terça-feira, 3 de janeiro de 2023

SUPER PROGRESSIVO

 

Yes - Magnification (Reedicion)

O cd do YES Magnification 2001 porque é uma obra prima, mas infelizmente não sabia que em 2004 tinha saído uma nova edição remasterizada desse material.
Ouvi os dois e pude diferenciar muito do bom trabalho feito pelas discografias do novo.
Além disso, este álbum tem 3 novas faixas bônus (como também foi feito em 2002), das quais apenas Long Distance Runaround é acompanhada por orquestra." The Gates of Delirium" e "Close to the Edge" são duas versões que eu sinceramente não gosto. não sei onde foram gravadas, das quais destaco alguns teclados muito bons!!!

Disco 1
1."Magnification" – 7:16

2."Spirit Of Survival" – 6:02
3."Don't Go" – 4:27
4."Give Love Each Day" – 7:44
5."Can You Imagine" – 2:59
6."We Agree" – 6:30
7."Soft as a Dove" – 2:17
8."Dreamtime" – 10:46
9."Na presença de" – 10:24
"i) Mais profundo"
"ii) Morte do ego"
"iii) Verdadeiro iniciante"
"iv) Vire-se e lembre-se"
10."Tempo é tempo" – 2:09

Disco 2
1."Close to the Edge" [Ao vivo] - 20:04
2."Long Distance Runaround" [Ao vivo] - 3:44
3."The Gates of Delirium" [Ao vivo] - 22:41


Rush - Snakes & Arrows ao vivo


Test for Echo   foi o último álbum atraente para o meu gosto do Rush em estúdio, mas me recusei a parar de ouvi-los por causa do que a banda significava no gênero progressivo, especialmente no segmento pesado.
Comecei a ouvir seus novos discos ao vivo com pouco entusiasmo e começo com " Rush in Rio ", muito bom porque tem 3 cds com muitos clássicos que para minha surpresa soaram excelentes com aquele novo som de metal com que fizeram os preguiçosos  Vapor Trails mas tem um ponto contra, onde o público é muito ouvido em quase todo o show, mesmo o som sendo o melhor.
Depois foi a vez de R30: 30th Anniversary World Tour: é um complemento da anterior porque tem outros clássicos que não estão no show do Rio mas tem um som um pouco inferior, (o que você percebe se for muito detalhado) e contém material mais curto.
E agora sim, vem com aquele que eu vou ficar... Snakes & Arrows Live de 2008 porque também contém muitos clássicos e o público não se dá ao trabalho de ouvir tanto, embora tenha músicas do novo álbum Snakes & ... isso não me convence em nada.A versão em DVD é tripla!

Disco 1

1."Limelight" - 4:47
2."Digital Man" - 6:56
3."Entre Nous" - 5:18
4."Mission" - 5:39
5."Freewill" - 6:01
6."The Main Monkey Business" - 6:06
7."The Larger Bowl" - 4:21
8."Secret Touch" - 7:45
9."Circumstances" - 3:46
10."Between The Wheels" - 6:01
11."Dreamline" - 5:15
12."Far Cry" - 5:20
13."Workin' Them Angels" - 4:48
14."Armor and Sword" - 6:57

                                                                 Disc 2
1."Spindrift" - 5:46
2."The Way the Wind Blows" - 6:24
3."Subdivisions" - 5:43
4."Natural Science" - 8:34
5."Witch Hunt" - 4:49
6."Malignant Narcissism" - "De Slagwerker (Drum Solo)" - 10:41
7."Hope" - 2:21
8."Distant Early Warning" - 4:53
9."The Spirit of Radio" - 5:03
10."Tom Sawyer" - 5:48
11."One Little Victory" - 5:26
12."A Passage to Bangkok" - 3:57
13."YYZ" - 5:17


Camel - A Live Record (reedição)

 Hoje quero recomendar "A Live Record", (que é o melhor álbum ao vivo do Camel) e cuidado que é a reedição de 2002 que contém muitas novidades imperdíveis do final dos anos 70!
Na hora de comprar um cd sempre prefiro evitar os discos ao vivo por serem de qualidade inferior aos de estúdio mas esse me surpreendeu e a qualidade é perfeita como um show ao vivo do King Crimson!




