quarta-feira, 31 de julho de 2024

Maysa Matarazzo - Convite para Ouvir Maysa, Vol. 3 (1958)

 


A capa do  álbum exibia uma fotografia que Indalécio Wanderley havia feito para a revista O Cruzeiro, na qual via-se um close nos olhos de Maysa. Pela primeira vez Maysa compusera canções em parceria. O parceiro era seu então namorado, o maestro Enrico Simonetti, responsável pelos arranjos do  álbum.

Empolgada com o sucesso do disco anterior, o Convite para Ouvir Maysa nº 2, a gravadora RGE decidiu lançar o Convite para Ouvir Maysa nº 3 no segundo semestre de 1958. O problema era que Maysa estava exausta depois de uma turnê em Buenos Aires e cheia de outros compromissos. Em algumas faixas a qualidade da gravação e a voz da Maysa deixavam à desejar. A crítica foi dura quanto ao LP, dizendo que ele não teve planejamento e foi totalmente improvisado.

Faixas do  álbum:
01. Mundo Vazio
02. Saudades de Mim
03. Candidata a Triste
04. É Preciso Dizer Adeus
05. Eu Não Existo Sem Você
06. Pedaços de Saudade
07. Fala Baixo
08. Suas Mãos
09. As Praias Desertas
10. Maria Que É Triste
11. Bom É Querer Bem
12. Conselho




Elis Regina; Antonio Carlos Jobim - Elis & Tom (Com Faixa Bônus) (1974)

 


Elis & Tom é um disco lançado em 1974 por Antonio Carlos Jobim e Elis Regina, pela gravadora Polygram, com gravações realizadas entre 22 de fevereiro e 9 de março do mesmo ano no MGM Studios de Los Angeles, Califórnia. A possibilidade de gravar um disco com Tom Jobim foi dada como presente para Elis Regina por seus dez anos de contrato com a Philips.

O disco é o encontro de dois dos maiores nomes da música popular brasileira e conta com arranjos de César Camargo Mariano, pianista e então marido de Elis, que inovou utilizando instrumentos elétricos na bossa nova. Em uma forma contida e suave, ela interpreta diversos clássicos do gênero, como "Águas de Março" (que se tornou o maior sucesso do disco), "Corcovado", "Inútil Paisagem", às vezes em dueto com Jobim, que em outros momentos apenas a acompanha no violão ou piano. "Modinha" foi a única canção do disco a ser totalmente arranjada por Jobim.

Faixas:
01. Águas de Março
02. Pois É
03. Só Tinha de Ser com Você
04. Modinha
05. Triste
06. Corcovado
07. O que Tinha de Ser
08. Retrato em Branco e Preto
09. Brigas, Nunca Mais
10. Por Toda a Minha Vida
11. Fotografia
12. Soneto de Separação
13. Chovendo na Roseira
14. Inútil Paisagem
15. Fotografia (versão alternativa) (Faixa Bônus)
16. Bonita (Faixa Bônus)




Roupa Nova - Roupa Nova (1984)

 


Roupa Nova (1984) é o quarto álbum de estúdio do grupo Roupa Nova. O disco traz hits como "Chuva de Prata", "Não Dá", "Tímida" e "Whisky a Go-Go". Na época do lançamento, a música "Liberal" teve sua execução pública proibida pela censura.

Faixas do álbum:
01. Com você faz sentido
02. Não Dá
03. Pecado Original
04. Uma vez mais
05. Top Top
06. Liberal
07. Whisky a Go-Go
08. Chuva de Prata
09. Esperando a Sexta-Feira
10. Tímida
11. No dia em que você me deixou
12. Muito Especial




Titãs - Titãs (1984)

 


Nesse disco homônimo estão sucessos da banda como "Sonífera Ilha", que rendeu à banda diversas apresentações em programas do Raul Gil e Chacrinha. Nesse mesmo disco, os Titãs colocaram nas rádios a música "Toda Cor".

