quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023
John Cale - Mercy (2023)
A produção é de primeira qualidade, combinando elementos de hip hop progressivo, vanguarda, experimentação eletrônica e o devaneio de sua própria marca de surrealismo há muito estabelecida. Ele traz artistas contemporâneos como Laurel Halo, Weyes Blood, Sylvan Esso, Animal Collective e outros - e todos complementam o material.
A camada inferior é caracterizada por grooves mid-tempo repletos de linhas de baixo sinuosas e batidas matadoras. Acima e ao redor dessa base, redemoinhos fraturados, muitas vezes hipnoticamente repetitivos, mudanças de acordes e melodias aprimoradas pelo trabalho vocal de fundo em camadas de Cale e seus vários convidados. O efeito geral é o de ser transportado para um outro mundo ctônico e mantido lá em suspensão do início ao fim. Quando o álbum acabou, verifiquei o relógio enquanto o tempo parecia passar estranhamente enquanto ouvia. Altamente recomendado para ouvintes aventureiros. Não é um dos seus discos mais acessíveis, mas premia o ouvinte atento e receptivo com gosto pelo experimental.
[Ohzora Kimishima]映帶する煙 (Eitai suru kemuri) (2023) 君島大空
A música apresentada aqui sempre pode virar para muitas direções e, no final, não importa quantos caminhos ela tome, ela ainda se une como um trabalho coeso que você pode dizer que significa muito para os músicos por trás dele. Os vocais de Ohzora Kimishima também são entregues tão bem, e só isso merece sua parcela de elogios únicos, além dos instrumentais. Sua voz se encaixa bem com qualquer coisa e fica claro em canções como “19℃” e “世界はここで回るよ”, onde a primeira é uma balada maravilhosa enquanto a segunda desaparece em uma onda estranha e atmosférica de ruído. Seus vocais são mágicos em qualquer uma das colagens de música que ele reúne. “都合” é a música pop mais alegre do álbum e não tira as outras emoções confusas que o álbum aborda, ainda se encaixando perfeitamente. “Não celestial”, quanto mais próximo,
É bom saber que indie pop incrivelmente polido e bem pensado ainda está sendo feito de maneira tão detalhada e, no geral, é um álbum de estreia muito bem-vindo que deixa muito o que esperar.
Os 45 anos de “Destroyer”, o álbum onde o Kiss realmente aprendeu a tocar
“Destroyer” é fruto, sobretudo, da ambição do Kiss. Após tanto perrengue, os caras finalmente haviam conquistado sucesso com seu trabalho anterior, o revolucionário ao vivo “Alive!” (1975). Em vez de se contentarem e repetirem a fórmula, quiseram dar um passo além.
Após tanto perrengue, o Kiss finalmente havia conquistado sucesso com o revolucionário ao vivo “Alive!” (1975). Em vez de se contentarem e repetirem a fórmula, os músicos quiseram dar um passo além em “Destroyer”, que é fruto, sobretudo, da ambição dos envolvidos.
Deu certo. O quarto álbum de estúdio da banda amplificou sua popularidade, ainda que aos trancos e barrancos, e mostrou que dava para fazer um som diferente dentro do hard rock “feijão com arroz” pelo qual o grupo acabava de ficar conhecido.
É importante lembrar que “Destroyer”, talvez, não fosse possível sem o sucesso de “Alive!”. A gravadora do Kiss, Casablanca Records, estava afundada em dívidas em meio a apostas que não deram certo no âmbito do pop/disco music. A própria banda, hoje lendária, demorou a vingar em seus primórdios, com três álbuns de estúdio que não venderam nem perto do esperado.
“Alive!”, que reuniu o melhor do repertório desses três discos, foi o tiro de misericórdia. Rendeu. “Destroyer” já começava a ser planejado antes do álbum ao vivo estourar, mas certamente o objetivo passou a ser outro depois da fama recém-conquistada.
Bob Ezrin chega ao Kiss
Por essas e outras, o Kiss contratou o produtor canadense Bob Ezrin para conduzir as gravações de “Destroyer”. O profissional de estúdio havia feito uma série de bons trabalhos com Alice Cooper, além de ter atuado em “Berlin” (1973), de Lou Reed.
Com a banda de músicos mascarados, o trabalho teria de ser diferente. Ezrin, conhecido por seu estilo “interventor” de produzir, precisou ensinar até mesmo teoria musical para aqueles quatro jovens americanos.