Disco 1:

1."First Light" – 5:27
2."Metrognome" – 4:23
3."Unevensong" – 5:36
4."Skylines" – 5:43
5."A Song Within a Song" – 7:09
6."Lunar Sea" – 9:01
7."Raindances" – 2:33
8."Never Let Go" – 7:29
9."Chord Change" – 6:52
10."Ligging at Louis'" – 6:39
11."Lady Fantasy: Encounter/Smiles for You/Lady Fantasy" – 14:27

1-3 & 6-7 recorded at the Colston Hall, Bristol, October 1977.
4 recorded at Leeds University, October 1977.
5 & 8 recorded at the Hammersmith Odeon, London, October 1977.
9 recorded at the Hammersmith Odeon, London, April 1976.
10 & 11 recorded at the Marquee, London, October 1974.

Disco 2:

1.Spoken Introduction by Peter Bardens – 1:10
2."The Great Marsh" – 1:45
3."Rhayader" – 3:08
4."Rhayader Goes to Town" – 5:12
5."Sanctuary" – 1:10
6."Fritha" – 1:22
7."The Snow Goose" – 3:03
8."Friendship" – 1:39
9."Migration" – 3:52
10."Rhayader Alone" – 1:48
11."Flight of the Snow Goose" – 2:59
12."Preparation" – 4:11
13."Dunkirk" – 5:28
14."Epitaph" – 2:34
15."Fritha Alone" – 1:24
16."La Princesse Perdue" – 4:44
17."The Great Marsh (Reprise)" – 2:27
18."The White Rider" – 8:48
19."Another Night" – 6:35

1-17 recorded at the Royal Albert Hall, London, October 1975.
18 & 19 recorded at the Hammersmith Odeon, London, April 1976.


Relembre a carreira das 10 maiores bandas de rock dos anos 70

 Depois que os Beatles revolucionaram o rock dos anos 60, a década seguinte se tornou palco para o surgimentos de grandes nomes do gênero tanto lá fora quanto no Brasil. 

Com estilo hippie, cheio de looks coloridos e penteados cheios de estilo, surgia um novo período para o rock.

Banda Led Zeppelin
Integrantes do Led Zeppelin / Créditos: Divulgação

Impulsionado por bandas como Black Sabbath, Deep Purple, Ramones, Aerosmith, The Clash, entre outros, sons e letras mais elaboradas e inovadoras começaram a ganhar espaço juntamente com o rock progressivo, o heavy metal e o punk

A década de 70 definitivamente abriu alas para o rock se manifestar não apenas como um estilo musical, mas também como expressão social e artística

Diante de tantos estilos de rock, não é fácil selecionar as maiores bandas dos anos 70. Mas a gente decidiu tentar e homenagear algumas delas neste post! Vem com a gente? 

As maiores bandas de rock internacional dos anos 70

Para representar o melhor do rock dos anos 70, selecionamos algumas bandas internacionais e também bandas brasileiras que representaram muito bem uma das melhores décadas para o rock e a cultura em geral.  

Led Zeppelin 

Maior nome do rock dos anos 70, o Led Zeppelin surgiu em Londres, em 1968, e ficou na estrada até 1980.

Um de seus maiores hits, Whole Lotta Love, faz parte do segundo álbum da banda, que tinha na formação Jimmy Page, Robert Plant, John Paul Jones e John Bonham.

Ramones

O grande nome do punk rock americano, os Ramones surgiram em 1976 e influênciaram bandas do mundo todo por terem sido precursores no gênero. 

A banda era formada pelo trio Joey, Dee Dee e Johnny e lançou seu primeiro álbum em 1976 com sucessos como Judy Is a PunkI Wanna Be Your BoyfriendHey Ho Lets Go, entre outros. 


