terça-feira, 8 de agosto de 2023

Melhores de Todos os Tempos: Guitarristas


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Agora a coisa vai ficar feia. Quando se trata de elencar instrumentistas, não tem jeito. Os guitarristas e vocalistas sempre são os que mais geram polêmica. Nosso post de hoje é dedicado aos mestres das seis cordas, os responsáveis por fazer muitos garotos montarem bandas, por reinventarem a sonoridade do rock, revolucionarem os recursos e técnicas. Com vocês, os 20 melhores guitarristas segundo a Consultoria do Rock.
É importante lembrar que a classificação difere do habitual sistema de pontuação da Fórmula 1, devido ao maior número de nomes da lista (20 ao invés de 10), e por isso, criamos o nosso próprio esquema. Ressaltamos também, que o critério de escolha depende muito do gosto pessoal e conhecimento de cada participante da lista. Não temos a pretensão de eleger um apanhado definitivo de músicos, mas apenas gerar uma discussão bacana, como sempre acontece. Cada participante elegeu seus 30 músicos favoritos, e seguindo a tabela abaixo, fechamos a lista com os 20 mais votados.
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1. Tony Iommi (Black Sabbath) (614 pontos)
Encabeçando a lista, Tony Iommi, “O Homem de Ferro”, o filho da cidade operária de Birmingham, que escolheu a música como fuga para a realidade violenta que vivia. Mutilado nas pontas dos dedos em um acidente de fábrica, Iommi cogitou desistir do ofício – agradeçamos ao companheiro de trabalho que o mostrou um disco de Django Reinhardt, guitarrista de jazz que havia sofrido ferimento semelhante em um incêndio. Junto com seus colegas de origem proletária Ozzy, Geezer e Bill, inspirados em filmes de terror, criaram o Black Sabbath – e todo o gênero heavy metal com eles. Levando o estilo pesado do blues rock a outros patamares, Tony utilizava afinações mais baixas para aliviar a tensão nos dedos mutilados, o que fez Geezer o seguir, criando um som mais soturno, sombrio, abusando de trítonos e solos em pentatônica menor.  A concepção sonora originalíssima deu vazão a Tony se descobrir como “a máquina de riffs”, com uma criatividade infinita para riffs pesados e mastodônticos que foram a cama sonora perfeita para a voz alucinada de Ozzy versar sobre um universo que mandava o “sunshine pop”, a estética psicodélica e o discurso de paz e amor para lá e esfregava no rosto de todos demônios sobrenaturais, políticos e cotidianos. Com o tempo, Iommi também mostrou capaz tanto de produzir um som agressivo e intenso quanto sofisticado e cheio de camadas, incorporando elementos do progressivo. Poucos podem se gabar de ter dez entre dez riffs reconhecidos, com gancho, groove e amplitude que criaram o DNA de gerações de filhos. Ninguém é reconhecido como “O Rei dos Riffs” à toa. (Bernardo)
Performance destacada: Wheels of Confusion/The Straightener (Black Sabbath, 1971)

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2. Jimi Hendrix (The Jimi Hendrix Experience, Band Of Gypsis) (590 pontos)
Há dois erros que devem ser corrigidos antes da breve descrição. Estar em segundo lugar nesta lista representa apenas o sistema de votação adotado, não a justiça histórica e os fatos do ponto de vista musical; o segundo: é um pecado reduzir Jimi Hendrix apenas a guitarrista, porque ele é muito mais do que isso. A guitarra era o veículo de sua obra. Posso resumir quase tudo a respeito pedindo que cada guitarrista indicado desta lista fizesse uma lista dos melhores guitarristas, segundo sua opinião e vivência. Dificilmente o resultado seria outro. Talvez Jimi Hendrix seja um dos artistas (não só guitarrista) com o qual nós mais devamos nos esforçar em matéria de adjetivos. Sua importância para o rock só se equipara com a de Elvis Presley, Chuck Berry, dos Beatles e dos Rolling Stones. A história é contada antes e depois dele.(Ronaldo)
Performance destacada: “Voodoo Child” (The Jimi Hendrix Experience, 1969)

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3. Jimmy Page (Led Zeppelin, The Yardbirds, The Firm) (580 pontos)
Jimmy Page não escalou os charts vindos da garagem da família, mas curtiu seu talento ralando duro nas coxias, salas de gravação e bares da vida. Puta velha desde muito jovem, Page acabaria pontificando como guitarrista, mentor e principal artíficie da melhor banda de rock de todos os tempos, sim, meus velhos, o Led Zeppelin. O Zeppelin, em grande parte, não foi senão o veículo para as ideias de Jimmy. E que ideias eram essas? Jimmy codificou o ideário zeppelianiano no próprio nome da banda: zepelim de chumbo. Pesado mas voa. Em termos musicais, se tratava de uma combinação insólita entre execuções intensas (heavy), sonoridades metálicas e, ao mesmo tempo, filigranadas, tão delicadas como as tramas de nossas rendeiras nordestinas. O ponto, porém, seria como captar este jogo de fundo e forma em estúdio, como fazer essa contradição aparente funcionar e arrancar o ouvinte da poltrona. E aí, o produtor e estilista vai além do guitarrista, embora parte do mérito não possa deixar de ir para John Paul Jones. Mas vamos combinar, nada disso seria possível sem o imenso talento de Page à guitarra (e cordas em geral) e sem sua habilidade e, sim, senhores (sei que aqui compro uma briga), originalidade como compositor. E devo, em função do dito anteriormente, afirmar: Jimmy Page é o maior guitarrista da história do rock. Artesão principal da releitura de ultramar do blues, Page não só injetou o jeitinho britânico em clássicos de Willie Dixon, como criou seus próprios números imortais, como em “Since I’ve Been Loving You” e “Tea For One”. Por fim,  Page é um dos maiores melodistas da história do rock, para o que sua temporada na orquestra de Burt Bacharach no começo da carreira não deve ter tido influência menor. Seus solos são inesquecíveis não só pela extrema habilidade, mas também  pela beleza melódica que os caracteriza. Como diria um amigo que tive em outra vida, se deus existisse, seria uma combinação dos solos de Jimmy Page. (Eudes)
Performance destacada: “The Song Remains The Same (Led Zeppelin, 1970)

