O rapper e produtor Cálculo lança esta sexta-feira, 30 de junho, “Já Sei”. O tema resulta de uma colaboração com LEFT., estreando também novo vídeoclipe.
Em “Já Sei”, Cálculo deixa brilhar as influências do groove e da dance music no instrumental, estilos com os quais se tem vindo a identificar cada vez mais no decorrer dos últimos dois anos. Com a malha sonora composta, faltava apenas voz e letra a que servisse, é aí que entra LEFT, alias artístico do cantautor António Graça, que também participou na pós-produção do tema.
O single vem ainda com novo vídeoclipe realizado por Ana Viotti, onde Cálculo e LEFT embarcam numa boys night out porque, por vezes, no final de tudo, o melhor que temos a fazer é espairecer.
Projeto criado pelo baixista Lorenzo Woodrose Lorentzen, BABY WOODROSE é uma banda dinamarquesa de Garage-Rock que lançou 2 álbuns de estúdio desde sua estreia em 2001: Blows Your Mind! (2001) e Money For Soul (2003). BABY WOODROSE é uma daquelas formações que reativaram o fantasma dos anos 60 no início dos anos 2000 e permitiram uma fuga das tendências invasivas (e detestáveis também, diga-se de passagem) da moda da época, mesmo que tudo isso permanecesse confidencial, underground .
Em 2004, BABY WOODROSE decide lançar como 3º álbum de estúdio um disco composto por covers. São quase todos dos anos 60, o que não surpreende quando se sabe que o Rock Psicodélico e o Garage-Rock são parte integrante do ADN de BABY WOODROSE. O álbum em questão é intitulado Dropout! e mais uma vez permite ao ouvinte desembaraçar-se do século XXI para obter uma boa dose de anos 60.
A escolha dos covers recaiu sobre títulos pouco ou nada conhecidos do público e BABY WOODROSE aproveitou para fazer uma homenagem às bandas de Garage-Rock e Psychedelic Rock da época. Aqueles com quem o público do Rock é, a priori, os mais familiarizados são THE STOOGES, THE SAINTS, CAPTAIN BEEFHEART E SUA MAGIC BAND, THE SONICS. "Not Right" (título da fita de Iggy Pop de 1969) é bastante fiel e respeitosa com o original, assim como "This Perfect Day" (de SAINTS), que é o título mais recente (data de 1978) e cujo original urgência está bem transcrita. A versão de "Dropout Boogie" (de CAPTAIN BEEFHEART) é rabugenta, feroz com a presença de guitarras gordurosas e estridentes. Essas mesmas guitarras gordurosas também aparecem em "I'm Going Down" do THE SONICS. Para o resto, o grupo dinamarquês liderado por Lorenzo Woodrose Lorentzen dividiu uma versão Stoner de "I Don't Ever Want To Come Down", título do 13TH FLOOR ELEVATORS, reforçou músculos e energia suficientes para "Can't Explain" de LOVE (faixa de 1966 ). "I Lost You In My Mind", dos PAINTED FACES, é proposta numa versão planificada bastante respeitosa da original e o grupo dinamarquês transcreve bem o ambiente da época (1967). Alguns títulos presentes dão vontade de descobrir as versões originais e os grupos que originalmente as escreveram: é o caso de "Who's It Gonna Be", de THE WEEDS, que exala uma atmosfera melancólica, de "The World Ain't Round, It's Square” (dos THE SAVAGES) que surge numa versão ao mesmo tempo psicadélica, pairante e crepuscular e cujo refrão inebriante não deixa ninguém indiferente.
Com este álbum, BABY WOODROSE claramente não almejava o topo das paradas em 2004, ele simplesmente queria se divertir. Ele também fez ótimas interpretações dessas faixas e do Dropout! é uma excelente oportunidade para conhecer estes títulos, bem como os grupos que os compuseram várias décadas antes. Este disco não tem a pretensão de revolucionar o mundo da música, mas é uma das possibilidades de escapar ao século XXI para mergulhar no contexto do final dos anos 60 e sabe bem por onde passa.