Iron Maiden

Pra provar que a década de 70 foi um marco na história do rock e que bandas de diferentes estilos surgiram, o Iron Maiden não poderia ficar de fora da lista. 

A banda britânica de heavy metal foi formada em 1975 e desde então tem deixado um grande legado com músicas essenciais, como The Number Of The Beast, Run To The Hills, entre outras. 

Black Sabbath

Formada no ano de 1968 em Birmingham, na Inglaterra, o Black Sabbath foi o grande precursor do heavy metal. 

Liderada pelo excêntrico Ozzy Osbourne, vocalista da banda, o Black Sabbath tinha ainda em sua formação os integrantes Tony Iommi, Geezer Butler e o baterista Bill Ward. A música Paranoid é um clássico na história do Black Sabbath. 

Rush

Formada no Canadá em 1968, o Rush contava com os integrantes Geddy Lee, Alex Lifeson e Neil Peart. Lançaram o primeiro trabalho em 1974, se tornando conhecidos pelas experimentações e pela letras complexas. 

Entre os maiores sucessos da banda de rock progressivo estão Time Stand Still, Limelight, Tom Sawyer, entre outras. O Rush ficou em atividade até 2018, quando Neil Peart decidiu se aposentar.

Bandas de rock brasileiro dos anos 70

Por aqui também tivemos muita coisa boa, olha só:

Secos & Molhados 

Banda formada por João Ricardo, Ney Matogrosso e Gérson Conrad, o Secos & Molhados surgiu em 1970, chamando a atenção pelo figurino e pela maquiagem ousada que os integrantes usavam. 

Um dos maiores álbuns da história do rock brasileiro é deles e ficou famoso por fazer duras críticas à ditadura e por ter uma capa icônica: as cabeças dos integrantes dispostas numa mesa como se fosse um jantar.

Casa Das Máquinas 

Ainda na ativa, a banda Casa Das Máquinas foi formada em São Paulo em 1973 e é uma das principais referências do rock brasileiro nos anos 70. 

A formação da banda ocorreu a partir de outro grande nome, Os Incríveis. Entre as músicas de destaque estão Vou Morar No Ar, Casa de Rock e Lar de Maravilhas.  

O Terço 

Outro grande representante do rock nacional da década de 70, a banda O Terço surgiu no Rio de Janeiro e se dedicava principalmente ao rock clássico.

Depois, a banda passou a experimentar outros estilos, como o rock progressivo e rock rural. Os integrantes da banda são Sérgio Hinds, Flávio Venturini, Sérgio Magrão e Fred Barley.

Made In Brazil

Considerada uma das mais antigas bandas de rock nacional em atividade, o Made In Brazil surgiu em 1967 e segue na estrada. 

O grupo tem 8 discos lançados e alguns dos sucessos são Uma Banda Made In Brazil, Minha Vida É o Rock’ N’ Roll e Os Bons Tempos Voltaram.

Vímana 

Lulu Santos, Fernando Gama, Luiz Paulo Simas e Candinho formavam a banda Vímana, que surgiu em 1974. Eles estreiaram em grande estilo ao lado dos Mutantes em um festival com outras bandas importantes da época. 

O Vímana passou por diferentes fases, fazendo parte da banda músicos como Lobão, Ritchie e João Luís Woenderbarg.  

Bandas Raras de um só Disco

 

Colonel Bagshot - "Oh! What A Lovely War" (1971)


Bela banda de rock psicodélico com elementos progressivos, oriunda de Liverpool, Inglaterra, formada no fim dos anos 60.

Pouco se sabe sobre a banda. Inicialmente com 6 membros, logo se estabelecem com 4. Originalmente chamada de Colonel Bagshot´s Incredible Bucket Band, em pouco tempo encurtam o nome e era composta por Brian Farrell na guitarra, Kenny Parry na guitarra e teclados, Dave Dover no baixo e teclados e Terry McCusker na bateria. Todos faziam os trabalhos vocais.

