quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Medusa - En Raga Sül (2008)

 

Raw sludge/noise metal de Bloomington, IL. Uma mistura potente de grooves bloqueados e punitivos e riffs dissonantes, mas estranhamente cativantes, que eu acho que conquistaram todos os públicos para os quais essa banda já tocou. Em algum lugar entre o início do Melvins e o início do Today Is the Day . Membros do Racebannon.


Track listing:
1. Rain un Thunder
2. Mediatrix
3. En Raga Sül
4. Back to Dust
5. Transform
6. Destructor
7. Bruier
8. Throne of God
9. Inflict the Venom
10. Snakebite
11. Soldiers of Death
12. Body Count
13. Alucarda
14. Fresh Fly
15. Wicked Father




Art Garfunkel – “Breakaway” (1975)


"Não tenho o poder de harmonia de Paul (Simon),
 nem suas lindas canções,
mas sinto que tenho muito a ver com a construção dos álbuns e
com a riqueza e sonoridade
que os tornam tão interessantes."


"Quando junto as canções e as coloco em sequência,
seja com ou sem Simon,
vejo o trabalho de uma vida todo
e fico extremamente orgulhoso.
Assim fica muito fácil dizer:
'Aí está o que fiz: cantei bem!'."
Art Garfunkel,
em 2012



Ouvi “Breakaway”, do Art Garfunkel, pela primeira vez na indefectível Rádio Continental 1120. Anos depois, o reencontrei na casa de uma amiga, que me emprestou. A partir daí, surgiu uma história de amor com os discos solo do Garfunkel para um romântico inveterado como eu. Esse é o favorito da casa.

A história desde disco começa em 1970, quando Paul Simon e Art Garfunkel resolveram desfazer a dupla. Enquanto Simon lançava seu primeiro LP solo em 1972 com muito sucesso, Garfunkel aparece com “Angel Clare”, só em 73, depois de tentar uma carreira no cinema. Havia então a necessidade de conseguir um sucesso. Para tanto, foi contratado o bem-sucedido produtor Richard Perry, recém-saído do terceiro disco solo de Ringo Starr e dos clássicos de Carly Simon. Perry foi muito esperto ao produzir “Breakaway”. Quando se tem uma voz límpida, afinadíssima e bonita como a de Garfunkel, a instrumentação não deve atrapalhar e fazer apenas uma moldura sonora aos gorjeios do canário. O disco é um dos melhores da carreira do cantor exatamente por isso. Com vocês, “Breakaway” de Art Garfunkel.

O clima começa com uma regravação de Stevie Wonder, “I Believe (When I Fall in Love It Will Be Forever)”. A partir do piano de Larry Knetchel, Garfunkel mostra toda a extensão de sua voz na época (1975). O arranjo de cordas de Del Newman dá aquele ar de música pop dos anos 70. E os backing vocals de Andrew Gold garantem o romantismo da letra que diz: “Acredito que quando me apaixonar desta vez será pra sempre”. Uma versão digna de Stevie, mesmo que mais melosa, por assim dizer.

“Rag Doll” usa a metáfora da boneca de pano para falar do amor de um homem por uma mulher. No início da música, o narrador está vendo uma mulher num campo, colhendo flores e usando um capuz de veludo azul e o vermelho em suas bochechas lhe dá um ar de boneca de pano. No refrão, diz: “O vento nas árvores canta uma canção triste, triste, triste, triste/ deitado em minha cama ouvindo a noite inteiro/ o vento nas árvores canta uma canção só pra mim/ e traz de volta esta boneca de pano pra mim”. Aqui é o piano elétrico de Knetchel que percorre a música lhe dando a suavidade que a letra requer.

