Agora a coisa vai ficar feia. Quando se trata de elencar instrumentistas, não tem jeito. Os guitarristas e vocalistas sempre são os que mais geram polêmica. Nosso post de hoje é dedicado aos mestres das seis cordas, os responsáveis por fazer muitos garotos montarem bandas, por reinventarem a sonoridade do rock, revolucionarem os recursos e técnicas. Com vocês, os 20 melhores guitarristas segundo a Consultoria do Rock.
É importante lembrar que a classificação difere do habitual sistema de pontuação da Fórmula 1, devido ao maior número de nomes da lista (20 ao invés de 10), e por isso, criamos o nosso próprio esquema. Ressaltamos também, que o critério de escolha depende muito do gosto pessoal e conhecimento de cada participante da lista. Não temos a pretensão de eleger um apanhado definitivo de músicos, mas apenas gerar uma discussão bacana, como sempre acontece. Cada participante elegeu seus 30 músicos favoritos, e seguindo a tabela abaixo, fechamos a lista com os 20 mais votados.
1. Tony Iommi(Black Sabbath) (614 pontos)
Encabeçando a lista, Tony Iommi, “O Homem de Ferro”, o filho da cidade operária de Birmingham, que escolheu a música como fuga para a realidade violenta que vivia. Mutilado nas pontas dos dedos em um acidente de fábrica, Iommi cogitou desistir do ofício – agradeçamos ao companheiro de trabalho que o mostrou um disco de Django Reinhardt, guitarrista de jazz que havia sofrido ferimento semelhante em um incêndio. Junto com seus colegas de origem proletária Ozzy, Geezer e Bill, inspirados em filmes de terror, criaram o Black Sabbath – e todo o gênero heavy metal com eles. Levando o estilo pesado do blues rock a outros patamares, Tony utilizava afinações mais baixas para aliviar a tensão nos dedos mutilados, o que fez Geezer o seguir, criando um som mais soturno, sombrio, abusando de trítonos e solos em pentatônica menor. A concepção sonora originalíssima deu vazão a Tony se descobrir como “a máquina de riffs”, com uma criatividade infinita para riffs pesados e mastodônticos que foram a cama sonora perfeita para a voz alucinada de Ozzy versar sobre um universo que mandava o “sunshine pop”, a estética psicodélica e o discurso de paz e amor para lá e esfregava no rosto de todos demônios sobrenaturais, políticos e cotidianos. Com o tempo, Iommi também mostrou capaz tanto de produzir um som agressivo e intenso quanto sofisticado e cheio de camadas, incorporando elementos do progressivo. Poucos podem se gabar de ter dez entre dez riffs reconhecidos, com gancho, groove e amplitude que criaram o DNA de gerações de filhos. Ninguém é reconhecido como “O Rei dos Riffs” à toa.(Bernardo)
2. Jimi Hendrix(The Jimi Hendrix Experience, Band Of Gypsis) (590 pontos)
Há dois erros que devem ser corrigidos antes da breve descrição. Estar em segundo lugar nesta lista representa apenas o sistema de votação adotado, não a justiça histórica e os fatos do ponto de vista musical; o segundo: é um pecado reduzir Jimi Hendrix apenas a guitarrista, porque ele é muito mais do que isso. A guitarra era o veículo de sua obra. Posso resumir quase tudo a respeito pedindo que cada guitarrista indicado desta lista fizesse uma lista dos melhores guitarristas, segundo sua opinião e vivência. Dificilmente o resultado seria outro. Talvez Jimi Hendrix seja um dos artistas (não só guitarrista) com o qual nós mais devamos nos esforçar em matéria de adjetivos. Sua importância para o rock só se equipara com a de Elvis Presley, Chuck Berry, dos Beatles e dos Rolling Stones. A história é contada antes e depois dele.(Ronaldo)
Performance destacada: “Voodoo Child” (The Jimi Hendrix Experience, 1969)
3. Jimmy Page(Led Zeppelin, The Yardbirds, The Firm) (580 pontos)
Jimmy Page não escalou os charts vindos da garagem da família, mas curtiu seu talento ralando duro nas coxias, salas de gravação e bares da vida. Puta velha desde muito jovem, Page acabaria pontificando como guitarrista, mentor e principal artíficie da melhor banda de rock de todos os tempos, sim, meus velhos, o Led Zeppelin. O Zeppelin, em grande parte, não foi senão o veículo para as ideias de Jimmy. E que ideias eram essas? Jimmy codificou o ideário zeppelianiano no próprio nome da banda: zepelim de chumbo. Pesado mas voa. Em termos musicais, se tratava de uma combinação insólita entre execuções intensas (heavy), sonoridades metálicas e, ao mesmo tempo, filigranadas, tão delicadas como as tramas de nossas rendeiras nordestinas. O ponto, porém, seria como captar este jogo de fundo e forma em estúdio, como fazer essa contradição aparente funcionar e arrancar o ouvinte da poltrona. E aí, o produtor e estilista vai