terça-feira, 12 de novembro de 2024

Há 3 anos, em 12 de novembro de 2021, o Silk Sonic lançava An Evening With Silk Sonic, único álbum de estúdio do duo americano formado por Bruno Mars e Anderson .Paak.

Há 3 anos, em 12 de novembro de 2021, o Silk Sonic lançava An Evening With Silk Sonic, único álbum de estúdio do duo americano formado por Bruno Mars e Anderson .Paak. 🇺🇸
Mars e Paak se conheceram em 2017 enquanto excursionavam juntos durante a perna europeia da 24K Magic World Tour, que promovia o mais recente álbum de Mars; mais tarde, os dois foram vistos juntos no estúdio trabalhando com Nile Rodgers e Guy Lawrence. Após um tempo se dedicando a projetos pessoais, Mars e .Paak se juntaram novamente em 2020, quando retomaram os trabalhos e recrutaram o músico americano Bootsy Collins, que criou o nome para a dupla de Mars e Paak, para narração, e o produtor musical americano D'Mile para compor o álbum. As sessões de gravação ocorreram no Shampoo Press & Curl Studios.
An Evening with Silk Sonic foi lançado em novembro de 2021 pela Aftermath Entertainment e pela Atlantic Records, obtendo sucesso internacional imediato ao entrar no top 10 de diversas paradas internacionais, incluindo os Estados Unidos, onde estreou em #2 na Billboard 200 e em #1 na parada de R&B. O álbum foi promovido por cinco singles, com destaque para "Smokin Out The Window", "Skate" e, principalmente, "Leave The Door Open", lançada ainda em março de 2021 e atingindo o #1 nos Estados Unidos e diversas outras paradas, tornando-se um hit internacional. A crítica também aclamou o álbum, sendo a obra mais elogiada das carreiras tanto de Bruno Mars quanto Anderson .Paak.



Review: Glenn Hughes - Burning Japan Live (1994)

 


Burning Japan Live é o primeiro álbum ao vivo da carreira solo de Glenn Hughes e foi lançado em 31 de agosto de 1994. O disco, como o título dá a pista, foi gravado no Japão, mais precisamente no Club Chitta, localizado na cidade de Kawasaki, nos dias 24 e 25 de maio de 1994, durante a turnê do From Now On … (1994), seu terceiro trabalho solo.

O que temos é um disco com 15 faixas, equilibrado entre clássicos do Deep Purple, canções dos álbuns de Hughes e também do álbum Hughes/Thrall, gravado em 1982 junto com o guitarrista Pat Thrall (Pat Travers, Asia, Meat Loaf). O vocalista e baixista, que antes do Purple também teve uma carreira de destaque no Trapeze e mais tarde integraria o Black Country Communion, estava acompanhado na época por uma banda excepcional. Faziam parte da turma de Glenn Hughes na turnê os guitarristas Thomas Larsson (que passou pelo Six Feet Under) e Eric Bojfeldt, o tecladista Mic Michaeli, o baixista John Levén e o baterista Ian Haugland - os três últimos também integrantes da banda sueca Europe. E um adendo: Hughes apenas canta no disco, deixando o baixo por conta de Levén.

A verdade é que Burning Japan Live, mesmo quase 25 anos após o seu lançamento, continua sendo o melhor registro ao vivo de Glenn Hughes como artista solo e um dos melhores álbuns ao vivo com a sua participação. Ainda que naquela época Hughes utilizasse bastante o recurso dos gritos ao longo das músicas, eles não eram tão cansativos quanto acabaram se tornando anos mais tarde - hoje, o músico já entendeu que não está em um programa como o The Voice e que não precisa ficar gritando de maneira desesperada para provar que sabe cantar.

A Hellion Records havia lançado este ao vivo no Brasil em 1994, mas desde então ele estava fora da catálogo. Isso foi corrigido pela própria Hellion, que relançou Burning Japan Live em 2018. A nova edição não traz material adicional - algo que nenhuma versão mundo afora possui, diga-se de passagem - e mantém as mesmas características da anterior.