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4. Ritchie Blackmore (Deep Purple, Rainbow, Blackmore’s Night) (480 pontos)
Um dos grandes riffmakers da história criou seu estilo ao misturar o lado blues rock com influências da música clássica. Deixou seu nome cravado na história do rock ao gravar inúmeros clássicos ao lado do Deep Purple e do Rainbow. O rapaz é conhecido por ser um tanto egocêntrico e também por gostar de realizar longos improvisos nas apresentações. Ritchie Blackmore ainda é uma enorme referência para milhares de músicos. (Davi)
Performance destacada: “Mistreated” (Deep Purple, 1974)

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5. Steve Howe (YES) (436 pontos)
Quando eu assisti a um vídeo de Steve Howe já veterano, fiquei de boca aberta de como aquele “velhinho” tocava tanto com sua guitarra semi-acústica, quase do tamanho dele. Foi o ponto de sela em minha vida musical, por que a partir dali, virei um apaixonado por Yes e rock progressivo, tendo como guia espiritual as notas do Deus Steve Howe. Conhecendo sua carreira dentro e fora do Yes – sua carreira solo é tão fantástica quanto a do grande grupo britânico – descobri que Howe é um perfeccionista de mão cheia, algo que o torna exímio em diferentes ritmos. Country, jazz, blues, hard, funk e a música clássica são alguns estilos que ele domina com a excelência britânica que lhe é natural, passeando seus dedos em uma viagem tranquila para ele – e incrivelmente chocante para quem olha e ouve – não só na guitarra, mas no violão, banjo, mandolin, Sitar, slide guitar, steel guitar, entre outros. Vez em quando arrisca-se a cantar, nesse que talvez seja seu único defeito. Mas quando ele inventa de tocar violão, pelamordeHowe, é LYMDO. A canção que escolhi para representar mostra como ele é GENIAL tanto na guitarra elétrica quanto na acústica. Um exemplo de o que é ser músico, que apesar de sua extrema arrogância, quando começa a tocar a casa cai. Mesmo nos momentos mais fracos de sua carreira (vide Asia, GTR e sua carreira solo nos anos 90), o cara ainda estraçalhou, e que bom que está firme e forte entre os mortais, humilhando com prazer aqueles que adoram ser humilhados pela sua agilidade. Amém! (Mairon)
Performance destacada: The Ancient: Giants Under The Sun (YES, 1973)

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6. David Gilmour (Pink Floyd, solo) (372 pontos)
Considerado apenas como o sujeito que tem “os solos mais elegantes da história do rock”, a guitarra de Gilmour é reconhecida a léguas por qualquer um que já tenha escutado Pink Floyd alguma vez na vida. Sempre há aquela discussão sobre quem tem mais técnica, quem tem mais feeling ou o que é melhor entre ambos, mas o que posso dizer é que o britânico é especialista em produzir notas que tocam no fundo da alma, talvez até naqueles que não acreditam em alma. Com poucas palhetadas, sempre de um bom gosto estapafúrdio e um uso da guitarra slide que muitos tentam imitar sem sucesso, Gilmour marcou seu nome na história da música como um guitarrista sem igual. (André)
Performance destacada: One Of These Days (Pink Floyd, 1994)

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7. Eric Clapton (Cream, Derek and The Dominos, Blind Faith, solo) (364 pontos)
O que dizer de um guitarrista em cujo currículo constam bandas lendárias como os Yardbirds, John Mayall & the Bluesbreakers, Cream, Blind Faith e Derek & the Dominos, além de uma carreira solo com mais de quatro décadas de sucesso? E ainda por cima conhecido simplesmente como Deus? Qualquer pessoa que goste minimamente de rock precisa é ouvir o emocionante blues elétrico do Slowhand. Com um talento para a experimentação, é mestre da sustentação por feedback, dos vibratos e da ambiência a partir do posicionamento do microfone, além de popularizar a icônica combinação de guitarras Gibson Les Paul e amplificadores Marshall, o que redefiniu os rumos da guitarra elétrica para sempre. (Ulisses)
Performance Destacada: O disco Blues Breakers with Eric Clapton causou o maior alvoroço quando lançado; ouça e entenda o por quê das pichações de ‘Clapton is God’. (John Mayall & the Bluesbreakers, 1966).

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8. Eddie Van Halen (Van Halen) (308 pontos)
Se existiu revolução maior na guitarra pós-Jimi Hendrix do que aquela levada a cabo por Eddie Van Halen, esqueceram de me avisar. A importância desse holandês radicado nos EUA e bem sucedido no mundo todo consegue ir além de sua já gigantesca influência, pois sua abordagem, longe de ser um derivativo de outros guitarristas, trouxe um ineditismo quase sem precedentes. Quem o critica por ter sido erroneamente citado como pioneiro da técnica de tapping (manjam “Eruption”?) parece ignorar que a construção do estilo de Eddie vai muito além disso, unindo diversas técnicas a um senso melódico extraordinário e ao uso do corpo da guitarra como uma totalidade. Outra característica marcante é seu trabalho na busca de timbres únicos, além, é claro, de sua capacidade como compositor de temas sensacionais, em álbuns como Van Halen (1978) e Fair Warning (1981). Eddie adiantou o que seria da guitarra na década de 1980 e, para mim, ninguém soou tão excitante quanto ele.(Diogo)
Performance destacada: Mean Street (Van Halen, 1981)

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9. Alex Lifeson (Rush) (262 pontos)
Quando se fala na qualidade técnica dos músicos do Rush, Alex Lifeson sempre acaba sendo o patinho feio. Tudo bem, ele pode não ser tão apurado quanto Geddy Lee ou tão virtuoso quanto  Neil Peart, mas ainda assim é dono de uma técnica acima da média e sabe empregar suas habilidades de modo a contribuírem e elevarem as composições, sem nunca ofuscá-las. Se usarmos como referência na guitarra do rock progressivo, o som de bandas como Yes, Genesis e Pink Floyd, por exemplo, Lifeson aparece muito mais como um guitarrista de hard rock. O uso constante de distorção, riffs e solos mais agressivos mostram bem isso, e contribuem para a massa sonora do trio canadense. Nenhum outro músico encaixaria tão bem no posto de guitarrista do Rush. (Bruno)
Performance destacada: La Villa Strangiato (Rush, 1978)