além do guitarrista, embora parte do mérito não possa deixar de ir para John Paul Jones. Mas vamos combinar, nada disso seria possível sem o imenso talento de Page à guitarra (e cordas em geral) e sem sua habilidade e, sim, senhores (sei que aqui compro uma briga), originalidade como compositor. E devo, em função do dito anteriormente, afirmar: Jimmy Page é o maior guitarrista da história do rock. Artesão principal da releitura de ultramar do blues, Page não só injetou o jeitinho britânico em clássicos de Willie Dixon, como criou seus próprios números imortais, como em “Since I’ve Been Loving You” e “Tea For One”. Por fim, Page é um dos maiores melodistas da história do rock, para o que sua temporada na orquestra de Burt Bacharach no começo da carreira não deve ter tido influência menor. Seus solos são inesquecíveis não só pela extrema habilidade, mas também pela beleza melódica que os caracteriza. Como diria um amigo que tive em outra vida, se deus existisse, seria uma combinação dos solos de Jimmy Page.(Eudes)
Um dos grandes riffmakers da história criou seu estilo ao misturar o lado blues rock com influências da música clássica. Deixou seu nome cravado na história do rock ao gravar inúmeros clássicos ao lado do Deep Purple e do Rainbow. O rapaz é conhecido por ser um tanto egocêntrico e também por gostar de realizar longos improvisos nas apresentações. Ritchie Blackmore ainda é uma enorme referência para milhares de músicos.(Davi)
Quando eu assisti a um vídeo de Steve Howe já veterano, fiquei de boca aberta de como aquele “velhinho” tocava tanto com sua guitarra semi-acústica, quase do tamanho dele. Foi o ponto de sela em minha vida musical, por que a partir dali, virei um apaixonado por Yes e rock progressivo, tendo como guia espiritual as notas do Deus Steve Howe. Conhecendo sua carreira dentro e fora do Yes – sua carreira solo é tão fantástica quanto a do grande grupo britânico – descobri que Howe é um perfeccionista de mão cheia, algo que o torna exímio em diferentes ritmos. Country, jazz, blues, hard, funk e a música clássica são alguns estilos que ele domina com a excelência britânica que lhe é natural, passeando seus dedos em uma viagem tranquila para ele – e incrivelmente chocante para quem olha e ouve – não só na guitarra, mas no violão, banjo, mandolin, Sitar, slide guitar, steel guitar, entre outros. Vez em quando arrisca-se a cantar, nesse que talvez seja seu único defeito. Mas quando ele inventa de tocar violão, pelamordeHowe, é LYMDO. A canção que escolhi para representar mostra como ele é GENIAL tanto na guitarra elétrica quanto na acústica. Um exemplo de o que é ser músico, que apesar de sua extrema arrogância, quando começa a tocar a casa cai. Mesmo nos momentos mais fracos de sua carreira (vide Asia, GTR e sua carreira solo nos anos 90), o cara ainda estraçalhou, e que bom que está firme e forte entre os mortais, humilhando com prazer aqueles que adoram ser humilhados pela sua agilidade. Amém!(Mairon)
Considerado apenas como o sujeito que tem “os solos mais elegantes da história do rock”, a guitarra de Gilmour é reconhecida a léguas por qualquer um que já tenha escutado Pink Floyd alguma vez na vida. Sempre há aquela discussão sobre quem tem mais técnica, quem tem mais feeling ou o que é melhor entre ambos, mas o que posso dizer é que o britânico é especialista em produzir notas que tocam no fundo da alma, talvez até naqueles que não acreditam em alma. Com poucas palhetadas, sempre de um bom gosto estapafúrdio e um uso da guitarra slide que muitos tentam imitar sem sucesso, Gilmour marcou seu nome na história da música como um guitarrista sem igual.(André)
7. Eric Clapton(Cream, Derek and The Dominos, Blind Faith, solo) (364 pontos)
O que dizer de um guitarrista em cujo currículo constam bandas lendárias como os Yardbirds, John Mayall & the Bluesbreakers, Cream, Blind Faith e Derek & the Dominos, além de uma carreira solo com mais de quatro décadas de sucesso? E ainda por cima conhecido simplesmente como Deus? Qualquer pessoa que goste minimamente de rock precisa é ouvir o emocionante blues elétrico do Slowhand. Com um talento para a experimentação, é mestre da sustentação por feedback, dos vibratos e da ambiência a partir do posicionamento do microfone, além de popularizar a icônica combinação de guitarras Gibson Les Paul e amplificadores Marshall, o que redefiniu os rumos da guitarra elétrica para sempre.(Ulisses)
Performance Destacada:O discoBlues Breakers with Eric Clapton causou o maior alvoroço quando lançado; ouça e entenda o por quê das pichações de ‘Clapton is God’. (John Mayall & the Bluesbreakers, 1966).
