quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

BIOGRAFIA DOS Bachman-Turner Overdrive

 



Bachman-Turner Overdrive (frequentemente conhecida como BTO) é um grupo de rock canadense de Winnipeg, Manitoba, que lançou uma série de álbuns e singles na década de 70. O nome da família Bachman é pronunciado "back-man", pronúncia que a própria banda usa. 

Brave Belt foi a banda precursora de BTO, formada em 1970 por Randy Bachman e Chad Allan, ambos ex-integrantes de The Guess Who, e o baterista Robin "Robbie" Bachman. Essencialmente, Randy estava produzindo o álbum para Allan; ele e Robbie proviam boa parte do trabalho instrumental. Quando requisitados pela gravadora para uma turnê, Randy convidou seu colega baixista/vocalista de Winnipeg C.F. "Fred" Turner para se juntar às atuações agendadas da banda.

O primeiro álbum de Brave Belt, que levava o nome da banda, não obteve sucesso nas vendas, e Chad Allen deixou a banda logo após o início da tour. Por não haver um líder vocal de prontidão para substituir, Turner foi convidado a ser um membro de tempo integral e liderar o vocal para a gravação de Brave Belt II em 1972. Brave Belt II também falhou em alcançar sucesso nas paradas, e em 1972 a tour de suporte ao álbum foi cancelada na metade. Mas a influência de Turner já podia ser notada, conforme a banda migrava de um puro rock country para um som mais pesado, caracterizado pelo peso da guitarra e pela voz forte e áspera de Turner.

Chad Allan aparece como vocalista em duas faixas de Brave Belt II, mas estava essencialmente fora da banda para qualquer turnê. Durante esse período, Tim Bachman foi agregado ao grupo como um segundo guitarrista, pois a banda sentira sua formação de apenas 3 integrantes restritiva. Firmaram novo acordo com a Mercury Records, a qual Randy Bachman se referiu como tiro de sorte.

Após sua fita demo ser rejeitada 26 vezes, Bachman estava preparado para dizer para os outros membros da banda que não seria mais possível manter seus salários, "e eles teriam que arrumar os temidos empregos comuns”. Mas o destino tomou outro rumo - em Abril de 1973, Charlie Fach da Mercury Records retornou ao seu posto após uma viagem a França para encontrar em sua mesa uma pilha de fitas demos ainda não tocadas. Querendo começar do zero, jogou todas as fitas numa lata de lixo, exceto uma, que caiu no chão fora da lata. Fach então pegou a fita e notou o nome Bachman nela. 

Lembrou-se de ter conversado com ele no ano anterior e de ter dito a Bachman que se alguma vez produzisse uma demo para mandá-la a ele. Enquanto tocava a primeira faixa, "Gimme Your Money Please," Fach telefonou para Bachman para dizer que queria contratar a banda.

Até o momento a fita demo da banda ainda se chamava Brave Belt III. Fach convenceu a banda de que um novo nome era necessário; e apostava no reconhecimento do nome dos membros da banda. A banda já havia cogitado a hipótese de usar seus nomes de família. No caminho de volta de uma atuação em Toronto, ao notarem uma revista de caminhões chamada Overdrive numa loja Windsor, Turner escreveu "Bachman-Turner Overdrive" e as iniciais "B.T.O." em um guardanapo. O resto da banda decidiu que o acréscimo de "Overdrive" era a maneira perfeita de descrever sua música.

BTO lançou seu álbum auto intitulado em Maio de 1973. O álbum estourou nos EUA por cidades litorâneas como Detroit e Buffalo, e permaneceu nas paradas por muitas semanas apesar da falta de um verdadeiro "single". Este foi o precursor de seu eminente sucesso.

O segundo álbum, Bachman-Turner Overdrive II, foi lançado em dezembro do mesmo ano e se tornou sucesso nas paradas nos EUA e Canadá. Este também rendeu dois de seus mais conhecidos singles, "Let it Ride" e "Takin’ Care of Business". Randy já havia escrito o escopo de "Takin’ Care of Business" oito anos antes como "White Collar Worker" ainda no The Guess Who.

Tim Bachman deixou a banda no início de 1974, logo após o lançamento de Bachman-Turner Overdrive II. Há diferentes versões sobre as razões de sua saída. Muitos afirmam que ele deixou a banda por assuntos pessoais e de estilo de vida, que estava para se casar e/ou queria estudar engenharia de som e produção. Mas em uma entrevista em 2002, o irmão Robbie disse: "Ele foi basicamente convidado a sair. Ele não era calibre para o BTO e era difícil contar com ele. Acho que a banda conflitava com sua vida".

