segunda-feira, 31 de julho de 2023

KAIPA DA CAPO • Darskapens Monotoni • 2016 • Sweden [Symphonic Prog]

 



Em 2014, os membros originais do KAIPA, Roine Stolt, Ingemar Bergman (bateria) e Tomas Eriksson (baixo) se reagruparam sob o nome KAIPA DA CAPO para tocar as músicas antigas dos três primeiros álbuns, bem como novas músicas. Para completar a equipe chamaram Mikael Stolt (vocal, guitarra), irmão de Roine, e Max Lorentz nos teclados. Após uma série de shows em 2015, o grupo iniciou a gravação de um novo álbum em junho de 2016. O álbum foi intitulado "Dårskapens Monotoni" (Folly Monotony, em uma tradução literal) e será seguido por uma extensa turnê européia e escandinava no outono. A música segue o tradicional som KAIPA com canções cantadas em sueco.

Roine Stolt, assume o papel de vocalista (além de tocar guitarra e teclado, junto com seu irmão). O membro fundador do KAIPA, Hans Lundin é a única peça que falta, que tem mantido sua "própria" versão da banda desde seu retorno em 2002. Ao se ouvir pela primeira vez "Darskapens Monotoni" (Folly Monotony em sueco), nota-se tudo menos, monotonia. Claro, um álbum com Roine Stolt, se esperava algo bom, mas, é muito muito bom. Musicalmente falando KAIPA DA CAPO lembra THE FLOWER KINGS, é claro. Mas com algumas diferenças: as influências do Folk sueco são mais proeminentes do que em TFK, e o fato de todos os vocais serem cantados em sua língua nativa só aumenta isso. Além disso, as influências do Jazz-Rock que tão frequentemente surgiram na banda principal de Stolt são aqui reduzidas ao mínimo. Mais importante, porém, é o fato de Stolt ter encontrado sua musa novamente, pois, em termos de composição, este é o melhor álbum feito por ele desde que começou o TFK com as obras-primas "Back In The World Of Adventures" e "Retropolis". Como era de se esperar, há muitos solos de guitarra da marca registrada de Stolt, além de vários teclados de som vintage (Hammond Organ, Fender Rhodes, mellotrons, moogs), além de uma seção rítmica muito compacta. Michael Stolt é o que mais surpreende como um cantor muito bom e emotivo que lida com todas as músicas lindamente. Mas nada funcionaria tão bem se as músicas em si não fossem de primeira classe. E são de primeira classe: peças de Rock sinfônico poderosas e inspiradas que dão arrepios na espinha. Nem um único preenchimento pode ser encontrado em todo o álbum. Em um caso raro de equilíbrio de melodias simples com harmonias complexas e arranjos de bom gosto, a banda produziu não apenas um dos melhores lançamentos de 2016, mas um dos melhores álbuns de Prog sinfônico em décadas! Nem uma única nota é desperdiçada. E realmente não é possivel descrever os que se tem ao ouvir essa jóia musical.

É muito difícil apontar um destaque, já que todas as faixas são de primeira linha e emocionantes, mas a maioria dos Proggers provavelmente dirá que a suíte de 17 minutos "Tonerna", com suas várias mudanças de humor e andamento, é o melhor exemplo de quão versátil e inspirado eles eram. A acústica (e encharcada de mellotron) "Spår Av Vår Tid" é outra música brilhante, em um CD cheio de músicas brilhantes. Se você gosta de THE FLOWER KINGS no seu melhor, você vai adorar este álbum!

Com uma produção soberba e performances impecáveis, "Darskapens Monotoni" é definitivamente o álbum indicado para quem gosta de Prog sinfônico clássico na veia de GENESIS (era Gabriel), YES e ELP em seu auge. Nasce um novo clássico! Essencial. 

SUPER ULTRA RECOMENDADO!
Tracks:
1. Dårskapens Monotoni (10:32)
2. När Jag Var En Pojk (10:41)
3. Vi Lever Här (6:21)
4. Det Tysta Guldet (10:20)
5. Spår Av Vår Tid (5:43)
6. Tonerna (17:20)
7. Monoliten (7:21)
Time: 68:18

Musicians:
- Michael Stolt / lead vocals, guitar, keyboards
- Roine Stolt / guitars, keyboards, vocals, producer
- Max Lorentz / keyboards, vocals
- Tomas Eriksson / bass
- Ingemar Bergman / drums
With:
- Merit Hemmingson / vocals (4)
- Otto Åberg / vocals (6)
- Ludde Lorentz / saxophone (6)
- Peter Lindberg / steel guitar (3,7)


CRONOLOGIA

Live (2017)




Discografia:
2016 • Darskapens Monotoni
2017 • Live



CAPTAIN BEYOND - The Completer - 1971-77



Raros são os registros ao vivo de uma banda subestimada que acabou ganhando merecida porém, tardia notoriedade muitos anos após o lançamento de seu álbum homônimo.