Tracklist: 1. Can’t Explain 2. I Lost You In My Mind 3. Who’s It Gonna Be 4. I Don’t Ever Want To Come Down 5. The World Ain’t Round, It’s Square 6. Dropout Boogie 7. I’m Going Home 8. This Perfect Day 9. Not Right 10. A Child Of A Few Hours
Formação: Lorenzo Woodrose Lorentzen (vocal, guitarra) Anders Riky Woodrose Skjodt (guitarra) Anders Rocco Woodrose Gron (bateria)
Uma das formações inglesas com uma vida efémera mas precursora de muitas coisas. Tudo começou no final dos anos 60 em Northampton, a cem quilômetros ao norte de Londres, com o encontro do baterista Roger Hadden, do baixista Peter Pavli, do violinista Simon House e do guitarrista/cantor Tony Hill. Este último tenta sua mão com Misunderstood (uma combinação de garagem dos EUA), The Answer e no breve Turquoise onde conhece David Bowie. O quarteto rapidamente assinou contrato com a Liberty e se trancou no Olympic Studio em Londres entre junho e julho de 1969 para produzir um LP impresso em outubro do mesmo ano.
Intitulado Sea Shanties , este primeiro opus é um álbum obscuro de proto metal com aromas de psique e progressivo. Um disco onde a morte do lixo aguarda o ouvinte desavisado. Tanto para dizer logo, High Tide faz Black Sabbath antes de Black Sabbath para um disco dominado pela omnipresença de uma guitarra agressiva e de um violino com apontamentos tradicionais. E quando ouvimos o instrumental de 9 minutos “Death Warmed Up”, onde uma pesada e gotejante guitarra elétrica de seis cordas se harmoniza com um violoncelo falsamente medieval e enferrujado, High Tide inventa para nós dark folk. Já nos épicos e pesados 9 minutos de “Missing Out”, um stoner blues desconstruído com um andamento lento e um clima dark que se torna cósmico, os músicos se divertem criando doom metal.
Partindo para a maré alta, este opus abre com “Futilist's Lament” com riffs pesados e infernais misturados a este violino possuído, polvilhado com solos ácidos e dissonantes. Quanto à voz de Tony Hill, ela se aproxima da de John Kay, líder do Steppenwolf. Uma introdução que chega a empalidecer Tommy Iommi. “Pushed, But Not Forgotten” alternará a calmaria folk e o hard space rock. Assim como "Walking Down Their Outlook" em um rock mais ácido e estilo sinfônico. O caso termina com o galopante e vertiginoso “Nowhere”.
Sea Shanties , apesar das boas críticas, mal vende. Isso não impede que o High Tide considere uma segunda volta de 33 voltas.
Títulos: 1. Fultlist’s Lament 2. Death Warmed Up 3. Pushed But Not Forgotten 4. Walking Down Their Outlook 5. Missing Out 6. Nowhere
Músicos: Tony Hill: Guitarra, Vocais Simon House: Violino Peter Pavli: Baixo Roger Hadden: Bateria
Depois do lançamento do tema-introdução, “Mau Olhado”, Filipe Sambado lança “Talha Dourada”, o primeiro single do próximo disco “Três Anos de Escorpião em Touro”, a ser lançado a 29 de setembro de 2023.
“Talha Dourada” é uma canção sobre libertação, a luta contra as “cordas no pescoço”. Com uma sonoridade que convida ao movimento leve, despreocupado, e à dança, uma euforia de quem se torna mais si mesma, não é por acaso que Sambado canta “sou mais eu quando não tenho medo de ser”.