8. Eddie Van Halen(Van Halen) (308 pontos)
Se existiu revolução maior na guitarra pós-Jimi Hendrix do que aquela levada a cabo por Eddie Van Halen, esqueceram de me avisar. A importância desse holandês radicado nos EUA e bem sucedido no mundo todo consegue ir além de sua já gigantesca influência, pois sua abordagem, longe de ser um derivativo de outros guitarristas, trouxe um ineditismo quase sem precedentes. Quem o critica por ter sido erroneamente citado como pioneiro da técnica de tapping (manjam “Eruption”?) parece ignorar que a construção do estilo de Eddie vai muito além disso, unindo diversas técnicas a um senso melódico extraordinário e ao uso do corpo da guitarra como uma totalidade. Outra característica marcante é seu trabalho na busca de timbres únicos, além, é claro, de sua capacidade como compositor de temas sensacionais, em álbuns comoVan Halen(1978) eFair Warning(1981). Eddie adiantou o que seria da guitarra na década de 1980 e, para mim, ninguém soou tão excitante quanto ele.(Diogo)
Quando se fala na qualidade técnica dos músicos do Rush, Alex Lifeson sempre acaba sendo o patinho feio. Tudo bem, ele pode não ser tão apurado quanto Geddy Lee ou tão virtuoso quanto Neil Peart, mas ainda assim é dono de uma técnica acima da média e sabe empregar suas habilidades de modo a contribuírem e elevarem as composições, sem nunca ofuscá-las. Se usarmos como referência na guitarra do rock progressivo, o som de bandas como Yes, Genesis e Pink Floyd, por exemplo, Lifeson aparece muito mais como um guitarrista de hard rock. O uso constante de distorção, riffs e solos mais agressivos mostram bem isso, e contribuem para a massa sonora do trio canadense. Nenhum outro músico encaixaria tão bem no posto de guitarrista do Rush.(Bruno)
Meu primeiro contato com Robert Fripp foi em um show do G3 em que surpreendentemente ele fez parte (os outros dois eram o patrão Joe Satriani e seu pupilo Steve Vai). Eu já conhecia o King Crimson na época, mas não ligava a banda à ele. Lembro que ele se apresentou da maneira que ele se costuma se apresentar em sua banda principal, sentado. Isso enfureceu a horda de idiotas que tinham ido ali sedentos por malabarismos musicais. Fripp também não parava de operar um equipamento em sua frente como se estivesse em constante equalização do som da sua guitarra, parecendo que o som que saia dos equipamentos não lhe agradava. Porém o som era indescritível e eu não conseguia descrevê-lo. Depois de um tempo que descobri que ele na verdade estava operando um dos equipamentos idealizado por ele mesmo que ficou conhecido como frippertronics. Com o tempo fui me encantando com a sonoridade que saia da guitarra desse cara. Não apenas pelo que ele fez nos primeiros álbuns do King Crimson, mas também com todas as mudanças e evoluções da sonoridade da banda. CompareIn the Court of Crimson King(1969),Red(1974) eThree of a Perfect Pair(1984). Ele se reinventou em cada álbum. Não posso esquecer de citar as participações em álbuns de outros artistas. São inúmeras, e a que mais se destaca é no álbumFool’s Matede Peter Hammill. Em ambientes corporativos muitos dizem que uma equipe é reflexo de seu líder e Robert Fripp representa perfeitamente isso. A excelência do King Crimson reflete exatamente o que seu líder tentou passar durante toda sua carreira. Durante algum tempo eles sequer ensaiavam ou definiam um set list para os shows. Era tudo feito no improviso! Quer maior domínio musical que esse?(Fernando)
11. Frank Zappa(The Mothers of Invention, solo) (199 pontos)
Compositor, arranjador, maestro, vocalista, baterista, percussionista, mas acima de tudo, um dos maiores guitarristas da história, Frank Zappa fez história na década de 60, liderando o Mothers of Invention com uma psicodelia irreverente e audaciosa, que tocava em assuntos até então não tão comuns no mundo da música, como drogas, sexo e política. Nos anos 70, Zappa começou uma longa série de lançamentos de discos, que revelou ao mundo inúmeros novos talentos, o que continuou nos anos 80, com a política cada vez sendo mais surrada nas letras geniais de Zappa. Nesse meio tempo, ainda conseguiu flertar com a música clássica, lançando discos também de extrema beleza, na qual ele simplesmente era o maestro e o arranjador, ou arrepiando com pérolas minimalistas e experimentais influenciadas por seu maior ídolo, Edgar Varèse. Nas seis cordas, o homem estraçalhava. Sabia como poucos usar efeitos distintos para chocar os ouvidos, mesclando notas velozes com longos sustains, arrancando melodias que facilmente identificamos como sendo de Zappa, uma marca que poucos guitarristas possuem, e ainda conseguindo inclusive tocar algo que nem ele próprio conseguia escrever, mostrando que técnica era apenas um dos infinitos dotes que o GÊNIO Zappa possuía. Faleceu em 1993, vítima de câncer, mas deixou um legado inesgotável para ser descoberto pelos fãs.(Mairon)
12. John Mclaughlin(The Mahavishnu Orchestra, Miles Davis, solo) (191 pontos)