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10. Robert Fripp (King Crimson) (200 pontos)
Meu primeiro contato com Robert Fripp foi em um show do G3 em que surpreendentemente ele fez parte (os outros dois eram o patrão Joe Satriani e seu pupilo Steve Vai). Eu já conhecia o King Crimson na época, mas não ligava a banda à ele. Lembro que ele se apresentou da maneira que ele se costuma se apresentar em sua banda principal, sentado. Isso enfureceu a horda de idiotas que tinham ido ali sedentos por malabarismos musicais. Fripp também não parava de operar um equipamento em sua frente como se estivesse em constante equalização do som da sua guitarra, parecendo que o som que saia dos equipamentos não lhe agradava. Porém o som era indescritível e eu não conseguia descrevê-lo. Depois de um tempo que descobri que ele na verdade estava operando um dos equipamentos idealizado por ele mesmo que ficou conhecido como frippertronics. Com o tempo fui me encantando com a sonoridade que saia da guitarra desse cara. Não apenas pelo que ele fez nos primeiros álbuns do King Crimson, mas também com todas as mudanças e evoluções da sonoridade da banda. Compare In the Court of Crimson King (1969), Red (1974) eThree of a Perfect Pair (1984). Ele se reinventou em cada álbum. Não posso esquecer de citar as participações em álbuns de outros artistas. São inúmeras, e a que mais se destaca é no álbum Fool’s Mate de Peter Hammill. Em ambientes corporativos muitos dizem que uma equipe é reflexo de seu líder e Robert Fripp representa perfeitamente isso. A excelência do King Crimson reflete exatamente o que seu líder tentou passar durante toda sua carreira. Durante algum tempo eles sequer ensaiavam ou definiam um set list para os shows. Era tudo feito no improviso! Quer maior domínio musical que esse? (Fernando)
Performance destacada: 21st Century Schizoid Man (King Crimson, 1969)

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11. Frank Zappa (The Mothers of Invention, solo) (199 pontos)
Compositor, arranjador, maestro, vocalista, baterista, percussionista, mas acima de tudo, um dos maiores guitarristas da história, Frank Zappa fez história na década de 60, liderando o Mothers of Invention com uma psicodelia irreverente e audaciosa, que tocava em assuntos até então não tão comuns no mundo da música, como drogas, sexo e política. Nos anos 70, Zappa começou uma longa série de lançamentos de discos, que revelou ao mundo inúmeros novos talentos, o que continuou nos anos 80, com a política cada vez sendo mais surrada nas letras geniais de Zappa. Nesse meio tempo, ainda conseguiu flertar com a música clássica, lançando discos também de extrema beleza, na qual ele simplesmente era o maestro e o arranjador, ou arrepiando com pérolas minimalistas e experimentais influenciadas por seu maior ídolo, Edgar Varèse. Nas seis cordas, o homem estraçalhava. Sabia como poucos usar efeitos distintos para chocar os ouvidos, mesclando notas velozes com longos sustains, arrancando melodias que facilmente identificamos como sendo de Zappa, uma marca que poucos guitarristas possuem, e ainda conseguindo inclusive tocar algo que nem ele próprio conseguia escrever, mostrando que técnica era apenas um dos infinitos dotes que o GÊNIO Zappa possuía. Faleceu em 1993, vítima de câncer, mas deixou um legado inesgotável para ser descoberto pelos fãs. (Mairon)
Performance destacada: Chunga’s Revenge (Frank Zappa, 1970)

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12. John Mclaughlin (The Mahavishnu Orchestra, Miles Davis, solo) (191 pontos)
Miles Davis não ia escolher um guitarrista sem predicados no mínimo respeitáveis pra conduzir uma revolução sonora no jazz. Além de ser tremendamente técnico (em alguns momentos, até um pouco além da medida), Mclaughin é um músico muito intuitivo, excelente na improvisação e na construção de uma música densa, forte, marcante, absolutamente viva e energética. Craque também no violão. Não contribuiu muito em termos de sonoridade, contudo foi soberbo em associar linguagens díspares de guitarra em tipo de som que já nasceu mestiço – o fusion. (Ronaldo)
Performance destacada: Noonward Race (The Mavishnu Orchestra, 1972)

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13. Michael Schenker (UFO, Michael Schenker Group, Scorpions) (180 pontos)
Reconhecido pelos seus solos e seu temperamento difícil, Schenker foi um dos primeiros guitarristas a fazer sucesso e ser admirado como um grande virtuoso do rock. Admiro este grande guitarrista graças aos seus trabalhos no UFO. Mudando do space rock dos dois primeiros discos para um hard rock pegajoso a partir do discoPhenomenon (1974), Michael Schenker nos brinda tanto com riffs certeiros como fazia Blackmore no Purple quanto com solos marcantes dotados de uma técnica incrível nos breaks quase sempre acompanhado de sua Flying V. Enérgico e cheio de si, Schenker é um verdadeiro guitar hero. (André)
Performance destacada: Rock Bottom (UFO, 1974)

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14. Randy Rhoads ( Ozzy Osbourne, Quiet Riot) (176 pontos)
Visto como uma das maiores promessas da guitarra no início dos anos 80, Randy Rhoads não conseguiu mostrar todo seu valor por conta do trágico acidente de avião que encurtou a vida desse excelente músico. Os álbuns que fez sob a batuta do Madman Ozzy Osbourne além de marcarem a volta do vocalista, imortalizaram esse jovem. Com apenas 16 anos eles já tinha uma banda formada, com seu amigo Kelly Garni e que viria a se tornar o Quiet Riot, e dava aulas de guitarra na escola de música da sua mãe. Seus álbuns com o Quiet Riot (que foram detalhados aqui) mostravam um guitarrista ainda tímido, mas com evidente potencial. A turnê abrindo os shows do Van Halen no final da década de 70 e a conseqüente convivência de Randy com Eddie Van Halen, certamente ajudou a moldar seu estilo de tocar que combinava seus conhecimentos em música clássica como o heavy metal da época. Apesar de sua curta carreira ele é citado por muitos guitarristas que surgiram depois dele como grande influência. (Fernando)
Performance destacada: Mr. Crowley (Ozzy Osbourne, 1981)