Musicalmente, o que temos é uma excelente performance de toda a banda. Hughes estava com a voz mais jovem do que apresenta hoje, duas décadas depois, e a banda que o acompanha é excelente, com destaque para a cozinha formada por John Levén e Ian Haugland. A bela escolha do tracklist é outro ponto forte, resultando em um show agradável e que proporciona ótimos momentos durante a audição, variando entre canções mais agressivas e outras mais calmas. Como curiosidade, vale mencionar que o disco contém uma faixa, “Still in Love With You”, que não consta em nenhum dos álbuns de Hughes e que traz o vocalista acompanhado somente pelo teclado - que ele mesmo toca - enquanto canta. Apesar de homônima a um dos grandes clássicos do Thin Lizzy, a “Still in Love With You” de Glenn não tem nada a ver com a da banda de Phil Lynott.

Entre as músicas, destaque para “From Now On …”, “Owed to H”, “This Time Around”, “Gettin' Tigher”, “You Keep on Moving”, “Lady Double Dealer”, “I Got Your Number”, “Burn" e “Stormbringer”. No entanto, todas as faixas apresentam ótimas performances e formam um tracklist muito sólido.

Em uma época onde discos verdadeiramente ao vivo são cada vez mais raros e têm as suas “falhas" corrigidas sem dó no estúdio, Burning Japan Live é um ótimo exemplo de como a música caminha com os próprios pés e sustenta sem a ajuda de nada e ninguém um ótimo show. 




Review: Rik Emmett & RESolution9 - RES9 (2016)

 


O álbum RES9 marcou o retorno de Rik Emmett, vocalista, guitarrista e fundador da banda canadense Triumph, um dos nomes mais cultuados do hard e heavy dos anos 1980. O disco saiu lá fora em 2016 e foi lançado no Brasil agora pela Hellion Records. 

E para quem gosta de classic rock é um prato cheio, pois além de trazer Emmett em boa forma o álbum ainda conta com as participações especiais de Alex Lifeson e James LaBrie, respectivamente guitarrista do Rush e vocalista do Dream Theater. Como cereja do bolo, há ainda a presença dos brothers dos tempos do Triumph - o baixista Mike Levine e o baterista Gil Moore -, na música que encerra o play, “Grand Parade”. A banda que acompanha Emmett, o RESolution 9, é formada por Dave Dunlop (guitarra), Steve Skingley (baixo) e Paul DeLong (bateria).

Musicalmente, o que encontramos em RES9 é um hard rock melodioso e com foco nas guitarras. O apelo pop é onipresente, o que aproxima a proposta de Emmett do AOR, porém sem a presença maciça de teclados, o que me agrada bastante. Compositor de mão cheia, Rik segue em grande forma mostrando ideias que agradam o ouvinte.

O álbum possui uma dinâmica interessante, variando sempre entre canções mais rápidas e baladas que baixam o tom, sendo que nessas últimas fica evidente que Emmett é, de fato, um hitmaker. Lifeson participa de “Human Race” enquanto LaBrie solta a voz em “I Sing”. Juntos, o Rush e o Dream Theater dividem os holofotes com o anfitrião em “End of the Line”.

Despretensioso na melhor acepção do termo, RES9 é um disco leve e com uma aura muito agradável, permeado por belas melodias e canções que conquistam o coração. Há feeling em sua receita, com notas que passam muito mais pela emoção do que pela técnica - porém, não se engane, pois a performance de todos é exemplar.

Entre as faixas, destaque para o tempero ZZ Top logo na abertura com “Stand Still”, “Human Race”, a balada blues “My Cathedral”, a contemplativa “The Ghost of Shadow Town” (com lindas guitarras) e a ótima “End of the Line”, com Alex Lifeson e James LaBrie.




Review: Apocalyptica - Shadowmaker (2015)

 


Quando surgiu com o álbum Plays Metallica by Four Cellos (1996), o quarteto finlandês chamou a atenção ao apresentar uma proposta inédita: recriar alguns dos clássicos da banda norte-americana apenas com um quarteto de cordas e de forma instrumental. A proposta deu certo e o disco caiu no gosto dos fãs de metal, viabilizando ao Apocalyptica uma carreira mais longa.

No entanto, a fórmula do primeiro álbum evidentemente não teria uma vida tão longa assim, e a banda se viu obrigada a evoluir a sua música e a inserir novos elementos em sua sonoridade. Isso foi feito trazendo os instrumentos característicos do metal - guitarra, baixo e bateria - e com a inclusão de um vocalista, porém mantendo o aspecto “clássico”, por assim dizer, da sua música. Todo esse processo foi acontecendo de maneira gradativa ao longo dos anos até chegar em Shadowmaker, primeiro trabalho a trazer essa nova proposta na íntegra de maneira efetiva.

