domingo, 6 de agosto de 2023

Carly Rae Jepsen: “The Loveliest Time”

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Crítica

Carly Rae Jepsen

 : "The Loveliest Time"

Ano: 2023

Selo: 604 / Schoolboy / Interscope

Gênero: Pop

Para quem gosta de: Muna e Caroline Polachek

Ouça: Psychedelic Switch e Put It To Rest

Como manda a tradição, sempre que um novo trabalho é entregue por Carly Rae Jepsen, meses depois somos agraciados com um registro-irmão. Entretanto, enquanto Emotion Side B (2016) vinha como uma imposição da gravadora após o lançamento do bem recebido Emotion (2015), a partir de Dedicated Side B (2020), a cantora canadense passou a tratar da escolha do repertório com maior atenção. Um minucioso exercício criativo que alcança melhor resultado com a chegada de The Loveliest Time (2023, 604 / Schoolboy / Interscope), obra que não apenas serve de complemento ao material apresentado no ainda recente The Loneliest Time (2022), como abre passagem para um universo de novas possibilidades.

Diametralmente oposto ao material entregue no último ano, The Loveliest Time substitui a melancolia do registro que o antecede e as dores acumuladas durante o período pandêmico em favor de um repertório que celebra o amor e as relações humanas. “Depois de uma estação de hibernação, vem a estação do florescimento. Conheci a solidão e descobri a beleza dela. Mas agora o mundo se abriu novamente e, por sua vez, nós também“, escreveu a artista em uma publicação no próprio Instagram. E esse sentimento de libertação pode ser percebido durante toda a execução do trabalho, indo da imagem de capa aos versos.

É como se eu estivesse acordando em euforia / Minhas inseguranças são coisas que eu nunca fui / Eu era uma música triste antes da gente se conhecer / Mas, cara, seu amor é uma viagem“, confessa na radiante Psychedelic Switch, faixa que não apenas escancara o romantismo ensolarado que orienta o disco, como potencializa a relação com as pistas iniciada em Dedicated (2019). Com produção de Kyle Shearer, com quem a artista tem colaborado há bastante tempo, a canção vai de encontro ao mesmo território dançante que tem sido explorado por nomes como Dua Lipa e Jessie Ware, porém, estabelece na pulsação das batidas e linha de baixo sempre destacada um criativo diálogo com o Daft Punk da era Discovery (2001).

E ela não é a única. Do momento em que tem início, no coro de vozes da introdutória Anything to Be with You, passando pelo groove hipnótico de Shy Boy, às guitarras cuidadosamente encaixadas em Come Over, evidente é o esforço da artista em convidar o ouvinte a dançar. São composições que atravessam as pistas dos anos 1970, 1980 e 1990 sem necessariamente fazer disso o estímulo para um repertório consumido pela nostalgia. De fato, poucas vezes antes a cantora pareceu tão interessada em ampliar o próprio campo de atuação, transitando com liberdade por entre estilos durante toda a execução de The Loveliest Time.

Em Kollage, por exemplo, longe da euforia que orienta o restante do trabalho, Jepsen vai de encontro ao mesmo soul psicodélico testado por Kali Uchis no ainda recente Red Moon In Venus (2023). Nada que prepare o ouvinte para a completa aceleração e fluidez das batidas na crescente Put It to Rest. Enquanto os versos mais uma vez destacam a forte vulnerabilidade da artista (“Segui meu caminho novamente / Cheguei tão perto que não conseguia respirar / Quando você está perto de mim“), camadas de pianos se entrelaçam em meio a entalhes percussivos nunca antes explorados dentro da discografia da cantora.

Claro que essa busca por novas direções criativas em nenhum momento distancia Jepsen dos antigos trabalhos. Do pop retrô em Stadium Love, canção que parece saída do repertório de Emotion, passando pelo reencontro com Rostam Batmanglij, no som reducionista de Shadow, sobram momentos em que a artista costura passado e presente da própria obra de forma bastante sensível. Uma doce combinação de elementos que vez ou outra tende aos excessos, como nas desinteressantes Aeroplanes e Weekend Love, mas que em nenhum momento diminui a força do registro que trata de cada faixa um objeto de destaque.