A faixa-título do disco, composta por Gallagher & Lyle, uma dupla de muito sucesso naquela metade dos anos 70, traz Bill Payne, do Little Feat, nos teclados, e os backing vocals de Bruce Johnston, David Crosby, Graham Nash e de Toni Tenille (é, aquela mesma do “Love Will Keep Us Together”). A produção de Perry é tão sutil que mal se notam baixo e bateria nas músicas. Na ponte, Garfunkel canta: “Não é sol que vocês está procurando/ Outra coisa está em sua mente/ Você precisa um pouquinho de espaço e tempo/ para se soltar/ Não é o lugar que você está indo/ É apenas uma fase que está passando/ Não vou te parar, apenas não quero que você/ se solte, voando através do seu oceano/ Se solte, tempo chegou pra você...”.

“Disney Girls”, do Beach Boys Bruce Johnston, parte da premissa que a realidade é muito difícil de aguentar e que o mundo da fantasia proposto por Walt Disney seria um bom substituto para as agruras do dia a dia. Lá pelas tantas, o narrador diz: “Realidade, não é pra mim e me faz rir/ Mas o mundo da fantasia e garotas da Disney estou de volta”. Rola também uma trip nostálgica: “Toda minha vida passei as noites sonhando com você/ O calor que senti pelas coisas que desejei estão se tornando verdade/ Tenho meu amor pra dar e um lugar pra viver, acho que vou ficar/ será uma vida pacífica com uma esposa pra sempre e um filho algum dia/ seus começos de noites e brigas de travesseiro e sua risada suave/ Mas o mundo da fantasia e garotas da Disney estou de volta”. A música é toda armada num clima Disneylândia, com os backing vocals percorrendo a canção.

Aí, vem o “corpo estranho” do disco: uma versão de "Águas de Março" de Tom Jobim, apropriadamente chamada “Waters of March” e que tenta fazer uma tradução literal: “A stick, a stone, it’s the end of the Road...”. A vantagem é que tanto o violonista Louie Shelton, o baixista Max Bennett e o baterista John Guerin se saem bem tentando emular a batida da música brasileira. O interessante é que, mesmo sendo um “strange body” no disco, esta versão funciona como uma pausa no clima romântico que perpassa todo o álbum. Estranho mesmo é o sintetizador de Bill Payne no lugar da flauta de Tom.

Nesta época, tanto Garfunkel quanto Simon eram contratados da Gravadora Columbia, que jamais aceitou a separação da dupla. E para “tentar” uma reconciliação, acertou uma gravação que iria aparecer nos dois discos de 1975 dos rapazes; “Breakaway” e “Still Crazy After All These Years”, de Simon. Ainda bem que a música é mais um clássico composto por Simon chamado “My Little Town”, outra faixa nostálgica que fala de uma cidade pequena – no caso, Nova Jersey – onde o narrador “cresceu acreditando que Deus cuidava de todos nós”. A conhecida ironia de Paul Simon aparece no verso em que diz: “Depois que chove/ tem um arco-íris/ E todas as cores são preto/ Não é que as cores não estejam lá/ é que elas não tem imaginação/ Tudo é igual/ lá na minha cidadezinha”. E o refrão é matador: “Nada além dos mortos e dos moribundos/ voltam pra minha cidadezinha”. Musicalmente, “My Little Town” excede com a turma do estúdios Muscle Shoals de Alabama composta por Pete Carr (guitarra); Barry Beckett (piano); David Hood (baixo) e Roger Hawkins (bateria) mais produção de Phil Ramone. Difícil ficar melhor.

Depois disso, só mesmo um standard: “I Only Have Eyes for You”, de Al Warren & Harry Dubin, com direito a piano elétrico de Nicky Hopkins e backing vocal de Stephen Bishop. Vinda de uma tradição de música romântica da década de 30, “I Only Have Eyes...” começa dizendo “Meu amor deve ser do tipo cego/ não consigo ver ninguém a não ser você/ Tem estrelas no céu esta noite?/ Não sei se o céu está limpo ou cheio de nuvens/ Apenas tenho olhos pra você”. Garfunkel usa sua voz maravilhosa para dar credibilidade a uma conversa romântica da antiga.

