domingo, 2 de abril de 2023

“Tracy Chapman” (Elektra, 1988), Tracy Chapman

 


Natural da cidade de Cleveland, Ohio, a norte-americana Tracy Chapman era uma ilustre desconhecida até 1987, que para ganhar alguns trocados, tocava com seu violão nas ruas e praças de Boston, Massachussets, Estados Unidos.  Naquele mesmo ano, foi descoberta numa dessas suas exibições em via pública e logo recebeu um convite para gravar um disco pela Elektra Records. A produção ficou a cargo de David Kershenbaum, experiente produtor que já havia trabalhado com artistas consagrados como Joan Baez, Joe Jackson e Richie Havens. O álbum foi produzido em oito semanas no estúdio Powertrax, em Hollywood, Califórnia.

Em abril de 1988, o álbum de estreia de Tracy Chapman e que leva o seu nome, chegou às lojas. O seu disco só começou a deslanchar mesmo após Tracy se apresentar num evento em comemoração aos 70 anos de Nelson Mandela, no Estádio de Wembley, em Londres, Inglaterra, em junho de 1988. Contando com vários astros da música internacional como Stevie Winder, Eurythmics, Simple Minds, George Michael, Bee Gees, Phil Collins, Dire Straits entre outros, o evento foi transmitido para vários países, e assim um grande público pode conhecer aquela cantora que até aquele momento, era desconhecida em boa parte do planeta. No mesmo ano de 1988, a imagem da cantora ganharia mais projeção com sua participação na turnê Human Rights Now!, da qual participaram também Sting, Bruce Springsteen e E Street Band, Peter Gabriel e Youssou N'Dour. Tracy se tornou a partir de então uma artista ativista vinculada à Amnistia Internacional.

Tracy Chapman, o álbum, foi muito bem avaliado pela crítica na época de seu lançamento, apesar da simplicidade das letras. Com cerca de 24 anos, Tracy foi saudada como uma das gratas revelações da folk music que estava com uma nova safra de cantoras dentre as quais, Suzanne Veja, que havia estourado no ano anterior. Tracy surpreendia não só pelo seu talento, mas pelo fato de ser um cantora negra se destacando num gênero musical onde tradicionalmente sempre predominou cantoras/compositoras brancas, tendo Joan Baez, Joni Mitchell e Judy Collins como as figuras femininas icônicas da folk music.  Contudo, os temas abordados por Tracy em suas canções são temas que sempre estiveram presentes na folk music desde o seu ressurgimento nos anos 1960 através de Bob Dylan e Joan Baez, como injustiça social, violência e a guerra. No caso de Tracy, havia um tema que ela conhecia muito bem e por experiência própria: o racismo.

Todos esses temas estão presentes no álbum de estreia de Tracy. A faixa que abre o álbum, "Talkin' Bout A Revolution" propõe uma levante popular em que os mais pobres devem reivindicar o que lhes cabe de direito. Violência urbana, racismo e conflitos sociais estão presentes em “Acroos The Lines”. Em “Behind The Wall”, Tracy toca num assunto que infelizmente, ainda é muito atual: a violência doméstica contra a mulher.  Mas o álbum reserva espaço para coisas mais amenas em canções de conteúdo mais romântico como em "Baby Can I Hold You", "For My Lover", "If Not Now..." e "For You".

O álbum teve um grande sucesso comercial, chegou à marca de 6 milhões de cópias vendidas,  transformando Tracy de cantora de rua a estrela mundial da música. Primeiro single do álbum, “Fast Car” foi 5º lugar nos Estados Unidos e 6º no Reino Unido. Quando o álbum foi lançado aqui no Brasil, quem chamou a atenção para o talento de Tracy Chapman foi Roberto Carlos, que não deixou de ser um “garoto-propaganda” de luxo da cantora. Ainda no Brasil, a faixa "Baby Can I Hold You" fez um enorme sucesso no país graças à sua inclusão na trilha sonora da novela “Vale Tudo”, da Globo.