Entre 69 e 71 lançam alguns singles pela Parlaphone, porem seu álbum de 1971 sai pela Cadet Concept e apenas nos EUA. Com temática anti-guerra, a atmosfera do disco é excelente, com arranjos ambiciosos. Desse álbum, sua musica mais conhecida é Six Days War, que foi remixada pelo DJ Shadow e chamada de Six Days. Ele fez um clipe com crianças famintas na Africa e alcançou fama mundial. Essa versão chegou ser usada no filme Por um Fio, com Colin Farrell. Por muito tempo achava-se que a banda fosse americana.

Chegam a excursionar com o Slade e teve mudanças em seu line up nos anos seguintes. Lançam singles até 73, pela Polydor, mas um segundo LP nunca saiu.

Brian Farrell seguiu carreira solo, assinado com a Warner Brothers. Já Kenny Parry, Dave Dover e Terry McCusker passam a formar um power trio que ficou popular chamado Nickelodeon.

Em 2006 a banda voltou, se apresentando esporadicamente.

Com certeza um álbum que não pode passar batido. 


Integrantes. 
 
Dave Dover (Baixo, Teclados, Vocais)
 Terry Mccusker (Bateria, Vocais) 
Kenny Parry (Guitarra, Teclados, Vocais) 
Brian Farrell (Guitarra, Sintetizador Stylophone, Vocais)
 
01. Six Day War (3:58)
02. Lay It Down (3:07) 
03. Lord High Human Being (3:00) 
04. Headhunters (2:47) 
05. I've Seen The Light (4:45) 
06. Dirty Delilah Blues (4:15) 
07. Sometimes (2:02) 
08. That's What I'd Like To Know (4:00) 
09. Smile (2:55) 
10. Tightrope Tamer (2:50) 
11. Oh! What A Lovely War (3:18) 
 


segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Frost Clad - A Hunter's Delight (2022)

 

Frost Clad incorpora tantas contradições internas do sintetizador de masmorra que é realmente difícil acompanhar. 'A Hunter's Delight' se posiciona como uma dedicação reverente aos prazeres simples do caçador-coletor, por meio de uma arte de capa autoconscientemente ingênua na estética de um conto de fadas infantil e um pequeno punhado de peças suaves e provisórias de sintetizador minimalista de masmorras. A música em si gira em leves floreios em staccato e linhas melódicas simples entrelaçadas em loop, em oposição a remendos orquestrais desbotados ou metais bombásticos.

O centro da mistura é mantido notavelmente rígido. Isso deixa os refrões leves que saltam delicadamente em cada faixa parecendo notavelmente isolados. Eles cantam para o vazio ao seu redor. Assim, a esse respeito, a Frost Clad alcançou completamente seu objetivo de encapsular a vida selvagem fantasmagórica que habita as subidas do norte do planeta e as tribos de pessoas que uma vez perseguiram suas migrações.

Pesado no conceito, leve na execução, este álbum é a razão pela qual as pessoas são repelidas e atraídas por esse gênero. A atmosfera é inegável, a doce ingenuidade dela estranhamente viciante. Mas não se pode deixar de notar a escassez de substância nesses suaves poemas tonais. As peças ambientam maravilhosamente bem, pois dentro da filosofia do minimalismo, seria totalmente inapropriado desejar uma maior atividade musical. Mas parece que Frost Clad não tem certeza de como avançar essas ideias amplas em uma expressão artística mais rica.