Miles Davis não ia escolher um guitarrista sem predicados no mínimo respeitáveis pra conduzir uma revolução sonora no jazz. Além de ser tremendamente técnico (em alguns momentos, até um pouco além da medida), Mclaughin é um músico muito intuitivo, excelente na improvisação e na construção de uma música densa, forte, marcante, absolutamente viva e energética. Craque também no violão. Não contribuiu muito em termos de sonoridade, contudo foi soberbo em associar linguagens díspares de guitarra em tipo de som que já nasceu mestiço – o fusion.(Ronaldo)
Performance destacada:“Noonward Race” (The Mavishnu Orchestra, 1972)
13. Michael Schenker(UFO, Michael Schenker Group, Scorpions) (180 pontos)
Reconhecido pelos seus solos e seu temperamento difícil, Schenker foi um dos primeiros guitarristas a fazer sucesso e ser admirado como um grande virtuoso do rock. Admiro este grande guitarrista graças aos seus trabalhos no UFO. Mudando do space rock dos dois primeiros discos para um hard rock pegajoso a partir do discoPhenomenon(1974), Michael Schenker nos brinda tanto com riffs certeiros como fazia Blackmore no Purple quanto com solos marcantes dotados de uma técnica incrível nos breaks quase sempre acompanhado de sua Flying V. Enérgico e cheio de si, Schenker é um verdadeiro guitar hero.(André)
14. Randy Rhoads( Ozzy Osbourne, Quiet Riot) (176 pontos)
Visto como uma das maiores promessas da guitarra no início dos anos 80, Randy Rhoads não conseguiu mostrar todo seu valor por conta do trágico acidente de avião que encurtou a vida desse excelente músico. Os álbuns que fez sob a batuta do Madman Ozzy Osbourne além de marcarem a volta do vocalista, imortalizaram esse jovem. Com apenas 16 anos eles já tinha uma banda formada, com seu amigo Kelly Garni e que viria a se tornar o Quiet Riot, e dava aulas de guitarra na escola de música da sua mãe. Seus álbuns com o Quiet Riot (que foram detalhadosaqui) mostravam um guitarrista ainda tímido, mas com evidente potencial. A turnê abrindo os shows do Van Halen no final da década de 70 e a conseqüente convivência de Randy com Eddie Van Halen, certamente ajudou a moldar seu estilo de tocar que combinava seus conhecimentos em música clássica como o heavy metal da época. Apesar de sua curta carreira ele é citado por muitos guitarristas que surgiram depois dele como grande influência.(Fernando)
15. Jeff Beck(The Yardbirds, The Jeff Beck Group, Beck, Bogart & Appice) (168 pontos)
Jimmy Page e Jeff Beck saíram do mesmo ovo. E não me refiro aqui apenas ao fato de que tocaram ambos nos legendários Yardbirds, mas sobretudo ao fato de que aportaram no estrelato do rock’n’roll depois de, se não longa, pelo menos intensa jornada nos bastidores do mundo da música, como session men, músicos da noite e produtores. Jeff, inclusive antes do Led Zeppelin, inventou o blues como base para o pop rock do fim dos anos 60, com o monumental LPTruth. Ali, ancorado num time de bambas, Jeff lançou as bases do que seria o rock do anos 70. Um blues amplificado, com largas camadas de melodia que o tornasse assobiável e, claro, complexas e inventivas passagens de guitarra. Muitos vêm semelhança de concepção entre este disco eLed Zeppelin I, o que é inegável, mas é preciso dizer queTruthsaiu antes. Jeff fez ainda um disco com, a mesma formação do então chamado Jeff Beck Group, o igualmente deliciosoBeck Ola, mas aí ele já tinha pulado para outra e montado o power trio Beck, Bogert & Appice com o qual chegaria pela segunda vez ao panteão da imortalidade em vinil. Nesse ponto, Jeff começou a achar que seu talento com as cordas era excessivo para a simplicidade bluesy do rock e lançou nada mais nada menos do que os dois mais inspirados discos do que, na época, se chamou jazz rock:Blow by BloweWired. A experiência inauguraria um estilo guitarrístico que é marca registrada de Beck desde então. Nos anos 90, com uma inesperada, mas faiscante combinação de seus estilo jazz-blues com bases eletrônicas, lançou maravilhosos LPs para sacudir a roseira dos reacionários de plantão:Who ElseeYou Had It Coming. Contido mas cheio de surpresas, intenso e furioso mas elegante e esguio, posso lhes assegurar, que Beck é ainda o homem mais indicado para lançar o blues ao futuro.(Eudes)
Um dos mentores do estilo neoclássico, Roth é talvez o mais famoso e devotado discípulo de Jimi Hendrix, despejando tributos ao mestre a cada nota. Com arpejos inusitados, escalas alternadas, melodias insanas e uso intensivo da alavanca, o loiro criou seus primeiros sucessos no Scorpions, lançando quatro discos de estúdio e um ao vivo, mas logo seu amor por música erudita falou mais alto, levando-o a atingir um grau de perfeição através do Electric Sun e de sua carreira solo que ele não acreditava ser impossível se tivesse continuado no Scorpions. O virtuoso aliou suas visões transcendentais de blues com a música clássica após uma visão, ainda jovem, onde escrevia um concerto para violino, influenciando assim milhares de outros guitarristas, como Yngwie Malmsteen e Eddie Van Halen; sempre, é claro, com suas mensagens espirituais e tocando a icônica Sky Guitar com garra e destreza impecáveis.(Ulisses)
Performance Destacada:“The Summer”(Uli Jon Roth, 2003).
17. Brian May(Queen) (158 pontos)