No ano seguinte, em 1989, Tracy continuou colhendo frutos do sucesso de seu álbum de estreia. Ela foi eleita “Artista do Ano”, tanto pela revista “Rolling Stone” quanto pela “Musician”. Tracy foi contemplada com três Grammys: “Artista Revelação”, “Melhor Álbum de Folk Contemporâneo” e “Melhor Performance Pop Vocal”, por “Fast Car”.  Naquele mesmo ano, a “Rolling Stone” elegeu o álbum em 10º lugar na sua lista dos “100 Melhores Álbuns dos Anos 1980”.

Faixas:

Lado A
  1. "Talkin' Bout a Revolution" 
  2. "Fast Car"
  3. "Across the Lines"
  4. "Behind the Wall"
  5. "Baby Can I Hold You"
Lado B 
  1. "Mountains o' Things"
  2. "She's Got Her Ticket"
  3. "Why?"
  4. "For My Lover"
  5. "If Not Now..."
  6. "For You"

Todas as faixas foram compostas por Tracy Chapman.


"Talkin' Bout a Revolution" 


"Baby Can I Hold You" 


"For My Lover" 

Diamond Life (Epic, 1984), Sade



Na primeira metade dos anos 1980, em paralelo ao pós-punk que dominava o cenário pop britânico, a Inglaterra via surgir uma geração de cantores e bandas que desenvolvia um tipo de música que se caracterizava pela sofisticação e pelo bom gosto melódico, sob influência do jazz, soul music, bossa-nova e até música latina, tudo envolvido numa bela e agradável embalagem pop.  Em pouco tempo, esses artistas despontaram e ganharam o mundo, dentre eles o Style Council, Everything But The Girl, Joe Jackson, Swing Out Sister, Level 42, Simply Red, Lisa Stansfield entre outros. Mas sem sombra de dúvidas, Sade foi um dos mais notáveis destaques dessa geração de artistas ingleses que conquistaram os ouvidos de uma parcela mais exigente do público consumidor de música pop.

Filha de mãe inglesa e de pai nigeriano, Sade Adu nasceu na Nigéria, em 1962, mas foi criada na Inglaterra. Estudou moda, chegando a atuar como estilista, mas acabou descobrindo a música ao ser vocalista de uma banda de R&B, Pride, em 1981. Por volta de 1983, Sade Adu forma com três remanescentes da Pride, o baixista Paul Spencer Denman, o saxofonista e guitarrista Stuart Matthewman e o tecladista Andrew Hale, uma nova banda e que é batizada com o nome da cantora: Sade. Eles assinam com a Epic Records, que já estava de olho em Sade Adu desde a época da Pride.

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 Stuart Matthewman, Sade Adu,  Andrew Hale e Paul Spencer Denman.
O primeiro single da banda, “Your Love Is King”, sai no começo de 1984, e agrada: chega ao 6º lugar da parada britânica de singles. Em maio do mesmo ano, sai o segundo single, "When Am I Going To Make A Living". Em julho de 1984, finalmente o álbum de estreia de Sade, Diamond Life, chega às lojas.

A elegância, a beleza mestiça e a voz de Sade Adu, chama a atenção do grande público e acaba se tornando a imagem da banda. Musicalmente, a banda reproduz em Diamond Life, o som pop refinado que já fazia nos tempos quando se chamava Pride e tocava nas casas noturnas de Londres. O amor e os relacionamentos proporcionados por ele são os temas centrais do álbum.

Sade Adu: sinônimo de charme e elegância
A primeira faixa de Diamond Life, "Smooth Operator", é da época do Pride, e foi o primeiro grande hit internacional de Sade. O saxofone elegante de Stuart Matthewman é quem abre a balada suave "Your Love Is King", que fora lançada como single antes do álbum sair. "Hang On To Your Love" é a faixa mais charmosa do álbum, dotada de uma linha de baixo marcante executada por Paul Denman. Esse mesmo baixo marcante está presente em "When Am I Going To Make A Living" (onde a percussão também se destaca) e no funk suave e sedutor “Cherry Pie”. "Why Can't We Live Together", uma regravação de um sucesso de Timmy Thomas, de 1972, ganha com Sade uma versão mais sensual e envolvente que a original.