Durante a turnê de suporte para o BTO II, Tim foi substituído por Blair Thornton, que havia participado da banda de Vancouver, Crosstown Bus. O primeiro álbum com a formação modificada, Not Fragile de 1974, tornou-se um grande sucesso e alcançou o 1º lugar nas paradas americanas e canadenses. 

O álbum incluía o single "You Ain’t Seen Nothing Yet" que alcançou primeiro lugar nas paradas, e "Roll On Down the Highway", favorita em uma rádio americana de rock'n roll. A banda continuou firme na produção de álbuns bem sucedidos em meados dos anos 70, incluindo Four Wheel Drive e Head On (ambos em 1975). Cada um desses álbuns produziu um single: "Hey You" (from Four Wheel Drive) e "Take it Like a Man" (from Head On). Esta última conta com a participação de Little Richard no piano. Head On também inclui a composição de Randy Bachman, "Lookin' Out for #1," que garantiu considerável sucesso nas estações de rock tradicional e de "soft" rock.

A primeira coletânea de BTO, Best of BTO (So Far), foi lançada em 1976 e trazia canções de cada um dos cinco primeiros álbuns de estúdio da banda.

“Freeways” (1977), foi o último álbum em que participou Randy Bachman, antes de deixar a banda para formar o Iron Horse junto com Tom Sparks e Chris Leighton. Apesar de o Bachman-Turner Overdrive ter perdido a sua alma, a banda continuou, reduzindo definitivamente seu nome para as siglas B.T.O.. Jim Clench substitui Randy, e gravam álbuns sem muita repercussão como “Street Action” (1978) e “Rock n´ Roll Nights” (1979).

Em 1980, o B.T.O. deixaria de existir. Randy publicaria vários discos solo, antes de voltar de novo com a banda, em meados dos anos 80, agora composta por Randy, Tim, C. F. Turner e o ex-batera do Guess Who, Garry Peterson, e gravaram o bom “Bachman-Turner Overdrive” (1984). O batera Robbie Bachman, por sua vez, com o nome B.T.O., começou a tocar pelos EUA, o que ocasionou brigas com seu irmão. Posteriormente, solucionados os problemas e unificada a banda, Randy voltou a deixar a banda para prosseguir sua carreira solo, sendo substituído por Randy Murray, que continua a tocar com seus companheiros até os dias de hoje.

Integrantes.

Atuais (Como Bachman & Turner)

C. Fred Turner (Vocsis, Baixo, Guitarra Rítmica, 1973-1979, 1983-1986, 1988-2005, desde 2009)
Randy Bachman (Vocais, Guitarra Principal, 1973-1977, 1983-1986, 1988-1991, desde 2009)
Mick Dalla-Vee (Guitarra, Teclados, Backing Vocals, desde 2009)
Marc Lafrance (Bateria, Backing Vocals, desde 2009)
Brent Howard (Guitarra, Backing Vocals, desde 2009)


Ex - Integrantes.

Robbie Bachman (Bateria, Percussão, Backing Vocals, 1973-1979, 1988-2005, R.I.P 2023)
Tim Bachman (Guitarra Rítmica, Backing Vocals, 1973-1974, 1983-1986)
Blair Thornton (Guitarra, Backing Vocals, 1974-1979, 1988-2005)
Jim Clench (Baixo, Backing Vocals, 1977-1979, R.I.P 2010)
Garry Peterson (Bateria, Backing Vocals, 1983-1986)
Billy Chapman (Teclados, 1983-1986)
Randy Murray (Guitarra, Backing Vocals, 1991-2005)






SUPERSISTER - Dordrecht - 1970

 



Criada na Holanda pelo ótimo tecladista  Robert Jan Stips em 1970, o Supersister é uma banda holandesa de carreira relativamente curta e que fazia um som mais voltado para as raízes de Canterburry mas sem pertencer ao movimento criado no fim dos anos 60. 

Seus arranjos eram, de certa forma, muito parecidos com a proposta do começo da trajetória de bandas como Caravan e Soft Machine. Inclusive a voz de Stips tem uma semelhança incrível com a suave e linda voz de Pie Hastings.  

Sem contar que o disco apresenta solos maravilhosos de Hammond em seu decorrer nos remetendo muitas vezes ao que o Soft Machine se propunha a fazer quando tudo começou . A semelhança de timbres e certos arranjos, também chega a ser um tanto assustadora. 
Será isso coincidência demais ou o Supersister era fortemente influenciado por essa turma de Canterbury?