Já que falamos em Stephen Bishop, o autor de “On and On” e de “It Might Be You” (tema do filme “Tootsie”), ele contribui com duas canções no disco. A primeira é a minha preferida, “Looking for the Right One”, uma faixa ultraromântica onde Garfunkel tem sua melhor performance de todo “Breakaway”. E a dor de Bishop é bem traduzida pela voz de Garfunkel, que diz: “Não tenho sido nada sortudo, não sou bom em fazer joguinhos/ lembro de seus rostos e esqueço os nomes/ Encontrei a pessoa certa mas ela não me encontrou/ Então eu empacoto minhas emoções e começo/ a procurar pela pessoa certa/ algum dia ela virá?”. Depois, o narrador sofre com o que dizem as outras pessoas: “Eles dizem que não tem sentido correr atrás de algo que nunca se vai conseguir/ Mas meu coração afirma: ‘não diga não’/ em algum lugar desta cidade solitária existe uma mulher pra mim/ Mas espero outra vida para/ procurar pela pessoa certa”. Bem ao estilo de clássicos da música pop, Perry leva toda a canção para um clímax, onde a voz de Art Garfunkel faz arrepiar.

“99 Miles From L.A.” é uma composição de Albert Hammond (o mesmo da também clássica canção pop “It Never Rains in Southern California”, aquela em que os locutores de rádio da antiga chamavam de "Carambô” devido à sua primeira frase “Got on board...”) e o letrista de Burt Bacharach, Hal David. Nesta canção, o produtor permite que os teclados, a bateria e o baixo apareçam mais, reforçando a batida pop, cercada de cordas por todos os lados. Na letra, o narrador está de carro se aproximando de Los Angeles e espera encontrar seu amor. “Mantendo meus olhos na estrada, te vejo/ mantendo minhas mãos na direção, te seguro/ 99 milhas de L.A, te beijo, sinto tua falta, por favor esteja lá”. A letra é toda construída por David neste clima: o motorista chegando à cidade na expectativa de reencontrar a mulher amada.

No final do disco, mais um lamento de Stephen Bishop chamado “The Same Old Tears on a New Background”. De cara, Garfunkel vai direto nas emoções ao som do piano de John Jarvis, secundado pelas cordas de Del Newman. A letra é tão triste que merece ser lida inteira: “São as mesmas velhas lágrimas num novo cenário/ Te ver como uma fotografia desbotada/ Me dói muito sorrir nestes dias/ Estou bem, estou bem/ é a mesma canção com uma nova melodia/ mas a velha chama está quase extinta/ te ver de novo é tudo que me mantém/ estou bem, estou bem/ lembrando, lembrando o familiar sofrer de amor/ ninguém a não ser você/ É mesmo velho eu chorando as mesmas velhas lágrimas/ e eu me afasto como sempre fiz/ ainda apaixonado por você/ mas eu estou bem”. Quando a coisa chega neste nível, é impossível não sofrer junto com Garfunkel, Bishop ou seja lá quem for. A canção é triste demais. Como quase todo o disco. Não recomendável para quem está sofrendo de amor. Mas quem gosta de boa música certamente vai gostar de “Breakaway”, um dos melhores discos da carreira de Garfunkel, que sempre ficou alguns degraus atrás de seu ex-parceiro, o incrível Paul Simon.
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FAIXAS:
1. I Believe (When I Fall In Love It Will Be Forever) 3:48
2. Rag Doll 3:05
3. Break Away 3:34
4. Disney Girls 4:31
5. Waters Of March 3:37
6. My Little Town 3:50
7. I Only Have Eyes For You 3:38
8. Lookin' For The Right One 3:20
9. 99 Miles From L.A. 3:31
10. The Same Old Tears On A New Background 3:43




Aretha Franklin - "I Never Loved a Man The Way I Love You" (1967)

 



"R-E-S-P-E-I-T-O"