Adamo - EP's Originais (1965 - 1967)






Cantor ítalo-belga, Salvatore Adamo nasceu a 31 de Outubro de 1943, na Sicília, em Itália. Estudante brilhante, o jovem Adamo livrou-se do destino de muitos imigrantes italianos na Bélgica, as minas de carvão. Tendo chegado à Bélgica com apenas três anos, Adamo concentrou as suas atenções nas actividades académicas e nos estudos musicais. É no decorrer dos anos 50 que Adamo começa a revelar os seus dotes e a sua paixão pelo canto, apresentando-se em diversos concursos locais. Em 1959, participa num desses eventos, patrocinado pela Radio Luxembourg, realizado no Teatro Real de Mons, perto da casa do cantor. A composição "Si j'osais", de sua autoria, haveria de chamar a atenção do júri e levar o jovem cantor à vitória nessa edição do festival. A canção passaria nas rádios belgas durante os primeiros dias de 1960, motivando o interesse das editoras em lançar o primeiro longa duração de Adamo. Esse 45 rotações teria um êxito muito limitado. Isso desencorajou Adamo e, não fosse a pertinácia de seu pai, o cantor teria desistido da carreira musical. A família parte para Paris e Antonio Adamo, o pai do cantor, enceta diversos contactos com salas de espectáculo e editoras francesas. Quatro edições discográficas depois, Adamo consegue o seu primeiro sucesso no ano de 1963. "Sans toi, ma mie" era um tema romântico e assaz clássico, nos antípodas do yé-yé reinante, do rock americano e da música de variedades francófona. O furor foi imediato. A partir daqui, o ritmo da carreira do cantor tornou-se vertiginoso. Aos 20 anos, o cantor já fazia as primeiras partes de concertos de Cliff Richard no celebérrimo Olympia de Paris. Um ano mais tarde, Adamo volta à sala parisiense, agora como cabeça de cartaz e conhece um serão triunfal a 12 de Janeiro de 1965. Os seus discos vendem aos milhares, contando com as composições do próprio Adamo que lhe valeram a imagem de vedeta da cena music-hall: "Tombe la neige" (1963), "Vous permettez Monsieur" (1964), "Les filles du bord de mer" e "Mes mains sur tes hanches" (ambas de 1965).
A partir daqui, a imagem de Adamo ganha projecção internacional e o cantor parte em digressões no estrangeiro com um sucesso sem precedentes, sobretudo no Japão. Como resultado das inúmeras viagens do cantor, sucedem-se as edições discográficas noutras línguas, nomeadamente o inglês, o espanhol, o italiano, o alemão e o holandês.


Em 1967, a propósito da guerra dos Seis Dias entre Israel e o Egipto, Adamo escreve "Inch'Allah", uma canção que se afastou do formato romântico típico do cantor. Essa tendência contemplativa e crítica viria a ser sublinhada mais tarde na carreira de Adamo. Em 1969, o cantor casa com Nicole. Incansável, Adamo viaja constantemente para divulgar a sua música nas mais diversas paragens o que lhe permite esgotar algumas das mais célebres salas de espectáculos no mundo, como o Carnegie Hall, em Nova Iorque. Durante os anos 70, o músico junta-se a outro tipo de trabalhos, nomeadamente como produtor e parece afastar-se um pouco da ribalta. Contudo, a cadência do seu trabalho não diminuiu. Em 1983, esgota pela décima vez o Olympia e os seus discos continuam a vender aos milhões. Um grave acidente cardíaco em 1984 obriga-o a cessar toda a actividade durante largos meses. O regresso acontece no final dos anos 80, no seio de uma onda nostálgica da música dos anos 60 e 70. De resto, uma compilação dos seus principais êxitos, lançada em 1989, atinge rapidamente a marca de disco de ouro, correspondente a mais de cem mil unidades vendidas. Em 1992, Adamo lança o álbum "Rêveur de fond", provando que nunca havia deixado de escrever e colhendo excelentes opiniões da crítica. Ainda que com uma imagem desusada, Adamo mantinha o seu estatuto de culto para os imensos admiradores espalhados pelo mundo. Em 1993, torna-se embaixador da UNICEF. Dois anos mais tarde, o cantor desvia-se da indústria da música e publica uma colecção de poemas ("Les Mots de l'âme"), ao mesmo tempo que descobre o prazer relaxante da pintura. Em 1995, regressa aos palcos, particularmente ao Olympia, celebrando os trinta anos da sua primeira actuação na mítica sala. Por essa altura, volta ao Japão, país asiático onde o seu estatuto permanece intocável, e ao Carnegie Hall. É também por esta fase que Adamo tem um certo regresso ao mediatismo, vendo-se envolvido em diversas emissões radiofónicas e televisivas.
Regards" chegou às lojas em 1998. No Outono de 99 o cantor comemorou a incrível cifra de 90 milhões de discos vendidos no mundo. A 2 de Outubro desse ano, enceta a sua primeira digressão em solo francês em dez anos, concluída em beleza com mais uma actuação no Olympia. Os anos seguintes são marcados também por novas expedições no estrangeiro. Em 2001, o cantor aventura-se na ficção, lançando o romance "Le souvenir du bonheur est encore du bonheur". Volvidos dois anos, o cantor regressaria ao estudo para gravar um novo álbum de originais, captando a essência do som dos anos sessenta. Rompe o contrato com a editora e assina com a Polydor, etiqueta responsável pelo lançamento de "Zanzibar". Posteriormente, o cantor regressa ao Casino de Paris, para dois concertos e volta a partir em digressão. Em Junho de 2004, novos problemas de saúde haviam de levar ao cancelamento de alguns espectáculos. 