Lançado em 17 de abril de 2015, Shadowmaker é o oitavo disco do Apocalyptica e o primeiro trabalho da banda a trazer apenas um vocalista - no caso o norte-americano Franky Perez. Experiente, Perez foi guitarrista do Scars on Broadway - banda formada pelo guitarrista e baterista do System of a Down, respectivamente Daron Malakian e John Dolmayan - e possui uma carreira solo que já rendeu três discos. Além disso, colaborou com Slash na banda solo do guitarrista do Guns N’ Roses e com outros nomes conhecidos.

O que o Apocalyptica faz em Shadowmaker é uma atualização da sua música, e Perez é um dos elementos principais. Para mim, isso acabou sendo um problema, pois o timbre do vocalista não me agradou muito. Um tanto quanto agudo e sem agressividade, apesar das boas interpretações, achei o vocal o ponto baixo desse disco. No aspecto instrumental temos a banda conseguindo equilibrar bem o lado clássico e a pegada metal, criando uma sonoridade que desce sem sustos. Vale mencionar que, ao consultar outros reviews mundo afora - algo que costumo fazer quando estou analisando um disco -, me deparei com resenhas invariavelmente positivas, então achei interessante compartilhar isso com vocês porque, talvez, a minha implicância com o vocal de Franky Perez possa ter interferido na minha avaliação geral do álbum.

Outro ponto que precisa ser dito é que Shadowmaker não traz nenhuma versão para canções de outros artistas e conta apenas com composições da própria banda. Os caras conseguem variar entre faixas mais agressivas e outras mais lentas, baladas mesmo, como “Holy in My Soul”. No entanto, os melhores momentos, ao meu ver, acabam aparecendo quando a banda explora o seu diferencial, que está no quarteto de cordas que a tornou conhecida. Isso acontece de maneira exemplar nas instrumentais “Riot Lights” e “Till Death Do Us Part”, além de um trecho particularmente bastante inspirado e bonito na música que dá título ao disco.

De modo geral, achei Shadowmaker um álbum apenas mediano. É louvável o desejo do Apocalyptica em se aventurar por novos caminhos, mas como disse antes, a inclusão de Franky Perez não me pareceu a escolha mais acertada. Talvez um vocalista com um timbre mais agressivo geraria um contraste melhor com o instrumental refinado e inspirado na música clássica que sempre marcou o Apocalyptica.




Review: Cavalera Conspiracy - Psychosis (2017)

 


Faço parte da turma que não curtiu Pandemonium (2014), terceiro álbum do Cavalera Conspiracy. A sonoridade suja e a mixagem abafada do contribuíram para que a minha avaliação do disco fosse bastante negativa. Por isso, fui com um pé atrás conferir Psychosis, quarto trabalho da banda dos irmãos Max e Iggor.

E é bom quando uma expectativa negativa é quebrada. Psychosis, lançado em novembro de 2017 lá fora e que ganhou edição nacional pela Hellion Records, fez com que eu esquecesse a imagem negativa deixada pelo álbum anterior. Ao invés de Max na produção, temos Arthur Rizk regulando a mesa de som. O guitarrista Marc Rizzo, parceiro de longa data dos Cavalera, completa o trio central da banda, que ainda contou com o próprio Rizk no baixo, além de diversas participações.

De modo geral, Psychosis é o disco menos experimental do Cavalera Conspiracy. Não temos em nenhuma das suas nove músicas o lado mais inovador que levou Max a ser reconhecido tanto no Sepultura quanto no Soulfly. O que não quer dizer, necessariamente, que estejamos diante de um disco menor, o que realmente não é verdade. 

Dá pra dizer que Psychosis é o trabalho mais convencional do Cavalera Conspiracy, e talvez o mais extremo da banda. As canções passeiam pelo espectro do thrash metal, com algumas aproximações com o death. Iggor insere algumas batidas tribais bastante sutis, principalmente nas viradas de bateria, enquanto o trabalho de guitarra não tem nada de “noise" e é bem focado na pegada tradicional tanto do thrash quanto do death metal. “Hellfire" tem uma característica mais industrial que contrasta com o restante do tracklist, assim como a atmosférica faixa título, enquanto em outros momentos, como na ótima “Judas Pariah”, o Cavalera Conspiracy abraça o seu lado death metal sem medo e nem receio.