Só "Respect", clássico de Otis Redding que talvez tenha ganhado sua leitura definitiva e eternizada na voz de Aretha Franklin, já seria o suficiente para fazer de "I Never Loved a Man (The Way I Love You)" um álbum fundamental, mas o trabalho que fez dela definitivamente a rainha do soul não se limita a essa brilhante versão. Em seu primeiro disco pela Atlantic Records, Aretha teve, depois de muito tempo relegada a uma mera intérprete de standards na Columbia, a oportunidade de mostrar todo seu talento e foi aí que a cantora sentindo-se valorizada, com confiança e liberdade artística cresceu em si mesma, escolheu repertório, assumiu diversas composições, ousou nos arranjos e literalmente soltou a voz. O blues de piano marcante "Down In Own My Tears"; o gospel melancólico que dá nome ao disco "I Never Loved a Man..." com sua chorosa linha de matais; "Save Me", típica canção soul cheia de ritmo e embalo; as dilacerantes baladas "Baby Baby Baby" e "Do Right Woman, Do Right Man"; a tórrida "Dr. Feelgood"; e a reflexiva balada de Sam Cooke sobre preconceito racial "A Change Is Gonna Come", são outros grandes momentos do disco que justificam plenamente o fato de Aretha ser considerada até hoje por muitos a maior cantora de todos os tempos.
Em tempos de intolerância e turbulência social, "Respect" que na voz de Aretha tomou um novo significado e foi adotado como uma espécie de hino feminista, torna-se mais atual do que nunca e renova sua abrangência e relevância neste momento de reafirmação da mulher dentro da sociedade. O que é impressionante é que, em pleno século XXI, mais de meio século depois de Aretha Franklin ter dado esse grito de resistência, ainda seja necessário que mulheres tenham que pedir algo tão elementar e básico como... RESPEITO.



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FAIXAS:
1. "Respect" - Otis Redding 2:29
2. "Drown in My Own Tears" - Henry Glover 4:07
3. "I Never Loved a Man (The Way I Love You)" - Ronnie Shannon 2:51
4. "Soul Serenade" - King Curtis, Luther Dixon 2:39
5. "Don't Let Me Lose This Dream" - Aretha Franklin, Ted White 2:23
6. "Baby Baby Baby" - Aretha Franklin, Carolyn Franklin 2:54
7. "Dr. Feelgood" - Aretha Franklin, Ted White 3:23
8. "Good Times" - Sam Cooke 2:10
9. "Do Right Woman, Do Right Man" - Dan Penn, Chips Moman 3:16
10. "Save Me" - Aretha Franklin, Carolyn Franklin, King Curtis 2:21
11. "A Change Is Gonna Come" - Sam Cooke 4:20



"A Arca de Noé" - 1 e 2 - Vinícius de Moraes, Toquinho e Convidados (1980/1981)


“A poesia é capaz de coisas que você nem imagina.
Eu sou a porta que o poeta imaginou”
“A Porta”, de Vinicius de Moraes


Numa das conversas que tivemos sobre as nossas infâncias, confessei ao Clayton e ao Daniel, com muita emoção que “A Arca de Noé” é a trilha sonora que eu mais gostava e lembrava a minha primeira infância. Nada em termos fonográficos, nenhum outro disco podia se comparar a “Arca de Noé” e olha que o páreo tinha as obras “Os Saltimbancos”, “Sítio do Pica-pau Amarelo”, "Plunct-Plact-Zum!", “Pirlimpimpim” e o “Grande Circo Místico” só para começar a listinha básica de musicais das crianças que cresceram entre 1973 a 1983.

Na época da Arca, eu, uma guria entre 7 e 8 anos de idade, me divertia com a minha irmã repetindo muitas vezes as canções que minha mãe ajudava a gente a lembrar, porque não tínhamos os LPs. “A Arca de Noé” ficou na minha memória musical depois que assisti ao programa de televisão de mesmo nome exibido no início da década de 80, na Rede Globo. Os registros sonoros se fixaram tão fortemente nas minhas retinas, ouvidos e coração, que por muitos anos, lembrava dos detalhes visuais de cada apresentação. Lembrava dos gestos e dos figurinos/cenografias dos convidados que fazem parte do elenco musical dos volumes 1 e 2.