Ninguém soa como Brian May e há uma razão para isso. Além de ser dono de um estilo único, é dono de uma guitarra única. A tão conhecida old lady não foi adquirida em loja nenhuma. É resultado de uma fabricação caseira. Extremamente criativo, além de ser tido como um excelente músico, excelente compositor e um ótimo cantor, May é considerado o primeiro guitarrista a gravar uma harmonia com 3 partes, como se fosse uma orquestra. O feito pode ser conferido em “Killer Queen”.(Davi)
18. Neal Schon(Santana, Journey, Bad English) (150 pontos)
A capacidade de Neal Schon nas seis cordas foi revelada ao mundo desde muito cedo. Com apenas 16 anos já era integrante do Santana, com o qual gravou o clássicoSantana III(1971) eCaravanserai(1972), formando com Carlos uma dupla eclética que soltava faíscas. Junto ao Journey, banda que fundou e integra até hoje, seu vocabulário musical seguiu se ampliando, indo do jazz e do rhythm ‘n’ blues ao rock pesado com facilidade e mantendo invejável destreza e fluidez, além de sensibilidade pop sem sacrificar qualidade. Mas isso não foi suficiente, e Neal trabalhou com dezenas de artistas, enriquecendo diversas obras com sua habilidade ímpar. Acima de tudo, Neal é um solista de primeira linha, criativo como poucos e melódico como só ele. Como disse Ted Nugent certa vez, seus solos “quase revertem o eixo da Terra”.(Diogo)
De todos os guitarristas dessa lista, Townshend provavelmente seja o menos técnico, disparado. Aí é que está: Quem disse que só a técnica define a qualidade e importância de músico? Já nos anos 60, Pete causava alvoroço com suas performances incendiárias no palco, e as palhetadas violentas em sua Stratocaster, criando uma sonoridade crua e agressiva, sem dúvida um dos pilares do punk rock. Com a inacreditável sequênciaTommy(1969),Who’s Next(1971) eQuadrophenia(1973), o narigudo não só aperfeiçoou sua técnica como tornou-se referência em composição, tanto no instrumento quanto como letrista. Alternando os power chords com seu dedilhado característico, Townshend criou uma sonoridade única e facilmente reconhecível.(Bruno)
20. Keith Richards(The Rolling Stones) (136 pontos)
Ele pegou junto com Brian Jones a guitarra de Chuck Berry e criou um som de duas guitarras rítmicas que soava provocante, sexy e marginal. Sua obsessão pelo rythm & blues – o mesmo ao introduzir Berry no Rock and Roll Hall of Fame teria dito que “copiou todos os riffs” do americano – refletiu em frases de guitarra que estouraram nos quatro cantos do mundo – como se vê em “(I Can’t Get No) Satisfaction”, criada durante uma noite de insônia e cujo ritmo, básica, “na cara’ e com um pesado tom de fuzz com certeza inflamou o coração rebelde de muitos jovens que ouviram. Com o tempo, “o bandido do rock” adentrou ainda mais de cabeça na música americana – na fase mais pirada e visceral dos Stones, folk, soul e gospel mostraram o domínio que o mesmo tem sobre a música do século vinte, responsável junto com a sua contraparte dos “Glimmer Twins” Mick Jagger por alguns dos maiores sucessos da música popular. O mesmo, em seus relatos, transparece a paixão por músicas rasgadas, que tragam o mundo abaixo, na agressividade ou na tristeza – é frequente a história que certa noite, enquanto ensaiava, certo tom foi encontrado, certa sequência de notas foi introduzida, e a música veio galopando até se materializar. Acostumado a longas parcerias com outros guitarristas – Jones, Mick Taylor, Ron Wood, a sintonia de uma banda já vem quase de maneira hipnótica. Compôr, para muitos, pode ser uma tarefa ingrata, mas o pirata inglês é um Midas das seis cordas – tudo que ele encosta, você quer ouvir na mesma hora. É arrebatador, irresistível. Quando você menos perceber, já saiu da inércia e está dançando feito louco.(Bernardo)
*Uli Jon Roth e Brian May empataram com 158 pontos, mas o alemão ficou na frente por ter tido mais citações entre os participantes.
Sérgio Dias (Mutantes, solo)
André Kaminski
1. David Gilmour 2. Tony Iommi 3. Jimmy Page 4. Neal Schon 5. Ritchie Blackmore 6. Michael Schenker 7. Jimi Hendrix 8.Sergio Dias 9. George Lynch 10. Steve Howe 11. John Sykes 12. Joe Walsh 13. Tommy Bolin 14. Adrian Smith 15. Robin Trower 16. Brendon Small 17. Andreas Kisser 18. Dario Mollo 19. Dave Mustaine 20. Arjen Anthony Lucassen 21. Thomas Youngblood 22. James Hetfield 23. Yngwie Malmsteen 24. Uli Jon Roth 25. Joe Satriani 26. Pete Townshend 27. Alex Lifeson 28. Paul Quinn 29. Scott Ian 30. Randy Rhoads
Muddy Waters (solo)
Bernardo Brum
1.Tony Iommi 2.Muddy Waters 3. Curtis Mayfield 4. Jerry Cantrell 5. Eddie Hazel 6. Thurston Moore 7. Jimi Hendrix 8. Jards Macalé 9. Blixa Bargeld 10. Ron Asheton 11. Keith Richards 12. Pete Townshend 13. George Harrison 14. Chuck Berry 15. East Bay Ray 16. Prince 17. Warren Ellis 18. Frank Zappa 19. Joni Mitchell 20. Fred Sonic Smith 21. Neil Young 22. J Mascis 23. John Frusciante 24. Jimmy Page 25. PJ Harvey 26. Sérgio Dias 27. Daron Malakian 28. Johnhy Ramone 29. Dimebag Darrell 30. Johnny Thunders
J Mascis (Dinosaur Jr.)
Bruno Marise
1.J Mascis 2. Tony Iommi 3. Scott Gorham 4. Dimebag Darrell 5. John Frusciante 6. Jimmy Page 7. Jerry Cantrell 8. Pepper Keenan 9. Neil Young 10.Ron Asheton 11. Martin Barre 12. Jimi Hendrix 13. Johnny Ramone 14. Alex Lifeson 15. Josh Homme 16. Tom “Pig” Champion 17. Daron Malakian 18. Billy Gibbons 19. Johnny Winter 20. Pete Towshend 21. Gary Moore 22. Ritchie Blackmore 23. Tom Verlaine 24. Jack White 25. Brian Robertson 26. Randy Rhoads 27. Wilko Johnson 28. Tom Morello 29. Brian May 30. Jorma Kaukonen