O romantismo na dose certa e o refinamento pop das canções com um “verniz” jazzista, são as duas principais caraterísticas de Diamond Life. A elegância instrumental das faixas se deve não só ao saxofone de Stuart Matthewman e o baixo de Paul Denman, mas também aos músicos adicionais contratados para gravar o álbum, principalmente o baterista Paul Anthony Cook e o percussionista Martin Ditcham.

Diamond Life foi um grande sucesso comercial tanto no Reino Unido como nos Estados Unidos. O álbum alcançou a marca de 6 milhões de cópias vendidas em todo o mundo e gerou quatro singles. Embora “Your Love Is King” tenha sido 1º lugar em execução em rádios no Reino Unido, "Smooth Operator" foi quem teve uma projeção mundial maior, chegando ao 5º lugar na Billboard Hot 100, nos Estados Unidos e teve uma ótima execução em outros países, chegando a ser tema de novela da Rede Globo de Televisão aqui no Brasil (A Gata Comeu, 1985). Outra faixa de Diamond Life que virou hit mundial foi “Hang On To Your Love”, também tema de novela da Globo (primeira versão de Ti-ti-ti, 1985). Diamond Life foi contemplado com o prêmio Brit Award como “Melhor Álbum Britânico”, em 1985.

Faixas.

Lado A
  1. "Smooth Operator" (Sade Adu - Ray St. John)
  2. "Your Love Is King" (Adu - Stuart Matthewman)
  3. "Hang On To Your Love" (Adu - Matthewman)
  4. "Frankie's First Affair" (Adu - Matthewman)
  5. "When Am I Going To Make A Living" (Adu - Matthewman) 

Lado B 
  1. "Cherry Pie" (Adu – Matthewman - Andrew Hale - Paul S. Denman)
  2. "Sally" (Adu - Matthewman)
  3. "I Will Be Your Friend" (Adu - Matthewman)
  4. "Why Can't We Live Together" (Timmy Thomas) 


Sade: Sade Adu (vocais), Stuart Matthewman ( saxofone e guitarra), Paul Denman (baixo) e Andrew Hale (teclados). 


"Smooth Operator" 

"Your Love Is King" 

"Hang On To Your Love" 

"Frankie's First Affair" 

"When Am I Going To Make A Living" 

"Cherry Pie" 

"Sally" 

"I Will Be Your Friend"

"Why Can't We Live Together" 

TOM JANS - DARK BLONDE (1976)




TOM JANS
''DARK BLONDE''
1976
40:08    MUSICA&SOM
**********
1/Ready To Roll/3:01
2/Why Don't You Love Me/5:05
3/Bluer Than You/3:27
4/Fineline/4:47
5/Distant Cannon Fire/5:44
6/Young Man In Trouble/4:56
7/Rosarita/5:52
8/Back On My Feet Again/4:03
9/Starlight/3:35
**********
Kerry Hatch/Bass Guitar, Vocals
Tom Jans/Guitar, Piano
Kelly Shanahan/Drums
Scott Shelly/Guitar, Piano, Slide Guitar
Jerry Swallow/Acoustic Guitar, Slide Guitar
Ernie Watts/Saxophone
Bill Payne/Moog, Arp 



Psychotic Waltz – “The God-Shaped Void”

 

Press_Cover_01Os fãs estão esperando há 23 anos por novas músicas do Psychotic Waltz. A banda se reformou em 2010 depois de se separar em 1996. Eles mantiveram um culto fiel por todos esses anos, mas os fãs queriam mais do que apenas uma reunião. Eles queriam um quinto álbum. “The God-Shaped Void” é esse álbum e, embora a banda possa não ter a mesma pressão que o Tool, eles certamente têm grandes expectativas a cumprir.

Psychotic Waltz começou em 1986 e, junto com bandas como Fates Warning, Watchtower e Queensrÿche, foram os criadores da cena do prog metal nos Estados Unidos. Mas, como a Torre de Vigia, o sucesso os iludiu. Sim, todos os 4 álbuns que eles lançaram nos anos 90 foram incríveis e muito bem recebidos, mas nunca pegaram. Desde então, o vocalista Devon Graves formou a banda Deadsoul Tribe, que se saiu bem, mas ainda não satisfez aqueles que desejavam uma reunião.

