sexta-feira, 11 de agosto de 2023

BIOGRAFIA DE Nara Leão

 

Nara Leão

Nara Lofego Leão (Vitória19 de janeiro de 1942 — Rio de Janeiro7 de junho de 1989) foi uma cantoracompositora e instrumentista brasileira.

História

Filha caçula do casal capixaba Jairo Leão, advogado, e Altina Lofego, professora. Pelo lado paterno era descendente de portugueses, dos Açores, e pelo materno era descendente de imigrantes italianos da vila de Castelluccio Superiore, na região da Basilicata, que imigraram para o Espírito Santo no século XIX (famílias D'Amico e Lofiego). Nara nasceu em Vitória e mudou-se para o Rio de Janeiro quando tinha apenas um ano de idade, com os pais e a irmã, a jornalista Danuza Leão.[1]

Durante a infância, Nara teve aulas de violão com Solon Ayala e Patrício Teixeira, ex-integrante do grupo Os Oito Batutas, de Pixinguinha. Aos 14 anos, em 1956, resolveu estudar violão na academia de Carlos Lyra e Roberto Menescal, que funcionava em um quarto-e-sala na rua Sá Ferreira, em Copacabana. Aos 18 anos, Nara tornou-se professora da academia.[1]

Musa da Bossa Nova

Nara em show de 1965.

bossa nova nasceu em 1957, quando Nara fazia reuniões no apartamento de seus pais, localizado no edifício Champs-Elysées, em frente ao posto 4, da Avenida Atlântica, em Copacabana, das quais participavam nomes que seriam consagrados no gênero, como Roberto MenescalCarlos Lyra, Chico Feitosa e Ronaldo Bôscoli.[1]

Daí em diante, Nara se reaproxima de Carlos Lyra, que rompeu a parceria musical com Bôscoli em 1960, e de ideias mais à esquerda. Inicia um namoro com o cineasta Ruy Guerra. Nessa época passa a se interessar pelo samba de morro por influência de Lyra.[1]

A estreia profissional se deu quando da participação, ao lado de Vinícius de Moraes e Carlos Lyra, na comédia Pobre Menina Rica (1963). O título de musa da Bossa Nova foi a ela creditado pelo cronista Sérgio Porto. Mas a consagração efetiva ocorre após o golpe militar de 1964, com a apresentação do espetáculo Opinião, ao lado de João do Vale e Zé Keti, um espetáculo de crítica social à dura repressão imposta pelo regime militarMaria Bethânia, por sua vez, a substituiria no ano seguinte, pois Nara precisara se afastar por estar afônica em consequência da poeira do teatro. Nota-se que Nara Leão vai mudando suas preferências musicais ao longo dos anos 1960. De musa da Bossa Nova, passa a ser cantora de protesto e simpatizante das atividades dos Centros Populares de Cultura da UNE. Embora os CPCs já tivessem sido extintos pela ditadura, em 1964, o espetáculo Opinião tem forte influência do espírito cepecista. Em 1966, interpretou a canção A Banda, de Chico Buarque no Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), que ganhou o festival e público brasileiro.[1]

Dentre as suas interpretações mais conhecidas, destacam-se O BarquinhoA Banda e Com Açúcar e com Afeto—feita a seu pedido por Chico Buarque, cantor e compositor a quem homenagearia nesse disco homônimo, lançado em 1980.

Tropicalismo

Nara também aderiu ao movimento tropicalista, tendo participado do disco-manifesto do movimento - Tropicália ou Panis et Circensis, lançado pela Philips em 1968 e disponível hoje em CD.[1]

Vida pessoal

Nara em 1964.

