour então cantam de forma emotiva a homenagem da banda a Syd Barrett. A música reflete a perspectiva do mundo de Syd e como isso afetou a banda. O trabalho instrumental segue perfeito com lindos pequenos solos de guitarra e um belíssimo solo de saxofone (cortesia de Dick Parry) em sua parte mais do final. A música então vai desaparecendo aos poucos deixando apenas um som distante.

“Welcome To The Machine” é uma música que sempre achei que possui uma atmosfera que causa certa sensação de horror. Os acordes de guitarras são lindos, mas também bastante tristes. David Gilmour canta de uma maneira que mistura muito bem loucura com desespero. "Welcome to the Machine" de certa forma consegue evocar através de uma pitada irracional e psicodélica a experimentação realizada em Dark Side of the Moon. Creio pelo que eu entendi, "Welcome to the Machine" é uma metáfora a máquina que é a indústria musical. 

“Have a Cigar” traz um clima diferente para o álbum. Começa com um ótimo tema de guitarra dando a música uma levada um pouco funk, as linhas de baixo concretas e uma bateria bem cadenciada ajudam construir um começo que termina a sua configuração com um sintetizador que também será tocado ao fundo do excelente solo de guitarra que compõe a última parte da música. Não é cantada por nenhum membro da banda, mas por Roy Harper. Certamente um som divertido que oferece uma boa letra em uma visão cínica sobre a indústria fonográfica. Essa entendi que o cigarro é calmo, que depois leva a drogas ilícitas, álcool, etc.

“Wish You Were Here” é certamente uma das músicas da banda mais reconhecíveis por um público em geral, até mesmo aqueles que nem devem saber o que é Pink Floyd (mas será que tem alguém que não saiba?), já a ouviu em algum momento de sua vida. Sua introdução através de uma guitarra ao fundo e o violão em primeira camada configuram o início de uma balada que se transformaria em uma das mais aclamadas no mundo do rock. Os vocais de David Gilmour estão simplesmente maravilhosos, onde o destaque está no refrão que soa cativante, épico e melancólico. Um clássico que se transpôs aos muros que cercam os fãs de Pink Floyd e foi de encontro ao amante de boa música em geral. Essa entendi que os membros queriam que o Syd estive com eles.

“Shine On You Crazy Diamond Parts 6 – 9” é menos lenta e menos viajada, se posicionando, digamos assim, em um lugar concreto mais rapidamente, mas através de uma atmosfera igualmente penetrante lideradas por mais um solo memorável de guitarra e pinceladas de sintetizadores. Quando Waters começa a cantar a linha dá música é a mesma da apresentada na primeira parte do disco. A banda então entra em uma sonoridade influenciada pelo jazzcom linhas de baixo sólidas, teclado viajantes e guitarra com excelente swing e que vai silenciando até que a música entra na sua parte final. O clima da música agora é em uma espécie de marcha fúnebre, atmosfera lutuosa e assim vai se desenrolando, marcando o término do disco de forma magistral e ao mesmo tempo meio perturbadora. 

Devo admitir que descrever esse disco, é estar diante de um daqueles casos, em que nossas palavras não conseguem transmitir nem mesmo um centésimo do que de fato estamos sentindo. Um disco de letras marcantes, além de melodias extremamente emocionantes e oníricas. Wish You Were Here (como o Pink Floyd costuma ser em geral) não prende pelo desempenho técnico, mas pela maneira emotiva e evocativa que tudo acontece. Memorável do começo ao fim, empolgante e profundo onde através de uma textura arejada, o álbum consegue elevar a mente do ouvinte ao espaço. Para ser sincero, creio que "Wish You Were Here" é um álbum conceitual, mostra como a indústria fonográfica pode ser perversa, má, prejudicial. Mas ela pode ser boa, financeiramente.

