quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Bill Halley and His Comets - "Rock Around the Clock" (1955)

 

Variações da capa do disco.
"É muito difícil dizer o que me fez
 decidir primeiro tocar violão.
 Rock Around the Clock de Bill Haley
 foi lançado quando eu tinha dez anos e
 provavelmente teve algo a ver com isso."
David Gilmour, 
do Pink Floyd



Em uma época em que as músicas eram lançadas apenas em singles, um dos maiores sucessos da história do rock, uma das canções símbolos do gênero e um de seus maiores clássicos, só veio a sair em álbum um ano depois de seu lançamento, por sinal, meio tímido e um tanto decepcionante. "Rock Around The Clock" foi gravada em 1954, por Bill Halley e sua banda, The Comets, para ser, num primeiro momento, lado B de "Thirteen Women (and Only One Man in Town). Até alcançou as paradas mas não teve o desempenho comercial que a gravadora Decca esperava. Foi somente num segundo instante, quando a canção foi incluída na trilha sonora do filme "Sementes da Violência" (1955) que se fez realmente notar e tornou-se um fenômeno musical e cultural. "Rock Around The Clock" estourava num momento efervescente da juventude, da sociedade, quando o rock começava a efetivamente ganhar popularidade e construía sua identidade, seu comportamento e suas idolatrias e, de certa forma, foi decisiva pra que nomes como o próprio Elvis, fosse elevado à condição de Rei do Rock, tomasse a dimensão que ganhou.

A canção só saiu em LP, mesmo, um ano depois, na compilação de singles "Shake, Rattle and Roll", mas foi no disco que levava seu nome, "Rock Around The Clock", do mesmo ano, 1955, aí sim em 12", que a música estourou pela segunda vez e foi principal responsável por impulsionar o lançamento, um dos precursores do formato álbum no rock, ao primeiro lugar nas paradas.

Embora a canção seja um hino imortal do rock, inúmeras vezes regravada e reverenciada, o disco não se limitava a ela. "Shake, Rattle and Roll" é outra altamente contagiante; "Razzle and Dazzle é um rock gostoso; "Rock-A-Beatin' Boogie" é mais um rock empolgante; e "Thirteen Women" com seu sax bem marcado conversando com a guitarra é outra que merece destaque.

Disco importantíssimo para a história do rock. Um marco. Um cometa que passou e caiu no nosso planeta e deixou marcas inapagáveis. 

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FAIXAS:
1. "Rock Around the Clock" (James E. Myers, Max C. Freedman) 2:08
2. "Shake, Rattle and Roll" (Jesse Stone) 2:31
3. "A.B.C. Boogie" (Al Russel, Max Spickol) 2:29
4. "Thirteen Women (And Only One Man in Town)" (Dickie Thompson) 2:53
5. "Razzle-Dazzle" (Charles E. Calhoun) 2:43
6. "Two Hound Dogs" (Bill Haley, Frank Pingatore) 2:59
7. "Dim, Dim the Lights (I Want Some Atmosphere)" (Beverly Ross, Julius Dixon) 2:31
8. "Happy Baby" (Frank Pingatore) 2:36
9. "Birth Of The Boogie" (Haley, Billy Williamson, Johnny Grande) 2:15
10. "Mambo Rock" (Bix Reichner, Mildred Phillips and Jimmy Ayre) 2:38
11. "Burn That Candle" (Winfield Scott) 2:46
12. "Rock-A-Beatin' Boogie" (Haley) 2:21




Bezerra da Silva - "Alô Malandragem, Maloca o Flagrante" (1986)

 