Desde criança se interessava por música, e passou toda sua adolescência envolvida com música: reunia-se com amigos na praia ou em casa, tocava violão e escrevia letras. Em 1957 teve seu primeiro namorado, Roberto Menescal, seu amigo da época de escola e que frequentava sua casa nas reuniões musicais. O relacionamento terminou de forma amigável em 1958. Mesmo assim, Nara entrou em depressão e contraiu hepatite, proveniente de água contaminada. Após muito tempo afastada das aulas, decide abandonar os estudos no segundo ano colegial para se dedicar somente a estudar música.[1]

Neste mesmo ano de 1958 arrumou seu primeiro emprego: Como secretária de redação do “Tabloide UH”, caderno de utilidades comandado por Alberto Dines no jornal Última Hora, cujo dono era Samuel Wainer, marido de Danuza Leão e cunhado de Nara. Em menos de um ano, a jovem Nara promovida a repórter do tabloide.[1]

Ainda como secretária, Nara conheceu Ronaldo Bôscoli, redator, apesar de envolvido com a música, o que aproximou os dois. Ele passou a frequentar a casa de Nara nas rodas musicais. Em 1959, Nara e Bôscoli começam a namorar. Nesse período de namoro, Nara começa a se destacar como cantora. O namoro com Bôscoli terminou em 1960, quando ele a traiu com a cantora Maysa, durante uma turnê em Buenos Aires. A jovem rompe com Bôscoli, nem mesmo ficando sua amiga.

Ainda em 1960, já se apresentando pelo país com seu grupo de amigos em pequenos shows de bossa nova, conhece o cineasta moçambicano Ruy Guerra. Os dois começaram a namorar no mesmo ano. Em 1961, Nara e Ruy foram viver juntos na casa dele. No ano seguinte, 1962, decidem casar-se numa pequena cerimônia civil.

Em 28 de março de 1963, lança-se profissionalmente no show Trailer do que seria o musical Pobre Menina Rica, de Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, na boate Au Bon Gourmet, em Copacabana. O espetáculo tem muito boa receptividade de público e crítica permanecendo três semanas em cartaz. No final do mesmo ano, após três anos de namoro, Nara grava o seu primeiro disco, lançado em janeiro do ano seguinte, incluindo seus primeiros sucessos nacionais, como o samba Diz que fui por aí, dos compositores Zé Keti e Hortêncio Rocha. Começa a se apresentar na televisão.[1] Nesta época passa a se apresentar como cantora solo em boates do Rio, mas não se considerava ainda uma profissional. Sua fama passou a crescer bastante, com novos discos surgindo, e ela rompe com a bossa nova, passando a cantar outros gêneros musicais, se interessando em cantar também samba de morro. No começo fora criticada, por acharem que ela combinava com bossa e ter sempre que cantar bossa, mas depois fora muito aplaudida, pois sua musicalidade se encaixava em qualquer melodia.[1]

Panfleto de show em 24 de agosto de 1965 na cidade de Goiânia.

Em 1965, a cantora passa a ficar mais conhecida, não somente por sua belíssima voz, mas também por sua opinião sincera e polêmica sobre os assuntos que envolviam o país, como a ditadura, concedendo diversas entrevistas no rádio e na TV.[1]

Neste mesmo ano de 1965, Nara e Ruy se divorciam, devido a irreconciliáveis diferenças conjugais. Ela decide tirar férias, e viaja por toda Europa e Nova York, onde além de passear, fez terapia e cursos voltados a música e ao teatro. Nessa época começou a ganhar mais dinheiro ao trabalhar como apresentadora de programas de TV, paralelamente continuou a gravar discos e fazer shows. No fim de 1966, Nara conheceu e começou a namorar o cineasta Cacá Diegues. Em seis meses de namoro, o casal noivou.[1]

Nara em fotografia de 1966.