Faixas do álbum:
01. Sonífera ilha
02. Marvin (Patches)
03. Babi indio
04. Go Back
05. Pule
06. Querem meu sangue (The Harder They Come)
07. Mulher robot
08. Demais
09. Toda cor
10. Balada de John e Yoko (Ballad of John and Yoko)
11. Seu interesse




Review: Avantasia – Moonglow (2019)

 


Desde sua concepção, o heavy metal sempre flertou com gêneros musicais mais rebuscados e requintados, buscando elementos, por exemplo, da música erudita para incorporar à beleza e complexidade de suas composições. Surgiram assim os discos conceituais, os sinfônicos e as óperas-rock.

Quando o The Who deu à luz a obra primordial das óperas-Rock, o clássico Tommy (1969), abriu um leque de possibilidades para que a teatralidade estivesse cada vez mais presente nos lançamentos da música pesada. Um dos grandes herdeiros desse legado, o Avantasia, criado pelo vocalista do Edguy, Tobias Sammet, tornou-se aquele que talvez seria o maior expoente desta vertente do metal, com o lançamento dos grandiosos - e já clássicos nos dias de hoje – The Metal Opera (2001) e The Metal Opera Part II (2002). O sucesso estrondoso com o qual a banda debutou em estúdio gerou enorme expectativa acerca dos lançamentos seguintes, sendo de certa forma suprida em The Scarecrow (2008), mas deixando a desejar a partir de então.

Ainda assim, na iminência de cada novo álbum as expectativas se renovam. Dessa vez, ocorreu especialmente devido aos convidados inesperados (ou talvez há tanto esperados), à belíssima arte da capa (criada pelo pelo pintor sueco Alexander Jansson) e ao primeiro single. A participação ilustre de um dos maiores ícones da vertente mais fantasiosa do metal, Hansi Kürsch, do Blind Guardian, em “The Raven Child”, além da grandiosidade e beleza sublime da canção (que falarei um pouco mais logo adiante) e a incrível e fantasmagórica arte do single, me tiraram completamente da neutralidade da qual eu esperava por este lançamento. Marquei a data na minha agenda, coloquei para notificar e aguardei ansioso. A qualquer novo movimento, nova música lançada, mais e mais expectativas, até que finalmente, no dia quinze de fevereiro, quando finalmente o disco foi disponibilizado, o escutei umas três vezes seguidas, consumindo cada detalhe e descobrindo novos elementos a cada audição. Seguem então as impressões que tive com aquelas três e tantas outras audições, uma vez que o disco me acompanhou no repeat por uma longa viagem de carro que fiz logo que ele foi lançado.

Uma primeira e importante observação diz respeito a não ser um disco, tal qual a maioria dos anteriores, onde uma música “complementa” a outra, tornando as faixas mais independentes e as composições mais livres, apesar do conceito transcorrer em torno de um tema comum e uma personagem central: a história de uma criatura noturna que luta para lidar com a realidade e recorre aos mistérios da lua para viver em seu “próprio mundo”. Outra ressalva importante nesse aspecto é que, também diferente do que era comum nos registros da banda, os convidados não interpretam personagens de uma história, necessariamente, agregando apenas com as suas participações à riqueza das canções.

O oitavo álbum do projeto de Sammet abre com “Ghost in the Moon”, onde o vocalista decide mostrar que, apesar de sempre estar rodeado de músicos fantásticos, ele é o homem a frente deste projeto. A canção começa e termina em Tobias, que desfila seu repertório (sem soar apelativo) durante incansáveis dez minutos de uma música épica, cheia de coros, riffs bombásticos, epicidade (existe essa palavra?) e todos os elementos que sempre caracterizaram a música do Avantasia, num convite irrecusável para esta deliciosa jornada de pouco mais de setenta minutos.

“Book of Shallows” apresenta os primeiros convidados e, já de cara, duas gratas surpresas: o já citado Hansi Kürsch e a inesperada e improvável participação de Mille Petrozza, frontman de um dos maiores nomes do thrash metal mundial, o Kreator. Além deles, as figurinhas repetidas Ronnie Atkins do Pretty Maids e Jorn Lande (o arroz de festa com uma das mais belas vozes do metal) dão as caras novamente. A música é a mais pesada do disco e começa como uma típica canção de power metal com riffs velozes e potentes, melodias e pedal duplo que culminam num refrão bombástico, a receita básica do gênero. Mas aos poucos a canção cresce, tornando-se dinâmica e recebendo elementos que acompanham as características musicais de cada intérprete, culminando na incrível transição de gênero para o thrash, quando Petrozza entra com seus vocais cortantes, onde os riffs ganham ainda mais peso, convidando o ouvinte a bater cabeça ao estilo do mais típico thrash europeu praticado pelo Kreator.