Review: Toxic Holocaust – Primal Future: 2019 (2019)

 


O Toxic Holocaust surgiu em 1999 em Portland, nos Estados Unidos, e sempre foi uma das principais referências do retro thrash, ou thrash revival, movimento que nasceu na década de 2000 e contou com diversas bandas executando um som voltado para as raízes mais agressivas do estilo, em contraste com o aprimoramento técnico que as primeiras referências do thrash acabaram incorporando às suas sonoridades com o passar dos anos. No Brasil, o principal nome dessa onda é o Violator. Centrada no vocalista e guitarrista Joel Grind, o Toxic Holocaust lançou em 2019 o seu sexto disco, Primal Future: 2019. O álbum ganhou edição nacional pela Hellion Records, em uma versão brasileira em digipack.

 

O som do Toxic Holocaust resgata a abordagem do início dos primórdios do thrash metal, quando o estilo trazia evidentes influências de punk e hardcore somadas ao universo do heavy metal. Isso faz com que as canções sejam mais diretas e mais cruas do que o que ouvimos no thrash contemporâneo. Confesso que esse resgate não faz muito a minha cabeça, mas é fato que o Toxic Holocaust se sai bem no que se propõe a fazer.

 

As dez canções de Primal Future entregam 39 minutos de metal direto ao ponto, com uma inegável inspiração no som extremo dos anos 1980. Entre as canções destacam-se “Chemical Warlords”, “Time’s Edge” e “Cybernetic War”, essa última com uma pegada mais metal tradicional.

 

Se você curte o estilo, vale a audição.



Review: Lamb of God – Lamb of God (2020)


Após um período de cinco anos sem material novo desde seu último álbum (VII: Sturm and Drang, de 2015), e com uma mudança na formação - que se mantinha a mesma desde o lançamento de seu debut, em 1999 - com a saída do baterista Chris Adler, substituído por Art Cruz (ex-Prong e Winds of Plague), o Lamb of God lança seu oitavo álbum  de inéditas, produzido por Josh Wilbur (que assinou o ótimo CD solo do guitarrista Mark Morton, de 2019).


Primeiramente marcado para ser lançado no dia 8 de maio, porém adiado para 19 de junho devido a contratempos em razão da COVID-19, o trabalho torna qualquer período de espera e insegurança compensados pela excelente qualidade que é entregue.


Logo de início, com a música “Memento Mori”, somos induzidos aos vocais melódicos alternando com explosões guturais, trabalho que o vocalista Randy Blythe realiza com excelência. Seguindo o tracklist de dez faixas arrebatadoras vem em seguida “Checkmate”, trazendo críticas contra um sistema capitalista sempre dividido em dois pólos, que pregam um contra ao outro porém possuem a mesma ganância e falsidade, o que nos obriga a escolher entre o suposto menos pior dos males. “Gears” continua o estudo sobre a atual sociedade em que vivemos, dessa vez com foco no consumismo desenfreado impulsionado por propagandas incentivando o desejo de querer ser relevante em mídias sociais.