Em 1967 continua a participar de festivais de música e a fazer shows internacionais. Em 26 de Julho de 1967 casou-se no civil e na igreja com Cacá Diegues, dando uma grande festa na residência de seus pais, e passa a assinar Nara Lofego Leão Diegues. Decidiram morar em uma casa perto de suas respectivas famílias de origem. Com a agenda cheia de compromissos profissionais, o casal adia a viagem de lua de mel, acabando por passá-la no Rio. No fim do ano, surge um convite para Nara cantar em Paris. Entusiasmada, leva o marido junto e lá eles passam a lua de mel. Os dois gostaram da cidade, a acharam romântica, e passaram a fazer planos de um dia viver na França. Ao voltar para o Rio, e por influência do marido, volta a fazer curso de teatro e começa a fazer participações como atriz no cinema.[1]

No ano de 1968 começa a apresentar musicais em teatros de Ipanema. Também passa a se envolver mais com política, e junto com o marido, participa de protestos e manifestações públicas contra a ditadura.

Em 1969, Nara aparece cantando rapidamente no filme dirigido pelo marido, Os Herdeiros, assim como também Caetano Veloso. Diminui seus shows no Brasil, pois se vê ameaçada no país: O governo estava mandando prender alguns artistas, devido à censura. Recebe um convite e viaja para fazer uma temporada em Portugal. Neste ano sua carreira já a estava incomodando, pois não podia ir em nenhum lugar sem ser perseguida por fãs. Estava visivelmente estressada.[1]

Em agosto de 1969, viaja para Londres, onde nas rádios e TV's locais dá entrevistas dizendo que sua carreira de cantora está encerrada. Ela e o marido voltam ao Brasil, na esperança de estar tudo mais calmo, como noticiavam as rádios. Assustada com informações de que poderia ser presa, ela e o marido viajam para Paris, onde compram uma casa e passam a morar.[1]

Em 1970 volta atrás em sua decisão de encerrar a carreira de cantora e passa a fazer pequenos shows pela Europa. No início do ano descobre estar grávida, o que é uma grande felicidade para ela e seu marido, Cacá. Ela não estava planejando ter filhos tão cedo, pois ainda queria ter mais tempo para se dedicar a sua carreira. Em 28 de setembro de 1970, em Paris, onde o casal morava há alguns anos, nasceu a primeira filha de Cacá e Nara, Isabel Diegues. Em abril de 1971, Quando a filha completou 7 meses de vida, Nara descobre estar novamente grávida, o que é uma enorme surpresa e emoção a ela e Cacá.[1]

Em 1º de janeiro de 1972, Nara e Cacá voltam a morar no Brasil, pois queriam ficar mais próximos da família, e a situação política do país já havia melhorado consideravelmente, não havendo mais risco de prisão de artistas. No dia 17 deste mesmo mês, no Rio, no bairro de Copacabana, nasce o segundo filho do casal: Francisco Leão Diegues.[1]

Nara em 1972.

Nara passa a gravar algumas músicas e participar de pequenos festivais. Não quer mais a agitação da carreira que antes tinha, e passa a se dedicar exclusivamente ao marido e aos filhos.[1] Ainda em 1972 ela faz um dos papéis principais do filme musical de Cacá DieguesQuando o Carnaval Chegar.

Em 1973 participa como atriz de alguns filmes e passa a fazer pequenos shows pelo Brasil. Neste ano, volta a estudar, e termina o último ano do colegial, atual ensino médio, antigo científico.[1]

Em 1974, grava alguns discos e participa de festivais. Passou no vestibular de Psicologia na PUC-RJ. Ser psicóloga era um antigo desejo que possuía, e seguiria esta profissão, caso não fosse cantora. Agora que tinha diminuído seu ritmo de trabalho, passa a se dedicar aos estudos, filhos e casamento, sem deixar a música de lado. Nara planejava abandonar a música mas não chegou a deixar a profissão de cantora, apenas diminuindo o ritmo de trabalho e modificando o estilo dos espetáculos, pois considerava muito cansativa a vida de uma cantora, já que agora tinha uma família para se preocupar constantemente.[1]

No ano de 1975 fez poucos trabalhos, gravando e lançando apenas um disco, que foi sucesso de vendas, o que a fez ganhar o troféu de Melhor Cantora do Ano.[1]