A espera acabou com “The God-Shaped Void”. Vale a pena esperar por isso? Oh inferno sim, é! Esta é a banda disparando em TODOS os cilindros. O canto de Graves está mais forte do que nunca e a música é clássica. Embora não haja dúvidas de que isso soa como o clássico Psychotic Waltz, eles soam atuais ao mesmo tempo. Parte disso é porque, na minha opinião, Psychotic Waltz estava à frente de seu tempo. Eles misturam os ganchos de Queensrÿche e Fates Warning com as estruturas que a Watchtower usaria.

A abertura do álbum, “Devils and Angels”, arrasa. Eu amo a introdução da faixa, ela aumenta e aumenta e então entra em ação. Seria uma incrível abertura de show. “Stranded” é a próxima e soaria bem em casa em “Bleeding”. Deveria ser lançado como um single, ótimo gancho e refrão. “All the Bad Men” é o segundo single do álbum e traz um som crocante e um ritmo constante e intenso. Esse vai bater ao vivo!

No lado mais suave, há “Demystified” que é outra favorita. Destaque para o solo de flauta de Graves. Eu esperava que ele pudesse usar suas habilidades novamente e parece incrível. “Sisters of the Dawn” é outra faixa sonora massiva. Muito épico e poderoso. Psychotic Waltz é uma daquelas bandas que não precisa de uma música de 10 a 15 minutos para soar épica. O álbum termina com a melancólica “In The Silence” que eventualmente termina com uma bela seção acústica.

Psychotic Waltz está definitivamente de volta e acho que eles estão melhores do que nunca. “The God-Shaped Void” é o álbum que os fãs estavam esperando e esperamos que ele chame a atenção dos fãs de prog metal que os perderam por todos esses anos. O mundo alcançou o que Psychotic Waltz fez na década de 1990 e “The God-Shaped Void” é a obra-prima que dá a todos uma segunda chance de apreciá-los.

Avaliação: 9,5/10

Tracklist:
1. Devils And Angels
2. Stranded
3. Back To Black
4. All The Bad Men
5. The Fallen
6. While The Spiders Spin
7. Pull The String
8. Demystified
9. Sisters Of The Dawn
10. In The Silence

Rótulo: Inside Out Music
Data de lançamento: 14 de fevereiro de 2020
Site: http://psychoticwaltz.com/

Ad Infinitum lança o novo álbum “Chapter III – Downfall” e libera clipe de “Eternal Rains”;


A banda de Symphonic Metal/Alternative Rock, Ad Infinitum, lançou hoje o seu 3º full-lenght “Chapter III – Downfall“(4º se contarmos o “Chapter I Revisited“).

Em nota, a frontwoman Melissa Bonny declarou sobre o disco:

“A jornada Ad Infinitum continua e eu não poderia estar mais orgulhosa do que estamos construindo juntos. Sinto-me muito feliz e sortuda por fazer isso com algumas das minhas pessoas e músicos favoritos Nik, Adrian e Korbi. Este terceiro álbum é mais uma vez o resultado de um esforço de equipe, da paixão, suor e sangue de todos. Até agora eu realmente acredito que encontramos nosso som e espero que as pessoas que curtem nossa música tenham encontrado nela algo único.
“Chapter III Downfall” é a continuidade do “Capter” II em termos de som, bem como uma evolução em termos de composição. Crescemos juntos como músicos e como banda, e nossa música também. Durante a criação deste álbum, gastamos mais tempo nos detalhes da produção, assumimos mais riscos e deixamos nossa criatividade fluir como nunca antes. Prepare-se para a viagem!”

Assista ao clipe de “Eternal Rains“:


Tracklist:

01 Eternal Rains
02 Upside Down
03 Seth
04 From The Ashes
05 Somewhere Better
06 The Underworld
07 Ravenous
08 Under The Burning Skies
09 Architect Of Paradise
10 The Serpent’s Downfall
11 New Dawn
12 Legends (Featuring Chrigel Glanzmann)
.