"O Bezerra é o cara mais rock'n roll que eu conheço."
Paulo Ricardo, RPM


“Mas Bezerra da Silva é pagode!”, precipitar-se-ia algum eventual enfezado leitor ao ver “Alô Malandragem, Maloca o Flagrante” nos ÁLBUNS FUNDAMENTAIS. Ora, amigos, em primeiro lugar, eu não diria que Bezerra da Silva venha a tratar-se extamente de pagode, seria mais apropriado provavelmente dizer samba, samba de raiz ou partido-alto talvez, mas de qualquer modo, ainda que admitindo-se a precisão do seu termo, em momento algum eu afirmei que a seção deveria dedicar-se exclusivamente ao rock e seus assemelhados, a ver-se que por aqui já passaram Miles Davis, Tom Zé, Chico Buarque e outros. Mas mesmo que fosse com este fim, não haveria artista popular mais apropriado que Bezerra da Silva para representar essa relação do pagode (que seja), do samba do morro, do partido-alto com o rock. A crítica social, a digressão, a amoralidade, a rebeldia, a negação, a contravenção, são todos elementos comuns à música de Bezerra com o rock’n roll.
Entre malandros, dedos-duro, cornos, piranhas, bêbados, traficantes e policiais, Bezerra com sua interpretação escrachada confere à música um valor, até antropológico, por assim dizer, com a realidade do morro, da vida nas favelas, o modo característico de falar, as gírias e expressões, os costumes, os procedimentos, as descrições físicas e humanas, tratando tudo com o bom humor e a capacidade intrínseca do brasileiro de rir da própria desgraça.
Tem a denúncia social de "A Rasteira do Presidente"; tem um enterro interrompido pela polícia porque o caixão estaria cheio de muamba na hilária “Defunto Grampeado”; tem uma breve descrição de um espancamento a uma mulher que fora apanhada no flagra ‘enfeitando’ a cabeça do marido (“Quem Usa Antena é Televisão”); tem outra zoação com 'chifrudos' na engraçadísima "Sua Cabeça Não Passa na Porta"; tem a demonstração de desprezo e com os ‘caguetes’ evidenciadas em "Maloca o Flagrante" e "Língua de Tamanduá", e que aparece também em “Malandragem Dá um Tempo”, sendo esta última com o acréscimo da naturalidade ao tratar do uso de drogas; e ainda a relação malandro-mané em “Direitos do Otário”.
É interessante destacar, e muita gente não sabe, que Bezerra não escrevia as músicas, apenas as interpretava com aquele sua maneira toda particular de cantar. As letras incrivelmente bem-humoradas e certeiras eram compostas por ilustres desconhecidos do morro com os mais curiosos nomes como Pedro Butina, Cláudio Inspiração, Beto Sem-Braço e 1000tinho.
Disco muito legal e extremamente divertido. Sexo, drogas, violência, marginalidade... Quer mais rock’n roll que isso?
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FAIXAS:
• 1. Malandragem Dá Um Tempo
• 2. Defunto Grampeado
• 3. Quem Usa Antena É Televisão
• 4. Maloca O Flagrante
• 5. Vovô Cantou Pra Subir
• 6. A Rasteira do Presidente
• 7. Meu Bom Juiz
• 8. Língua de tamanduá
• 9. Na Boca do Mato
• 10. Sua Cabeça Não Passa na Porta
• 11. Os Direitos dos Otários
• 12. Compositores de Verdade



EDU LOBO – EDU LOBO [MISSA BREVE] (1973)

 

 Edu Lobo 80 anos. Escutando o autointitulado álbum de 1973, lançado pela Odeon e que completa 50 anos em 2023. Discaço também conhecido como ‘Missa Breve’ por conta da suíte que ocupa todo lado B do LP, em belo cerimonial musical formado por “Kyrie”, “Glória”, “Incelensa”, “Oremus” e “Libera-nos”. 🎶 Para acompanhar o cantor, compositor, arranjador e multi-instrumentista carioca, um timaço: Danilo Caymmi (flauta, percussão e vocais), Dori Caymmi (órgão e vocais), Tenorio Jr. (pianos elétrico e acústico, órgão e percussão), Dom Salvador (órgão), Paulo Moura (sax alto), Aurino Ferreira (sax barítono), Edson Maciel (trombone), Maurício Gasperini (trompete), Nelson Angelo (guitarra, violão de 12 cordas e percussão), Novelli (baixo), Fernando Leporace (baixo e vocais) e Rubinho Moreira (bateria e percussão), além de Cynara, Cyva e Dorinha Tapajós do Quarteto em Cy nos backing vocals. 🎶 “Vento Bravo” e “Viola Fora de Moda” abrem brilhantemente os trabalhos no Lado A e são duas das minhas músicas prediletas do “Lobo Solitário”. No play, composições de Edu e parcerias com Paulo César Pinheiro, Capinan, Ronaldo Bastos e Ruy Guerra. Entre tantas maravilhas, destaque para a faixa “Oremus”, com a participação de Milton Nascimento e sua voz divinal. Produção de Milton Miranda e Dori Caymmi. Direção musical do maestro Lindolfo Gaya. Edu Lobo responde pelas orquestrações, com regência do maestro Mario Tavares. A capa do álbum tem a assinatura do artista plástico e fotógrafo pernambucano Cafi, “o homem das capas de disco antológicas”. Na agulha, para brindar o gênio mais discreto e charmoso da música brasileira. Salve, salve mestre Edu!