A faixa título e primeiroclipe do álbum (que lembra muito os trabalhos do diretor Tim Burton), parecia vir para acalmar os ânimos como uma baladinha clichê à lá “Carry Me Over” ou “Lost in Space” e com a belíssima participação da estreante Candice Night, mas surpreende positivamente, especialmente quando se esperava algo mais na linha do que ela faz na sua própria banda, ou o que fez em “Light the Universe”, do Helloween. A música mantém o nível alto do disco e, apesar do claro apelo comercial, soa melhor do que faixas outrora gravadas pela banda com propósitos similares (revisando essa crítica dois dias após tê-la escrito e esse refrão ainda não saiu da minha cabeça).

Em “The Raven Child” chegamos ao ponto alto do álbum. A primeira faixa liberada como single - e curiosamente a música mais longa do disco - é uma das melhores composições de toda a história do Avantasia e poderia facilmente figurar nos clássicos dois volumes de The Metal Opera. As participações de Hansi Kürsch e Jorn Lande são simplesmente brilhantes, contrastando suas vozes mais graves com os vocais mais suaves e agudos de Tobias. A música começa melancólica, elegante e sonhadora, utilizando-se de elementos medievais muito apropriados ao seu clima introspectivo (que poderiam ter aparecido mais vezes no decorrer do álbum), mas culmina em trechos bombásticos, épicos e carregados de emoção, onde a música cresce e a banda preenche todos os espaços, com destaque para as guitarras sempre precisas de Sascha Paeth e à gravação impecável, que deixa todos os instrumentos bem na cara.

Nesse ponto, vale ressaltar que não houve dessa vez participações de músicos adicionais, ficando a parte instrumental a cargo de Tobias Sammet (vocal principal, teclado adicional, baixo), Sascha Paeth (guitarra, baixo), Michael Rodenberg (teclados, piano, orquestrações) e Felix Bohnke (bateria e percussão).

“Starlight” é curta, simples e direta, sem firulas, mas com um refrão poderoso e com a participação sempre consistente de Ronnie Atkins, remete a preferidas dos fãs como “Serpents in Paradise” e “Reach Out for the Light”, mas sem a grandiosidade de ambas.

“Invincible” e “Alchemy” contam com a participação de Geoff Tate, ex-Queensrÿche, que já havia aparecido anteriormente em Ghostlights (2016). “Invincible” é uma balada conduzida por um piano melancólico e excelentes atuações de ambos os vocalistas e serve de introdução à robusta “Alchemy”, recheada de coros e elementos sinfônicos, além de alguns riffs mais cadenciados interessantíssimos e um belíssimo solo Sascha Paeth. A música peca apenas em se estender um pouco além do necessário e soar repetitiva em alguns momentos.

Na sequência, “The Piper at the Gates of Dawn” mostra-se grandiosa, mas por momentos caótica devido a quantidade exorbitante de convidados. Além dos já citados Atkins, Lande e Tate, ainda conta com a participação de Eric Martin (Mr. Big) e Bob Catley (Magnum), do qual Tobias sempre se mostrou um grande fã, gravando até um cover para “The Spirit”, com o Edguy. Não se trata de uma música ruim ou abaixo da média, pelo contrário, é uma ótima composição, mas soa confusa em alguns momentos, como se várias músicas tivessem sido enfiadas em uma única composição e os cantores competissem entre si, sem soar dinâmica o suficiente para suas alternâncias.

Em “Lavender” é possível observar melhor o trabalho de Bob Catley, mas a faixa em si pouco acrescenta a tudo que já foi feito, apesar de não comprometer o conjunto da obra, sendo notada mais pela participação do convidado e seus belos vocais do que por sua composição.