A banda:

Melissa Bonny (vocals)

Adrian Thessenvitz (guitars)

Korbinian Benedict (bass)

Niklas Müller (drums)


IQ • Nomzamo • 1987 • United Kingdom [Neo-Prog]

 



O terceiro álbum do IQ apresentou duas grandes mudanças: um novo vocalista, Paul Menel, e uma mudança de direção musical para um Rock mais comercial, mas ainda com alguns momentos Progressivos. De repente, as reminiscências de GENESIS haviam desaparecido e agora eram reminiscências de YES ("90125" e "Big Generator"). Apesar da abordagem comercial deste álbum ainda é música de qualidade, com alguns poucos bons momentos instrumentais.

Abrindo o disco, "No Love Lost" soa como uma faixa de mediana, Paul Menel desempenha um papel principal nesta música e executa uma variedade de cantos. Além dessa característica, há pouco o que se notar na música. "Promises" é um pouco mais reconhecível/acessível, mas também não é uma faixa impressionante. A faixa-título é caracterizada por um ritmo interessante com uma boa percussão no início. Mais tarde, a parte instrumental apresenta o brilhante Martin Orford, embora novamente nada de excepcional. "Still Life" é uma balada com vocais descontraídos de Menel fazendo um bom trabalho aqui. Belo sax também de Ray Carless. Uma música muito bonita. "Passing Strangers" soa quase tão alegre quanto "Promises" com o mesmo tipo de vocal de Menel. A música é um pouco melhor, com alguma guitarra interessante. "Human Nature" é uma boa faixa Neo-Prog. A música tem mais substância, o que não é estranho, já que é mais que o dobro do tempo. Depois de seis músicas, pode-se concluir que esse IQ não chega nem perto do que seria o IQ nos anos noventa em diante. "Screaming" é outra música enérgica acessível, mas novamente não impressiona. "Common Ground" mostra que a banda guardou o melhor para o final. Segunda balada e segunda música acima da média. Mas também este não é excepcional, finalmente com uma performance impressionante de Holmes.

Resumindo "Nomzano" demonstra o IQ quase que uma outra banda sem nenhum resquício do brilho cativante de "The Wake", no entanto pode-se dizer que a banda ainda tem potencial, o que aparecerá fortemente após o retorno de Nicholls na década de 90. Não é indicado para se conhecer o trabalho da banda.
                                

Tracks:
1. No Love Lost (6:02)
2. Promises (As the Years Go By) (4:34)
3. Nomzamo (7:00)
4. Still Life (5:57)
5. Passing Strangers (3:47)
6. Human Nature (9:41)
7. Screaming (4:07)
8. Common Ground (6:59)
Time: 48:07

Bonus tracks on GEP 1994 CD:
9. Colourflow (5:26)
10. No Love Lost (piano/vocal version) (4:12)
11. Common Ground (live) (6:34)

Bonus EP from 1987 Metronome LP Sp. Ed.:
1. The Wake / The Last Human Gateway (live) (9:49)
2. Passing Strangers (live) (3:33)
3. Common Ground (live) (6:26)
Time: 19:48

Musicians:
- Paul Menel / lead & backing vocals
- Mike Holmes / electric, acoustic (2,8) & synth guitars (1,3,4,6-8), E-mu II synth (7)
- Martin Orford / synths (Logan String, E-mu II, EMAX, Prophet VS, Yamaha CS-80 & DX7, ARP Odyssey), Mellotron (3,7,8), Hammond (7), backing vocals
- Tim Esau / fretted & fretless (4,6,8) basses, Taurus bass pedals (1,3), rhythm guitar (5), backing vocals
- Paul Cook / drums, percussion
With:
- Jules O'Kine / vocal duet (9)
- Phillip Erb / E-mu II programming
- Ray Carless / saxophone (4)
- Micky Groome / backing vocals (1,5-7)


SENHAS 

● makina
● progfriends
● progsounds



 



CARAVAN - Rock In Umbria - 1991

 



O Caravan foi formado em 1968 a partir da dissolução do Wilde Flowers, depois que Robert Wyatt e Hugh Hopper se uniram para formar o Soft Machine. A formação original consistia nos primos David e Richard Sinclair (teclados e baixo respectivamente), os irmãos Jimmy e Pye Hastings (guitarra e sopros respectivamente) e o saudoso Richard Coghlan (bateria), que permaneceu na banda até a sua morte em 2013.