Resenha Roberto Carlos Álbum de Roberto Carlos 1971

 

Resenha

Roberto Carlos

Álbum de Roberto Carlos

1971

CD/LP

Bem, como posso começar, esse álbum e um dos melhores senão o melhor de Roberto, a sua imersão, ao romantismo muito bem estudado e diversificado com a Soul music, o Rock, Gospel, e até alguns resquícios muito bem dissolvidos da Jovem Guarda, o torna espetacular.
Para começar, Detalhes é a música que define Roberto Carlos pelo resto de sua carreira, é simplesmente um marco indiscutível.
Depois vem Como Dois e Dois, A Namorada e Você Não Sabe O Que Vai Perder, que são as simplicidade de um bons jogos de palavras, misturado com um romantismo magnifico.
Depois vem a depressiva (no melhor sentido da frase) Traumas, que expõe um sentimento muito grande de amadurecimento de Roberto Carlos que se consolidaria no Álbum seguinte de 72.
Logo após Eu Só Tenho Um Caminho e Todos Estão Surdos, onde se encontra grande influência da Soul Music, que tinha se iniciado no álbum da praia de 69.
Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos, é simplesmente uma beleza poética e uma música que escuto desde criança com a mesma apreciação pela simplicidade rítmica e serena.
Se Eu Partir é uma grande musica introspectiva.
E I Love You, considerada pela maioria a mais besta e menos chamativa do disco, mas mesmo assim ainda vejo sua beleza e caretice que o Roberto tentou demostrar nessa música ligeiramente engraçada.
E as duas últimas simplesmente indiscutíveis, De Tanto Amor e Amada Amante, essas músicas são a chave perfeita para se encerrar um álbum que em minha visão é perfeito, não porque tem talento, boas palavras, ou ritmos lindos, mas sim pela liberdade que esse álbum tem de te tocar de uma forma espiritual, isso faz Roberto ser o rei que conhecemos. Escute o disco com todo cuidado e atenção, é simplesmente espetacular.

BIOGRAFIA DOS Blues Traveler

 

Blues Traveler

Blues Traveler é uma banda formada em 1987, em New York, por John Popper (Vocal/Harmônica), Chan Kinchla (Guitarrista), Bobby Sheehan (Baixista) e Brendan Hill (Baterista).

Blues Traveler é uma mistura de estilos dos anos 60 e 70, de bandas como Grateful Dead e Led Zeppelin, capazes de mesmo com essas influências ter seu próprio estilo e hoje mesmo influenciarem novas bandas.

O álbum de estreia foi Blues Traveler em 1990, seguido por Travelers & Thieves em Setembro de 1991. Save His Soul é o terceiro álbum da banda gravado em Abril de 1993 (o primeiro da banda a entrar entre os top 100), seguido pelo quarto álbum intitulado Four gravado em setembro de 1994 (esse álbum foi o grande estouro da banda, obteve grande vendagem de discos bem como destaque nacional e internacional) em parte o sucesso desse álbum se deve a música "Run-Around" que se tornou um dos hits de 1995.

Em um clipe exibido pela MTV, chegam a brincar um pouco com a carreira.
Explica-se: o clipe mostra uma garota tentando assistir a um show do Blues Traveler. Para sua surpresa quando consegue entrar no show quem está no palco são outras pessoas, particularmente bonitas dublando a banda... e atrás do palco está o verdadeiro Blues Traveler tocando. Nota: como pode perceber-se na foto (eles realmente não são os mais bonitos do mundo) e resolveram brincar com isso.

Enquanto preparam o próximo álbum é lançado o Live From the Fall no verão de 1996 (como o próprio nome já diz), um álbum ao vivo, simplesmente perfeito capaz de captar toda a energia de seus shows, onde inclui-se até mesmo uma versão de Imagine com a gaita inconfundível de John Popper.
 
No verão de 1997 é lançado Straight On Till Morning, mais um grande álbum da banda já há muito firmada no mercado fonográfico norte americano, e mais ainda pelos fãs blueseiros do mundo todo.