Em 1976 não trabalhou, e tirou este ano para estudar e cuidar dos filhos, do marido e do lar. Em 1977 volta com força, lançando novos discos, viajando o Brasil e participando de espetáculos, fazendo novas amizades no ramo musical, que lhe abriram portas, gravando música de outros cantores, também escrevendo e compondo suas melodias, e se apresentando em rádio e TV, inclusive fora do país.[1]

Por desentendimentos constantes nos últimos anos, Nara e Cacá se divorciaram em 1977, após 10 anos de casados, e assim a cantora voltou a usar seu sobrenome de solteira. Ela saiu da casa do marido com os filhos e foi morar sozinha com eles em uma casa que tinha há alguns anos. Sua depressão voltou mais forte, e Nara voltou a fazer terapia e passou a se dedicar intensamente a música, fazendo seu sucesso aumentar a cada dia mais. Ela não se casou novamente, e durante os anos seguintes, aparecia na mídia sempre com algum namorado novo. No ano de 1978, divulgou discos e passou a fazer shows nacionais e internacionais. Sua faculdade de psicologia foi interrompida para Nara manter sua agenda de cantora.[1]

Em 1979, enquanto fazia muito sucesso, passou por um episódio onde sentiu-se muito mal, com dores fortes de cabeça, tonturas e desmaiou, acabando internada. O verdadeiro motivo não foi identificado naquela ocasião e ocorreram diagnósticos conflitantes, desde causas psicológicas a problemas cardíacos, envolvendo a válvula mitral.

Apesar de seu emocional abalado, isso não a fez se entregar novamente a depressão: Nos anos 80 fez muito sucesso, viajando o Brasil e o mundo, lançando novos discos, gravando canções, atuando em musicais no teatro e fazendo parcerias musicais. Nesta época viajou para o Japão, onde divulgou a Música Popular Brasileira. De vez em quando passava mal em algum show, mas logo se restabelecia. Começa a fazer shows sozinha com seu violão, e também volta a se interessar por política, participando de eventos públicos a favor da eleição direta para presidente no Brasil.[1]

Em 1986 sua saúde piorou, passando a ter dores mais fortes de cabeça e esquecimento das coisas que fazia. Isso acabou prejudicando sua carreira, pois Nara, por mais que ensaiasse, esquecia totalmente as letras de música, ou o repertório, durante algumas apresentações, o que a deixava muito constrangida e triste. Sua dose de remédios fora aumentada, e após diversos exames, que nunca mostravam a causa de suas dores, descobriu-se, então, que o grande problema era um tumor maligno no cérebro. Sua natureza nunca foi determinada, nem o porquê se desenvolveu, já que para descobrir a causa do coágulo, seria necessário realizar uma biopsia, para extrair o tumor, mas ele se encontrava em uma área nobre do cérebro, a da fala, o que impossibilitaria qualquer intervenção no local. Caso fizesse qualquer procedimento no local, Nara poderia ficar em estado vegetativo, e parar de andar, falar, ouvir e enxergar. Os médicos preferiram que ela tomasse medicações contínuas, em vez de arriscar uma cirurgia que poderia matá-la ou deixá-la inválida. Assustada e muito deprimida, Nara passou a maior parte do ano em repouso, sendo cuidada pelo seu namorado Marco Antonio Bompet, seu secretário e produtor Miguel Bacelar e sua irmã Danuza Leão. Apesar de estar doente, quando se sentia melhor fazia pequenos concertos pela Zona Sul do Rio. Só a música conseguia tirá-la do foco em seus problemas pessoais.[1]

Em 1987 e 1988, teve uma considerável melhora de saúde e passa a fazer temporadas de shows em casas noturnas do Rio, muitos deles em companhia de seu ex-namorado, Roberto Menescal, que tinha deixado suas funções de executivo da gravadora Polygram e voltara a atuar como músico.[1]