A formação clássica do Captain Beyond de 1971, contava com nomes de peso dos primórdios do progressivo tais como: Rod Evans, a voz principal do Deep Purple até o início de 1970; Lee Dorman e Rhino Reinhardt, baixo e guitarra respectivamente e o baterista/pianista Bobby Caldwell, todos recém saídos do Iron Butterfly após a gravação do álbum Metamorphosis. 

Em seu primeiro disco, a banda destilava uma boa pegada de Heavy Prog, entoada por uma forte guitarra com pitadas marcantes de psicodelia. A gravadora que o lançou em 1972 fez uma fraca promoção, resultando em vendas desanimadoras e pouco reconhecimento por parte da crítica. Atualmente, se tornou um disco clássico, raro e muito cultuado pelos adeptos do Rock Progressivo.

No ano seguinte lançam o Sufficiently Breathless, disco mais comercial com elementos mais voltados para o progressivo e sem a presença de Caldwell na bateria. Tempos depois do lançamento, Rod Evans também deixa a banda que fica em hiato até 1976. Em 77 lançam o ótimo Dawn Explosion, com a formação clássica porém, sem a presença de Evans sendo este substituído por Willy Daffern.

Aqui encontramos uma seleção de quatro excelentes bootlegs, divididos em dois discos e gravados entre os anos de 1971 e 1977. São eles:

 - Montreaux (debut concert) - 18/09/1971
(Disco I - Faixas 01 a 08)

- Miami - 19/08/1972
(Disco I - Faixas 09 a 18)

- New York - 17/07/1972
(Disco II - Faixas 01 a 08)

- Los Angeles - 25/06/1977
(Disco II - Faixas 09 a 13)

A qualidade do áudio oscila nas respectivas datas mas mesmo assim trata-se um belo e raro registro, altamente recomendado aos fãs do Captain Beyond e apreciadores desse tipo de gravação não-oficial.

TRACKS:

DISCO I:

18/09/1971 - Montreaux (debut concert)

01. I Can't Feel Nothin' (Part 1)
02. As The Moon Speaks (To The Waves Of The Sea)
03. Astral Lady
04. As The Moon Speaks (Return)
05. I Can't Feel Nothin' (Part 2)
06. Dancing Madly Backwards (On A Sea Of Air)
07. Armworth
08. Myopic Void

19/08/1972 - Miami, FL

09. I Can't Feel Nothin' (Part 1)
10. As The Moon Speaks (To The Waves Of The Sea)
11. Astral Lady
12. As The Moon Speaks (Return)
13. I Can't Feel Nothin' (Part 2)
14. Dancing Madly Backwards (On A Sea Of Air)
15. Armworth
16. Myopic Void
17. Thousand Days Of Yesteryear (Intro)
18. Frozen Over

Disco II

17/07/1972 - New York, NY

01. Dancing Madly Backwards (On A Sea Of Air)
02. Armworth
03. Myopic Void
04. Thousand Days Of Yesteredays (Intro)
05. Frozen Over
06. Unknown Song
07. Mesmerization Eclipse (Including Drum Solo)
08. Distant Sun

26/05/1977 - Los Angeles, CA

09. Dancing Madly Backwards (On A Sea Of Air)
10. Armworth
11. Myopic Void
12. Breath Of Fire (Part 1)
13. Breath Of Fire (Part 2)








KIN PING MEH - Concrete - 1976

 



O Kin Ping Meh juntamente com o excelente Birth Control foram os percursores do movimento Heavy Prog alemão que abriu as portas para outras bandas desse mesmo estilo. Algumas dessas bandas lançaram os famosos e excelentes one shot gravados, em sua maioria, precariamente em estúdios improvisados onde as gravações eram executadas ao vivo, sem mixagem apropriada e produção bastante caseira. 

