O Annhilator sempre foi uma banda idolatrada dentro da cena thrash metal. Muito desse respeito vem dos discos iniciais dos canadenses, principalmente da dobradinha Alice in Hell (1989) e Never, Neverland (1990). No entanto, inúmeras mudanças de formação e a centralização das decisões no guitarrista e vocalista Jeff Waters fizeram com que a banda construísse uma carreira irregular, alternando ótimos discos e trabalhos esquecíveis.
Décimo-sétimo CD do Annihilator, Ballistic, Sadistic foi lançado em janeiro e é um dos mais fortes álbuns da turma de Waters. O disco ganhou edição nacional pela Hellion Records e traz dez músicas espalhadas em 45 minutos de thrash até os dentes. A profusão de riffs característica de Jeff Waters, bem como o seu apuro instrumental, estão presentes, como não poderia deixar de ser. Um dos pontos de maior destaque de Ballistic, Sadistic são os vocais, com Waters cantando de forma excelente, agressiva e violenta, porém sempre acessível. As faixas tem no groove um de seus principais elementos, com bumbos duplos e malabarismos de baixo salientes.
Aclamado pelos fãs como um retorno do Annihilator aos seus melhores momentos, Ballistic, Sadistic é um deleite para os apreciadores de um thrash metal moderno e agressivo, mas ao mesmo tempo agradável de ouvir. A produção valoriza as canções, que contam com momentos realmente elogiáveis como “Armed to the Teeth”, “Out With the Garbage” e “I Am Warfare”.
Um belo disco de thrash, perfeito pra ouvir no volume máximo!
As coisas não foram fáceis nos últimos anos para o Stone Temple Pilots, ou STP como preferem os fãs. O passado de glórias marcado por álbuns indispensáveis na formatação da cena grunge e do rock alternativo (Core em 1992 e Purple em 1994, por exemplo) ficou para trás. A banda se viu obrigada a lidar, ao longo dos anos, com diversas questões delicadas como sua dissolução temporária, brigas judiciais e, especialmente, as mortes prematuras de seus dois vocalistas: Scott Weiland em 2015 e Chester Bennington em 2017.
Tragédias e descompassos à parte, o ano de 2018 representou uma renovação no espírito do grupo, que passou a contar com o vocalista Jeff Gutt, mais conhecido por participar da terceira temporada da série musical americana The X Factor.
O álbum homônimo lançado naquele ano com a nova formação dava indícios de que a intenção era continuar com a pegada hard rock acrescida de pitadas de rock alternativo, respeitando o passado mas sem experimentar muito. Afinal, Jeff Gutt acabara de chegar e poderia levar algum tempo para ele se sentir confortável no posto de vocalista.
E é neste ponto que a história ganha contornos interessantes e, por que não, surpreendentes. Pela primeira vez em sua história, o STP decide lançar, agora em 2020, um álbum mais suave e acústico, focando essencialmente na voz e no violão. Se o ouvinte esperava um álbum contando com a guitarra de Dean DeLeo ou o baixo pulsante de Robert DeLeo acompanhado pela segurança de Eric Kretz na bateria, se enganou. Os caras simplesmente diminuem o volume e convidam o ouvinte para uma viagem serena por faixas que trazem um sentimento de paz e certa nostalgia.
Todo o álbum, da arte gráfica à última música, é centrado no sentimento de perda e superação (por isso o título Perdida, retirado do espanhol). Basta olhar para a capa com cores opacas e monocromáticas retratando uma árvore sem folhas, levemente inclinada pelo vento, em um ambiente ermo. É inevitável não sentir um certo desalento, frio e tristeza vendo a paisagem retratada.
Ainda a respeito do título, é interessante a escolha do vocábulo em espanhol, o qual entendo ser bem propício, pois dá uma aura mística nos sentimentos que a banda quer passar e, sem dúvidas, é mais impactante do que optar por “Loss”, seu correspondente em inglês. O glamour é maior, e sabemos que as culturas espanhola e latino-americana sabem muito bem expressar com paixão suas emoções.
Apesar da mensagem passada pela capa e nome do álbum, a experiência de ouvir as dez faixas é extremamente agradável e não cansa o ouvinte. As músicas são inspiradas não muito pela técnica (pois em álbuns acústicos não é tão comum momentos complexos e intrincados), mas sim pela emoção de seus integrantes e pelas interpretações de Jeff Gutt.
A faixa inicial, “Fare Thee Well”, é um dos singles escolhidos e já dá o tom (literalmente) de despedida e das sensações que acompanham o álbum. Se você se concentrar na audição conseguirá realmente senti-las quando ouvir os versos iniciais: “Fare thee well so long / Hate to say goodbye to you / I can tell you’re gone / By the way I’m missing you / Don’t you realize you’re everything to me?”.
Em “Three Wishes”, mais suave que a faixa de abertura, há uma proeminência do violão de Dean DeLeo e, ao fundo, Eric Kretz dá o ritmo na percussão, enquanto Gutt canta os desacertos de um relacionamento.