A banda então entra em um momento crítico. John e obrigado a se submeter a uma Angioplastia devido a fortes dores no peito e Sheehan e encontrado morto em Agosto de 1999 com apenas 31 anos de idade.

A banda retornou fazendo shows, em 2018 gravou o álbum Hurry Up & Hang Around e em 2021 Traveler's Blues lançado. 

Integrantes.

Atuais.

John Popper (Vocal Principal, Gaita, desde 1987)
Chan Kinchla (Guitarra, desde 1987)
Brendan Hill (Bateria, desde 1987)
Tad Kinchla (Baixo, desde 1999)
Ben Wilson (Teclados, desde 2000)

Ex - Integrante.

Bobby Sheehan (Baixo, 1987-1999, R.I.P 1999)


Travelogue: Blues Traveler Classics (Coletânea 2002)

01. But Anyway
02. Gina
03. Mulling It Over
04. 100 Years
05. Optimistic Thought
06. Sweet Pain
07. Mountain Cry
08. Love & Greed
09. Conquer Me
10. Run-Around
11. Regarding Steven
12. The Mountains Win Again
13. Crash Burn
14. Hook
15. Carolina Blues
16. Canadian Rose
17. Just For Me

Crítica ao disco de Agusa - 'En Annan Värld' (2021)

Agusa - 'In Annan Värld'
(10 de setembro de 2021, Kommun2 Records)

Agusa - 'Em Annan Värld

 O que aconteceu comigo quando ouvi o novo álbum dessa banda sueca chamada Agusa nunca havia acontecido comigo O que? Bem, ser surpreendido ou cativado novamente sem resistência diante da música.

E é que com o passar dos anos, e ainda mais quando se dedica a rever e criticar discos, perde-se o deslumbramento, já não é o mesmo, mas o disco 'En Annan Värld' é sublime, maravilhoso , ouso dizer sem hesitar que é um dos melhores lançamentos do ano, senão o melhor.

A Agusa hoje é formada por Mikael Ödesjö (guitarra), Tim Wallander (bateria), Jenny Puertas (flauta), Simon Ström (baixo) e Roman Andrén (teclado). Juntos, eles criaram um corpo de trabalho incrível, que é ambicioso e intrincado, complexo, mas não cansativo, chato ou desmotivador. Tudo é feito com perfeição e consegue explodir sua mente todas as vezes.

'En Annan Värld' tem apenas duas músicas. O primeiro de 'Sagobrus' de 25:02 minutos e o segundo, 'Uppenbarelser' de 21:13 minutos. Ambos, como toda sua discografia, totalmente instrumental.

Nos 46 minutos deste álbum, tanto a flauta quanto a guitarra e os teclados dominam grande parte das canções, com fortes influências do rock progressivo do final dos anos 60 e início dos anos 70, além do rock psicodélico. Por sua vez, encontram-se alguns resquícios de krautrock e música folclórica.

É claro que as músicas deste álbum lembram as longas improvisações de grupos psicodélicos traduzidas em momentos instrumentais sofisticados, dinâmicos e muito coloridos.

Apesar de existirem mais grupos e projetos musicais que homenageiam ou são fortemente influenciados pela música dos anos 60 e 70, muitos deles têm dificuldade em sair do rótulo de mera cópia ou caem no esquecimento tentando ser algo mais, mas o resultado nem sempre é o melhor.

'Sagobrus' por sua vez é mais experimental, com muitos solos e momentos de brilhantismo. Amplos espaços para o desenvolvimento do violão, tudo executado com virtuosismo e perfeição.

A flauta assume um protagonismo que se evidencia em diferentes secções da composição. Este papel principal é partilhado com a guitarra, onde se destacam com linhas arriscadas, tal como constroem a longa canção de 25 minutos de forma rápida e sem pausas.