Ace Frehley (Kiss, solo)
Davi Pascale
1. Jimi Hendrix 2. Ritchie Blackmore 3. Jimmy Page 4. Brian May 5. Eric Clapton 6. Tony Iommi 7.Ace Frehley 8. Keith Richards 9. Stevie Ray Vaughan 10. Eddie Van Halen 11. Angus Young 12. George Harrison 13. Pete Townshend 14. Steve Vai 15. The Edge 16. Joe Satriani 17. Yngwie Malmsteen 18. Zakky Wylde 19. Gary Moore 20. Mark Knopfler 21. Jake E Lee 22. Richie Kotzen 23. Paul Gilbert 24. Richie Sambora 25. John Norum 26. George Lynch 27. Peter Frampton 28. Marty Friedman 29. Carlos Santana 30. Slash
Diogo Bizotto
George Lynch (Dokken)
1. Eddie Van Halen 2. Tony Iommi 3. Neal Schon 4. Ritchie Blackmore 5.George Lynch 6. Randy Rhoads 7. Jake E. Lee 8. Steve Howe 9. Richie Kotzen 10. Robert Fripp 11. Eric Clapton 12. Chuck Schuldiner 13. Gary Moore 14. Jeff Beck 15. John Sykes 16. Michael Schenker 17. Uli Jon Roth 18. Joe Walsh 19. Yngwie Malmsteen 20. Jimi Hendrix 21. Ted Nugent 22. Steve Lukather 23. Paul Gilbert 24. Jimmy Page 25. David Gilmour 26. Brian May 27. Richie Sambora 28. Alex Skolnic 29. Warren DeMartini 30. Prince
Carlos Santana
Eudes Baima
1. Jimmy Page 2. Jimi Hendrix 3. Jeff Beck 4. Robert Fripp 5. John McLaughlin 6. Frank Zappa 7. Eric Clapton 8. Steve Howe 9. Ritchie Blackmore 10. David Gilmour 11.Carlos Santana 12. Keith Richards 13. Scotty Moore 14. George Harrison 15. Muddy Waters 16. B.B. KIng 15. Ry Cooder 16. Tony Iommi 17. Steve Cropper 18. Duane Allman 19. Neil Young 20. Buddy Holly 21. Curtys Mayfield 22. Jack White 23. Link Wray 24. Stephen Stills 25. Johnny Winter 26. Dick Dale 27. Buddy Guy 28. Lany Gordin 29. Andy Summer 30. Robbie Robertson
Fernando Bueno
Adrian Smith (Iron Maiden)
1. Steve Howe 2. David Gilmour 3. Alex Lifeson 4. Randy Rhoads 5. Eric Clapton 6.Adrian Smith 7. Richie Sambora 8. Robert Fripp 9. Eddie Van Halen 10. Brian May 11. Tony Iommi 12. Jimi Hendrix 13. Jimmi Page 14. Dimebag Darrell 15. Kai Hansen 16. Tommy Bolin 17. Timo Tolki 18. Slash 19. Eduardo Ardanuy 20. Joe Bonamassa 21. Rafael Bittencourt 22. Richie Blackmore 23. Dave Mustaine 24. Andy LaRocque 25. Zakk Wylde 26. Yngwie Malmsteen 27. James Hetfield 28. John Petrucci 29. Joe Satriani 30. Steve Hackett
Mairon Machado
Rik Emmet (Triumph)
1. Steve Howe 2. John McLaughlin 3.Rik Emmett 4. Eddie Van Halen 5. Frank Zappa 6. Ritchie Blackmore 7. Jorma Kaukonen 8. Sérgio Dias 9. Duane Allman 10. John Cippolina 11. Jimmy Page 12. Uli Jon Roth 13. Michael Schenker 14. Alex Lifeson 15. Hideki Ishima 16. Robert Fripp 17. Kunio Suma 18. Jan Akkerman 19. Ace Frehley 20. Tommy Bolin 21. Gary Green 22. Larry Coryel 23. Stevie Ray Vaughan 24. Apostolis Anthimos 25. Gary Moore 26. Ike Turner 27. Sergio Hinds 28. Wes Montgomery 29. Michael Karoli 30. Tony Iommi
Ronaldo Rodrigues
Jan Akkerman (Focus)
1. Jimi Hendrix 2. Jimmy Page 3.Jan Akkerman 4. Larry Coryell 5. Eric Clapton 6. Steve Howe 7. Johnny Winter 8. Jeff Beck 9. Ritchie Blackmore 10. Rory Gallagher 11. Duane Allman 12. George Benson 13. Frank Zappa 14. Robin Trower 15. John McLaughin 16. Michael Schenker 17. Andy Powell 18. David Gilmour 19. Paul Kossof 20. April Lawton 21. Gary Moore 22. Carlos Santana 23. Freddie King 24. Uli Jon Roth 25. Andy Latimer 26. Terry Kath 27. Frank Marino 28. Billy Gibbons 29. Peter Green 30. Angus Young
John Fogerty (Creedence Clearwater Revival, solo)
Ulisses Macedo
1. Tony Iommi 2. David Gilmour 3. Jimi Hendrix 4. Eric Clapton 5.John Fogerty 6. Mark Knopfler 7. Ritchie Blackmore 8. Jimmy Page 9. Uli Jon Roth 10. Al Di Meola 11. Eddie Van Halen 12. Stevie Ray Vaughan 13. Carlos Santana 14. Angus Young 15. Buck Dharma 16. Alex Lifeson 17. Nokie Edwards 18. Steve Howe 19. Dave Mustaine 20. Randy Rhoads 21. Pete Townshend 22. Tom Morello 23. Brian May 24. Mark ‘The Shark’ Shelton 25. Andrew Latimer 26. Edu Ardanuy 27. Michael Schenker 28. Dimebag Darrell 29. Vivian Campbell 30. Mark Reale
Há tempos que o Europe deixou de ser uma mera banda farofa escorada em um grande sucesso para peregrinar por novos e bem-sucedidos mundos, que se não agrada aos saudosistas, vem cada vez mais conquistando novos fãs, principalmente aqueles que mais torciam o nariz no auge do sucesso da banda, com o eterno álbum The Final Countdown (1986).
Em Last Look at Eden (1999), o quinteto mostrava um amadurecimento através de uma bem empregada modernidade no seu som, fortemente influenciados por Led Zeppelin, o que ficou ainda mais evidente no belíssimo Bag of Bones(2012). O mesmo time de Bag of Bones, a saber Joey Tempest (vocais), John Norum (guitarras), John Léven (baixo), Mic Michaeli (teclados) e Ian Haugland (bateria), lançou no início desse mês de março seu décimo álbum, e dessa vez, o grupo fugiu das raízes hard zeppelianas, buscando novas fontes para moldar seu som, e por incrível que pareça, agradando tanto quanto seus discos anteriores, mostrando que o grupo, independente do que for tocar, consegue sair-se muito bem graças ao talento individual e do conjunto que eles formam.