Eu disse anteriormente que em um álbum acústico não há muito espaço para a criatividade, no entanto, aqui fugimos um pouco à regra, pois é preciso destacar a bela faixa título composta em forma de tango, largamente inspirada nos ritmos espanhóis em cada dedilhada de Dean em seu violão. Uma agradável surpresa e, sem dúvidas, o maior destaque do álbum pela sua originalidade. E digo mais, esta mesma sensação hispânica é encontrada em “Miles Away”, que conta com um triste violino, relembrando novamente o tango.
Outras faixas também merecem atenção por suas peculiaridades, como “I Didn’t Know the Time”, que, além de contar com os instrumentos usuais, é também complementada por passagens de flauta, o que traz uma bela química aos ouvidos. Pitadas de Jethro Tull? Quem sabe ...
A faixa título ousa pelo seu ritmo, mas considero “Years” o segundo grande destaque do álbum. De início ela pode parecer simples, com uma batida repetitiva, mas se destaca por ser cantada pelo baixista Robert DeLeo que, na minha opinião, não recebe seu devido reconhecimento no cenário musical, pois sua técnica e presença são notáveis em qualquer álbum da discografia do Stone Temple Pilots.
Mais próximo ao fim do disco é perceptível uma mudança no ambiente criado pela banda, que passa das dores da perda e do sofrimento para uma perspectiva de mudança e superação, como podemos ouvir em “You Found Yourself While Losing Your Heart”, quando Jeff Gutt canta melodias pedindo por um recomeço.
“I Once Sat At Your Table” é uma faixa instrumental conduzida exclusivamente pelo violão de Dean DeLeo. Sua simplicidade é tamanha que acaba por chamar a atenção do ouvinte e, se você fizer força, acaba se imaginando sentado em uma mesa conversando com alguma pessoa querida.
Por fim, o álbum termina com “Sunburst”, que apresenta um ritmo mais enérgico se comparado com as demais faixas. Aqui se encerra a perda para dar lugar aos raios de sol saindo entre as nuvens, que é literalmente a tradução do seu título. É realmente um momento de mudança e esperança.
Lançar um álbum acústico não é algo fácil para uma banda de rock, mas pode trazer ótimos resultados. Basta ver o que aconteceu com o Foo Fighters no disco dois de In Your Honor (2005) ou Zakk Wylde nos dois volumes de Book of Shadows (1996 e 2016). Com o Stone Temple Pilots não foi diferente. Saindo de sua zona de conforto logo no segundo álbum com seu novo vocalista, a banda apresenta um trabalho maduro que apenas o tempo e a experiência poderiam proporcionar, sendo perceptível o comprometimento dos integrantes em cada nota tocada.
Perdida é um belo registro que valoriza ainda mais a discografia do STP e nos instiga a questionar qual será o próximo passo a ser dado pelo grupo.
The Neighborhood é o quinto álbum da banda de rockmexicano-estadunidense Los Lobos. Foi lançado em 1990 e inclui contribuições de, entre outros, Levon Helm e John Hiatt. O álbum alcançou a posição # 103 na Billboard 200 em setembro de 1990.
Lista de faixas :
Todas as canções escritas por
David K. Hidalgo e Louie F. Pérez, Jr.
1. "Down on the Riverbed" – 4:05
2. "Emily" – 3:49
3. "I Walk Alone" – 3:00
4. "Angel Dance" – 3:13
5. "Little John of God" – 2:19
6. "Deep Dark Hole" – 2:24
7. "Georgia Slop" – 2:45
8. "I Can't Understand" – 4:00
9. "The Giving Tree" – 3:07
10. "Take My Hand" – 4:45
11. "Jenny's Got a Pony" – 4:03
12. "Be Still" - 3:34
13. "The Neighborhood" – 4:07.
Pessoal :
David K. Hidalgo - vocais, guitarras elétricas e acústicas, baixo de 6 cordas, triplo, acordeão, bajo sexto, violino, aço havaiano, guitarra koto, bateria, percussão
Cesar J. Rosas - vocais, violões e violões, bajo-sexto, huapanguera
Louie F. Pérez, Jr. - bateria, percussão, guitarras, jarana, hidalguer
Conrad R. Lozano - vocais, precisão de fender e baixo de 5 cordas, guitarron, baixo vertical
Steve M. Berlin - saxofones tenor, barítono e soprano, órgão, clavinete, percussão
O Sex Pistols foi uma banda inglesa de punk rock formada em Londres em 1975. Embora sua carreira inicial tenha durado apenas dois anos e meio, eles foram uma das bandas de maior influência cultural na música popular.
A banda iniciou o movimento punk no Reino Unido e inspirou muitos músicos posteriores de punk, pós-punk e rock alternativo, enquanto suas roupas e penteados tiveram uma influência significativa na imagem punk inicial.