E é que apesar da sua duração, 'Sagobrus' procura ser direto e cativante. Há momentos de improvisação e solos tanto no teclado Hammond quanto na guitarra que estão na base das seções do tema, que são bem definidas. Essas seções são separadas por mudanças abruptas de ritmo ou ligadas por solos. Os demais instrumentos não ficam atrás e sem as bases melódicas propostas pelo baixo e bateria, flauta e violão não poderiam se destacar.

A segunda música 'Uppenbarelser' adiciona instrumentos mais orgânicos, ao contrário do primeiro tema. As improvisações são mais abertas e há mais diálogo entre os instrumentos. O início e desenvolvimento é mais aéreo, nublado, mais flexível, não tem aquela velocidade. Há uma construção mais paciente e lenta dos momentos de maior bombástico.

Ainda há aquele destaque da flauta, violão e teclado, mas não tanto quanto antes. O início do encerramento da música e alguns trechos me lembram muito 'Olsen Olsen' de Sigur Ros .

'En Annan Värld' é linda, com grandes momentos e um desenvolvimento extremamente marcante de ambas as músicas. Não tem pontos baixos. Ao nível da produção e execução não cai em lado nenhum. Agusa se tornou minha banda favorita hoje e estou ansioso para ver o que há de novo deles.


Crítica ao disco dos Dream Theater - 'Distant Memories - Live in London' (2020)

 Dream Theater - 'Distant Memories - Live In London'

(27 de novembro de 2020, Inside Out Music/Sony Music)

Dream Theater - Distant Memories ao vivo em Londres

Hoje apresentamos 'Distant Memories - Live In London', uma fabulosa gravação ao vivo do Dream Theater onde somos apresentados.

Lançado no final de novembro de 2020 como uma coprodução entre a Inside Out Music e a Sony Music, “Distant Memories – Live In London” acaba por ser mais um brilhante testemunho da excelente química que funciona na irmandade destes veteranos do prog-metal. mestres, que são James LaBrie [vocal], Mike Mangini [bateria e percussão], John Myung [baixo], John Petrucci [guitarra] e Jordan Rudess[teclados], lineup em vigor desde 2011. As edições foram em DVD duplo e vinil triplo, Blu-ray duplo e vinil triplo, e em caixas de edição limitada de vinil quádruplo e CD triplo (com preto, prata e vermelho, respectivamente) . O que se coleta aqui é o que aconteceu nos dias 21 e 22 de fevereiro de 2020 no Eventim Apollo em Londres, no contexto da turnê chamada The Distance Over Time Tour: Celebrating 20 Years Of Scenes From A Memory. Peturcci atuou como produtor geral neste item com a ajuda de MJ Morgan. A ilustração, design e direção artística da capa e embalagem ficaram a cargo, como sempre, do veterano Hugh Syme, parceiro visual ideal para o pessoal do DREAM THEATER porque sabe sempre o que o grupo quer projetar em sua imagem.estética.