“Reality Bath”, que começa com Blythe contando lentamente sobre o contexto das escolas nos Estados Unidos acompanhado de um instrumental brevemente mais acelerado, dedura as frequentes ocorrências de tiroteios em instituições de ensino e o medo ao redor dessa realidade. Uma das mais pesadas lírica e instrumentalmente do álbum.


“New Colossal Hate” chega em seguida firmando mais ainda a visão de mundo da banda, sobre o ódio constante presente na realidade em que vivemos. Diferente de outras músicas, não possui um foco específico e sim narra um contexto amplo de violência desenfreada.


Se afastando brevemente do resto das letras do álbum, “Resurrection Man” trata de temas também abordados anteriormente, em casos mais fantasiosos, sobre ocultismo e bruxaria, remetendo em alguns momentos a filmes clássicos de mortos-vivos de diversas épocas. Uma breve porém bem-vinda fuga do contexto maior do disco.

Outro grande destaque do trabaho são as participações especiais em “Poison Dream” e “Routes”. A primeira conta com o vocalista Jamey Jasta, da banda de metalcore Hatebreed, e a segunda traz o lendário vocalista Chuck Billy, do Testament. Em ambas as músicas o grupo todo contribui e se conecta de forma orgânica com a banda original dos dois convidados. Traduzindo: o Lamb of God caminha através de pontos elevados do metalcore com Jasta e do thrash metal com Billy sem parecer uma banda cover ou se distanciar demais a ponto de não soar como Lamb of God

Na reta final vem a dupla “Bloodshot Eyes” e “On the Hook”. A primeira segue uma composição mais introspectiva do vocalista a respeito de uma relação cortada e a necessidade de deixar esse passado morrer. Apesar de soar clichê, a maneira que Randy Blythe escreveu consegue nos fazer perceber o quão profundo é o sentimento, além de ter um primoroso acompanhamento instrumental. Uma música com um enorme potencial de se tornar um clássico da banda.


Já a faixa final retorna ao tema da maior parte das letras do álbum, sobre a incessante violência e ódio presente em diversas formas no mundo em que vivemos. Uma música muito boa, mas que soa um pouco ofuscada em questão a anterior. Talvez se tivesse o lugar trocado com “Bloodshot Eyes” poderia soar mais conectada ao álbum, ou até mesmo se estivesse entre as primeiras seria uma das composições que mais traria energia ao disco e emergiria com ainda mais força o ouvinte dentro da experiência deste trabalho.


Com mais de vinte anos de carreira, o Lamb of God continua a mostrar porque é uma das bandas mais potentes e relevantes do metal extremo nas últimas décadas.



 

Lake Street Dive - Bad Self Portraits 2014

 

Bad Self Portraits é o terceiro álbum de estúdio da eclética banda de Boston Lake Street Dive e o sexto lançamento geral do grupo. Produzido por  Sam Kassirer  ( Josh Ritter ,  Erin McKeown ), o álbum vem dois anos depois do EP cover do grupo,  Fun Machine Em vez de revisitar o truque puro desse álbum de uma banda de jazz-soul cobrindo canções pop contemporâneas, Lake Street Dive, em vez disso, mergulha em um lote substancial de seus próprios originais de soul de olhos azuis e rock sulista. Mais uma vez, o álbum apresenta a vocalista  Rachel PriceO canto ressonante da velha escola, que ainda é o principal motivo para ouvir Lake Street Dive. Claro, com sua banda apoiando-a várias vezes com vocais harmônicos, trompetes jazzísticos, riffs de guitarra valvulados crocantes e linhas de baixo amadeiradas de jazz, sempre há algo enraizado e inesperado acontecendo ao seu redor em Bad Self Portraits. Há muita criatividade em muitos dos arranjos de Lake Street Dive, e cortes como "Bobby Tanqueray" e "Seventeen" revelam influências testadas pelo tempo, como o soul influenciado por Muscle Shoals do final dos anos 60 e o pop Dusty  Springfield 





Hukwe Zawose - Bagamoyo 2008

 