Eu e minha irmã na época em
que conhecemos "A Arca de Noé"
Muitos anos se passaram e já adulta me deparei com os dois volumes da Arca em CD e relembrei, faixa a faixa, cada poema. As músicas estavam tão vivas em mim que cheguei a apresentar “Corujinha”, da “Arca de Noé 1”, numa audição em 2008 promovida por todos os estudantes da Profª de música Maria Beatriz Noll. Aliás, foi ela também quem me mostrou a versão italiana de “A Casa”, no LP “L´Arca – Canzoni per bambini” a partir da produção de Sergio Endrigo  que reuniu vários intérpretes italianos em versões das canções do volume 1 feitas por Vinícius de Moraes.

Cada vez que escuto a “Arca de Nóe” de Vinicius de Moraes, acompanho em poesia as vozes e a respiração de Milton Nascimento, Moraes Moreira, Alceu Valença, MPB 4, Elis Regina, Frenéticas, Fabio Jr., Boca Livre, Ney Matogrosso, Marina e Walter Franco só para citar os intérpretes do volume 1. O mais interessante é que parte deles já fazia parte do repertório diário que eu colocava na vitrola, após chegar da escola diariamente para fazer meus shows dublados com o som no volume máximo.

A “Arca de Noé” é o último trabalho poético-musical de Vinicius de Moraes lançado nos anos de 1980 e 1981 – este último, póstumo. Em entrevista ao jornalista Tárik de Souza, o produtor Fernando Faro reafirma que Vinicius trabalhou até pouco antes de morrer. “Na madrugada em que se foi, vertia do italiano para o português os poemas da Arca. E cobrava de mim: ‘Faro, me dá logo esse treco!’. Ele respirava esse disco, atento a todos os detalhes”, conta o produtor dos shows e dos álbuns da dupla Toquinho-Vinicius.

No volume 2, alguns intérpretes se repetem, mas as participações de Fagner, Jane Duboc, Elba Ramalho, Grande Otelo, Clara Nunes, Céu da Boca e Paulinho da Viola são muito especiais, diversificando os temas e os gêneros musicais.

A poesia de Vinicius é tão imensamente bela e se ampliou tanto na voz desses intérpretes que  está na memória de crianças, jovens e adultos por sua qualidade, irreverência e pureza. A poesia d’“A Arca de Noé” é capaz de coisas que você nem imagina, como, por exemplo, reencontrar a sua criança toda a vez que a escuta. Experimente.

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FAIXAS - "Arca de Nóe 1":
1 - A Arca de Noé-Abertura - Chico Buarque e Milton Nascimento
2 - O Pato - MBP 4
3 - A Corujinha - Elis Regina
4 - A Foca - Alceu Valença
5 - As Abelhas - Moraes Moreira
6 - A Pulga - Bebel
7 - Aula de Piano - Frenéticas
8 - A Porta - Fábio Jr.
9 - A Casa - Boca Livre
10 - São Francisco - Ney Matogrosso
11 - O Gato - Marina
12 - O Relógio - Walter Franco
13 - Menininha - Toquinho
14 - Final - Instrumental

FAIXAS - “Arca de Noé 2”:
1 - Abertura - A Arca de Noé - Dionísio Azevedo
2 - O Leão - Fagner
3 - O Pinguim - Toquinho
4 - O Pintinho - Frenéticas
5 - A Cachorrinha - Tom Jobim
6 - O Girassol - Jane Duboc
7 - O Ar (O vento) - Boca Livre e Vinicius de Moraes
8 - O Peru - Elba Ramalho
9 - O Porquinho - Grande Otelo
10 - A Galinha d'angola - Ney Matogrosso
11 - A Formiga - Clara Nunes
12 - Os Bichinhos e o Homem - Céu da Boca
13 - O Filho Que Eu Quero Ter - Paulinho da Viola 