O esquema de repertório é totalmente explicado em nome da turnê: promover o novo álbum altamente recebido “Distance Over Time” e tocar o lendário álbum conceitual de 1999 “Metropolis Pt. 2: Scenes From A Memory” em sua totalidade. Este álbum conceitual narrou a trágica história de ciúme, crime, reencarnação em uma espiral sem fim de eterno retorno experiencial. Um senhor comum, um jovem pai de família, chamado Nicholas recorre aos serviços de um hipnoterapeuta para tratar a inexplicável angústia que sofre há alguns meses quando uma jovem e bela senhora do final dos anos 1920 aparece recorrentemente em seus sonhos. . Durante as sessões, Nicholas não apenas descobre que sua alma pertenceu a Victoria, mas que ela supostamente morreu nas mãos de seu ex-namorado Julian Baynes, que imediatamente se suicidou... Mas não, na verdade, ambos morreram assassinados por Edward, irmão de Julian, com quem Victoria teve um caso sério, mas breve, depois de terminar com Julian, mas acontece que Victoria decidiu voltar com Julian apesar de ser uma pessoa menos estável do que seu irmão agora rancoroso. Edward não apenas matou os dois, mas escreveu uma falsa carta de confissão de assassinato-suicídio, deixando as coisas assim antes da imprensa da época e da história oficial. Após essa descoberta por meio de sessões de hipnoterapia, Nicholas tira como lição a noção redentora de que nossas almas são imortais e nossas instâncias corporais são apenas passageiras. O que ele não sabe é que o ciclo de amor e ódio é um círculo sem fim, já que o hipnoterapeuta carrega a alma do homem que foi o rancoroso Edward em vida... então ele vai até a casa de Nicholas e o mata. Parece que será um episódio recorrente ao longo do tempo, uma tragédia que se repete periodicamente. Ainda nos lembramos do impacto que “Metropolis Pt. 2: Cenas de uma memória” teve nos fãs do DREAM THEATER e no público progressivo mundial. Agora será uma nova oportunidade de desfrutar de sua grandeza enquanto analisamos o Blu-ray duplo.

Após o prólogo instrumental 'Atlas', criado pelo conjunto de música ambiente e electrónica TWO STEPS FROM HELL, surge 'Untethered Angel' com o seu gancho imediato, bastante oportuno para iniciar a massiva festa rock que terá muito, muito para oferecer. Com aparições subsequentes em 'Fall Into Light', 'Barstoll Warrior' e 'Pale Blue Dot', o quinteto continua a entregar alguns dos momentos mais notáveis ​​do então novo álbum “Distance Over Time”. Especialmente digno de nota é o equilíbrio melódico alimentado pela eletricidade do metal em 'Fall Into The Light' e a majestade tipicamente prog-metal de 'Pale Blue Dot', já que ambos representam fiel e cuidadosamente a magnificência composicional que o grupo transformou em sua marca pessoal. aqueles tempos distantes de seus três primeiros álbuns de estúdio. Também é digno de nota que ambas as canções convidam a explorar o poder da reflexão com um humor otimista, já que a primeira dessas canções mencionadas foca no tesouro de compreender as verdades mais fundamentais da vida humana, enquanto a segunda coloca em perspectiva a existência e cuidar do nosso mundo dentro da imensidão cósmica. Em todo o caso, ainda há espaço para alguns discos da época em que o baterista e percussionista co-fundador Mike Portnoy esteve na banda, precisamente os dois últimos, “Systematic Chaos” e “Black Clouds & Silver Linings” (de 2007). e 2009, respectivamente). A suíte maratona 'A Nightmare To Remember' ativa sua força rock eletrizante com musculatura convincente através de seus corpos centrais e os diversos motivos que surgem ao longo do caminho. O interlúdio gutural original que já foi cantado por Portnoy agora é substituído por um canto cerimonial onde LaBrie exibe alguns de seus registros mais baixos. É muito revelador ver um Rudess de 60 anos exibir uma tremenda elasticidade ao sair para mostrar seu keytar e travar duelos ferozes com Petrucci. Por seu lado, 'In The Presence Of Enemies – Part I' mostra sua essência épica, que está muito em sintonia com a magnificência contundente de 'Pale Blue Dot', que é onde chega o primeiro volume do Blu-ray duplo .ray (e é dado um intervalo para o grupo). O interlúdio gutural original que já foi cantado por Portnoy agora é substituído por um canto cerimonial onde LaBrie exibe alguns de seus registros mais baixos. É muito revelador ver um Rudess de 60 anos exibir uma tremenda elasticidade ao sair para mostrar seu keytar e travar duelos ferozes com Petrucci. Por seu lado, 'In The Presence Of Enemies – Part I' mostra sua essência épica, que está muito em sintonia com a magnificência contundente de 'Pale Blue Dot', que é onde chega o primeiro volume do Blu-ray duplo .ray (e é dado um intervalo para o grupo). O interlúdio gutural original que já foi cantado por Portnoy agora é substituído por um canto cerimonial onde LaBrie exibe alguns de seus registros mais baixos. É muito revelador ver um Rudess de 60 anos exibir uma tremenda elasticidade ao sair para mostrar seu keytar e travar duelos ferozes com Petrucci. Por seu lado, 'In The Presence Of Enemies – Part I' mostra sua essência épica, que está muito em sintonia com a magnificência contundente de 'Pale Blue Dot', que é onde chega o primeiro volume do Blu-ray duplo .ray (e é dado um intervalo para o grupo). É muito revelador ver um Rudess de 60 anos exibir uma tremenda elasticidade ao sair para mostrar seu keytar e travar duelos ferozes com Petrucci. Por seu lado, 'In The Presence Of Enemies – Part I' mostra sua essência épica, que está muito em sintonia com a magnificência contundente de 'Pale Blue Dot', que é onde chega o primeiro volume do Blu-ray duplo .ray (e é dado um intervalo para o grupo). É muito revelador ver um Rudess de 60 anos exibir uma tremenda elasticidade ao sair para mostrar seu keytar e travar duelos ferozes com Petrucci. Por seu lado, 'In The Presence Of Enemies – Part I' mostra sua essência épica, que está muito em sintonia com a magnificência contundente de 'Pale Blue Dot', que é onde chega o primeiro volume do Blu-ray duplo .ray (e é dado um intervalo para o grupo).