Hukwe Zawose, ou Dr. Hukwe Zawose para lhe dar o título completo, é provavelmente o maior tesouro musical da Tanzânia. Crescendo em Doduma, ele era um criador de gado com muito tempo para si mesmo e um amor pelo campo que é evidente em sua música e em sua defesa das tradições folclóricas. Seu instrumento inicial foi o ilimba, ou grande piano de polegar, que seu irmão mais velho também tocava. Ele então acrescentou o izeze de cordas, instrumento de seu pai. Seus dons logo se evidenciaram e ele começou a percorrer as aldeias como músico. Ele lembra, "quando eu era jovem, minha voz era tão doce que muitas vezes as pessoas choravam quando eu cantava. Na verdade, às vezes eu me ouvia e até chorava, imaginando o que teria feito para merecer um presente tão precioso." Eventualmente, Julius Nyerere, o primeiro presidente do país recém-independente, ouviu falar dele e o convocou para a capital. , Dar Es Salaam. Lá, o jovem encontrou o favor de sua música de base tradicional e tornou-se membro fundador dos  Mestres Músicos da Tanzânia, um grupo também conhecido como National Music Ensemble of Tanzania. A banda era baseada no Bagayomo College of the Arts e mesmo enquanto tocava com eles, Zawose estava desenvolvendo seu próprio estilo wagogo, misturando histórias tradicionais com letras políticas em suaíli. A essa altura, ele havia se tornado um mestre do piano de polegar, com um som enorme para combinar com sua voz notável - supostamente ele tem um alcance vocal de cinco oitavas. Ele também se tornou prolífico em áreas além da música, sendo pai de um total de 15 filhos com quatro esposas e tocando em dupla com um de seus filhos,  Charles Zawose Em meados dos anos 80, Zawose e seu filho estavam em turnê fora da África; no final da década com os  Mestres Músicos ele então lançou  Art of Hukwe Ubi Zawose no Japão, um disco que chamou a atenção dos entusiastas da música mundial por seu estilo de cantar e tocar. Folclórico e acústico, oferecia o tipo de percepção da música da Tanzânia que nenhuma das bandas pop da costa poderia igualar. Foi seguido por  Tanzania Yetu e Mateso  no indie inglês Triple Earth, e Zawose deixou seu conjunto para trás para fazer sua casa em Londres, tornando-se uma parte estabelecida do circuito de festivais WOMAD, que ele ainda toca regularmente. Isso, por sua vez, levou ao seu primeiro disco solo,  Chibite , de 1996 , que um crítico chamou de "uma música surpreendente reduzida a elementos crus". Depois disso, Zawose voltou para a Tanzânia, embora continuasse a fazer turnês regularmente pelo mundo. Ele não tinha pressa em lançar outro álbum, Mkuki Wa Rocho  apareceu no pequeno selo Womad Select em uma edição limitada. Zawose, um Doutor honorário em Música, continuou a tocar, mas passou seus últimos anos ensinando música em sua terra natal. Ele faleceu em dezembro de 2003 aos 65 anos. 




PEROLAS DO ROCK N´ROLL

 

JAZZ ROCK - WARM DUST - Same - 1973



Ótima banda de Jazz rock/fusion e rock progressivo inglesa. Formada em 1970, desde sua origem teve 6 membros. Em um período de quase 3 anos, lançaram 3 boas pérolas.
O disco que posto aqui é o terceiro e último da banda Warm Dust, de 1973, gravado na Alemanha. As primeiras faixas do disco trazem um prog-rock com toques de blues, jazz e hard. A última faixa, Blind Boy, de quase 20 minutos é a com mais influencias de jazz no álbum. Destaque para os vocais de Les Walker, sax e baixo.
Uma pérola de muita qualidade, altamente recomendado!


Les Walker - Vocals, Harmonica, Guitar
Paul Carrack - Organ, Piano, Guitar
Dave Pepper - Drums, Percussion
Terry "Tex" Comer - Bass, Guitar, Recorder
John Surguy - Sax, Flute, Oboe, Vibraphone, Clarinet
Alan Soloman - Sax, Flute, Oboe, Piano
Keith Bailey - Drums, Percussion, Vocals

1. Lead Me To The Light (5:22)
2. Long Road (4:50)
3. Mister Media (3:10)
4. Hole In The Future (8:39)
5. A Night On Bare Mountain (1:05)
6. The Blind Boy (18:19)





Destaque

ROCK ART