O tracklist normal é finalizado com a já clássica participação de Michael Kiske em “Requiem for a Dream”, um power vigoroso e melodioso, bem característico as contribuições anteriores do vocalista no projeto de Tobias Sammet como em “Reach Out for the Light”, “No Return” e “Shelter from the Rain”. Destaque para o curto, mas poderoso, solo de baixo de Tobias.

Como bônus ainda contamos com uma versão de arranjos simples e óbvios, mas muito agradável, de” Maniac”, composição de Michael Sembello presente na trilha de Flashdance (1983), com a participação de Eric Martin, que poderia soar improvável se o próprio Avantasia já não houvesse feito sua própria versão para uma canção do ABBA. “Heart” também é bônus e parece ser uma sobra de estúdio, com apenas Tobias nos vocais e um power melódico simples que talvez pudesse ter entrado no álbum no lugar de uma ou outra canção menos inspiradas.

Por fim, a impressão que fica não é muito diferente da que venho tendo desde The Wicked Symphony (2010). Moonglow é sim um disco muito bom, mas que segue apresentando poucas novidades em relação ao que o próprio Avantasia já criou, deixando sempre um gostinho de que poderiam se reinventar e experimentar mais.

É saudosista e me sinto um velho chato bradando que “na minha época era melhor”? Sim! Mas para quem já criou verdadeiros hinos do power metal como “Farewell”, “Avantasia”, “Sign of the Cross”, “The Seven Angels” e “Twisted Mind”, apenas para citar alguns exemplos, Moonglow diverte, mas acrescenta pouco.



Review: Ina Forsman – Been Meaning to Tell You (2019)

 



Ina Forsman é uma jovem blueswoman finlandesa. Com apenas 24 anos e um enorme talento, lançou seu primeiro disco há três anos e soltou o segundo, Been Meaning to Tell You, em janeiro deste ano. Lembro que fiquei emocionado com o seu debut, tanto que o coloquei como o melhor álbum de 2016. Sua sequência segue pelo mesmo caminho.

Been Meaning to Tell You traz doze faixas compostas pela própria Ina, e pode ser enquadrado como uma espécie de soul blues. Ina atualiza gêneros vitais como os citados, fazendo-os soar contemporâneos através de excelentes canções. A sonoridade é orgânica, totalmente distante do som plastificado e artificial que domina grande parte da indústria musical atual. Para efeitos de comparação, ainda que não sejam exatamente similares, os universos sonoros de Ina Forsman e da falecida Amy Winehouse são similares. Porém, enquanto Amy entregava canções mais cruas e que transitavam pelo soul com influências das grandes vozes femininas do jazz, Forsman é uma garota do blues. O gênero nascido nas fazendas de algodão dos Estados Unidos corre forte nas veias dessa finlandesa, para alegria de quem gosta dos bons sons.

Em relação ao primeiro disco, há uma presença maior de elementos da música pop, em canções de extremo bom gosto com a swingada “Get Mine” e a balada “All Good”. Ao mesmo tempo em que torna a sua música acessível para um público maior, Ina não se furta de falar sobre questões vitais para o universo feminino como o assédio sexual, que é apresentado em “Whatcha Gonna Do” e “Why You Gotta Be That Way”, cantadas, respectivamente, através pontos de vista de um homem e de uma mulher.

Para os amantes do blues, o arrepiamento está garantido em momentos incríveis como “Miss Mistreated”, “Chains” e em “Sunny”, que fecha o disco com Ina cantando apenas a capella durante mais de três minutos.

Ina Forsman é uma das grandes novas vozes da música. Com personalidade e trazendo um material totalmente autoral, mostra que o blues, o soul e todos os seus gêneros irmãos estarão bem servidos por muitos anos.

Mais um grande disco de uma cantora que chegou para ficar.



Review: Iron Butterfly - In-a-Gadda-da-Vida (1968)

 


Há pouco mais de meio século, o single com "In-a-Gadda-da-Vida", a mais famosa composição do grupo americano Iron Butterfly, alcançava a posição #117 nos charts dos Estados Unidos, fato que com o tempo acabou se tornando histórico, pois é considerado como a primeira vez em que uma canção de heavy metal figurou nas paradas de sucesso.