Psychosis é um bom disco com músicas fortes como “Insane”, “Terror Tactics”, “Impalement Execution” e “Judas Pariah”, que soa muito superior ao álbum anterior do Cavalera Conspiracy e mantém esse projeto de Max e Iggor ainda atraente e interessante para os fãs.



Napoli Centrale: Qualcosa cca nu'mmore (1977)

 

algo cca nu'mmorePouco antes de encerrar a fase mais progressiva de sua carreira, o Napoli Centrale lançou o álbum " Something 'cca nu' mmore " em 1977 que, por um lado, revelou-se uma de suas obras mais enérgicas e estridentes , por outro denotava uma mudança cada vez maior para o jazz (ex.: “ O mirror addo' me Guarda ”), deixando para trás alguma daquela comunicatividade imediata do início

Se de facto no primeiro álbum “ Napoli Centrale ” teve-se a impressão de encontrar. diante de um coletivo compacto musical ideologicamente , nesta situação estamos antes na presença de um verdadeiro grupo de jazz no qual a preponderância de James Senese (o único sobrevivente da formação original junto com o fiel baterista Franco del Prete ) definitivamente deu-lhe o papel indiscutível de líder de orquestra Em comparação com as duas primeiras obras , portanto, é mais um Napoli Centrale que se ouve em Something 'cca nu' mmore onde para as gravações, Senese mais uma vez recorre a numerosos músicos externos, mas este. para se expressar em uma linguagem quase exclusivamente jazzística Ciro Ciscognetti , ex-tecladista de Fabio Celi e dos Infermieri -aqui entre outras coisas de forma esplêndida- , um segundo tecladista Pippo Guarnera já no Napoli Centrale em 1975 e depois saiu temporariamente com Finardi , bem como com um jovem baixista promissor chamado Pino Daniele, que logo se tornaria o mais refinado porta-estandarte da música artística napolitana. Porém, embora, como dizíamos, o álbum de 1977 tenha sido tocado em níveis muito elevados, a escuta da sequência de músicas revelou a urgência de uma mudança programática de uma forma bastante drástica : ou trazer a banda de volta à conflituosidade do passado , ou para uma abordagem ainda mais técnica e experimental .

centro de NápolesE se musicalmente Senese e os seus associados deram passos gigantescos e o " Sonny Rollins de Nápoles " demonstrou constantemente que tinha cada vez mais talento na escolha dos seus companheiros e sobretudo classe de sobra , de outro ponto de vista o seuas performances , principalmente as vocais, começaram a soar repetitivas, quase como se estivessem eternamente presas ao som de " O nonno mio ".

Com isso não quero dizer que Something 'cca nu' mmore teria sido mais coerente se fosse apenas instrumental , mas que as partes cantadas também poderiam ter se limitado à primeira deslumbrante faixa de abertura " O inimigo meu ", uma verdadeira obra-prima do álbum. E isto porque, considerando tudo, o som geral deste último trabalho foi na verdade uma compulsão para seguir as intuições desenvolvidas nos dois primeiros. Da mesma forma, a peça de encerramento “ Nun song na vacca

” também me pareceu bastante autorreferencial, que ao mesmo tempo que reciclava as glórias de “ Mattanza ” seguiu de perto o seu ritmo para deixar o ouvinte pelo menos ansioso por mais alguma novidade. E essas considerações provavelmente também foram feitas pelos próprios Senese e Del Prete que, apesar das excelentes atuações em vinil e ao vivo, decidiram dissolver o Napoli Centrale , cada um seguindo seu caminho. Como se sabe, os melhores frutos do cisma foram colhidos pelo baixista Giuseppe "Pino" Daniele que no mesmo ano estrearia com o seu " Terra mia ", atraindo os melhores músicos napolitanos, incluindo os de Siena .



Banda Pino Daniele 1977Onipresente nos Festivais Pop do movimento e respeitado por todos, o Napoli Centrale ainda teve o grande mérito de transportar a cultura popular a níveis musicais altíssimos , mantendo ao mesmo tempo o seu espírito rebelde e comunicativo.