SOM TRÊS – SOM TRÊS SHOW (1968)

 

 Mais um monstro sagrado da música brasileira chegando aos 80 anos: Cesar Camargo Mariano. Discos memoráveis com o Sambalanço Trio, Som Três e Cesar Mariano & Cia. Altos plays também em carreira solo ou em parcerias, além de participações em discos de vários artistas, em especial os de Elis Regina lançados entre 1972 e 1980. Começando as homenagens vinílicas com o álbum ‘Som Três Show’, lançado em 1968 pela Odeon. Nas instrumentações o trio Cesar Camargo Mariano (piano e orquestrações), Sabá Oliveira (baixo acústico) e Toninho Pinheiro (bateria), e mais a tropa de metais. Samba jazz nota mil.



MARCOS VALLE – SEMPRE (2019)

 

 Marcos Valle 80 anos. Escutando o álbum ‘Sempre’, lançado na gringa em 2019 pela Far Out Recordings. Edição limitada com selo branco, apenas 300 cópias. 



Em 06/11/1961: The Marvelettes lança no Reino Unido a canção " Please Mr. Postman "

Em 06/11/1961: The Marvelettes lança no
Reino Unido a canção " Please Mr. Postman "
Please Mr. Postman é uma canção gravada pelo grupo vocal feminino The Marvelettes.
É o single de estreia das Marvelettes para a gravadora Tamla (Motown), notável como a primeira música da Motown a alcançar a posição número um na parada de singles pop da Billboard Hot 100. O single alcançou essa posição no final de 1961; atingiu o número
um na parada de R&B também.
"Please Mr. Postman" se tornou um sucesso
número um novamente no início de 1975, quando os Carpenters, O cover da música alcançou a primeira posição na Billboard Hot 100. "Please Mr. Postman" foi tocada várias vezes, incluindo pelo grupo de rock britânico The Beatles em 1963. A Fontana Records lançou a música como single no Reino Unido em novembro de 1961. A Billboard listou a música como # 22 em sua lista de 2017 das 100 melhores músicas do grupo feminino de todos os tempos.
Pessoal:
Gladys Horton - vocal principal
Wanda Young - vocal de apoio
Georgeanna Tillman - vocal de apoio
Wyanetta ("Juanita") Cowart - vocal de apoio
Katherine Anderson - vocal de apoio
Instrumentação dos Funk Brothers
Marvin Gaye - bateria
Richard "Popcorn" Wylie - piano
James Jamerson - baixo
Eddie Willis - guitarra.



Em 06/11/1981: The Cars lança o álbum Shake It Up

Em 06/11/1981: The Cars lança o álbum
Shake It Up
Shake It Up é o quarto álbum de estúdio da banda americana de new wave The Cars.
Foi lançado em 6 de novembro de 1981, pela gravadora Elektra Records. Foi o último álbum do The Cars produzido por Roy Thomas Baker. Shake It Up muito mais pop que o antecessor, sua faixa-título se tornou o primeiro single da
banda no top 10 da Billboard.
A revista Spin o incluiu em sua lista dos "50 Melhores Álbuns de 1981". Em 2021, a Rhino Entertainment relançou o álbum em vinil verde neon.
Lista de faixas:
Todas as faixas são escritas por Ric Ocasek.
Lado um:
1. "Since You're Gone": 3:30
2. "Shake It Up": 3:32
3. "I'm Not the One": 4:12
4. "Victim of Love": 4:24
5. "Cruiser": 4:54
Lado dois:
6. "A Dream Away": 5:44
7. "This Could Be Love": 4:26
8. "Think It Over": 4:56
9. "Maybe Baby": 5:04.
Faixas bônus da reedição de 2018:
10. "Since You're Gone" (early version): 5:57
11. "Shake It Up" (demo): 4:10
12. "I'm Not the One" (1985 remix from Greatest Hits): 4:10
13. "Cruiser" (early version): 5:00
14. "Take It On the Run"
(early version of "A Dream Away"): 6:19
15. "Coming Up You Again"
(1981 version of "Coming Up You"): 5:22
16. "The Little Black Egg" (from Just What I Needed: The Cars Anthology, 1995) : 2:54
17. "Midnight Dancer"
(demo, previously unreleased): 4:22.
Pessoal:
Ric Ocasek - guitarra base, vocal principal
(1, 2, 3, 4, 6, 9)
Elliot Easton - guitarra principal,
vocais de apoio
Greg Hawkes - teclados, backing vocals
Benjamin Orr - baixo, vocal principal (5, 7,
David Robinson - bateria, percussão.



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