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15. Jeff Beck (The Yardbirds, The Jeff Beck Group, Beck, Bogart & Appice) (168 pontos)
Jimmy Page e Jeff Beck saíram do mesmo ovo. E não me refiro aqui apenas ao fato de que tocaram ambos nos legendários Yardbirds, mas sobretudo ao fato de que aportaram no estrelato do rock’n’roll depois de, se não longa, pelo menos intensa jornada nos bastidores do mundo da música, como session men, músicos da noite e produtores. Jeff, inclusive antes do Led Zeppelin, inventou o blues como base para o pop rock do fim dos anos 60, com o monumental LP Truth. Ali, ancorado num time de bambas, Jeff lançou as bases do que seria o rock do anos 70. Um blues amplificado, com largas camadas de melodia que o tornasse assobiável e, claro, complexas e inventivas passagens de guitarra. Muitos vêm semelhança de concepção entre este disco e Led Zeppelin I, o que é inegável, mas é preciso dizer que Truth saiu antes. Jeff fez ainda um disco com, a mesma formação do então chamado Jeff Beck Group, o igualmente delicioso Beck Ola, mas aí ele já tinha pulado para outra e montado o power trio Beck, Bogert & Appice com o qual chegaria pela segunda vez ao panteão da imortalidade em vinil. Nesse ponto, Jeff começou a achar que seu talento com as cordas era excessivo para a simplicidade bluesy do rock  e lançou nada mais nada menos do que os dois mais inspirados discos do que, na época, se chamou jazz rock: Blow by Blow e Wired. A experiência inauguraria um estilo guitarrístico que é marca registrada de Beck desde então. Nos anos 90, com uma inesperada, mas faiscante combinação de seus estilo jazz-blues com  bases eletrônicas, lançou maravilhosos LPs para sacudir a roseira dos reacionários de plantão: Who Else e You Had It Coming. Contido mas cheio de surpresas, intenso e furioso mas elegante e esguio, posso lhes assegurar, que Beck é ainda o homem mais indicado para lançar o blues ao futuro. (Eudes)
Performance destacada: Diamond Dust (Solo, 1975)

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16. Uli Jon Roth (Scorpions, solo) (158 pontos)*
Um dos mentores do estilo neoclássico, Roth é talvez o mais famoso e devotado discípulo de Jimi Hendrix, despejando tributos ao mestre a cada nota. Com arpejos inusitados, escalas alternadas, melodias insanas e uso intensivo da alavanca, o loiro criou seus primeiros sucessos no Scorpions, lançando quatro discos de estúdio e um ao vivo, mas logo seu amor por música erudita falou mais alto, levando-o a atingir um grau de perfeição através do Electric Sun e de sua carreira solo que ele não acreditava ser impossível se tivesse continuado no Scorpions. O virtuoso aliou suas visões transcendentais de blues com a música clássica após uma visão, ainda jovem, onde escrevia um concerto para violino, influenciando assim milhares de outros guitarristas, como Yngwie Malmsteen e Eddie Van Halen; sempre, é claro, com suas mensagens espirituais e tocando a icônica Sky Guitar com garra e destreza impecáveis. (Ulisses)
Performance Destacada: The Summer (Uli Jon Roth, 2003).

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17. Brian May (Queen) (158 pontos)
Ninguém soa como Brian May e há uma razão para isso. Além de ser dono de um estilo único, é dono de uma guitarra única. A tão conhecida old lady não foi adquirida em loja nenhuma. É resultado de uma fabricação caseira. Extremamente criativo, além de ser tido como um excelente músico, excelente compositor e um ótimo cantor, May é considerado o primeiro guitarrista a gravar uma harmonia com 3 partes, como se fosse uma orquestra. O feito pode ser conferido em “Killer Queen”. (Davi)
Performance destacada: Killer Queen (Queen, 1974)

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18. Neal Schon (Santana, Journey, Bad English) (150 pontos)
A capacidade de Neal Schon nas seis cordas foi revelada ao mundo desde muito cedo. Com apenas 16 anos já era integrante do Santana, com o qual gravou o clássicoSantana III (1971) e Caravanserai (1972), formando com Carlos uma dupla eclética que soltava faíscas. Junto ao Journey, banda que fundou e integra até hoje, seu vocabulário musical seguiu se ampliando, indo do jazz e do rhythm ‘n’ blues ao rock pesado com facilidade e mantendo invejável destreza e fluidez, além de sensibilidade pop sem sacrificar qualidade. Mas isso não foi suficiente, e Neal trabalhou com dezenas de artistas, enriquecendo diversas obras com sua habilidade ímpar. Acima de tudo, Neal é um solista de primeira linha, criativo como poucos e melódico como só ele. Como disse Ted Nugent certa vez, seus solos “quase revertem o eixo da Terra”. (Diogo)
Performance destacada: Stone in Love (Journey, 1981)

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19. Pete Townshend (The Who, solo) (146 pontos)
De todos os guitarristas dessa lista, Townshend provavelmente seja o menos técnico, disparado. Aí é que está: Quem disse que só a técnica define a qualidade e importância de músico? Já nos anos 60, Pete causava alvoroço com suas performances incendiárias no palco, e as palhetadas violentas em sua Stratocaster, criando uma sonoridade crua e agressiva, sem dúvida um dos pilares do punk rock. Com a inacreditável sequênciaTommy (1969), Who’s Next (1971) e Quadrophenia (1973), o narigudo não só aperfeiçoou sua técnica como tornou-se referência em composição, tanto no instrumento quanto como letrista. Alternando os power chords com seu dedilhado característico, Townshend criou uma sonoridade única e facilmente reconhecível.(Bruno)
Performance destacada: “Quadrophenia” (The Who, 1973)