Além disso, a sua mente aberta também fez com que músicos do mais alto nível passassem pelas suas fileiras ou aprendessem as suas habilidades (de Ernesto Vitolo a Gigi de Rienzo, sem falar do ex- Flea Agostino Marangolo e do próprio Pino Daniele ), tornando a banda um sucesso. verdadeiro viveiro de talentos . Certamente o

caráter duro e angular do líder não ajudou muito o grupo em termos de estabilidade, mas o seu perfeccionismo artístico permitiu-lhe nunca cair abaixo de uma certa qualidade, a ponto de consagrar sua criação como uma das melhores bandas pop italianas .
Eu mesmo reiterei esse conceito para Mark Harris enquanto jantávamos juntos na casa de um amigo e ele, com seu lindo sotaque de Connecticut , respondeu: “ Claro que sim! Foi um momento inesquecível! Energia como esta nunca mais foi vista. ”
Se não me engano, foi nessa ocasião que entreguei a ele meu exemplar do “ Napoli Centrale ” que Mark havia perdido no caminho.




Analogy: Analogy (1972)

 

analogia analogia 1971

Apesar de seus nomes revelarem uma clara origem centro-europeia (Nienhaus, Mithoff, Schoene), o Analogy ( originalmente " The Yoice ") foi formado em Varese em 1968 e desenvolveu sua carreira musical na Itália.

Fortemente ligados à cultura Freak , tanto a nível de imagem como de som, estrearam-se em 1970 pela pequena editora " Dischi Produzioni Ventotto ", com um single de 45 rpm em inglês: " Sold out / God's own land ". O

O álbum, embora distribuído pela Messaggerie Musicali, não vende muito, mas é bem representativo da música do grupo que não mudará nos próximos anos.

Ambas as canções do single não revelam um estilo musical particularmente original, muito inspirado no underground anglo-americano , mas muito corajoso na pequena Itália de 72. O estilo é particularmente limpo e os arranjos são muito bem estruturados, embora relativamente simples. Entre os instrumentistas destacam-se a excelente cantora Jutta Taylor Nienhaus e o guitarrista Martin Thurn Mitthaus .

No fundo prevalece o trabalho onipresente do bom tecladista Nicola Pankoff (o segundo italiano do grupo junto com o baixista Mauro Rattaggi que permaneceu até 1971) cujo estilo está a meio caminho entre John Lord e Ray Manzarek .

analogia jutta nienhausMais atrás, mas talvez também devido à gravação bastante cavernosa, permanece a seção rítmica de Mops Nienhaus e Wolfgang Schoene .

Mudando seu nome para Analogy em 1972, a banda teve a oportunidade de se apresentar em vários festivais pop, incluindo Caracalla e Nápoles , e de obter credenciais suficientes para conseguir um trabalho em 33 rpm.

O álbum, dizíamos, não se afasta muito do trabalho feito no 45, exceto pelo maior espaço dado às improvisações individuais (por exemplo, o órgão em " Weeping may hold " e o violão em " Tin's Song ").

Na prática, prevalecem as baladas de blues psicodélico, decididamente coloridas pela guitarra de Mitthaus (“ meditação indiana ”) e temperadas por um leve aroma “ gótico ” dado pela voz lírica e “ silvestre ” de Nienhaus .

Apenas a longa suíte " Analogy " se destaca do resto do álbum com uma bela exibição de habilidade psicodélica, embora o groove geral da música lembre dramaticamente uma mistura entre " Interstellar overdrive " e " Atom heart mother " do Pink Floyd .

O encerramento do álbum é confiado a um rock mais decisivo e pessoal (“ O ano na primavera ”) que, apesar da sua essencialidade, deixa um bom sabor no geral.

Pouco conhecido na Itália e menos ainda na Europa (além da Suíça), apenas o casal Jutta Nienhaus - Martin Mithoff resistiu no meio musical após a dissolução da Analogy, colaborando em 1973 com Battiato (" Nas cordas de Áries ") e fundando dois anos depois, na Inglaterra, o " Eathbound ", que operou até 1979 e foi recomposto muitos anos depois.

analogia analogiaO álbum "Analogy" é raro e muito procurado . Publicado em cerca de 1.000 exemplares, hoje pode ser considerado um dos discos mais caros em circulação. Em maio de 2010 o site Vinyl Seduction ofereceu um exemplar original por 3.000 Euros (mas sem pôster!)

Sua capa, retratando os integrantes da banda completamente nus , é justamente considerada uma das mais provocativas do início dos anos 70. A partir daí, muitos entenderam que Jutta não era apenas uma boa cantora, mas também uma ótima filha.

Dito sem malícia, porém, eu pessoalmente acredito que se " Analogy " não tivesse essa capa, teria permanecido um disco ainda mais sombrio do que já é hoje.



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