Vale destacar a abundância dos instrumentos de sopro mesclados a poderosos riffs de guitarra acompanhados ao fundo pelo poderoso Hammond de Stips. 
Os solos de flauta valem por todo o registro, de extremo bom gosto e executados na hora certa. 

Neste excelente bootleg gravado em 21 de Junho de 1970 na cidade holandesa de Dordrecht,  encontramos basicamente 75% das faixas do primeiro e excelente disco Present For Nancy lançado em 1970, disco este que contém uma roupagem mais voltada para o progressivo sinfônico. 
Nos outros dois registros lançados pela banda entre 1971 e 1974, encontramos um som mais pesado e certamente mais voltado para o fusion. Vale a pena dar uma conferida nesses trabalhos. 

O destaque maior desse disco é uma faixa que não encontramos nos registros oficiais. Trata-se de uma bela improvisação de quase 20 min de deixar até os fãs mais intelectuais e chatos do progressivo de queixo caído...

A qualidade do áudio se encontra impecável, totalmente limpa e de acordo com as exigências de quem ronda por aqui e ainda reclama da qualidade dos discos. Portanto, um registro ao vivo decente!



TRACKS:


01 - Memories Are New (incl. She Was Naked)
02 - Mexico
03 - 11-8 -> Dreaming Wheelwhile
04 - Unknown Instrumental
05 - Wow
06 - Metamorphosis -> Eight Miles High

 

Big Big Train - Goodbye To The Age Of Steam 1994 (UK, Neo-Progressive Rock)

 



- Martin Read - vocals
- Greg Spawton - guitars, keyboards, producer
- Ian Cooper - keyboards
- Andy Poole - bass, producer
- Steve Hughes - drums (01-10,12)
+
- Ken Bundy, Gary Chandler, Sally French, Stuart Nicholson, Mandy Taylor - backing vocals
- Steve Christey - windchimes
- David Longdon - flute & keyboards (11)
- Nick D'Virgilio - drums (11)
- Rob Aubrey - backing vocals, engineer, producer
- Martin Orford - backing vocals arrangements, additional production


 All songs written by Greg Spawton except where noted.
01. Wind Distorted Pioneers - 3:21
02. Head Hit The Pillow - 5:49
03. Edge Of The Known World - 4:47
04. Landfall - 4:18
05. Dragon Bone Hill - 3:52
06. Blow The House Down (Greg Spawton, Ian Cooper/Greg Spawton) - 9:20
07. Expecting Snow - 2:40
08. Blue Silver Red (Greg Spawton, Andy Poole/Greg Spawton) - 10:02
09. Losing Your Way - 7:30
Bonus:
10. Far Distant Thing - 4:35
11. Expecting Dragons (2010) - 7:14
12. Losing Your Way (extended version) - 9:56






Help Yourself - The Return Of Ken Whaley 1973 (UK, Psychedelic Rock, Progressive Rock)

 



- Malcolm Morley - guitars, keyboards, vocals
- Richard Treece - lead guitar, vocals
- Ken Whaley - bass
- Dave Charles - drums, percussion, producer


01. Candy Kane (Malcolm Morley, Richard Treece) - 4:12
02. Pioneers Of The West In The Head (Malcolm Morley) - 3:20
03. Who Killed Paradise (Malcolm Morley) - 3:43
04. Amy (Malcolm Morley) - 4:20
05. Blown Away (Malcolm Morley) - 4:22
06. Man We're Glad To Know You (Malcolm Morley, Ken Whaley, Richard Treece, Dave Charles) - 3:21
07. It Has To Be (Malcolm Morley, Richard Treece, Ken Whaley, Dave Charles) - 12:17
08. The Golden Handshake (Malcolm Morley) - 6:25








Satisfaction - Satisfaction 1970 (UK, Progressive Jazz Rock)

 




01. Just Lay Back And Enjoy It (Mike Cotton, Derek Griffiths) - 7:35
02. She Follows The Band (Lem Lubin) - 3:50
03. Cold Summer (Bernie Higginson) - 5:09
04. Sharing (John Beecham, Derek Griffiths) - 6:14
05. Call You Liar, Liar (Lem Lubin) - 4:16
06. You Upset The Grace Of Living When You Lie (Tim Hardin) - 6:24
07. Just Like Friends (Derek Griffiths) - 4:00
08. Go Through Changes (Lem Lubin, Derek Griffiths) - 7:09
Bonus:
09. Love It Is (single A-side,1971) (Lem Lubin) - 2:58
10. Don't Rag The Lady (single A-side,1971) (Lem Lubin, John Beecham) - 3:15
11. Gregory Shan't (single B-side,1971) (Nick Newall, Bernie Higginson) - 4:20