No livro “Kiss Por Trás da Máscara”, o próprio se relembra:
“O Kiss tocava tudo de uma maneira profissional, só que, quando começamos a ensaiar, eu disse: ‘tudo bem, por que não fazemos isso em meio-tempo?’. Peter Criss olhou para mim como se eu estivesse falando grego. Eu perguntei se ele sabia o que era meio-tempo e ele respondeu que não. Falei: ‘tudo bem, é quando estamos tocando em 4/4, você sabe o que é 4/4?’. E ele respondeu: ‘na verdade, não’. Eu disse para deixarmos os instrumentos de lado. Puxei um quadro-negro e comecei a fazer perguntas para descobrir o que eles sabiam. […] Quando chegamos ao ponto de coisas como fórmula de compasso, o pessoal da banda disse: ‘não vamos conseguir aprender isso de jeito nenhum’. Respondi que iriam sim. Chegamos ao trecho em ‘Flaming Youth’, Eu só queria que Peter tocasse em mínimas e os outros rapazes tocassem em 7/4. O fraseado ficou muito bom e não tiveram de fazer muito esforço.”
Nas sessões de gravação, o guitarrista Ace Frehley e o baterista Peter Criss, em especial, “sofreram” nas mãos de Bob Ezrin. O primeiro era talentoso, mas indisciplinado. O segundo, chucro, não era exatamente o sujeito mais esperto – e dedicado – da banda. Mais disciplinados, os líderes Paul Stanley (voz e guitarra) e Gene Simmons (voz e baixo) tinham desempenho mais satisfatório.
Frehley, também ao “Kiss Por Trás da Máscara”, se recorda:
“Naquela época, eu adorava noitadas. Ia direto ao Studio 54. Muitas vezes chegava atrasado, com ressaca. Isso não é segredo. Bob Ezrin estalava o chicote em muitas vezes, perdia a paciência. Em todos os discos que ele fez com o Alice Cooper, ele usou guitarristas de estúdio. Muitas vezes, tenho de estar com o humor adequado para conseguir tocar um solo de guitarra corretamente e não gosto de trabalhar sob pressão. Às vezes, o Bob não teve o saco que outros produtores que trabalharam comigo no passado tiveram. Não sou um músico de carteirinha.”
Do zero
Em agosto de 1975, antes do primeiro encontro com Bob Ezrin, o Kiss havia produzido uma demo de 15 músicas para o que viria a ser “Destroyer”.
O produtor descartou quase tudo. Sobraram apenas “God of Thunder” e “Detroit Rock City”, que foram bem alteradas, além de “Mad Dog”, que teve trechos desmembrados para “Sweet Pain” e “Flaming Youth”.
Algumas que foram para o ralo chegaram a ser reaproveitadas para “Rock and Roll Over” (1976), o álbum posterior a “Destroyer”, e para o primeiro disco solo de Gene Simmons.
Ouça a estranha versão inicial de “Detroit Rock City”:
A metodologia de produção de Bob Ezrin consistia em deixar o som o mais grandioso possível. O produtor não poupou uso de orquestras e de técnicas de estúdio, desde guitarras duplicadas até inversão da bateria, para dar uma ambientação peculiar.
Tudo isso, conforme já mencionado, em meio a aulas de teoria musical aos quatro músicos. Paul Stanley comenta:
“O que o Bob nos ensinou foi a disciplina no estúdio. Ele usava um apito em volta do pescoço, apitava e nos chamava de ‘recrutas’. Apontou o dedo no nosso nariz e gritou com a gente. É bem engraçado quando você consegue esgotar todos os ingressos num estádio e há alguém no estúdio te tratando como um imbecil.”
Ouça a versão inicial de “God of Thunder”, com Paul Stanley no vocal:
Com Bob Ezrin de quinto integrante e uma bela capa desenhada por Ken Kelly, o Kiss se superou em “Destroyer”. Deixou de depender das eventuais sacadas geniais de Ace Frehley e de alguns refrães grudentos para soar como banda, extraindo muito de cada integrante.
Não à toa, tornou-se um de seus álbuns de maior sucesso e mais elogiados, convencendo até mesmo os jornalistas de música, que raramente se deixavam levar pelo trabalho da banda.
A abertura “Detroit Rock City” já mostrava como o Kiss estava diferente. O ritmo acelerado providenciado pela cozinha amarrada, o solo de guitarras gêmeas e a letra em storytelling de Paul Stanley (co-assinada por Ezrin, que não tinha dó de meter a mão no material) não deixam dúvidas disso.
“King of the Night Time World”, colaboração autoral dos compositores externos Kim Fowley e Mark Anthony, é a sequência perfeita para uma faixa de abertura tão impactante. A linha de bateria de Peter Criss, especialmente no começo e no refrão, é um dos destaques.
Na sequência, há “God of Thunder”, que nasceu quase como um hit discoteca de Paul Stanley, mas foi transformada em, praticamente, uma música-tema para Gene Simmons. De tom assustador, a faixa é envolvente – só não supera as versões ao vivo porque a gravação em estúdio, de fato, não tem peso o suficiente.