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20. Keith Richards (The Rolling Stones) (136 pontos)
Ele pegou junto com Brian Jones a guitarra de Chuck Berry e criou um som de duas guitarras rítmicas que soava provocante, sexy e marginal. Sua obsessão pelo rythm & blues – o mesmo ao introduzir Berry no Rock and Roll Hall of Fame teria dito  que “copiou todos os riffs” do americano – refletiu em frases de guitarra que estouraram nos quatro cantos do mundo – como se vê em “(I Can’t Get No) Satisfaction”, criada durante uma noite de insônia e cujo ritmo, básica, “na cara’ e com um pesado tom de fuzz com certeza inflamou o coração rebelde de muitos  jovens que ouviram. Com o tempo, “o bandido do rock” adentrou ainda mais de cabeça na música americana – na fase mais pirada e visceral dos Stones, folk, soul e gospel mostraram o domínio que o mesmo tem sobre a música do século vinte, responsável junto com a sua contraparte dos “Glimmer Twins” Mick Jagger por alguns dos maiores sucessos da música popular. O mesmo, em seus relatos, transparece a paixão por músicas rasgadas, que tragam o mundo abaixo, na agressividade ou na tristeza – é frequente a história que certa noite, enquanto ensaiava, certo tom foi encontrado, certa sequência de notas foi introduzida, e a música veio galopando até se materializar. Acostumado a longas parcerias com outros guitarristas – Jones, Mick Taylor, Ron Wood, a sintonia de uma banda já vem quase de maneira hipnótica. Compôr, para muitos, pode ser uma tarefa ingrata, mas o pirata inglês é um Midas das seis cordas – tudo que ele encosta, você quer ouvir na mesma hora. É arrebatador, irresistível. Quando você menos perceber, já saiu da inércia e está dançando feito louco. (Bernardo)
Performance destacada: Can’t You Hear Me Knocking (Rolling Stones, 1971)
*Uli Jon Roth e Brian May empataram com 158 pontos, mas o alemão ficou na frente por ter tido mais citações entre os participantes.

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Sérgio Dias (Mutantes, solo)
André Kaminski
1. David Gilmour
2. Tony Iommi
3. Jimmy Page
4. Neal Schon
5. Ritchie Blackmore
6. Michael Schenker
7. Jimi Hendrix
8. Sergio Dias
9. George Lynch
10. Steve Howe
11. John Sykes
12. Joe Walsh
13. Tommy Bolin
14. Adrian Smith
15. Robin Trower
16. Brendon Small
17. Andreas Kisser
18. Dario Mollo
19. Dave Mustaine
20. Arjen Anthony Lucassen
21. Thomas Youngblood
22. James Hetfield
23. Yngwie Malmsteen
24. Uli Jon Roth
25. Joe Satriani
26. Pete Townshend
27. Alex Lifeson
28. Paul Quinn
29. Scott Ian
30. Randy Rhoads
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Muddy Waters (solo)
Bernardo Brum
1.Tony Iommi
2. Muddy Waters
3. Curtis Mayfield
4. Jerry Cantrell
5. Eddie Hazel
6. Thurston Moore
7. Jimi Hendrix
8. Jards Macalé
9. Blixa Bargeld
10. Ron Asheton
11. Keith Richards
12. Pete Townshend
13. George Harrison
14. Chuck Berry
15. East Bay Ray
16. Prince
17. Warren Ellis
18. Frank Zappa
19. Joni Mitchell
20. Fred Sonic Smith
21. Neil Young
22. J Mascis
23. John Frusciante
24. Jimmy Page
25. PJ Harvey
26. Sérgio Dias
27. Daron Malakian
28. Johnhy Ramone
29. Dimebag Darrell
30. Johnny Thunders
 J Mascis (Dinosaur Jr.)
J Mascis (Dinosaur Jr.)
Bruno Marise
1. J Mascis
2. Tony Iommi
3. Scott Gorham
4. Dimebag Darrell
5. John Frusciante
6. Jimmy Page
7. Jerry Cantrell
8. Pepper Keenan
9. Neil Young
10.Ron Asheton
11. Martin Barre
12. Jimi Hendrix
13. Johnny Ramone
14. Alex Lifeson
15. Josh Homme
16. Tom “Pig” Champion
17. Daron Malakian
18. Billy Gibbons
19. Johnny Winter
20. Pete Towshend
21. Gary Moore
22. Ritchie Blackmore
23. Tom Verlaine
24. Jack White
25. Brian Robertson
26. Randy Rhoads
27. Wilko Johnson
28. Tom Morello
29. Brian May
30. Jorma Kaukonen
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Ace Frehley (Kiss, solo)
Davi Pascale

1. Jimi Hendrix
2. Ritchie Blackmore
3. Jimmy Page
4. Brian May
5. Eric Clapton
6. Tony Iommi
7. Ace Frehley
8. Keith Richards
9. Stevie Ray Vaughan
10. Eddie Van Halen
11. Angus Young
12. George Harrison
13. Pete Townshend
14. Steve Vai
15. The Edge
16. Joe Satriani
17. Yngwie Malmsteen
18. Zakky Wylde
19. Gary Moore
20. Mark Knopfler
21. Jake E Lee
22. Richie Kotzen
23. Paul Gilbert
24. Richie Sambora
25. John Norum
26. George Lynch
27. Peter Frampton
28. Marty Friedman
29. Carlos Santana
30. Slash
Diogo Bizotto
GeorgeLynch
George Lynch (Dokken)
 
1. Eddie Van Halen
2. Tony Iommi
3. Neal Schon
4. Ritchie Blackmore
5. George Lynch
6. Randy Rhoads
7. Jake E. Lee
8. Steve Howe
9. Richie Kotzen
10. Robert Fripp
11. Eric Clapton
12. Chuck Schuldiner
13. Gary Moore
14. Jeff Beck
15. John Sykes
16. Michael Schenker
17. Uli Jon Roth
18. Joe Walsh
19. Yngwie Malmsteen
20. Jimi Hendrix
21. Ted Nugent
22. Steve Lukather
23. Paul Gilbert
24. Jimmy Page
25. David Gilmour
26. Brian May
27. Richie Sambora
28. Alex Skolnic
29. Warren DeMartini
30. Prince
Santana 4964 ip11-BIO
Carlos Santana
Eudes Baima