Um bom exemplo disso foi o Baumstam , que segue mais ou menos a mesma linha dessas bandas já citadas e também pouco conhecida na época. Tocavam apenas em alguns festivais e depois foi esquecida pelo tempo.

Com o Kin Ping Meh, a história é bem diferente. A banda contava com as produções do famoso engenheiro de som Conny Plank em seus discos, Plank lançou  grandes nomes do Krautrock onde obtiveram reconhecimento merecido por toda Europa nos anos 70. Alguns bons exemplos são: Neu!, Kraftwerk, Harmonia, Can, dentre outros. Também tocava muito bem guitarra e diversos tipos de teclados e sintetizadores e chegou a tocar em alguns discos do Guru Guru e Cluster.

Aqui encontramos a banda em perfeita harmonia e entrosamento entre seus membros. Guitarras pesadas se entrelaçam ao poderoso Hammond do excelente Chris Klober, um dos melhores tecladistas da cena alemã na minha opinião.

 Esse é um dos poucos registros ao vivo em catálogo que posto por aqui por ser um dos melhores já feitos pelo KPM. Pra quem não conhece a banda, esse é um bom começo para se familiarizar pois nesse disco contém uma perfeita seleção com as melhores faixas. Faixas essas pertencentes aos quatro primeiros e essenciais álbuns lançados entre os anos de 1971 e 1974. 

A título de curiosidade, o KPM regravou Come Together dos Beatles e lançou no disco de estúdio, intitulado por No.2 em 1972. A versão ao vivo contida no registro em questão pesa uma tonelada e é bem melhor do que o original lançado pelos Fab Four em 69. (Que atirem as pedras!)

O vinil Concrete foi lançado em edição dupla pelo selo independente inglês Nova Records em 1976. Já fim dos anos 90, o selo Second Battle o lançou o cd em versão single. 

Em termos de progressivo alemão, esse é um de meus cincos discos favoritos lançados ao vivo nos anos 70 ao qual recomendo sem medo!


TRACKS:

1. Light Entertainment
2. Come Together
3. Too Many People
4. Me and I
5. I Want to Die A Millionaire
6. Night-Time Glider
7. East Winds
8. High Time Whiskey Flyer
9. Blue Horizon
10. Dancing in the Street
11. Don't Force Your Horse
12. Good Time Gracie
13. Rock Is the Way

MUSICA&SOM






URIAH HEEP - Byron´s Lost Poem - 1972

 



Na primeira metade da década de setenta, o Uriah Heep certamente foi uma das mais importantes bandas de rock da Inglaterra que, até nos dias atuais, é lembrada por seus clássicos álbuns e pelo grande dilema tanto discutido pelos fãs por se tratar de uma banda de Rock Progressivo (Heavy Prog) ou simplesmente uma banda de Hard Rock. Particularmente, fico com a primeira opção pelo menos no decorrer da primeira leva de sua extensa discografia, lançada entre os anos de 1970 e 1976. 

O culpado de toda essa minha convicção atende pelo nome de Ken Hensley que, na minha lista, figura entre os cinco maiores tecladistas de todos os tempos, onde estava sempre munido de um poderoso Hammond, acompanhado de belas harmonias de piano e suntuosos solos de Moog. Hensley também foi responsável pela autoria da grande maioria das composições da fase áurea da banda, além de contribuir com algumas passagens de guitarra e violão. 

Nessa publicação, temos a formação 'clássica' do Uriah Heep que contava com a extrema energia do vocal do falecido David Byron, contagiante e muito marcante em todos os momentos, a pesada cozinha baixo e bateria conduzida, pelo também falecido Gary Thain e Lee Kerslake respectivamente, que sempre dão um show a parte seja em estúdio ou ao vivo. Sem contar com os fortes riffs de guitarra do mestre Mick Box mesclados ao poderoso arsenal de Ken Hensley. 

Gravado em 03 de Maio de 1972 na cidade alemã de Münster, esse bootleg é constituído por faixas de discos altamente clássicos como Very 'Eavy...Very 'Umble, Salisbury, Look at Yourself, e o "recém lançado" Demons and Wizards, sendo este último um dos melhores e mais importantes álbuns produzidos por uma banda inglesa nos anos 70. Um interessante destaque vem da quinta faixa, que nada mais é que uma bela e pesada improvisação com duração aproximada de 22 minutos. 