O miolo de “Destroyer” reserva alguns momentos realmente diferentes. O primeiro é “Great Expectations”, uma balada orquestrada que traz até uma melodia (não-creditada) de Beethoven. “Flaming Youth” e “Sweet Pain”, dois hard rock típicos, contam com tempos arrojados e solos gravados por Dick Wagner, guitarrista de Alice Cooper que assumiu a função na ausência de um Ace Frehley cada vez mais afundado em seus vícios.
Outra música do álbum que cresce ao ganhar peso nos shows é “Shout It Out Loud”. Nasceu com cara de hit e sabe-se lá por que não emplacou como single – foi a primeira música de trabalho do disco a ir para as rádios, assegurando primeiro lugar nas paradas apenas no Canadá.
A faixa que emplacou, curiosamente, foi a seguinte: “Beth”, outra balada orquestrada, agora na voz aconchegante de Peter Criss. Ao lado de “I Was Made for Lovin’ You” (1979), foi o único single da banda a obter certificação de ouro nos Estados Unidos, pelas mais de 500 mil vendas, além de atingir o 7° lugar das paradas locais, posição mais alta do grupo em seu país natal até hoje.
O baterista declara:
“O álbum estava fracassando. Despencava nas paradas. Não conseguia decolar. Pelo que sei, algum DJ começou a tocar ‘Beth’. De repente, o Neil Bogart (dono da Casablanca Records) começou a dizer: ‘veja só, estão tocando muito no rádio’. Antes de se perceber, há um montão de dinheiro por trás e aparecem pessoas em toda parte cantando ‘Beth’.”
O fechamento fica a cargo de “Do You Love Me”, música que Bob Ezrin alega ter feito ao lado de Paul Stanley e Kim Fowley para “apelar às garotas”. Não chega a ser uma balada, mas tem um ritmo mais acentuado e uma letra mais profunda sobre a solidão de um rockstar cheio de amor para dar.
Sucesso
Curiosamente, as reações iniciais a “Destroyer” não foram das melhores. Os jornalistas de música, sempre eles, apontaram nas primeiras críticas que o álbum soava “ambicioso demais” para os padrões de uma banda como o Kiss. Alguns, de forma justa, destacaram que faltou peso nas músicas – reclamação feita também pelos fãs.
Bob Ezrin, dono das reflexões mais sinceras sobre “Destroyer”, diz que foram justamente os fãs e os jornalistas que impediram o álbum de emplacar logo de primeira. Em seus três primeiros meses, as vendas eram satisfatórias, logo conquistando certificação de ouro pelas 500 mil cópias vendidas nos Estados Unidos, mas estagnaram, sem ter o milionário “efeito ‘Alive!'”.
Como Peter Criss deixou claro em alguns parágrafos acima, “Beth” foi a responsável por alavancar as vendas do disco. Em novembro, quando a balada já havia saído como single – e no mesmo dia em que o grupo lançou “Rock and Roll Over” -, “Destroyer” chegou a um milhão de unidades comercializadas em território americano, atingindo certificação de platina.
Com o decorrer do tempo, “Destroyer” passou a ser elogiado, por fãs e imprensa especializada, pelo que é: um bom álbum de hard rock que busca dar um passo adiante. É sofisticado e bem arranjado na medida certa. É divertido e farrista também na pesagem ideal.
Embora eu adore (e até prefira) “Rock and Roll Over” por sua simplicidade e proposta de “volta às raízes”, é uma pena que o Kiss tenha demorado tanto para se arriscar novamente como em “Destroyer”. Somente cinco anos depois, em 1981, eles trouxeram Bob Ezrin novamente para produzir – nesta ocasião, o malfadado “Music From The Elder”.
Por outro lado, é bem provável que a mágica de “Destroyer” funcione, justamente, por ser um item único na discografia do Kiss. Até eles sabem que nunca mais conseguiram repetir um álbum como esse.
Kiss – “Destroyer”
1. Detroit Rock City
2. King of the Night Time World
3. God of Thunder
4. Great Expectations
5. Flaming Youth
6. Sweet Pain
7. Shout It Out Loud
8. Beth
9. Do You Love Me
Músicos:
Paul Stanley (guitarra rítmica, vocal nas faixas 1, 2, 5, 7 e 9)
Gene Simmons (baixo, vocal nas faixas 3, 4, 6 e 7)
Ace Frehley (guitarra)
Peter Criss (bateria, vocal na faixa 8)
Músicos adicionais:
Dick Wagner (solo de guitarra nas faixas 5 e 6, violão nas faixas 4 e 8)
Brooklyn Boys Chorus (vocais adicionais na faixa 4)
David e Josh Ezrin (vozes na faixa 3)
New York Philharmonic (orquestra na faixa 8)
Bob Ezrin (piano na faixa 8, teclados, orquestração, produção geral)
PEROLAS DO ROCK N´ROLL
JAZZ ROCK - J.F. MURPHY & FREE FLOWING SALT - Almost Home - 1970
O disco Almost Home , de 1970, traz uma interessante mistura de vários estilos, variando entre jazz, rock, folk, blues e alguns momentos de improviso. Belas e bem construídas passagens instrumentais de saxofone, flauta, guitarra, piano e até gaita de boca marcam as canções. Destaque para Trilogy, com 3 partes e também First Born e Waiting Hymn of the Republic.