Morte

Em 1989 fez sua última apresentação no Pará. Ao voltar para o Rio, sua saúde piorou, com dores que não passavam nem com a medicação prescrita pelo médico. A crise se deu após uma convulsão, quando a cantora precisou ser internada às pressas. Nara entrou em estado pré-comatoso e, pouco depois, em coma. Após passar um bom tempo no hospital, o tumor repentinamente rompeu-se, e Nara teve uma hemorragia fatal, não havendo tempo hábil para que os médicos pudessem salvá-la. A cantora morreu na Casa de Saúde São José, em 7 de junho, uma quarta-feira, ao meio-dia, e sepultada no Cemitério de São João Batista, também na capital fluminense.

Seu último disco foi My foolish heart, lançado naquele mesmo ano, interpretando versões de clássicos americanos.[1]

Após a morte

Nara Leão em ilustração de Ina Carolina, 2008.

Em 2002, seus discos lançados anteriormente em LPs foram relançados em duas caixas separadas - uma com o período 1964-1975 e a outra 1977-1989 - trazendo também faixas-bônus e um livro sobre sua biografia.[1]

Em 2007, a cantora Fernanda Takai gravou o disco Onde Brilhem os Olhos Seus, interpretando canções típicas do repertório de Nara Leão, fazendo assim uma homenagem. Em janeiro de 2012, seu acervo de fotografias, músicas e documentos foi digitalizado e aberto para consulta.[2]

Ainda em 2007 Nara foi homenageada no especial Por Toda Minha Vida da TV Globo.[3]

No início de 2022 a série documental "O Canto Livre de Nara Leão" estreou no Globoplay. Dividida em cinco episódios, a produção relembra a vida e a carreira da cantora, que completaria 80 anos em janeiro desse ano.[4]

Discografia

1964 - Nara
1964 - Opinião de Nara
1965 - O Canto Livre de Nara
1965 - Cinco na Bossa
1965 - Show Opinião
1966 - Nara Pede Passagem
1966 - Manhã de Liberdade
1966 - Liberdade, Liberdade
1967 - Vento de Maio
1967 - Nara
1968 - Nara
1969 - Coisas do Mundo
1971 - Dez Anos Depois
1972 - Quando o Carnaval Chegar
1974 - Meu Primeiro Amor
1977 - Os Saltimbancos
1977 - Os Meus Amigos São Um Barato
1978 - E Que Tudo Mais Vá Pro Inferno
1979 - Nara Canta en Castellano
1980 - Com Açúcar, Com Afeto
1981 - Romance Popular
1982 - Nasci Para Bailar
1983 - Meu Samba Encabulado
1984 - Abraços e Beijinhos e Carinhos Sem Ter Fim… Nara
1985 - Garota de Ipanema
1985 - Nara e Menescal - Um Cantinho, Um Violão
1987 - Meus Sonhos Dourados
1989 - My Foolish Heart





Elvis Presley Steamroller Blues


O título diz tudo: "Sou um rolo compressor baby, vou jogar fora tudo o que sobrar." Este é o último show da mais longa e possivelmente a melhor turnê da carreira de Elvis. Março de 1974 viu Elvis na estrada de 1 a 20, dando 110% em cada show e parecendo amar cada minuto de apresentação dos shows, sempre com um público adorador.
Não é por acaso que o segundo post de Elvis (na verdade é o terceiro mas um é apenas o vídeo do Elvis mais sorridente de todos) é um bootleg gravado com excelência, é uma mesa de mixagem, ou seja, o som foi tirado direto do console de som. Porque está cheio de blogs de Elvis e todos eles são muito bons, então postar qualquer coisa não é uma contribuição. Apenas um show notável tem espaço reservado. Gravado nada menos que na própria Memphis, é neste "pirata" que vêm todas as canções do álbum " Elvis: As Recorded Live on Stage in Memphis ", álbum que lhe valeu um Grammy pela canção "How Great Thou Art " (inclusive neste álbum), sendo a última vez que ganhou este prêmio na vida e também foi disco de Ouro. Neste álbum está o show completo, com todas as músicas que ficaram de fora desse álbum. Para um fã do rei, um "must" para ter e ouvir.