Se formos caridosos e lermos “além” da música, o fato óbvio é que esse artista só queria escrever algum ambiente leve inspirado em povos remotos de caçadores-coletores, sendo a implicação extra-musical um anseio por aquelas habilidades perdidas, selvas , e estilos de vida que falam de uma simplicidade contundente tão ausente no nexo complexo da existência contemporânea. Mas então chegamos à maravilhosa contradição no cerne de muitos sintetizadores de masmorras. Os meios pelos quais isso é expresso são através de bancos midi, instrumentação sintética, abordagens modernistas para floreios melódicos cíclicos... ou riffs, há até um som de piano na faixa 'The Hunt Master', artificial é claro, mas uma renderização artificial de um instrumento que incorpora tudo sobre a música da civilização; mecanicista, ordenado, complexo e fisicamente estático,

Agora, isso pode ser uma leitura tangencial sem valor de 'A Hunter's Delight'. O álbum sabe quais são suas origens na realidade física, nascida de sintetizadores e interpretações muito modernas do passado. Assim como o black metal está ciente de que, apesar de todo o seu delírio antimodernista, ele é, afinal, um produto da produção capitalista do pós-guerra. Mas aqui a ingenuidade ganha um relevo ainda mais nítido. Não apenas uma reimaginação infantil de pessoas, lugares e práticas perdidas, mas uma reimaginação da maneira mais direta e avessa ao risco possível. A vida de escassez, imediatismo e desejo de simplicidade que Frost Clad homenageia é apresentada nas luzes mais frágeis, um degrau abaixo da romantização, encaixotada em adoração ociosa. Ou, para colocá-lo em termos mais gerais, a própria essência de um prazer culpado.


DE RECORTES & RETALHOS

 

                   Jornal Blitz Nº 29 - The Gun Club "Os Fantasmas do Paraíso" / Luis Peixoto 1985


ESQUINA PROGRESSIVA

 

Le Orme - Felona E Sorona (1973)



Durante os anos setenta, a Le Orme passou de uma banda “somente” inspirada em Emerson, Lake & Palmer, pra uma formação de um rock mais refinado e com um som distinto ainda que claro, sem perder a sua principal influência de vista. Muito consideram esse disco o ápice da pirâmide criativa da banda com nove composições alternadas e bem elaboradas com teclados exuberantes e variados (órgão, piano, sintetizadores e conjunto de cordas) climas maravilhosos e forte, dinâmicas e uma incrível seção rítmica.

O disco é conceitual e trata-se da história de dois planetas que estão sempre girando um ao redor do outro, planetas esses denominados justamente Felona e Sorona, onde enquanto o primeiro é uma espécie de paraíso brilhante o segundo é negro e impregnado de desgraças. Só que nem sempre as coisas permanecem assim, pois na segunda metade da suíte as situações deles se invertem. O disco no mesmo ano do seu lançamento também teve uma versão em inglês, mas sem a mesma carga emocional, sendo a versão em italiano bem melhor. Musicalmente e liricamente belíssimo do começo ao fim, colocando o ouvinte a par das emoções que acontecem na história.

O álbum tem início de forma bastante complexa através da faixa “Sospesi Nell'Incredibile”, com mudanças radicais não apenas de tempo, mas também de humor e volume. A performance do teclado é excelente e o vocal assombrosa cercada por um órgão atmosférico marca no início do álbum um momento cheio de drama. Ainda dá tempo de ter um final de humor mais melódico reminiscente ao Emerson, Lake & Palmer e uma pirotecnia de teclado inspirada claramente em Keith Emerson.

O álbum começa com "Sospesi Nell 'Incredibile", uma música que começa extremamente complexa e me lembra "Lark's Tongues in Aspic", com mudanças radicais não apenas de tempo, mas também de humor e volume. A performance do teclado de Antonio Pangliuca é excelente, ao redor do meio, a voz assombrosa de Taglapietra cercada por um órgão atmosférico marca uma primeira mudança radical é absolutamente assustador e cheio de drama, mas essa não é a única mudança, a música termina em um humor mais melódico, reminiscente de O ELP com alguma pirotecnia de teclado inspirou claramente Keith Emerson.

“Felona” é curta e brilhante. Começa com uma casca de sinos, tem vocais encantadores e o acréscimo de uma flauta em uma parte mais adiante. Um tipo de faixa que me faz dar uma volta em uma manhã ensolarada onde é impossível caminhar sem assobia-la. Uma poesia que descreve todo o paraíso encontrado em Felona até então.