1. Jimmy Page
2. Jimi Hendrix
3. Jeff Beck
4. Robert Fripp
5. John McLaughlin
6. Frank Zappa
7. Eric Clapton
8. Steve Howe
9. Ritchie Blackmore
10. David Gilmour
11. Carlos Santana
12. Keith Richards
13. Scotty Moore
14. George Harrison
15. Muddy Waters
16. B.B. KIng
15. Ry Cooder
16. Tony Iommi
17. Steve Cropper
18. Duane Allman
19. Neil Young
20. Buddy Holly
21. Curtys Mayfield
22. Jack White
23. Link Wray
24. Stephen Stills
25. Johnny Winter
26. Dick Dale
27. Buddy Guy
28. Lany Gordin
29. Andy Summer
30. Robbie Robertson
Fernando Bueno
Smith05
Adrian Smith (Iron Maiden)
 
1. Steve Howe
2. David Gilmour
3. Alex Lifeson
4. Randy Rhoads
5. Eric Clapton
6. Adrian Smith
7. Richie Sambora
8. Robert Fripp
9. Eddie Van Halen
10. Brian May
11. Tony Iommi
12. Jimi Hendrix
13. Jimmi Page
14. Dimebag Darrell
15. Kai Hansen
16. Tommy Bolin
17. Timo Tolki
18. Slash
19. Eduardo Ardanuy
20. Joe Bonamassa
21. Rafael Bittencourt
22. Richie Blackmore
23. Dave Mustaine
24. Andy LaRocque
25. Zakk Wylde
26. Yngwie Malmsteen
27. James Hetfield
28. John Petrucci
29. Joe Satriani
30. Steve Hackett
Mairon Machado
32241625
Rik Emmet (Triumph)
 
1. Steve Howe
2. John McLaughlin
3. Rik Emmett
4. Eddie Van Halen
5. Frank Zappa
6. Ritchie Blackmore
7. Jorma Kaukonen
8. Sérgio Dias
9. Duane Allman
10. John Cippolina
11. Jimmy Page
12. Uli Jon Roth
13. Michael Schenker
14. Alex Lifeson
15. Hideki Ishima
16. Robert Fripp
17. Kunio Suma
18. Jan Akkerman
19. Ace Frehley
20. Tommy Bolin
21. Gary Green
22. Larry Coryel
23. Stevie Ray Vaughan
24. Apostolis Anthimos
25. Gary Moore
26. Ike Turner
27. Sergio Hinds
28. Wes Montgomery
29. Michael Karoli
30. Tony Iommi
Ronaldo Rodrigues
Jan Akkerman (Focus)
Jan Akkerman (Focus)
 
1. Jimi Hendrix
2. Jimmy Page
3. Jan Akkerman
4. Larry Coryell
5. Eric Clapton
6. Steve Howe
7. Johnny Winter
8. Jeff Beck
9. Ritchie Blackmore
10. Rory Gallagher
11. Duane Allman
12. George Benson
13. Frank Zappa
14. Robin Trower
15. John McLaughin
16. Michael Schenker
17. Andy Powell
18. David Gilmour
19. Paul Kossof
20. April Lawton
21. Gary Moore
22. Carlos Santana
23. Freddie King
24. Uli Jon Roth
25. Andy Latimer
26. Terry Kath
27. Frank Marino
28. Billy Gibbons
29. Peter Green
30. Angus Young
John Fogerty (Creedence Clearwater Revival, solo)
John Fogerty (Creedence Clearwater Revival, solo)
Ulisses Macedo

1. Tony Iommi
2. David Gilmour
3. Jimi Hendrix
4. Eric Clapton
5. John Fogerty
6. Mark Knopfler
7. Ritchie Blackmore
8. Jimmy Page
9. Uli Jon Roth
10. Al Di Meola
11. Eddie Van Halen
12. Stevie Ray Vaughan
13. Carlos Santana
14. Angus Young
15. Buck Dharma
16. Alex Lifeson
17. Nokie Edwards
18. Steve Howe
19. Dave Mustaine
20. Randy Rhoads
21. Pete Townshend
22. Tom Morello
23. Brian May
24. Mark ‘The Shark’ Shelton
25. Andrew Latimer
26. Edu Ardanuy
27. Michael Schenker
28. Dimebag Darrell
29. Vivian Campbell
30. Mark Reale



Europe - War of Kings [2015]

 





Há tempos que o Europe deixou de ser uma mera banda farofa escorada em um grande sucesso para peregrinar por novos e bem-sucedidos mundos, que se não agrada aos saudosistas, vem cada vez mais conquistando novos fãs, principalmente aqueles que mais torciam o nariz no auge do sucesso da banda, com o eterno álbum The Final Countdown (1986).

Em Last Look at Eden (1999), o quinteto mostrava um amadurecimento através de uma bem empregada modernidade no seu som, fortemente influenciados por Led Zeppelin, o que ficou ainda mais evidente no belíssimo Bag of Bones (2012). O mesmo time de Bag of Bones, a saber Joey Tempest (vocais), John Norum (guitarras), John Léven (baixo), Mic Michaeli (teclados) e Ian Haugland (bateria), lançou no início desse mês de março seu décimo álbum, e dessa vez, o grupo fugiu das raízes hard zeppelianas, buscando novas fontes para moldar seu som, e por incrível que pareça, agradando tanto quanto seus discos anteriores, mostrando que o grupo, independente do que for tocar, consegue sair-se muito bem graças ao talento individual e do conjunto que eles formam.