01. Also Sprach Zarathustra
02. Ver Ver Rider
03. I Got A Woman/Amen
04. Love Me
05. Trying To Get To You
06. All Shook Up
07. Steamroller Blues
08. Teddy Bear/Don't Be Cruel
09. Love Me Tender
10. Long Tall Sally/Whole Lot-ta Shakin' Goin' On/Mama Don't Dance/
11. Flip, Flop and Fly/Jailhouse Rock/Hound Dog
12. Fever
13. Polk Salad Annie
14. Why Me , Lord
15. Quão grande és tu
16. Mentes suspeitas
17. Apresentações de bandas
18. Blueberry Hill/Não consigo parar de te amar
19. Ajude-me
20. Trilogia americana
21. Deixe-me estar lá
22. Meu bebê me deixou
23. Lawdy Miss Clawdy
24. Engraçado como o tempo passa
25. Can't Help Falling In Love
26. Encerramento Vamp

Músicos

Elvis Presley: Vocais, Guitarra Acústica
James Burton: Guitarra Principal
Charlie Hodge: Guitarra Acústica, Backing Vocals
John Wilkinson: Ritmo Guitarra
Glen D. Hardin: Piano
JD Sumner and the Stamps: Vocal
Kathy Westmoreland: Vocal
The Sweet Inspirations: Vocal
Duke Bardwell: Baixo
Ronnie Tutt: Bateria


Embora o álbum não tenha sido um grande sucesso (Elvis: As Recorded Live on Stage in Memphis), ele ganhou o terceiro e último prêmio Grammy por "How Great Thou Art", que ganhou como Melhor Performance Inspiradora (www.grammy.org) . Duas canções gospel, "Why Me Lord" e "Help Me" (que foi lançada do single do álbum Promised Land), dão uma performance inspirada. Outro destaque é um cover de "Trying to Get to You", uma de suas favoritas ao vivo para ele, mostrando que ainda tinha o poder quando queria.
A gravação ao vivo de "Let Me Be There" no álbum foi posteriormente usada como preenchimento no último álbum de estúdio de Presley, Moody Blue. Também será lançado como um disco promocional de apenas 45 RPM em 1974, apresentando a mesma música em ambos os lados (mono e estéreo).




 

Wacław Zimpel - Massive Oscillations (2020)



É uma música em que as tradições e tropos do sul da Índia, o minimalismo americano, a imersão krautrock em transe, a composição clássica e, finalmente, o jazz se cruzam. Michael Wieczorek )


Natural de Poznan, o compositor/produtor multi-instrumentista Waclaw Zimpel tem vindo a ganhar reconhecimento como um dos talentos mais singulares e originais que surgiram na Polónia nos tempos contemporâneos. Seu segundo álbum solo 'Massive Oscillations' está programado para ser lançado em 31 de janeiro e é o primeiro para o selo Ongehoord, de Amsterdã. Em vários pontos, Waclaw emprega clarinete baixo, clarinete alto, eletrônica, piano vertical preparado e objeto de guitarra Yuri Landman. Wojciech Traczyk adiciona contrabaixo e Holly Hock fornece os vocais para 'Release', sendo que todas as faixas foram mixadas por James Holden, que de acordo com Zimpel "adicionou seu toque mágico". 'Massive Oscillations' é o álbum mais completo de Zimpel até hoje - um trabalho hipnótico e sedutor dado a momentos de euforia sutil. rítmico suave, grooves repetitivos, mas transformadores, são decorados com elegantes floreios musicais. Uma experiência de audição vertical requintada, as faixas giram como a ignição de um motor. Eles incham, ondulam e respiram em um movimento não linear, pairando mais do que se movendo, ou levitando constantemente em direção ao céu. 'Massive Oscillations' é o resultado de uma residência de nove dias no estúdio Willem Twee em Den Bosch, Holanda.