“La Solitudine Di Chi Protegge Il Mondo” é outra curta canção. Sonoridade onírica e imaginativa de vocais tristes e suaves sobre um piano que descreve a solidão do criador.

L'Equilbrio” é uma das melhores faixas com excelente contribuição de todos os membros, mas com destaque para a bateria e os sintetizadores. É uma faixa sobre como em certo momento as coisas serão equilibradas. Vibrante novamente com grande influência em Emerson, Lake & Palmer. Termina de forma suave e calma ao dizer ao ouvinte que as coisas podem e mudarão em algum momento quando Deus virar o rosto para o outro lado, mas o segredo do equilíbrio é que nenhum dos planetas conhece a existência do outro.

“Sorona” ao contrário da sonoridade apresentada em “Felona”, aqui a música soa extremamente sombria. As pessoas têm rostos atormentados por causa do sofrimento e a música faz o ouvinte sentir o que se passa no local. Um grito de desespero, medo e solidão bastante forte.   

Attesa Inerte” é uma faixa quase na mesma veia obscura que a anterior, mas quase narrada ao invés de cantada e descreve como os habitantes de Sorona se reúnem pra rezar pelo milagre, mas sem fazer nada. Tem uma linha de baixo bastante marcante e o órgão tem uma atmosfera perfeita, quase religiosa.

Ritratto Di Un Mattino” novamente uma faixa que inicia-se de maneira sombria com efeitos de teclados e no meio um pequeno verso que diz algo como, “você não consegue encontrar a felicidade em você, mas no que você dá aos outros”. Depois a música muda pra uma suave e linda melodia com um sabor do clássico italiano.

“All'infuori Del Tempo” outra maravilhosa música acústica que começa com um violão que ganha companhia de uma voz angelical e depois pelos teclados e bateria. Descreve como as coisas estão melhorando em Sorona, mas também piorando em Felona, fazendo o equilíbrio logo terminar. A música descreve essa situação perfeitamente, a primeira parte é suave e dá uma sensação de tranquilidade à medida que as coisas mudam, mas a segunda parte, apesar da música manter a mesma melodia, tem um humor mais sombrio, mais lendo e finaliza com um órgão final de certa forma assombroso.

“Ritorno Al Nulla” é instrumental e explosiva, dando a sensação de uma viagem intergaláctica chegando ao seu desfecho de maneira apoteótica. As coisas são equilibradas por um instante no tempo, Sorona caminhando para a felicidade e Felona no caminho para o destino sombrio que uma vez teve o outro planeta. Tudo em uma sonoridade caótica sendo feita através de um som de teclado de longa sustentação, seguido de excelente trabalho de órgão e bateria.

Existe também uma versão em inglês, mas se for escolher, fique com a italiana mesmo, pois a estrutura e fonética assim como a carga emotiva são simplesmente perfeitas. Talvez somente Aldo Tagliapietra possa dizer o que de fato representa Sorona e Felona para a banda, mas uma coisa eu sei, eles juntos nesse álbum são os personagens de uma música sublime de conceito profundo. Um "defeito"? Poderia ser mais longo.




Track Listing

1.Sospesi Nell'Incredibile - 8:43 
2.Felona - 1:58
3.La Solitudine Di Chi Protegge Il Mondo - 1:57 
4.L'Equilbrio - 3:47 
5.Sorona - 2:28 
6.Attesa Inerte - 3:25 
7.Ritratto Di Un Mattino - 3:29 
8.All'infuori Del Tempo - 4:08
9.Ritorno Al Nulla - 3:34 


Megadeth – Dystopia (Limited Edition) [2016]

 



Hoje em dia, os lançamentos especiais para colecionadores são quase obrigatórios entre os grandes e os pequenos artistas do mundo interior. A maioria desses lançamentos traz CDs bônus com canções inéditas, ou então, material em vídeo, acesso para download no site oficial, camisetas, entre outros mimos que se tornam atrativos para aquele fã que deseja ter até a tampinha da garrafa que seu ídolo bebeu.