John Leven, Ian Haughland, Mic Michaeli, Joey Tempest e John Norum

Logo de cara, somos surpreendidos pela pegada forte da faixa-título, com um riff pesado que nos traz a voz de Tempest. Ficamos ainda mais surpresos durante o refrão, por que a sensação que é transmitida é que não estamos ouvindo um álbum do Europe, mas sim, do atual Uriah Heep (!). Sim, a combinação de guitarras e teclados, mas principalmente, o estilo vocal de Tempest, lembram E MUITO o estilo de Bernie Shaw (vocalista do Uriah Heep)

Outras faixas também nos remetem diretamente para Uriah Heep, as quais são "California 405", "Light it Up", "Days of Rock 'n' Roll" (nessa eu tenho certeza que é o Shaw quem está cantado) e no refrão de "Second Day", que traz também um pouco de Deep Purple. Ou seja, cinco de onze canções nos mostram uma forte influência de uma banda que não é tão conhecida como Led Zeppelin, mas que ainda está fazendo shows, gravando material novo e servindo de inspiração para colegas, o que é extremamente positivo.

Joey Tempest, o Bernie Shaw sueco?

As lembranças de Deep Purple também surge no riff egípcio de "Rainbow Bridge", facilmente confundível com "Perfect Stranger", e nas pesadas "Hole in My Pocket" e "Nothin' to Ya", essas mais parecidas com canções da fase solo de Glenn Hughes, com uma pegada agressiva que já vem sida apresentada pelo Europe desde o seu retorno em 2004, com o ótimo Start from the Dark, e até na sabbáthica "Praise You", que se não fosse pelos teclados e pela voz de Tempest, podia facilmente estar nos álbuns da trupê de Iommi nos anos 80.

A dupla Norum e Léven está afiadíssima, construindo riffs pesados e grudentos, com especial atenção para "Children of the Mind". Norum aliás é o grande destaque do disco, com solos ágeis e velozes, muito bem casados com grandes doses de feeling, que demonstram todo o seu talento, mas principalmente, o colocam hoje lado a lado com grandes nomes das seis cordas, e por que não, entre os principais. A bônus da versão japonesa, "Vasastan" é a que mais representa a importância de Norum para o Europe, sendo uma linda balada instrumental com um show de emoção dado pelo sueco nas seis cordas.

Joey Tempest e John Norum

Ainda temos espaço para a balada  "Angels (With Broken Hearts)" fazer bater mais forte o coração das mocinhas saudosas pelas longas cabeleiras loiras de Tempest na década de 80.

War of Kings foi lançado também em uma versão Limitada, em formato de caixa, com uma camiseta, CD, DVD, booklet, cartão postal e um adesivo, o qual pode ser encontrado por um valor regularmente acessível, apesar do dólar hoje estar mais alto do que bêbado durante o carnaval.

A versão limitada de War of Kings

Track list

1. War of Kings
2. Hole in My Pocket
3. The Second Day
4. Praise You
5. Nothin' to Ya
6. California 405
7. Days of Rock 'n' Roll
8. Children of the Mind
9. Rainbow Bridge
10. Angels (with Broken Hearts)
11. Light It Up






A quintaesencia de Vangelis : End Titles (Blade Runner) (1982)


Uma das poucas críticas feitas à trilha sonora de Blade Runner é que, embora mantenha uma forte coerência interna com base em sua atmosfera distinta, é verdade que poucos temas tocam mais de uma vez no filme como " leitmotivs ". Nada a ver com o que costumam fazer em Hollywood. O tema dos títulos finais não é exceção, já que não soa no filme exatamente até o final, por isso é difícil considerá-lo como o tema principal, por mais que seja um dos mais populares. Se eu tivesse que escolher um tema principal de Blade Runner , seria aquele que toca nos créditos de abertura e depois, em uma versão mais doce, durante o monólogo final do replicante Roy. 

Mas inevitavelmente, tanto pela qualidade musical quanto pelo uso em outras mídias (aqui na Espanha está à frente de um noticiário há décadas), o tema dos títulos finais tinha que estar aqui. E cuidado, não acho que seja o tema principal do filme, mas é puro Blade Runner .

DISCOS DE ÊXITOS

    Johnny Rivers - Secret Agent Man, The Ultimate Johnny Rivers Anthology - 1964-2006


Tracks

Disc 1
1. Memphis (Berry) - 2:30
2. Maybelline (Berry) - 2:15
3. Mountain of Love (Dorman) - 2:39
4. Midnight Special (Traditional) - 2:28
5. Seventh Son (W. Dixon) - 2:45
6. Where Have All the Flowers Gone (Seeger) - 3:15
7. Secret Agent Man (P.F. Sloan, Barri) - 3:05
8. (I Washed My Hands In) Muddy Water (Babcock) - 2:58
9. Poor Side of Town (Rivers, Adler) - 3:28
10.Baby, I Need Your Lovin' (Holland, Dozier, Holland) - 3:07
11.The Tracks of My Tears (Robinson, Tarplin, Moore) - 2:56
12.Summer Rain (Hendricks) - 3:36
13.Positively 4th Street (Dylan) - 5:02
14.Muddy River (Hendricks) - 3:27
15.Into the Mystic (Morrison) - 4:41
16.Sea Cruise (Smith) - 2:50
17.Rockin' Pneumonia / Boogie Woogie Flu (Vincent, Smith) - 3:12
18.Blue Suede Shoes (Perkins) - 2:47

Disc 2
1. Help Me Rhonda (Wilson) - 2:54
2. Swayin' to the Music (Slow Dancin') (Tempchin) - 4:00
3. Curious Mind (Um, Um, Um, Um) (Mayfield) - 3:03
4. That's Alright Mama (Big A. Crudup) - 2:51
5. Honey Don't (Perkins) - 3:21
6. Big River (Cash) - 3:04
7. Matchbox (Perkins) - 2:12
8. Down at the House of Blues (Rivers) - 4:40
9. Closer to You (Rivers, Hamblin) - 4:55
10.Blue Suede Shoes (Tribute to Carl Perkins) (Hendricks, Hendricks) - 3:48
11.Last Train to Memphis (Rivers, Tempchin) - 3:41
12.China (Live) (Georgiades, Monday) - 5:49
13.Midnight Special (2004 Version) (Traditional) - 4:41
14.I'll Be Back (Lennon, McCartney) - 2:27
15.Going Back to Big Sur (Rivers) - 3:32
16.Feel a Whole Lot Better (Clarke) - 2:50
17.Rollin' Stone (Waters) -  3:04
18.Let It Rock (Berry) - 2:31