O longplayer não é apenas uma consolidação dos experimentos anteriores de Zimpel, mas também é movido por sua curiosidade e desejo de explorar novos caminhos e possibilidades, esforçando-se para criar um vernáculo musical inovador. Inspirado tanto pelo jazz quanto pela eletrônica, minimalismo e música de raiz de todo o mundo, ele não confunde os limites, mas os erradica completamente. "Eu estava procurando por novos tipos de sons e tive uma ideia de onde queria que 'Massive Oscillations' chegasse", diz Zimpel, "mas tudo mudou no momento em que comecei a tocar com a coleção de sintetizadores vintage e equipamentos eletrônicos do estúdio. ."

Mantendo seu espírito inquieto de improvisação, Zimpel abandonou as ideias anteriores e começou a usar a gama de osciladores, geradores, sequenciadores, gravadores e filtros do estúdio (ao lado de seu amado clarinete) para capitalizar as oportunidades que as instalações lhe ofereciam. Fatores subliminares também estavam em jogo: tendo ajustado os osciladores de ouvido para 'Sine Tapes' e a faixa-título 'Massive Oscillations', enquanto tentava elaborar melodias em seu clarinete, Zimpel descobriu que havia inadvertidamente chegado a uma frequência mais baixa do que o pretendido. Por um feliz acidente percebido, ele subconscientemente estava sintonizando os sinos da Catedral de St. Jan, que fica perto do estúdio. “Foi esse tipo de coincidência mágica que realmente ajudou a moldar a gravação”, lembra. 

 


Claudio Scolari Project - Upside Down (2019)



Os mestres italianos do jazz progressivo, o Projeto Claudio Scolari, estão de volta com mais algumas das mais estimulantes músicas contemporâneas de improvisação de ambos os lados do Atlântico. O homônimo Scolari continua sendo o centro de tudo na bateria, com seu parceiro principal, o multi-instrumentista Daniele Cavalca, fornecendo teclados e às vezes uma segunda bateria. O filho de Scolari, Simone, é trompetista desde a adolescência.

Upside Down vem apenas um ano e algumas mudanças após seu último lançamento, Natural Impulse, que foi seu primeiro álbum em seis anos.

O Projeto Claudio Scolari cresceu para um quarteto com a adição de Michele Cavalca - irmão de Daniele - para manter as funções de baixo. Além de tornar este conjunto ainda mais familiar, Michele assumindo o baixo libera o baixista anterior, Daniele, para se concentrar na bateria e teclado, permitindo tocar mais 'ao vivo no estúdio' do que nunca. E quanto mais eles tocam ao vivo, mais improvisação aparece. E a improvisação é a força central desta banda.

As habilidades de teclado em expansão de Cavalca são aparentes em “Smoke In C Minor”, ​​não apenas no uso de sintetizadores para acentos táticos, mas no piano que toca apenas o que é necessário para esboçar a melodia e nada mais. Sem querer exagerar, Scolari consegue finalizar os esboços que Cavalca inicia, com discrição e bom gosto, mantendo um ritmo constante.

Essa música é só desses dois, que já soam como uma banda inteira. Mas a seguir, em “Underground Soul”, os outros caras aparecem e a mesma angularidade espaçosa é mantida. As Cavalcas vagueiam, mas nunca se afastam muito dos parâmetros harmônicos. Os Scolaris finalmente se destacam com sua própria demonstração de vivacidade.


Daniele expandiu muito sua paleta de teclados, dando ao som do CSP uma diversidade nunca antes ouvida. Ele toca um piano elétrico estilo Rhodes em “Upside Road”. Claudio Scolari se recusa a se curvar às formas prescritas de fazer as coisas, optando por uma batida leve, quase suingante, em vez de um contratempo pesado. “And I'll Make You Smile” está no lado divertido e peculiar. Daniele toca piano sobre um motivo gerado por sintetizador enquanto o baixo de seu irmão dança alegremente ao seu redor enquanto Simone o mantém no bolso.