John Leven, Ian Haughland, Mic Michaeli, Joey Tempest e John Norum
Logo de cara, somos surpreendidos pela pegada forte da faixa-título, com um riff pesado que nos traz a voz de Tempest. Ficamos ainda mais surpresos durante o refrão, por que a sensação que é transmitida é que não estamos ouvindo um álbum do Europe, mas sim, do atual Uriah Heep (!). Sim, a combinação de guitarras e teclados, mas principalmente, o estilo vocal de Tempest, lembram E MUITO o estilo de Bernie Shaw (vocalista do Uriah Heep)
Outras faixas também nos remetem diretamente para Uriah Heep, as quais são "California 405", "Light it Up", "Days of Rock 'n' Roll" (nessa eu tenho certeza que é o Shaw quem está cantado) e no refrão de "Second Day", que traz também um pouco de Deep Purple. Ou seja, cinco de onze canções nos mostram uma forte influência de uma banda que não é tão conhecida como Led Zeppelin, mas que ainda está fazendo shows, gravando material novo e servindo de inspiração para colegas, o que é extremamente positivo.
Joey Tempest, o Bernie Shaw sueco?
As lembranças de Deep Purple também surge no riff egípcio de "Rainbow Bridge", facilmente confundível com "Perfect Stranger", e nas pesadas "Hole in My Pocket" e "Nothin' to Ya", essas mais parecidas com canções da fase solo de Glenn Hughes, com uma pegada agressiva que já vem sida apresentada pelo Europe desde o seu retorno em 2004, com o ótimo Start from the Dark, e até na sabbáthica "Praise You", que se não fosse pelos teclados e pela voz de Tempest, podia facilmente estar nos álbuns da trupê de Iommi nos anos 80.
A dupla Norum e Léven está afiadíssima, construindo riffs pesados e grudentos, com especial atenção para "Children of the Mind". Norum aliás é o grande destaque do disco, com solos ágeis e velozes, muito bem casados com grandes doses de feeling, que demonstram todo o seu talento, mas principalmente, o colocam hoje lado a lado com grandes nomes das seis cordas, e por que não, entre os principais. A bônus da versão japonesa, "Vasastan" é a que mais representa a importância de Norum para o Europe, sendo uma linda balada instrumental com um show de emoção dado pelo sueco nas seis cordas.
Joey Tempest e John Norum
Ainda temos espaço para a balada "Angels (With Broken Hearts)" fazer bater mais forte o coração das mocinhas saudosas pelas longas cabeleiras loiras de Tempest na década de 80.
War of Kings foi lançado também em uma versão Limitada, em formato de caixa, com uma camiseta, CD, DVD, booklet, cartão postal e um adesivo, o qual pode ser encontrado por um valor regularmente acessível, apesar do dólar hoje estar mais alto do que bêbado durante o carnaval.
Uma das poucas críticas feitas à trilha sonora de Blade Runner é que, embora mantenha uma forte coerência interna com base em sua atmosfera distinta, é verdade que poucos temas tocam mais de uma vez no filme como " leitmotivs ". Nada a ver com o que costumam fazer em Hollywood. O tema dos títulos finais não é exceção, já que não soa no filme exatamente até o final, por isso é difícil considerá-lo como o tema principal, por mais que seja um dos mais populares. Se eu tivesse que escolher um tema principal de Blade Runner , seria aquele que toca nos créditos de abertura e depois, em uma versão mais doce, durante o monólogo final do replicante Roy.
Mas inevitavelmente, tanto pela qualidade musical quanto pelo uso em outras mídias (aqui na Espanha está à frente de um noticiário há décadas), o tema dos títulos finais tinha que estar aqui. E cuidado, não acho que seja o tema principal do filme, mas é puro Blade Runner .
Johnny Rivers - Secret Agent Man, The Ultimate Johnny Rivers Anthology - 1964-2006
Tracks
Disc 1 1. Memphis (Berry) - 2:30 2. Maybelline (Berry) - 2:15 3. Mountain of Love (Dorman) - 2:39 4. Midnight Special (Traditional) - 2:28 5. Seventh Son (W. Dixon) - 2:45 6. Where Have All the Flowers Gone (Seeger) - 3:15 7. Secret Agent Man (P.F. Sloan, Barri) - 3:05 8. (I Washed My Hands In) Muddy Water (Babcock) - 2:58 9. Poor Side of Town (Rivers, Adler) - 3:28 10.Baby, I Need Your Lovin' (Holland, Dozier, Holland) - 3:07 11.The Tracks of My Tears (Robinson, Tarplin, Moore) - 2:56 12.Summer Rain (Hendricks) - 3:36 13.Positively 4th Street (Dylan) - 5:02 14.Muddy River (Hendricks) - 3:27 15.Into the Mystic (Morrison) - 4:41 16.Sea Cruise (Smith) - 2:50 17.Rockin' Pneumonia / Boogie Woogie Flu (Vincent, Smith) - 3:12 18.Blue Suede Shoes (Perkins) - 2:47
Disc 2 1. Help Me Rhonda (Wilson) - 2:54 2. Swayin' to the Music (Slow Dancin') (Tempchin) - 4:00 3. Curious Mind (Um, Um, Um, Um) (Mayfield) - 3:03 4. That's Alright Mama (Big A. Crudup) - 2:51 5. Honey Don't (Perkins) - 3:21 6. Big River (Cash) - 3:04 7. Matchbox (Perkins) - 2:12 8. Down at the House of Blues (Rivers) - 4:40 9. Closer to You (Rivers, Hamblin) - 4:55 10.Blue Suede Shoes (Tribute to Carl Perkins) (Hendricks, Hendricks) - 3:48 11.Last Train to Memphis (Rivers, Tempchin) - 3:41 12.China (Live) (Georgiades, Monday) - 5:49 13.Midnight Special (2004 Version) (Traditional) - 4:41 14.I'll Be Back (Lennon, McCartney) - 2:27 15.Going Back to Big Sur (Rivers) - 3:32 16.Feel a Whole Lot Better (Clarke) - 2:50 17.Rollin' Stone (Waters) - 3:04 18.Let It Rock (Berry) - 2:31
01. And You My Love 02. Winter Song 03. Heaven 04. Shine, Shine, Shine 05. On The Beach 06. There She Goes 07. Shadows Of The Big Man 08. 90's Blues 09. Road To Hell 10. I'm Still Holding On 11. Looking For The Summer 12. I Ain't The Fool 13. Every Second Counts 14. Bless Them All 15. Auf Immer Und Ewig (Soundtrack) 16. Ace Of Hearts
Este é um álbum de uma brilhante dupla parisiense que foi lançado no início deste ano, mas a banda demorou tanto para responder às perguntas da entrevista que só foi publicada agora. Ótimo material de qualquer maneira, ouça! Vale muito a pena.