Chris Rea - World Ballad Collection - 1999




Traklist:

01. And You My Love
02. Winter Song
03. Heaven
04. Shine, Shine, Shine
05. On The Beach
06. There She Goes
07. Shadows Of The Big Man
08. 90's Blues
09. Road To Hell
10. I'm Still Holding On
11. Looking For The Summer
12. I Ain't The Fool
13. Every Second Counts
14. Bless Them All
15. Auf Immer Und Ewig (Soundtrack)
16. Ace Of Hearts






Gasoline - "The Orange Album"

 



Este é um álbum de uma brilhante dupla parisiense que foi lançado no início deste ano, mas a banda demorou tanto para responder às perguntas da entrevista que só foi publicada agora. Ótimo material de qualquer maneira, ouça! Vale muito a pena.

1) Para os visualizadores deste blog que não os conhecem, o que vocês diriam sobre a Gasolina para se apresentarem? Há quanto tempo vocês estão juntos como uma banda? Quem toca qual instrumento na banda? Quais são as suas várias origens individuais?

Gasoline é um duo francês composto por Théo Gosselin na bateria e Thomas Baignères na guitarra e voz. Théo Gosselin é um fotógrafo francês, famoso por suas road trips e fotos de rock'n'roll. Thomas Baignères, antes de ingressar na Gasoline, tocou em várias bandas, incluindo "leSpark", "Flare Voyant" e "Les Darlings". Os dois unidos por alguns amigos em comum criaram "Gasoline" uma poderosa dupla de rock'n'roll inspirada nos anos sessenta, setenta, Swinging London, Woodstock, com uma ótima combinação da voz icônica de Thomas, riffs de guitarra e a bateria pesada de Tho. Formamos a dupla em 2019. 

2) Sobre o álbum completo "The Orange Album", você pode explicar a escolha desse título? O que você pode contar sobre o processo de gravação? Foi uma gravação "ao vivo" no estúdio ou uma gravação faixa a faixa com muitos overdubs? 

Theo escolheu o laranja como cor deste primeiro álbum. O segundo será "The Green Album". Esta escolha é mais estética do que qualquer outra coisa. Sobre o processo de gravação, estamos gravando muito rápido, três dias para as tomadas e três dias para a mixagem! Essa foi uma gravação ao vivo, mas depois adicionamos alguns overdubs.

3) Vocês usam a tecnologia de gravação digital atual ou vocês só trabalham com máquinas analógicas em estúdios analógicos?

Temos usado os dois! Primeiro conseguimos fazer uma gravação digital, mas depois o resultado final foi em cassete. 

4) Existe um compositor principal na banda ou todos estão envolvidos de uma forma ou de outra?

Nós dois compomos músicas e escrevemos músicas! Mesmo que Theo seja o baterista, ele tem muitas ideias de riffs de guitarra e letras!

5) Qual é o seu tópico/tópico favorito que vem facilmente quando você escreve a letra de uma nova música?

O rock'n'roll obviamente é o assunto principal, diríamos que existem muitos assuntos relacionados ao rock'n'roll: não só sexo e drogas, mas é todo um universo sobre o qual adoramos falar. 

6) Que tipo de música você ouvia na adolescência e isso ainda influencia o seu trabalho hoje?
Quais eram suas bandas favoritas quando adolescente? Cite 3 bandas que você considera que ainda influenciam seu trabalho hoje.

Thomas : Para mim, definitivamente seriam os Rolling Stones e todos os homens do blues que os inspiraram: John Lee Hooker, Muddy Waters, Howlin Wolf. Essa música ainda hoje inspira meu trabalho é claro!

Théo : Quando adolescente eu ouvia muito grunge e depois punk rock e hardcore. Eles influenciaram muito minha forma de tocar bateria e o equipamento que eu usava. Sou barulhenta, muito barulhenta e preciso de um equipamento realmente forte. Eu basicamente aprendi a tocar bateria assistindo Dave grohl. Ele é poderoso e simples e visualmente extremamente interessante. É por isso que é tão importante para mim me mexer bastante e mostrar para o público que estou me divertindo! Odeio bateristas preguiçosos! Se você toca rock roll, você tem que se esforçar e dar 100%!

Aqui estão 3 bandas que mudaram minha vida! Eles são óbvios, mas tão importantes: estilos Nirvana, Graveyard, Comeback kid  3, mas eles são minha infância. Agora eu ouço mais rock roll, rock antigo e independente e música folclórica 

7) Você tem um novo vídeo no youtube com uma faixa do álbum completo? 

 

8) O que o público pode esperar de um show do Gasoline? Você está tocando algum cover famoso durante o show? 

Costumávamos tocar "Gloria", mas não tocamos mais. Quem vem ao show do Gasoline pode esperar uma boa e forte vibe rock'n'roll!

9) Há alguma banda na França que você se considere próximo, musicalmente falando?

A maior parte da banda que gostamos estaria nos EUA ou no Reino Unido! Mas nós amamos e nos sentimos muito próximos das bandas do nosso selo "Celebration Days Records" como "Cheap Wine" por exemplo!

10) Como você descreveria a música que está tocando? Isso é Garage Rock ou você acha que tem muito mais do que isso?

Garage rock claro misturado com blues e um pouco de punk rock, mas no final é só rock'n'roll!

11) Quais são os planos para 2022 no que diz respeito à Gasolina? 

Agora que o álbum foi lançado, continuaremos tocando ao vivo e trabalhando na gravação do próximo álbum!

12) Algo que você queira acrescentar?

VIVE LE ROCK!





RARIDADES

La Chifonnie - Au-dessus du pont (1980)



don't hang around, enjoy good music!

Destaque

Aniversários de janeiro de 2021

  Aniversários de janeiro de 2021 Lançado em 7 de janeiro de 1966 THE SECOND ALBUM The Spencer Davis Group O álbum com título bastante óbvio...