Em seu primeiro álbum lançado já em 68, eles ainda estavam encontrando sua identidade na cena emergente do Rock Progressivo mas, em seu segundo trabalho (estreantes no selo Decca), 'If I Could Do All Over Again, I´d Do It All Over You' (1970), eles estabeleceram seu som e estilo próprios, uma mesclagem de pop, folk e explorações baseadas no jazz. Seu próximo e mais icônico disco, 'In the Land of Grey and Pink' (1971), tornou-se o mais aclamado pela crítica, mas encontrou certa dificuldade comercial em meio a tantos nomes do gênero que já haviam alcançado um enorme sucesso em terras inglesas.

 Frustrado com a falta de retorno, Dave Sinclair deixa a banda para se juntar a Robert Wyatt em seu novo projeto, o que viria a se tornar o Matching Mole (nada comercial). Com isso, o Caravan conta com Steve Miller para seu próximo álbum, 'Waterloo Lily' (1972), que os levou em uma direção mais sombria e de pouco retorno. Contudo, o estilo jazz/blues mais direto de Miller se chocou com o resto da banda e ele logo saiu.

Já no ano seguinte, Dave retorna a banda, já que sua passagem pelo Matching Mole não durou muito e encontra Richard de saída para fundar o genial Hatfield and The North. Para a gravação de 'For Girls Who Grow Plump in the Night', entra o guitarrista e multi-instrumentista, Geoffrey Richardson que permanece até os dias atuais.  

 Embora ganhando notoriedade, a banda nunca conseguiu alcançar o sucesso que merecia. A fim de reverter tal situação, saem em uma longa turnê para os EUA no ano de 74. Após o relevante sucesso obtido na América, partiram logo para a gravação de 'Cunning Stunts' (1975) e finalmente a banda foi reconhecida pelos principais meios de comunicação do Reino Unido e EUA. 

Logo após seu lançamento, Dave Sinclair saiu em definitivo e os álbuns posteriores, 'Blind Dog At St. Dunstans' (1976) e 'Better By Far (1977)', não conseguiram expandir o sucesso do disco anterior e a banda deu uma pausa. Um renascimento nos anos 80, resultou em alguns álbuns subseqüentes, mas não conseguiu igualar toda a produção dos anos anteriores. Mas, como parece ser o padrão, a formação original se reuniu para um evento em 1990 que reacendeu o interesse que se converteu em uma nova  turnê. 

O Caravan ainda se encontra na ativa e chegou a lançar uma coletânea em 2014 intitulada por 'The Back Catalogue Songs'. Nesse ano de 2021, a banda lançará um box set com todos os discos lançados em estúdio, alguns bootlegs e outros materiais gráficos. Já o preço não é nada agradável...

O bootleg a seguir foi gravado na cidade de Perugia, capital da Umbria em 09 de Junho de 1991 e conta com vários clássicos da banda. Resolvi publicar esse registro por conter uma excelente qualidade de áudio e por contar com sua formação original. 

Uma faixa contida no setlist me pegou de surpresa, "Keep on Carring", por nunca ter sido lançada em catálogo e nas minhas pesquisas não encontrei esse registro relacionado a banda. Quem souber de algo, por favor se pronuncie. 


TRACKS:

DISCO I

01. Memory Lain, Hugh

02. Headloss

03. Golf Girl

04. Videos of Hollywood

05. Nine Feet Underground

06 .In The Land Of Grey And Pink


DISCO II

01. Where But For Caravan Would I Be

02. Winter wine 

03. Nightmare

04. If I Could Do It Again I Would Do It All Over You

05. For Richard

06. Impro 

07. Keep On Caring 

08. Behind You

MUSICA&SOM




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