Tenho a obrigação de informar que trata-se de um BOOTLEG ou seja, um registro não-oficial e um tanto precário, feito por alguém da plateia com um gravador deveras amador. 


Adianto que os colecionadores terão em mãos um raro registro ao vivo de uma das maiores bandas de todos os tempos!


TRACKS:

01. I Wanna Be Free
02. Easy Livin
03. July Morning
04. Tears In My Eyes
05. Improvisation
06. Bird Of Prey
07. Rainbow Demon
08. The Wizard
09. Look At Yourself
10. Lady In Black
11. Gipsy









Mike Quatro Jam Band – Paintings (1972/ Evolution)

 

Michael Quatro nasceu em sua terra natal, Michigan, em um matriarcado cheio de irmãs. Mas enquanto elas, Patti, Suzy e Nancy preferiam rock'n'roll/soul, ele optou pelo clássico. Onde adquiriu formação acadêmica e ingressou na Orquestra Sinfônica de Detroit, como proeminente pianista.



Por outro lado, suas irmãs travessas estragaram tudo com The Pleasure Seekers, depois Cradle. Então Patti entrará na valiosa Fanny. Assim como Suzy terá sucesso no emergente glam rock britânico de meados dos anos 70.

Em 1972 estreou-se a Mike Quatro Jam Band, em pleno êxtase progressivo teresiano. Mike envolve-se com os hulks do momento, como um pioneiro dos chamados "magos do teclado". Terry Mullen é o baterista. Vocal principal de John Finley. Pat e Nancy Quatro nos backing vocals. Imagino a conexão foda, já que eles foram a banda de abertura de Bob Seger e Ted Nugent. Assim, o Detroit Tiger intervém de forma surrealista ao longo deste álbum sympho-prog com denominação de origem. 

Temos uma entrada hiper-prog com "Paintings" (8'00) e todo o seu arsenal a arder. O próprio Rick Wakeman admitiu que Mike Quatro o influenciou por suas "Seis Esposas". É dito. Certamente este corte tem aquela linha sinfônica barroca que logo estaria na moda. O clássico em mistura natural com rock de teclado de vanguarda. Essa foi a base de muitas outras descobertas posteriores. Mellotron imperator e Mini-Moogs como guarda pretoriano.

É assim que se serve “Time Spent in Dreams” (4'39), com romantismo europeu digno de Faithful Breath (nos seus primórdios), Novalis, SFF ou o próprio Vangelis. 

As duas seguintes são compostas com sua irmã Suzy Quatro. E claro, algo muda. A alma negróide da Motown entra em ação em “Circus” (3'55), sem que os teclados percam destaque. O motor principal será a percussão diabólica e um estilo entre Sly and the Family Stone e Keith Emerson. "Cada dia eu quero mais você" (3'25) retorna ao lado romântico próximo ao prog italiano por seu tratamento vocal rasgado. John Finley brilha no microfone. 

De regresso ao rock-soul com "Life" (3'22), numa vibe tipo Billy Preston / Buddy Miles. Enquanto um pacote de teclados ilumina a folia e um contido Nugent acompanha...... até que seu inconfundível feedback matador sobre os Amboy Dukes define sua assinatura. 

Em "Rachmaninoff's Prelude" (6'45) imagino um animado Wakeman dizendo... "Isso, isso é o que eu quero fazer!". A pompa progressiva e o esplendor são aqui aquecidos em seu molho picante. Os fãs do ELP ficarão entusiasmados. 

Mudança abrupta de direção para "Detroit City Blues" (3'00) com um piano Emersonian barrelhouse cheio de ragtime-boogie, e algumas intenções tímidas de Nugent. O final é grande com uma versão apocalíptica de "In the Court of the Crimson King" (5'26), agora cantada pelo próprio Mike. Mellotronic e majestoso como a ocasião exige. Um daqueles momentos bizarros da história do rock, com Ted Nugent envolvido entre a fiação modular Moog e os mellotronismos saturados de música clássica. Delirante. Sua guitarra adiciona efeitos psicodélicos que contribuem e preenchem uma crítica muito completa e respeitada. Com um acabamento fuzz do tio Ted.