Arcadia - "So Red The Rose" (1985)

 


“Eu sonho com
 elegância, arrogância,
Extravagância do Duran Duran...”
Humberto Gessinger,
música "Nada a Ver"
do álbum "Longe Demais das Capitais"
do Engenheiros do Hawaii




Mas Christian, tu cita o Humberto falando do Duran Duran e o disco não é deles, é do Arcadia! Explico. O Arcadia foi formado por 3 dos 5 integrantes do Duran Duran quando eles resolveram dar uma parada para tocar projetos paralelos. O fundador John Taylor (baixista) e o Andy Taylor (guitarrista) foram tocar com o Robert Palmer e o baterista do Chic no Power Station. Os outros 3 que são o vocalista Simon Le Bon, o tecladista Nick Rhodes e o baterista Roger Taylor fizeram o Arcadia. Uma coisa me passou pela cabeça agora, o Duran Duran poderia se chamar “The Taylors” porque 3 Taylor sem parentesco algum em uma mesma banda não é pouca coisa.
Para este projeto eles ainda contaram com a guitarra do David Gilmour nas faixas "The Promise" e "Missing", e participações como a da Grace JonesStingCarlos AlomarHerbie Hancock e outros músicos. Para mim é um pop elegante, funkeado e com muitas camadas de produção características dos anos 80, mas sem muito exagero. "Election Day" foi o single que puxou o disco, mas ao longo da audição tu vais percebendo outras músicas que também faziam parte das rádios na época como a "Goodbye Is Forever" e a "The Promise".
Quem puder, ouça a versão tripla que conta com o disco normal, outro disco com versões estendidas/remixes/instrumentais e ainda um DVD com clipes das músicas. Mais ou menos neste período foi que o Duran Duran colocou a música "A View to a Kill" no filme "007 Na Mira dos Assassinos". No clipe desta música pode-se notar o “climão” que estava entre os membros da banda, onde nenhum aparece contracenando com o outro. Este disco foi importante para a retomada do Duran Duran que aconteceu no disco seguinte, que foi o "Notorius", agora resumido a 3 integrantes, o John Taylor, o Simon Le Bon e o Nick Rhodes. Muito do que foi desenvolvido a partir desta reunião já estava contido neste belo disco que é o "So Red The Rose", do Arcadia. Escuta, vale a pena.
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FAIXAS:
  1. "Election Day" - 5:29
  2. "Keep Me in the Dark" - 4:31
  3. "Goodbye Is Forever" - 3:49
  4. "The Flame" - 4:23
  5. "Missing" - 3:40 (LeBon, Rhodes)
  6. "Rose Arcana" - 0:51 (LeBon, Rhodes)
  7. "The Promise" - 7:30
  8. "El Diablo" - 6:05
  9. "Lady Ice" - 7:32 (LeBon, Rhodes)



quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Ovidi Montllor [Discografia]

 

Discografia do cantor valenciano Ovidi Montllor.

Os discos contidos no arquivo de download são os seguintes:
  • Primers Discs Senzills (1968-1971)
  • Un Entre Tants (1972)
  • Crónica d'un Temps (1973)
  • A Alcoi (1974)
  • Ovidi Montllor A L'Olympia (1975)
  • Salvat Papasseit Per Ovidi Montllor (1975)
  • De Manars i Garrotades (1977)
  • Bon Vent... i barca nova! (1979)
  • 4.02.42 (1980)



Julia Babo - Uma so Patria (1975)

 

Álbum da cantora pop portuguesa Julia Babo, este é o único LP de canção política e social da artista.

O arquivo para download inclui o single Avante Norte publicado em 1977 por Julia Babo e Os Amigos , formado por Luisa Basto, Paulo De Carvalho, Fernando Tordo, Fernanda Piçarra, Ana Bola e Edmundo Silva. 









Destaque

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