“Upside Down” é apenas jazz direto, uma arrogância solta que passeia para cima e para baixo em progressões de notas enquanto todos compõe e solos simultaneamente. Os Scolari mais velhos e Cavalca se unem na bateria para “Twister” apenas seguindo o ritmo, alimentando-se um do outro e nunca sendo arrogantes. Os dois mais tarde se juntaram para o curta “Fast And Last”, um dueto de bateria mais furioso.

“Syrah Hangover” é mais parecido com o downtempo ouvido no próprio álbum de Daniele Cavalca, Cinematic, mas a vibração quente do sintetizador é bem complementada pelos Scolaris e as reflexões do piano de Cavalca atingem o ponto ideal. “Bismantova Castle” é uma vitrine para os dois companheiros mais jovens, que mostram muito melodismo e uma compreensão do efeito comovente de deixar as notas penduradas pode ter.

“Wired” é onde todos se divertem. Gerenciando uma ampla gama de teclados, Daniele coloca alguns loops em movimento e solos no piano elétrico enquanto Simone luta com ele e Michele estabelece um groove de baixo nível enquanto entra na briga. O Scolari mais velho mantém um swing constante, lançando preenchimentos e bombas nos pontos certos. Daniele trabalha em dobro liberando uma mão para tocar bateria adicional (!). Tudo isso é feito ao vivo e espontaneamente... e é muito musical.

Usar uma musicalidade de alto nível e um grande senso de harmonia e ritmo para realizar uma ideia instantânea após a outra é a marca registrada do Projeto Claudio Scolari, e eles estão cada vez melhores nisso. Upside Down já está à venda na Amazon, CDBaby e outros pontos de venda habituais. 


Heikki Sarmanto Quintet - Counterbalance (1971)

 


Heikki Sarmanto, nascido em 22 de junho de 1939, Helsinque, Finlândia. Sarmanto estudou línguas e música na Helsinki University e na Sibelius Academy antes de ir para o Berklee College Of Music (1968-71). Ele foi nomeado o melhor pianista de Montreux em 1971. Ele liderou suas próprias bandas a partir de 1962 e em 1976 um grupo de workshop que ele dirigia se tornou a big band UMO. Ele escreveu New Hope Jazz Mass, um balé de jazz e uma ópera de jazz, e foi escolhido pelo saxofonista Sonny Rollins para organizar e orquestrar seu Concerto para Saxofone (1986). Ele continua a escrever obras vocais, orquestrais e teatrais no estilo mais seguro.

Heikki Sarmanto é uma espécie de lenda na Escandinávia, mas (ainda) não é muito conhecido nos EUA. O tardio lançamento americano de COUNTERBALANCE pode mudar isso, pois apresenta uma fusão quente e harmoniosa de jazz, rock e elementos da música folclórica finlandesa, usando instrumentação elétrica e acústica. Antes da ECM Records, antes do conceito de world music, antes da fusão se tornar um conceito popular, Sarmanto estava lá, com uma abordagem amigável e voltada para o futuro. --- Rovi

Heikki Sarmanto - Fender Rhodes (piano elétrico)
Juhani Aaltonen - flauta
Lance Gunderson - guitarra
Pekka Sarmanto - baixo    
Craig Herndon – bateria

Back to Mat Marucci em Festival, 1982

 




Música semelhante, basicamente jazz contemporâneo com menos fusão.

Uma faixa chamada Fractured tem alguns riffs interessantes:







Elijah, 1970 and 1973






Album hard blues rock básico com influências do sul. 

Realmente amo esta faixa de amostra das fanfarras de 1973, faça sua corrida:


MUSICA&SOM

MUSICA&SOM


Destaque

Cream - Swedish Radio Sessions (1967)

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