No geral, uma pérola muito legal para ouvir e conhecer, recomendado para fãs de jazz rock e rock dos anos 70.
Russell Warmolts - Baixo, Back Vocal
Ronnie Allard - Flauta, Saxofone, Back Vocal
George Christ - Congas, Gaita, Percussão, Back Vocal
J.F. Murphy - Guitarra, Teclado, Piano, Vocal
Bobby Kurtz Paiva - Bateria
01. Medley - Rocknroll Band II and I
02. Sing your Song
03. Waiting Hymn of the Republic
04. Northbound Train
05. First Born
06. Trilogy (A Lifeline - B The Example)
07. Trilogy (C The Immigrant)
08. Almost Home
09. Where has the Laughter Gone
PEROLAS DO ROCK N`ROLL
SOUTHERN ROCK - CROSSROADS - Southern Strutter - 1979
Crossroads foi um grupo de rock sulista americano formado no meio dos anos 70 em Arkansas, uma verdadeira pérola que lançou apenas um raro e desconhecido álbum em 1979.
O som do Crossroads traz um típico southern rock dos anos 70, com ótimo trabalho das duas guitarras solos e algumas passagens de teclado e piano. Momentos mais melódicos e românticos, em faixas como "Angel" e "Soul Searchin'", são bem similares a outros nomes do estilos como The Marshall Tucker Band e outros mais "sujos" e empolgantes, com bons riffs, ao estilo de Lynyrd Skynyrd também são destaque, como nas faixas "Southern Strutter" e "Sowin' Our Wild Oates" se revezam nos mais de 30 minutos desse LP.
No geral, uma pérola que não mostra nada de extraordinário ou inovador no estilo, mas tem algumas ótimas passagens. Recomendado para fãs de country/southern rock.
Ken Wheaton - guitarra
Bobby Rodgers - guitarra
John Echols - vocal, guitarra rítmica
Mike Taylor - vocal, teclado
Wayne Winston - baixo
Joe Laster – bateria
01. Sowin' Our Wild Oates - 4:26
02. Angel - 3:57
03. Which Way From Here - 3:07
04. Allison - 3:53
05. Southern Strutter - 3:55
06. Warm Day In The Winter - 3:48
07. Music On Our Mind - 3:43
08. Soul Searchin' - 3:47
09. Many Times - 4:10
Smith's Soulful 1969 Cover de 'Baby It's You'
Nos anais dos velhos tempos dourados, o hit Top 5 de 1969, "Baby, It's You", de Smith , é um destaque, mais notável por seu vocal dinâmico de Gayle McCormick.
A banda de Los Angeles Smith (originalmente chamada de The Smiths) foi descoberta por Del Shannon, que os ajudou a assinar com a ABC-Dunhill Records e produziu a gravação de "Baby, It's You". A canção, escrita por Burt Bacharach, Luther Dixon (listado como Barney Williams) e Mack David, já havia sido gravada e lançada como single, primeiro, pelos Shirelles (# 8 em 1961), e não muito depois disso foi adicionada ao o repertório dos Beatles, que o cortaram em 1963 para seu primeiro álbum.
A música foi o maior sucesso de Smith, que a seguiu com um álbum intitulado A Group Called Smith (que alcançou a posição 17 no Top 200). A banda teve mais alguns sucessos menores e cortou mais um jogador longo, Minus-Plus , antes de se separar. McCormick gravou três álbuns solo - Gayle McCormick (1971), Flesh & Blood (1972) e One More Hour (1974) - e atingiu as paradas pop novamente com "It's a Cryin' Shame" em 1971, que alcançou # 44.
Em meados dos anos 70, McCormick deixou o mundo da música e voltou para St. Louis, onde teve sucesso local e sucessos regionais com uma banda chamada The Klassmen antes de se mudar para Los Angeles. Ao que tudo indica, ela desistiu de cantar e evitou o olho púbico. Quando ela foi hospitalizada em 2015 com pneumonia, também foi descoberto que McCormick tinha câncer. A cantora faleceu em 1º de março de 2016, de câncer em sua cidade natal, St. Louis, Missouri, aos 67 anos.
Assista a uma performance de "Baby It's You" de Smith
“Conhecer Gayle era amá-la”, disse seu amigo de longa data, o DJ de rádio Jonnie King, que mantém uma homenagem online à cantora. “Ela era uma amiga maravilhosa, tão gentil e atenciosa com todos com quem entrava em contato, sempre muito divertida.”
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