O clímax perpétuo deste evento está na performance completa de “Metropolis Pt. 2: Scenes From A Memory”, que é orgulhosamente apresentado por LaBrie como um item crucial na história do DREAM THEATER por dois motivos: foi seu primeiro álbum conceitual e apresentou a estreia de Rudess como membro da banda. A propósito, a cantora pergunta ao público quantos estavam presentes na primeira vez que o DREAM THEATER veio a Londres para apresentar tal magnum opus…. E as câmeras focam nas expressões alegres e assertivas de vários espectadores de cabelos grisalhos. Carinhoso! Bem, indo para o estritamente musical, a série de peças que compõem este álbum é acompanhada por várias imagens animadas de fundo, bem como vários jogos de luz, embora a primeira coisa que se projete no ambiente seja uma atmosfera de paz , algo natural quando as instruções do hipnoterapeuta são os protagonistas da estrutura da 'Regressão'. Segue-se então a sequência de 'Overture 1928', 'Strange Déjà Vu', 'Through My Words' e 'Fatal Tragedy', um deleite máximo de expansões e alternâncias de passagens ostensivas de prog-metal, momentos estilizados de prog-sinfônico e ocasionais interlúdios introspectivos . Quando chega a hora de 'Beyond This Life', a banda sintetiza os recursos mais pomposos e lhes dá maior vigor. A antítese absoluta disso é a envolvente e etérea balada 'Through Her Eyes', que permite a Mangini fazer uma pausa porque o baixo fretless de Myung requer apenas a companhia de uma bateria eletrônica. Como curiosidade, o desenho animado que mostra o cemitério onde Victoria está enterrada também inclui lápides de grandes nomes do rock que nos deixaram ao longo dos anos: Keith Emerson, David Bowie, Frank Zappa, Chris Squire, Stevie Ray Vaughn, Randy Rhoads, Freddie Mercury, Cliff Burton etc. Claro, quando chega a hora de 'Home', o grupo explora os legados de DEEP PURPLE e LED ZEPPELIN à sua maneira, criando um esquema sonoro que é denso e rápido para seu amplo corpo central, finalizando tudo com um intenso árabe coda levantada em uma fórmula de compasso incomum. Esta coda apropriadamente abre o caminho para o emocionante multiverso instrumental 'The Dance Of Eternity', uma peça que se destaca como o auge das interconexões virtuosas entre os quatro instrumentistas. Chris Squire, Stevie Ray Vaughn, Randy Rhoads, Freddie Mercury, Cliff Burton, etc. Claro, quando chega a hora de 'Home', o grupo explora os legados de DEEP PURPLE e LED ZEPPELIN à sua maneira, criando um esquema sonoro que é denso e rápido para seu amplo corpo central, finalizando tudo com um intenso árabe coda levantada em uma fórmula de compasso incomum. Esta coda apropriadamente abre o caminho para o emocionante multiverso instrumental 'The Dance Of Eternity', uma peça que se destaca como o auge das interconexões virtuosas entre os quatro instrumentistas. Chris Squire, Stevie Ray Vaughn, Randy Rhoads, Freddie Mercury, Cliff Burton, etc. Claro, quando chega a hora de 'Home', o grupo explora os legados de DEEP PURPLE e LED ZEPPELIN à sua maneira, criando um esquema sonoro que é denso e rápido para seu amplo corpo central, finalizando tudo com um intenso árabe coda levantada em uma fórmula de compasso incomum. Esta coda apropriadamente abre o caminho para o emocionante multiverso instrumental 'The Dance Of Eternity', uma peça que se destaca como o auge das interconexões virtuosas entre os quatro instrumentistas. criando um esquema de som denso e ágil para seu amplo corpo central, finalizando tudo com uma intensa coda árabe definida para uma fórmula de compasso incomum. Esta coda apropriadamente abre o caminho para o emocionante multiverso instrumental 'The Dance Of Eternity', uma peça que se destaca como o auge das interconexões virtuosas entre os quatro instrumentistas. criando um esquema de som denso e ágil para seu amplo corpo central, finalizando tudo com uma intensa coda árabe definida para uma fórmula de compasso incomum. Esta coda apropriadamente abre o caminho para o emocionante multiverso instrumental 'The Dance Of Eternity', uma peça que se destaca como o auge das interconexões virtuosas entre os quatro instrumentistas.