O óculos para ser montado

O Megadeth resolveu apostar em algo ainda mais complexo, e para acompanhar o lançamento de Dystopia, entregou para seus seguidores uma edição limitada, na qual o fã poderá montar um óculos 3D.

O décimo quinto álbum do grupo do guitarrista e vocalista ruivo Dave Mustaine marcou a estreia do brasileiro Kiko Loureiro nas guitarras. Completando o time, estão o veterano Dave Ellefson (baixo) e o batera Chris Adler, que assim como Kiko, assumiu o posto nesse álbum, o qual gerou comentários bastante diversos entre fãs e imprensa. O álbum teve uma marca importante quando de seu lançamento, estreando em 3° lugar na Billboard americana, o que o fez superar a marca do Youthanasia, que na época de seu lançamento, 1994, estreou em 4° lugar, e ficando atrás apenas de Countdown to Extinction (1991), além de ter atingido mais de 50.000 cópias vendidas nos EUA apenas na semana de estreia.

Começando a montagem

De forma geral, é um bom disco, destacando a veloz “Fatal Illusion”, o peso de “Bullet to the Brain”, a pancada “Lying in State”, a pesadíssima instrumental “Conquer … or Die”, com exímios solos de guitarra e cuja introdução ao violão é um daqueles momentos mágicos da união entre dois monstros em seus instrumentos, violão também que registra um bonito trabalho em “Poisonous Shadows”, também apresentando a inserção de orquestra e piano, elementos raros nas canções do Megadeth.

Em comparação com seu antecessor, Super Collider (2013), é um excelente disco, e vale muito a pena a sua aquisição, e essa versão limitada então, é daquelas que para um colecionador, é material essencial. Afinal, receber a caixa no formato de livro, abrir ela e encontrar uma nova caixa, junto ao CD, já causa aquela sensação de euforia que qualquer edição limitada apresenta.

Quase pronto

Dentro da segunda caixa, encontramos um saco plástico envolvendo o material utilizado para montar o óculos. São cinco suportes de velcro, duas proteções oculares e os óculos em si, desmontados obviamente, mas sendo bem prático de montá-lo. Dentro do óculos, vem um código que você irá utilizar para poder acessar o material que o óculos oferece como diferencial, que é o site http://ceek.com/megadeth.

Curtindo um Megadeth 3D

Com esse código, o fã baixa um material para os dispositivos Apple ou Android, e assim, coloca o seu Smartphone no local indicado dentro dos óculos e pronto, irá curtir o Megadeth tocando em 3D dentro de sua sala, interpretando cinco faixas de Dystopia: “Fatal Illusion”, “Dystopia”, “The Threat Is Real”, “Poisonous Shadows” e “Post American World”. Durante a apresentação da banda, o fã pode mergulhar no mundo virtual criado como pano de fundo da apresentação, e se divertir com o que estiver vendo. Uma pequena palhinha pode ser mostrada no site citado acima, bem como no vídeo fornecido pelo grupo como divulgação, o famoso Behind the Scenes.

A caixa completa

Um material diferenciado e praticamente inédito entre as grandes bandas do rock, e que certamente, fará você ter muito orgulho de apresentá-lo aos amigos.

Track list

1. The Threat Is Real
2. Dystopia
3. Fatal Illusion
4. Death from Within
5. Bullet to the Brain
6. Post American World
7. Poisonous Shadows
8. Conquer or Die!
9. Lying in State
10. The Emperor
11. Foreign Policy




Destaque

[BOX SET] Michel Plasson & L'Opéra Français (38 CDs, 2012)

  Artist : Michel Plasson & L'Opéra Français Title Of Album : Michel Plasson & L'Opéra Français Year Of Release : 2012 Label...