- Mike Cotton - vocals (01,02,08), trumpet, flugelhorn, pocket cornet, harmonica, arranger
- Derek Griffiths - vocals (07,08), lead guitar
- Lem Lubin - vocals (01,02,04-08), bass, acoustic guitar
- Bernie Higginson - vocals (01-03,07,08), drums, bongos
- John Beecham - trombone, tuba
- Nick Newall - flute, alto & tenor saxophones, trumpet
+
- David Hitchcock - produce






Baumstam - On Tour (1972)

 











MAGGIE BELL - LIVE AT THE RAINBOW (1974 UK, GREAT CLASSIC/BLUES ROCK)

 



Maggie Bell nasceu em Glasgow e começou a cantar profissionalmente no Locarno Ballroom da cidade quando tinha apenas 17 anos. Em 1969 ela se juntou ao guitarrista Leslie Harvey e eventualmente formou o STONE THE CROWS. Com a perspectiva de seguir carreira solo, Maggie contou com a ajuda do lendário produtor Jerry Wexler, com quem gravou 2 álbuns. Avançando para 1974: Embora o novo álbum de estúdio de Maggie, “"Suicide Sal”“ não estivesse programado para lançamento até 1975, ele já estava pronto quando ela embarcou em sua turnê promocional no Reino Unido.  Seus shows estavam esgotados e ela foi apoiada por uma incrível variedade de músicos que retratavam empatia com seu estilo vocal muito individualista. Uma turnê esgotada pelo Reino Unido era exatamente o que ela precisava antes do lançamento de seu primeiro álbum solo. Isso foi exatamente o que ela conseguiu. As ótimas críticas de cada show consolidaram-se. sua posição como vocalista feminina número 1 da Grã-Bretanha... "Live at the Rainbow" pega Maggie Bell, nascida em Glasgow, ex-vocalista dos supergrupos escoceses seminais "Stone the Crows" e "The Faces", no topo de seus consideráveis ​​​​poderes, no prestigiado Rainbow Theatre de Londres em 1974. (Antes do show, ela teve um ataque de nervos e perdeu a voz, dizem. No entanto, um vindaloo de frango de emergência e dois conhaques grandes ajudaram a restaurar seu equilíbrio.) Bell estava nela Turnê promocional no Reino Unido de seu hit anterior na Atlantic Records, Suicide Sal. Na abertura da turnê em sua cidade natal, Glasgow, no The Apollo Theatre, Jimmy Page, do lendário grupo britânico de heavy metal Led Zeppelin, estava entre a torcida: Robert Plant, e John Bonham, também do Led Zeppelin, assistiram sua apresentação em Câmara Municipal de Birmingham. Mas a dinâmica cantora de soul/blues escolheu aqui nos dar outro álbum voltado para mulheres. O álbum remasterizado digitalmente traz trechos de “Suicide Sal”, que ela mesma escreveu, e que seria o título de seu próximo lançamento, e dois longos blues. “As the Years Go Passing By”, para mim, a versão definitiva deste blues clássico, mesmo quando considerado contra estrelas do blues americano como Albert King e BBKing (não relacionados). (O pianista de Bell, Pete Wingfield, segue aqui as pegadas inspiradas de Cornell Dupree, que dão sabor à sua primeira gravação deste clássico, de Queen of the Night.) Além disso, uma antiga versão do cantor, “Penicillin Blues” de Brownie McGhee. “I Was in Chains” é um número nostálgico e muito escocês. “I Saw Him Standing There”, uma composição de rock dos Beatles. E, no encore, uma versão solta, mas frenética, de “Shout” dos The Isley Brothers. O álbum vem do arquivo pessoal de Mo Foster, seu produtor, e seu baixista: ele disse que Bell deve ter se inspirado em Billie Holiday para cantar “Ain't Misbehaving”, no medley soul que ela faz. Paul Francis toca bateria, Brian Breeze, guitarra elétrica. 


Maggie, e aquela voz enorme dela, atualmente vivem tranquilamente em Rotterdam, Holanda. Mas este disco certamente continua vivo, uma prova de seus poderes….



(por Stephanie De Pue)




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