A tríade final de 'One Last Time', 'The Spirit Carries On' e 'Finally Free' exibe a posição definitiva de lirismo pródigo dentro do álbum homenageado. É particularmente comovente ver o público apresentar uma congregação de luzes ondulantes com as lanternas de seus celulares ajustadas ao ritmo cerimonioso da sublime balada gospel 'The Spirit Carries On': desde o momento em que as primeiras linhas surgem ("De onde viemos ? Por que estamos aqui? / Para onde vamos quando morremos? / O que está além e o que está antes? / Há algo certo na vida?”), o público se rende à intensidade emocional mística que emana da música. E como Mangini brilha na seção final de 'Finally Free'? Após o final animado onde o trágico enredo cíclico de “Metropolis Pt. 2: Cenas de uma memória” é resolvido, o quinteto completa a tarefa com a bela canção 'At Wit's End'. É muito significativo que esta música enfoque o abuso de gênero e o desejo de administrar as feridas de um evento tão terrível sirva como ponto final do show, já que a espiritualidade da referida música expõe um sério apelo à consciência e está localizada em um lugar onde o público deve prestar atenção de seus corações e intelectos. O público está satisfeito com este final. Tem dois bônus que são a execução da música 'Paralyzed' (também de “Distance Over Time”) e um pequeno documentário de 4 minutos e meio que mostra principalmente cenas dos preâmbulos e o desenvolvimento dos dois shows no Eventim Apollo. Tudo isso foi “Distant Memories – Live In London”, um excelente documento ao vivo do DREAM THEATER, mais um em seu extenso catálogo. Esta banda, por mais veterana que seja, ainda é capaz de produzir momentos de glória do rock como o que mostramos aqui. Aliás, já aguardamos com impaciência o seu próximo álbum de estúdio, que tem previsão de lançamento no mercado para o último terço de outubro. Em relação a este item em particular, muito obrigado ao coletivo DREAM THEATER por reativar essas memórias distantes e indeléveis.