1) Para os visualizadores deste blog que não os conhecem, o que vocês diriam sobre a Gasolina para se apresentarem? Há quanto tempo vocês estão juntos como uma banda? Quem toca qual instrumento na banda? Quais são as suas várias origens individuais?
Gasoline é um duo francês composto por Théo Gosselin na bateria e Thomas Baignères na guitarra e voz. Théo Gosselin é um fotógrafo francês, famoso por suas road trips e fotos de rock'n'roll. Thomas Baignères, antes de ingressar na Gasoline, tocou em várias bandas, incluindo "leSpark", "Flare Voyant" e "Les Darlings". Os dois unidos por alguns amigos em comum criaram "Gasoline" uma poderosa dupla de rock'n'roll inspirada nos anos sessenta, setenta, Swinging London, Woodstock, com uma ótima combinação da voz icônica de Thomas, riffs de guitarra e a bateria pesada de Tho. Formamos a dupla em 2019.
2) Sobre o álbum completo "The Orange Album", você pode explicar a escolha desse título? O que você pode contar sobre o processo de gravação? Foi uma gravação "ao vivo" no estúdio ou uma gravação faixa a faixa com muitos overdubs?
Theo escolheu o laranja como cor deste primeiro álbum. O segundo será "The Green Album". Esta escolha é mais estética do que qualquer outra coisa. Sobre o processo de gravação, estamos gravando muito rápido, três dias para as tomadas e três dias para a mixagem! Essa foi uma gravação ao vivo, mas depois adicionamos alguns overdubs.
3) Vocês usam a tecnologia de gravação digital atual ou vocês só trabalham com máquinas analógicas em estúdios analógicos?
Temos usado os dois! Primeiro conseguimos fazer uma gravação digital, mas depois o resultado final foi em cassete.
4) Existe um compositor principal na banda ou todos estão envolvidos de uma forma ou de outra?
Nós dois compomos músicas e escrevemos músicas! Mesmo que Theo seja o baterista, ele tem muitas ideias de riffs de guitarra e letras!
5) Qual é o seu tópico/tópico favorito que vem facilmente quando você escreve a letra de uma nova música?
O rock'n'roll obviamente é o assunto principal, diríamos que existem muitos assuntos relacionados ao rock'n'roll: não só sexo e drogas, mas é todo um universo sobre o qual adoramos falar.
6) Que tipo de música você ouvia na adolescência e isso ainda influencia o seu trabalho hoje? Quais eram suas bandas favoritas quando adolescente? Cite 3 bandas que você considera que ainda influenciam seu trabalho hoje.
Thomas : Para mim, definitivamente seriam os Rolling Stones e todos os homens do blues que os inspiraram: John Lee Hooker, Muddy Waters, Howlin Wolf. Essa música ainda hoje inspira meu trabalho é claro!
Théo : Quando adolescente eu ouvia muito grunge e depois punk rock e hardcore. Eles influenciaram muito minha forma de tocar bateria e o equipamento que eu usava. Sou barulhenta, muito barulhenta e preciso de um equipamento realmente forte. Eu basicamente aprendi a tocar bateria assistindo Dave grohl. Ele é poderoso e simples e visualmente extremamente interessante. É por isso que é tão importante para mim me mexer bastante e mostrar para o público que estou me divertindo! Odeio bateristas preguiçosos! Se você toca rock roll, você tem que se esforçar e dar 100%!
Aqui estão 3 bandas que mudaram minha vida! Eles são óbvios, mas tão importantes: estilos Nirvana, Graveyard, Comeback kid 3, mas eles são minha infância. Agora eu ouço mais rock roll, rock antigo e independente e música folclórica
7) Você tem um novo vídeo no youtube com uma faixa do álbum completo?
8) O que o público pode esperar de um show do Gasoline? Você está tocando algum cover famoso durante o show?
Costumávamos tocar "Gloria", mas não tocamos mais. Quem vem ao show do Gasoline pode esperar uma boa e forte vibe rock'n'roll!
9) Há alguma banda na França que você se considere próximo, musicalmente falando?
A maior parte da banda que gostamos estaria nos EUA ou no Reino Unido! Mas nós amamos e nos sentimos muito próximos das bandas do nosso selo "Celebration Days Records" como "Cheap Wine" por exemplo!
10) Como você descreveria a música que está tocando? Isso é Garage Rock ou você acha que tem muito mais do que isso?
Garage rock claro misturado com blues e um pouco de punk rock, mas no final é só rock'n'roll!
11) Quais são os planos para 2022 no que diz respeito à Gasolina?
Agora que o álbum foi lançado, continuaremos tocando ao vivo e trabalhando na gravação do próximo álbum!