“Os primeiros versos foram escritos num flex de heroísmo confrontacional, virado para um tu coletivo e abstrato, que são: os quadrilheiros; a fina talha dourada, a areia que feria a pele num dia de vento na Praia do Porto de Mós em Lagos. Nunca há vento no lado direito das rochas, mas nesse dia havia e agitava a capa, dum intrépido herói. O meu sobrinho Duarte lutava contra a toalha, que se atiçava contra a sua cara. Acho que na infância toda a heroicidade se imagina mais imperturbável, invencível, musculada e perfeita. O esvoaçar da capa devia ser sempre ordenado e ondulante, para um dos lados e nunca a tapar a vista. Ao longo dos três anos de criação deste disco permiti-me ir a um número infindável de soluções, que podem ir duma simplicidade sintética ao Rococó e dar às canções a vida própria que elas merecem. Quis ser sempre extra e assumir os significados, ilustrar as imagens, impor o risco de sobrecarregar e entulhar, criando e reconstruindo. Os aspectos sónicos e sonoplásticos acompanham a composição e a interpretação, na procura pela intensificação sensorial do texto cantado e do texto musical. O vídeo procura na mesma linha, pela transdisciplinariedade da comunicação, ampliar os códigos e a memória das imagens.” Filipe Sambado
Em conjunto com o vislumbre da “Mau Olhado”, estas duas canções servem de introdução àquele que será o disco mais íntimo de Filipe Sambado até à data e que reflete as muitas mudanças que aconteceram durante os últimos “Três Anos de Escorpião em Touro” na vida pessoal e profissional da artista.
Rita Vian acaba de apresentar uma nova canção e partilha o nome de álbum. “Animais” constitui o tema da mais recente composição e “SENSOREAL” é o título do álbum de estreia, que tem data de edição prevista para o ultimo trimestre de 2023.
“Animais fala do que eu faço com a minha música, exorcizar tudo o que tenho para dizer e transformá-lo em algo bom, físico e real. Algo que eu possa trabalhar. Que no fundo é o melhor de escrever, treina a nossa capacidade de nos percebermos. Neste caso é o single do disco porque é como uma apresentação:
“Chamam-lhe mente criativa mas tudo o que eu digo existe, eu só consigo ter uma perspetiva porque é um problema que persiste, se eu dormisse, sem nunca tirar do corpo esta mania, sem uma mão que me traduzisse, eu não sei o que eu faria”. Rita Vian
O tema de Rita Vian conta com um vídeo filmado por Francisco Queragura Gomes e sobre esse mesmo registo, a compositora e intérprete destaca: “Filmei-o na nossa casa em Tomar porque, para além do que significa para mim, é um refúgio para onde vou muitas vezes e que tem o meu adn. O que eu tenho em mim aquela casa sabe.”
O segundo single do próximo álbum de André Henriques está já disponível. “As janelas são de abrir” conta com um vídeo realizado por Paulo Segadães. O fotógrafo e realizador português já tinha trabalhado também o conceito do primeiro avanço do álbum – a música “Os fantasmas de amanhã” – e volta a assinar em conjunto com André Henriques o conceito para este novo vídeo.
Para a gravação do novo álbum, André Henriques esteve em estúdio com dois músicos brasileiros. O baterista e percussionista Domenico Lancellotti (Orquestra Imperial, Adriana Calcanhotto) e o multi-instrumentista Ricardo Dias Gomes (Caetano Veloso) formaram o trio com André Henriques que se encarregaram de adornar as composições do compositor português.
O álbum foi gravado na íntegra em Lisboa e contou ainda com uma outra colaboração vinda do Brasil para a mistura e masterização, que ficou a cargo de Daniel Carvalho no estúdio Dois Irmãos (Rio de Janeiro).
O novo álbum é aguardado para a segunda metade de 2023 e tem apresentação já anunciado em Lisboa (Teatro Maria Matos) para 15 de novembro. O artista atua também pela Casa da Música Jorge Peixinho, Montijo, a 22 de Setembro.