Ambos "Look Deeply into the Mirror" (1973) e "In Collaboration with the Gods" (1975), continuaram nesta linha magnífica. Para "Dancers, Romancers, Dreamers & Schemers" (1976), Michael Quatro (agora com esse nome) vai se desviar para o Pomp rock, (com David Surkamp do Pavlov's Dog como convidado). Um excelente tecladista esquecido demais. Com uma série de álbuns verdadeiramente realizados que valem a pena a sua pesquisa. Ele lançou bases inegáveis ​​para o desenvolvimento do synth-rock.


Temas
1 Paintings 8:00
2 Time Spent in Dreams 4:39
3 Circus (What I Am) 3:55
4 Each Day I Want You More 3:25
5 Life 3:27
6 Rachmaninoff's Prelude 6:45
7 Detroit City Blues 3:00
8 Court of the Crimson King McDonald, Sinfield 5:26



Leo Gandelman - Made In Rio [1993]

 


1 Sidewalk (Sunday Afternoon In Rio)
(Leo Gandelman)
2 Inner Feelings
(Leo Gandelman/William Magalhães)
3 Bahia
(Ary Barroso)
4 New Day
(Leo Gandelman)
5 Custom Made
(Leo Gandelman/Torcuato Mariano)
6 One Day, One Song
(Leo Gandelman/Nico Rezende)
7 My Buddy
(Leo Gandelman/William Magalhães)
8 The Long And Winding Road
(Lennon/McCartney)
9 Roots
(William Magalhães)
10 Wonderful City
(André Filho)
11 Give Me A Break
(Leo Gandelman)
12 Quay
(Ronaldo Bastos)





Ana de Oliveira e Sérgio Ferraz - Carta de Amor e Outras Histórias [2019]

 



Duo formado por Sérgio Ferraz (violões de 8 e 12 cordas) e Ana e Oliveira (violino) lança seu primeiro álbum. Em “Carta de amor e outras histórias”, distribuição da Tratore, os músicos passam por composições de Sérgio e de Egberto Gismonti.

A simbiose entre os dois artistas é vigorosa e intensa. Bacharel em Música pela Universidade Federal de Pernambuco, Sérgio tem longa carreira no cenário instrumental participando de grupos e com sua obra solo. Ana é Mestre em Música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e já se apresentou como solista em diversas orquestras no Brasil e na Europa. O encontro entre os dois aconteceu em 2018 na edição do MIMO em Olinda. Desde então o duo vem se apresentando em importantes palcos cariocas e paulistanos.

O disco traz oito faixas. A obra de Egberto Gismonti está representada em “Frevo”, “Lôro” e um medley que justa “Eterna”, “Carta de amor” e “Cadenza’, essa única composição de Ana de Oliveira no álbum. As demais são assinadas por Sérgio: “Floresta do navio”, “Dia de São Sebastião” e uma série de quatro movimentos chamadas “Suíte armorial” – referência ao Movimento Armorial de Ariano Suassuna. A suíte traz composições com subtítulos os “Mestre Salu” (homenagem ao mestre rabequeiro pernambucano), “Lamento”, “Zumbi” e “Festa na aldeia”. Dois movimentos contam com participação especial de Marcos Suzano.

“Enquanto Ana transfigura seu notável violino numa rabeca mágica, Sérgio usa um violão de oito cordas, com baixos profundos que mostram a essência nacional: é o violão disfarçado numa nova viola nordestina”, define com precisão o maestro Ricardo Tacuchian, que assina texto no encarte do CD.

Sérgio Ferraz e Ana Oliveira compartilham momentos de virtuosismo e emoção no álbum. “Carta de amor e outras histórias” tem alma da música popular e a precisão da escola erudita sem deixar de pulsar.



1. Floresta do Navio
(Sérgio Ferraz)
Editora: Direto-
2. Frevo
(Egberto Gismonti)
3. Eterna / Cadenza  / Carta de Amor
(Egberto Gismonti)
4.Suite Armorial - Mestre Salu
(Sérgio Ferraz)
5. Suite Armorial - Lamento
(Sérgio Ferraz)
6. Suite Armorial - Zumbi
(Sérgio Ferraz)
7. Suite Armorial - Festa na Aldeia
(Sérgio Ferraz)
8. Dia de São Sebastião
(Sérgio Ferraz)
9. Lôro
(Egberto Gismonti)






Destaque

Burt Bacharach & Elvis Costello - "Painted From Memory" (1998)

  “Burt é um gênio. Ele é um compositor de verdade, no sentido tradicional da palavra; em sua música você pode ouvir a linguagem musical, a ...