Antes de tudo, há uma controvérsia histórica acerca deste clássico disco. Muitos o apontam como sendo o primeiro LP de metal da história, o que, particularmente, não concordo. 1968 também foi o ano de Vincebus Eruptum, debut do igualmente ianque Blue Cheer, que costuma figurar nas discussões sobre o marco zero do metal. Para mim, na verdade, essa honraria está bem definida e é indiscutível: o primeiro álbum de heavy metal da história foi a estreia do Black Sabbath, que veio ao mundo na sexta-feira, 13 de fevereiro de 1970.

Na verdade, o que o Iron Butterfly fez em In-a-Gadda-da-Vida (segundo álbum da banda, sucessor de Heavy, também de 1968) foi transformar o som das inúmeras bandas da era flower power da costa oeste dos Estados Unidos, cujo epicentro era a cidade de San Francisco, em uma música mais elaborada e com uma dose extra de peso, dando um dos pontapés iniciais para o hard rock e também para o rock progressivo que dominaria a década de 1970.

Para vocês sentirem o drama, o Iron Butterfly chegou a ter a sua aparelhagem para shows cobiçada por bandas Yes e Moody Blues, tamanha a potência que emanava de suas apresentações. Graças à boa qualidade dos instrumentos e as torres de Marshalls que os acompanhavam, o Iron Butterfly conseguiu idealizar e elaborar um som único e original naqueles últimos anos da década de 1960, ganhando a admiração de ícones como Jimi Hendrix e Janis Joplin.

Uma história folclórica e curiosa a respeito da banda conta que o Iron Butterfly teria escrito o seu maior sucesso depois de uma viagem ao Brasil, onde participaram de festas e orgias dignas da Roma antiga, às quais tentaram retratar no título da canção, já que "in-a-gadda-da-vida" seria, na verdade, uma tentativa - naturalmente mal sucedida - de traduzir a expressão "na gandaia da vida" para a língua do Tio Sam. Uma historinha interessante, mas que na verdade não passa de um mito.

"In-a-Gadda-da-Vida", a música, começou a nascer quando a partir de um groove criado pelo vocalista e organista Doug Ingle, pelo baixista Lee Dorman e pelo baterista Ron Bushy, que, empolgados, improvisaram em cima dessa base. Ao ser apresentado à então nova composição, o guitarrista Erik Brann se empolgou e contruiu uma série de solos, que, somados ao clima jazzístico e meio jam session da faixa, fizeram nascer um dos maiores clássicos do rock.

Doug Ingle, após ouvir a base instrumental finalizada, começou a escrever uma letra simples sobre estar em uma espécie de Jardim do Éden ("in the Garden of Eden"), onde contava uma relação cheio de altos e baixos que havia mantido com uma ex-namorada. O título final acabou surgindo quando Ingle, chapadíssimo de LSD, ouviu um grupo de latinos no Gazzarri's, casa onde o grupo habitualmente tocava, pronunciar a frase com seu sotaque característico, o qual ele traduziu com a expressão que batizou a canção.

Apesar de ter sido a canção que marcou definitivamente a carreira do Iron Butterfly, o LP que a contém na verdade é bem mais que isso. A incrivelmente pop "Most Anything That You Want", que abre a bolacha, é uma ensolarada declaração de amor influenciada pelo lisérgico som californiano de grupos como The Doors e Strawberry Alarm Clock. "Flowers and Beads" é uma das mais belas baladas hippies, enquanto a pauleira de "Are You Happy" se transformou na música que abriu, por muito tempo, os shows do grupo.

Finalizando, indico para os fãs de um som mais pesado a excepcional versão que o Slayer cometeu de "In-a-Gadda-da-Vida", presente na trilha do filme Less Than Zero de 1987, que, na minha opinião, supera a gravação original, agregando muito mais peso e conseguindo a proeza de fazer a faixa soar como se fosse uma típica composição do grupo de Kerry King e Tom Araya.



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