A primeira formação dos Sex Pistols consistia no vocalista Johnny Rotten (nascido John Lydon), o guitarrista Steve Jones, o baterista Paul Cook e o baixista Glen Matlock, com Matlock substituído por Sid Vicious (nascido John Simon Ritchie) no início de 1977.
gestão de Malcolm McLaren, eles geraram controvérsias generalizadas na mídia, trazendo-os à atenção da grande imprensa britânica. Eles juraram ao vivo durante uma entrevista para a televisão em dezembro de 1976, enquanto a letra de seu single " God Save the Queen " de maio de 1977 descrevia a monarquia como um "regime fascista", popularizando instantaneamente o punk rock no Reino Unido.e quase todas as estações de rádio independentes da Grã-Bretanha, tornando-os os discos mais censurados da história britânica. Seu único álbum, Never Mind the Bollocks, Here's the Sex Pistols (1977) foi número um no Reino Unido e é considerado seminal no desenvolvimento do punk rock.
Em janeiro de 1978, no show final de uma turnê difícil e alardeada pela mídia pelos Estados Unidos, Rotten anunciou a separação da banda ao vivo no palco.
Nos meses seguintes, os três membros restantes gravaram músicas para o filme da McLaren sobre a história dos Sex Pistols, The Great Rock 'n' Roll Swindle. Vicious morreu de overdose de heroína em fevereiro de 1979, após sua prisão pelo suposto assassinato de sua namorada, Nancy Spungen.
Rotten, Jones, Cook e Matlock se reuniram para uma turnê de sucesso em 1996.
Outras apresentações únicas e turnês curtas seguiram-se na década seguinte. Em 2004, a Rolling Stone classificou-os em 58º lugar em sua lista dos "100 Maiores Artistas de Todos os Tempos".
Os Sex Pistols foram reconhecidos como uma banda altamente influente. Em 24 de fevereiro de 2006, os Sex Pistols os quatro membros originais mais Vicious foram introduzidos no Hall da Fama do Rock and Roll, embora se recusassem a comparecer à cerimônia, chamando o museu de "uma mancha de mijo".
Origem: Londres, Inglaterra
Gêneros: Punk rock
Anos ativos: 1975–1978, 1996, 2002–2003, 2007–2008
Gravadoras: EMI, A&M, Virgin, Universal, Warner Bros..
Membros da banda:
Membros oficiais:
Johnny Rotten – vocal principal
Steve Jones – guitarra, backing vocals;
baixo (sessões de 1977)
Paul Cook – bateria
Glen Matlock – baixo, backing vocals (1976–1977; apareceu em todas as reuniões)
Sid Vicious – baixo, backing vocals (1977–1978; falecido em 1979).
Primeiros membros:
Wally Nightingale – guitarra (1975)
Nick Kent – guitarra solo (1975)
Steve New – guitarra solo (1975).
Músicos convidados:
Outros músicos Jones e Cook que gravaram músicas em The Great Rock 'n' Roll Swindle :
Ronnie Biggs – vocais em
" No One Is Innocent ", " Belsen Was a Gas "
Edward Tudor-Pole – vocais principais em "The Great Rock 'n' Roll Swindle", "Who Killed Bambi?", " Rock Around the Clock "
A formação clássica do grupo era formada por Netinho de Paula, Nenê, Wagninho, Claudinho, Feijão, Chambourcy, Ari, Lino e Fabinho.[5]
Carreira
O grupo foi criado em 1986 por Nenê, Wagninho e Claudinho. Eles se encontravam na escola de sambaCamisa Verde e Branco, onde Almir Guineto também frequentava.[4] Na época, seus integrantes eram adolescentes com idades entre 12 e 15 anos.[6] Após vencer um concurso naquela escola de samba[7], o grupo foi convidado a participar de uma coletânea com dois sambas, "Triste Andança" e "Algo De Valor".[4][8] Logo veio o primeiro LP, em 1992, o independente Jeito de Seduzir (Zimbabwe). O disco chamou a atenção da EMI Odeon, que lançou o segundo LP do grupo, Natural, que rendeu disco de ouro com "Conto de Fadas".[4][8]
Em 1994, foi lançado Deixa Acontecer que teve três sucessos: "Olhos Vermelhos", "Indiferença" e "Beijo Geladinho".[4] No quarto disco, Gente da Gente de 1995, mais sucessos como "Absoluta", "Gente da Gente", "Cohab City" e "É Demais". Nosso Ninho, quinto disco, fez uma homenagem às mulheres, com "Tanajura", "Você faz falta" e "Coração Cigano".[8]
O sexto álbum, o CD Sedução Na Pele, foi um dos mais vendidos, tendo rendido discos de ouro, platina e dupla platina. As músicas "Que Dure Para Sempre", "Sedução Na Pele" e "Bom Dia" chegaram ao topo das paradas de rádio e TV.[4]
Em 2013, Netinho tentou retornar ao grupo e montar a formação original, porém não obteve sucesso.[5] No ano seguinte, Netinho monta o grupo Familia Cohab City, com Fabinho, Wagninho e Lino.[11]