- Amostras de 'Distant Memories - Live In London':

Fall Into The Light:

Fatal Tragedy:

Through Her Eyes:

The Dance Of Eternity:

The Spirit Carries On:

Finally Free:

At Wit’s End:

ENEMY EYES - HISTORY´S HAND (2022)

 

Johnny Gioeli não é estranho ao hard rock e ao metal poderoso. O cantor do Brooklyn ganhou destaque em 1992, quando lançou um impressionante álbum de estreia com Hardline. No entanto, depois que o álbum seguinte de 'Double Eclipse' levou dez anos para ser concluído, Gioeli voltou sua atenção para novas tarefas e assinou contrato com o guitarrista principal da Alemanha, Axel Rudi Pell, e parece que dois músicos com uma visão musical muito semelhante se encontraram. Outro, com dez álbuns de estúdio até ao momento sendo o resultado dessa colaboração.
Agora, porém, Gioeli segue seu próprio caminho e lança 'History's Hand', uma espécie de álbum solo sob a bandeira do Enemy Eyes.
O desenvolvimento musical de Gioeli foi influenciado por bandas como Black Sabbath e Iron Maiden. Além disso, Dio teve um papel importante no desenvolvimento do cantor, que também tem uma atitude positiva em relação aos sons mais modernos de bandas como Architcts. Em 'History's Hand', Gioeli já resumiu toda a sua banda musical em onze canções.
Neste álbum, hard rock e heavy metal se combinam de maneira perfeita, com o hino de abertura 'Here We Are' como um aperitivo para o resto do álbum. Essa música imediatamente encontra seu caminho na mente do ouvinte e está justamente no topo da lista de faixas.
Fica mais metálico com a trovejante 'Peace and Glory'. Apesar do andamento mais rápido e dos riffs estrondosos, a música flerta com uma melodia cativante, que se manifesta nos vocais de Gioeli.
A pulsante 'The Chase' é a próxima que aumenta o batimento cardíaco antes de seguir um destaque atmosférico com 'Preying on Your Weakness', que, após um início mais suave, se desenvolve num hino forte.
A última música, mas também 'What I Believe' começa lenta e calmamente, mas não são baladas, porque a partir do meio, no máximo, as músicas ganham velocidade e peso, o que é muito agradável e evita clichês.
No final, fica alto e rápido novamente. Ambos, 'Broken' e 'Rat Race' não são mesquinhos com uma grande intensidade e combinam o melhor do rock e do metal. Enemy Eyes, respectivamente Johnny Gioeli, conseguiu criar um álbum muito divertido. Já na primeira vez que ouve, encontras a porta de entrada para essas onze canções, que se aprofundam cada vez mais na mente a cada nova sessão. 'History's Hand' pode ser recomendado e se tu gostas da voz de Gioeli, teu dinheiro valerá a pena de qualquer maneira.

1. Here We Are
2. History’s Hand
3. Peace And Glory
4. The Chase
5. Preying On Your Weakness
6. What You Say
7. What I Believe
8. The Dream Is Gone
9. The Miracle In You
10. Broken
11. Rat Race

Johnny Gioeli (Hardline, Axel Rudi Pell, Crush 40) - Vocals
Alessandro Del Vecchio (Edge of Forever, Jorn, Hardline, Voodoo Circle, Sunstorm) - Bass, Keyboards
Fabio Alessandrini (Annihilator, Bonfire, Metal Order, TDW) - Drums
Marcos Rodrigues (Soundchaser, Torre de Marfil, Diolegacy, Rage) – Guitars
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Destaque

Cássia Eller - Veneno Antimonotonia (1997)

  Álbum lançado em 1997 e é uma homenagem ao cantor e compositor Cazuza, com regravações de algumas de suas canções. Faixas do álbum: 01. Br...